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Conhecido na comunidade de criptomoedas por criticar o Bitcoin na Rede Globo, o economista Samy Dana foi ao Twitter para explicar como o BTC, apesar de atingir alta histórica em real, não está em seus melhores dias.
Recentemente, o real foi percebido como a moeda com maior desvalorização de 2020, tendo caído cerca de 30% em relação ao dólar. Esse foi um dos motivos para vermos um preço recorde do bitcoin no Brasil, embora o BTC não tenha superado os US$ 20.000 de 2017.
No entanto, a criptomoeda aumentou de preço também no mercado internacional este ano, chegando a valorizar 89% em dólar. Desta forma, os investidores brasileiros ganharam duas vezes.
Samy Dana tem um ponto, mas errou nos dados
Porém, Samy Dana escolheu por analisar o período de dezembro de 2017 até hoje e comparar com o índice S&P500, que acompanha as 500 maiores ações do mercado americano.
Como podemos ver na imagem acima, o BTC era negociado em dólar na Bitstamp a 11.599 no ponto mais alto de 4 de dezembro de 2017. Na corretora Bitfinex o preço chegou a atingir US$ 11.609 e na Coinbase US$ 11.640.
Ou seja, Samy deveria dizer que o BTC apresentou 16% em ganhos, e não 15% em perdas, apesar de ainda estar abaixo dos 23% do S&P 500.
Uma boa observação do economista é a avaliação de risco. De fato uma grande desvantagem do bitcoin, pelo menos para seu uso como moeda no dia a dia, é a alta volatilidade. Essa métrica é muitas vezes vista como risco.
Neste artigo, apresentamos o terceiro de três fatores que podem ser a força motriz por trás dos preços no setor de criptoativos a curto prazo. Cobrem amplas narrativas tradicionais de regulamentação, condições externas de mercado e novas tecnologias.
Em 2020, a própria Ethereum, o maior e mais popular blockchain para desenvolvedores de aplicações descentralizadas (dapps) e aplicadores de contratos autônomos, esteve presa no Trilema.
Neste momento, a promessa da Ethereum — de ser uma internet Web 3.0 (ou descentralizada) que seja segura, fácil de usar e vinculada por uma série de protocolos econômicos, além de utilizada por bilhões — continua sendo apenas uma promessa.
A experiência de usuário se deteriora cada vez mais quando a plataforma passa por aumentos de popularidade — assim como a febre dos tokens não fungíveis (NFTs) CryptoKitties em 2017 e da gigante expansão do setor de finanças descentralizadas (DeFi) este ano.
Ethereum pode ser segura e descentralizada graças a um modelo de consenso proof-of-work (PoW) de alta taxa de hashes, mas a rede falhou em escalar durante períodos de maior demanda transacional.
A escalabilidade de blockchain é difícil, principalmente porque o design de um blockchain comum exige que cada nó da rede processe cada transação, o que reduz a capacidade de processamento de transações do sistema como um todo à capacidade de um único nó.
A Ethereum tem uma capacidade de 15 transações por segundo (TPS). Quando esse limite é atingido, transações ficam acumuladas e a rede fica congestionada.
Desenvolvedores da Ethereum buscam por formas de evitar o trilema, pois questões de escalabilidade começaram a surgir na rede.
Na mesma publicação, Buterin sugeriu duas formas de atingir a escalabilidade da Ethereum: “sharding” — que envolve a repartição da base de dados do blockchain para que cada nó não tenha de processar cada transação do blockchain — e soluções de segunda camada — que descarregam algumas transações do blockchain principal.
Avançando para julho de 2020, Buterin declarou que a estratégia de segunda camada foi “bem-sucedida”.
O que está direcionando a admiração otimista é que, este ano, diversas soluções de segunda camada serão lançadas para fornecer aos usuários da Ethereum formas de negociar, trocar tokens, realizar operações de juros e interagirem com dapps de forma mais rápida e barata do que poderiam usando apenas o blockchain-base.
As novas inovações fora do blockchain (“off-chain”) incluem Gluon, a única solução de segunda camada criada para a negociação de alta frequência.
Gluon permite transações mais rápidas e baratas na Ethereum ao descarregá-las do blockchain principal para um blockchain paralelo (“sidechain”) de contratos autônomos.
LEVERJ usa uma abordagem exclusiva, com contas não custodiais e liquidações de lucro/prejuízo dentro do blockchain, enquanto operações intensivas de dados, como a combinação e o rastreamento de livros de oferta, são realizadas fora do blockchain, em servidores centralizados.
A corretora tem recursos como finalidade instantânea, que seria possível oferecer em uma corretora descentralizada no blockchain devido aos intervalos de latência do blockchain.
Ao mesmo tempo, pode oferecer características descentralizadas essenciais para custódia e resolução de disputas, assegurando que os usuários tenham o melhor dos dois mundos.
Junto com o desenvolvimento de soluções de segunda camada para o blockchain original da Ethereum, uma atualização direta ao blockchain principal da Ethereum também está sendo desenvolvida paralelamente.
A atualização Ethereum 2.0 (também conhecida como ETH 2.0 ou Serenity) é uma reformulação da rede que poderá melhorar sua velocidade, eficiência e escalabilidade, cuja “fase zero” poderá ser lançada nas próximas semanas.
Ethereum 2.0 apresentará blockchains repartidos (ou “shard chains”) e dividir o blockchain Ethereum para que transações possam ser realizadas em blockchains paralelos em vez de sobrecarregar um único blockchain.
Essa arquitetura foi criada para permitir que a rede melhorasse os intervalos de transação e escalasse mais facilmente.
Ethereum 2.0 promete até 100 mil transações por segundo — um número impressionante quando você lembra que Visa e Mastercard apenas processam 50 mil transações por segundo e, na realidade, nunca precisam processar além de cinco mil.
ETH 2.0 também usará um mecanismo de consenso proof-of-stake (PoS)em vez do modelo PoW já usado pela ETH 1.0. Com o modelo PoS, validadores de transações fazem o staking (“aplicam”) cripto para terem o direito de verificar uma transação.
Validadores são selecionados para transmitir um bloco com base na quantidade que têm em staking e por quanto tempo esses ativos estão aplicados. Em comparação ao PoW, que exige um processamento computacional intenso, PoS usa bem menos energia para assegurar a rede.
A Fase Zero terá a implementação do Beacon Chain e a aplicação inicial do PoS na ETH 2.0. O Beacon Chain será o novo blockchain no centro da ETH 2.0 para certificar que toda a rede, “shard chains” e mais estejam sincronizados e com dados atualizados.
O Beacon Chain também irá armazenar e gerenciar o registro dos validadores da ETH 2.0. Um validador é um usuário que realizou o staking de 32 ETH na rede para participar do mecanismo de consenso PoS. Processa transações, cria novos blocos e ganha recompensas por staking.
Nessa segunda-feira (26), a empresa de auditoria de contratos autônomos Quantstamp anunciou que ETH 2.0 está quase pronta para o lançamento e que a fase zero estará disponível em um futuro bem próximo.
Desenvolvedores e pesquisadores da Ethereum afirmaram que desejam anunciar uma data ainda para 2020 para o “bloco gênese” no Beacon Chain e, dada a recente e positiva auditoria, um lançamento em novembro parece bem provável.
Embora ether (ETH) tenha uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 44 bilhões, fornece suporte ao ecossistema de tokens padrão ERC-20 que, atualmente, possui uma capitalização de mercado de quase US$ 49 bilhões, bem como o ecossistema DeFi, cujo valor total de criptoativos bloqueados (TVL) é de mais de US$ 11 bilhões.
Um blockchain Ethereum com menos obstáculos de adesão é bom para todo o setor e, conforme a rede se prepara para superar seu problema mais grave, defensores do setor cripto com certeza ficarão alegres.
O investimento em fundos brasileiros, autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, com exposição ao mercado de Bitcoin e criptomoedas vem crecendo em numero de adeptos.
O interesse dos investidores em ter uma exposição ao mercado de criptoativos é tanto que recentemente a QR Asset Management, gestora do grupo QR Capital, registrou mais de R$ 100 milhões sob gestão.
O valor levou a empresa a ser a primeira do Brasil a atingir esta marca (em fundos 100% alocados em criptoativos).
A QR Asset Management gere, hoje, três fundos regulados de criptomoeda: o QR Blockchain Assets, para investidores qualificados, e o VTR QR Cripto, um master fund com alocações de fundos da Vitreo, lançados no primeiro trimestre; e o QR BTC MAX, o primeiro fundo 100% de bitcoin do Brasil, que conta com gestão passiva e custódia institucional, disponibilizado este mês.
Bitcoin e criptomoedas
O aumento da busca pelas criptomoedas é significativo. Em setembro, a quantidade de endereços ativos de bitcoin ultrapassou 1,14 milhão, de acordo com o provedor de dados on-chain CoinMetrics.
Trata-se do nível mais alto desde a alta do mercado de 2017. Ao mesmo tempo, os fundos regulados de criptoativos têm crescido. Em dezembro de 2019, existiam cinco fundos que, juntos, somavam 1,3 mil cotistas e cerca de R$ 26 milhões em Patrimônio Líquido.
Segundo o site da CVM, até o dia 20 de setembro, os dez fundos ativos no mercado acumulavam 18 mil cotistas e R$ 302 milhões em PL.
"O bitcoin foi feito para momentos de crise. E agora os investidores estão vendo que é um ativo forte e resiliente, com potencial de ser usado como reserva de valor, diversificação de portfólio e hedge contra a inflação. Juntamente ao bitcoin, as outras moedas digitais estão se fortalecendo e entrando no radar dos investidores, sejam eles de varejo ou profissionais. Diversas empresas estão colocando parte do caixa em bitcoin e gestores famosos têm entrado nos criptoativos. É uma tendência global que só vai se ampliar daqui pra frente.", destaca Theodoro Fleury, gestor da QR Asset Management.
QR
Os três fundos de criptoativos geridos pela gestora somam R$ 101 milhões, o maior Patrimônio Líquido (PL) do mercado (em fundos 100% com criptomoedas), deixando a gestora com 33% de market share.
Todos os fundos têm exposição integral (sem percentual em renda fixa), custódia institucional com seguro e alocação direta no exterior, sem a necessidade de intermediários offshore, que costumam impactar negativamente as taxas de administração.
A gestora conta com um time especializado em ativos digitais e no mercado financeiro para a gestão dos recursos.
O QR Blockchain Assets tem mais de R$ 4 milhões de PL, aplicação mínima de R$ 10 mil e acumula uma rentabilidade de 45,69% nos últimos seis meses. Está disponível nas distribuidoras Guide, Órama, Necton e Warren.
Já o VTR QR Cripto, master fund que recebe as aplicações dos fundos da Vitreo (100% do Vitreo Criptomoedas e 20% do Vitreo Criptomoedas Light), tem aplicação mínima de R$ 5 mil e acumula PL de cerca de R$ 96 milhões, além de rentabilidade de 52,06% no semestre.
O QR BTC MAX, primeiro fundo 100% de bitcoin do Brasil lançado no início de outubro, tem gestão passiva, custódia institucional e um PL de mais de R$ 800 mil. Está disponível na distribuidora Órama ou através do próprio site da QR Asset.
Investimento
Os fundos integrais de criptoativos permitem que investidores se exponham a esta nova classe de ativos através de cotas de um investimento regulado pela CVM e pela Anbima.
Theodoro Fleury, gestor da QR Asset Management, explica o benefício de se investir em cripto através de um fundo regulado, em vez de comprar de forma autônoma em corretoras.
"Todos os processos são de responsabilidade da gestora, eliminando a necessidade de o investidor lidar com carteiras digitais, chaves privadas e exchanges. A custódia institucional é feita em deep cold storage, isto é, um tipo de disco rígido sem acesso à internet que garante a mais alta segurança para os ativos. O investidor médio, sem o fundo, não tem acesso a esse tipo de custódia", declarou.
No caso da QR, a custódia institucional é feita por empresas reguladas especialistas no setor - a Coinbase e a Bitgo.
Elas guardam as chaves privadas em deep cold storage. Além disso, os ativos do fundo são protegidos por um seguro global que cobre perdas de até US$ 255 milhões (R$ 1,428 bilhão).
Para que um investidor individual tenha acesso a esta ferramenta, é necessário ter, no mínimo, US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) em custódia de criptoativos.
Confira a rentabilidade dos demais fundos com exposição em Bitcoin e criptomoedas