segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Bitcoin pode Chegar a US$ 10 mil com Lançamento do Mercado Futuro da CME

CME Group, a maior bolsa de opções no setor financeiro global, anunciou o dia 10 de dezembro como a data oficial de lançamento da plataforma de negociação de futuros de bitcoin. Os analistas esperam que o preço do bitcoin ultrapasse US$ 10.000 após o lançamento da negociação de futuros de bitcoin do CME.
No início deste mês, vários analistas financeiros altamente respeitados, incluindo o Max Keizer da RT e o investidor de hedge fund, o bilionário Mike Novogratz, previram o preço da bitcoin a alcançar a marca de US$ 10.000 no curto prazo.
$4.7 bn traded yesterday. 100k new coinbase acts in 24 hrs. 200 DMA rising to $3,300. (@TraceMayer). $10,000 for  is happening.
Max comentou no twitter que com o alto volume de negociação diária que o bitocin está tendo, mais a quantidade de novos usuários entrando no mercado, o único caminho possível é os US$ 10 mil

Opções da LedgerX

Esta semana, a LedgerX, os derivativos de bitcoin, opções e exchange de futuros aprovados da Comissão de Negociação de Mercadorias e Futuros (CFTC), processaram seu primeiro contrato de opções de bitcoin. O comprador contratou seu contrato de opção em US$ 10.000, o que permitiria ao comprador lucrar com o investimento em bitcoin somente se o preço do bitcoin atingir a marca de US $ 10.000 até o dia 28 de dezembro.
A exchange de futuros e opções operada pela LedgerX, CME Group e CBOE são apenas utilizados por investidores institucionais credenciados que não têm permissão para investir diretamente em bitcoin. Como tal, a maioria dos contratos de opções como o contrato acima mencionado são feitas por investidores de varejo em larga escala, que realmente acreditam que o preço do bitcoin pode chegar a US$ 10.000 no curto prazo.
Em entrevista à Coindesk, o CEO da LedgerX, Paul Chou, afirmou:
“Haverá, espero, muito mais negócios. Este é o primeiro, mas, pelo menos, tem-se o primeiro palpite de diferentes traders institucionais quanto ao que a dinâmica do bitcoin será a partir de agora até 2018. “
O mercado tornou-se extremamente confiante no futuro de curto e médio do bitcoin, dado que alguns dos maiores hedge funds do mundo, incluindo o Man Group de US $ 95 bilhões, anunciaram seus planos oficiais para investir em bitcoin após o lançamento da negociação de futuros de bitcoin do CME Group em 10 de dezembro.

US$ 10.000 no curto prazo

O preço da bitcoin já superou a marca de US $ 8.000 e está ganhando impulso para alcançar novos níveis no curto prazo. Se fundos hedge de grande porte e investidores institucionais investirem em bitcoin em dezembro conforme planejado, o preço do bitcoin provavelmente chegará em US$ 10.000.

O fluxo repentino de dezenas de bilhões de dólares nos mercados de bitcoin e criptomoedas provavelmente provocará um efeito dominó na maioria das principais exchanges de bitcoins, fazendo com que o volume de negociação diária do bitcoin aumente e o valor da bitcoin aumente exponencialmente.
Fonte: portaldobitcoin.com

Interesse pelo bitcoin cresce e faz de gado a 'Harley' serem comercializados com a moeda virtual em MS

Além da valorização, investidores citam uma série de vantagens para o incremento nas operações com a moeda virtual.


Por Anderson Viegas, G1 MS

20/11/2017 07h01 Atualizado há 3 horas




Motocicleta Harley Davidson Sportster XL 1200 Forty-Eight, que está sendo vendida pelo empresário de Campo Grande (MS), Vandercley Quirino, por quase dois bitcoins. (Foto: Vandercley Quirino/Arquivo Pessoal)



Com uma valorização de 818,96% no acumulado entre janeiro e meados de novembro deste ano, com cada unidade passando de R$ 2.900 para R$ 26.350, segundo dados do portal “bitValor”, cresce cada vez mais o interesse pela moeda virtual bitcoin no Brasil. Em Mato Grosso do Sul a diversificação e a multiplicação das operações comerciais que o aceitam como forma de pagamento reforça esse quadro.


No estado, entusiastas da criptomoeda ou moeda digital, como também é chamado o bitcoin, enumeram, além da valorização, uma série de outras vantagens para o seu uso em relação as formas tradicionais de transações comerciais e já estão o aceitando em operações que envolvem bens e até animais de grande valor. Os anúncios geralmente são direcionados, feitos em grupos de redes sociais de pessoas que investem na moeda.


Um exemplo é o do advogado Diego Fernandes Carvalho, de Campo Grande. Ele conta que conhece a moeda virtual desde a sua criação em 2008, mas que somente nos últimos sete meses começou a investir nela. O resultado foi tão animador que decidiu anunciar nos grupos de investidores uma casa que está vendendo.


Carvalho comenta que o imóvel avaliado em R$ 1,200 milhão está sendo anunciado nos grupos por 49 bitcoins, o que na cotação de sábado passado (18) representaria R$ 1,291 milhão. “O mercado está crescendo. Muitas pessoas em vez de utilizarem o real já estão usando o bitcoin”, analisa, completando que já recebeu duas propostas na moeda virtual e está as analisando.


Entre as vantagens para o uso da criptomoeda o advogado cita a inexistência de taxas bancárias que seriam cobradas em comparação com uma transação feita em reais, por exemplo, e a possibilidade de acessar de forma mais rápida os recursos.


“Com uma venda feita em bitcoins, por exemplo, posso deixar a moeda em uma carteira digital e quando precisar posso mandar para a minha conta corrente imediatamente. Posso ainda, colocar esse valor em um cartão de crédito internacional e usar para fazer aquisições em qualquer lugar do mundo. É claro que se tem de monitorar sempre o mercado, é uma forma mais arriscada de investimento, assim como quem investe em outras moedas, como o dólar, por exemplo. Tem que estar atento a cotação. Mas é um mercado muito seguro, tanto que as pessoas estão negociando tudo com ele, celular, carro e até moto”.



O empresário campo-grandense Vandercley Quirino, corrobora com a avaliação de Carvalho. Ele anunciou a venda de uma motocicleta Harley Davidson em moeda virtual. Em um site de comercialização de veículos na internet, a moto, uma Sportster XL 1200 Forty-Eight, está cotada a R$ 42,9 mil e nos grupos a quase dois bitcoins.


“Essa é a primeira vez que estou vendendo alguma coisa com bitcoins. Faço investimento na moeda e como estava com a moto parada lá em casa, resolvi vender para investir ainda mais, até aproveitando esse bom momento, de valorização”, explica, completando que o anuncio é recente e ainda não recebeu nenhuma oferta.


Enquanto Carvalho e Quirino estão na expectativa de venderem seus bens com a moeda virtual, o empresário sul-mato-grossense Cicero Saad Cruz já fechou uma transação expressiva com o bitcoin. Ele adquiriu durante a Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), realizada em Esteio, no Rio Grande do Sul, em agosto deste ano, uma bezerra de 18 meses da raça simental.


“Encontrei um amigo [o criador gaúcho Eduardo Borges de Assis, da Fazenda Santa Terezinha, de Jaquirana] que também é entusiasta do bitcon e conversando com ele, resolvi comprar uma novilha simental para colocar na propriedade da família, para fazer melhoramento genético. Alinhamos o negócio apertando as mãos e estabelecemos que ele seria fechado por um bitcoin, o que na época representava R$ 8 mil. Entretanto, deixamos para sacramentá-lo durante a Expointer, até para estabelecer uma marco de uso da moeda virtual. Na exposição, o bitcoin já tinha acumulado uma grande valorização e estava cotado a R$ 16 mil. Meu amigo não continha a felicidade e sorria de orelha a orelha”, recorda o empresário.



Empresário Cícero Saad (terno) com a novilha da raça simental adquirida do pecuárista Eduardo Borges de Assis (de chapéu) com o bitcoin, durante a Expointer, em Esteio (RS), em agosto deste ano (Foto: Elton Lima/Arquivo Pessoal)



O empresário sul-mato-grossense diz que a repercussão do negócio foi tão grande que planeja fazer uma nova compra de gado com a moeda virtual, desta vez durante a Exposição Agropecuária de Campo Grande, a Expogrande, no próximo ano.


“Usar a palavra comércio, para o uso do bitcoin eu acho que não seja a mais adequada. A expressão que se enquadra melhor é escambo eletrônico, porque o bitcoin é uma commoditie, um ativo. Entre um dos seus grandes atrativos está o fato de que não existe territorialidade. Posso comprar com bitcoin na Rússia, no Japão, na China. Sem burocracia. As taxas são menores do que em uma transação em reais por exemplo. Por isso, o futuro é o dinheiro digital, que vai ter uma utilização cada vez maior”, ressalta.


O empresário refuta ainda que o bitcoin, que pela grande valorização que acumula, principalmente neste ano, possa ser uma bolha econômica. “Se fosse, já teria estourado. Comprar bitcoin é investimento tão interessante que já está chegando até na bolsa de valores de Chicago (EUA). Para quem quem investir a dica é procurar se informar o máximo possível sobre esse mercado e quando for fazer a aquisição, comprar de uma exchance [corretoras de bitcoins] séria. Isso você consegue verificar na própria internet”, concluiu.


Apesar de todos esses atrativos, o Banco Central do Brasil não reconhece as moedas virtuais, com o bitcoin e chegou a divulgar um comunicado alertando sobre os riscos das operações de guarda e negociação envolvendo as moedas virtuais.

O que é bitcoin






Bitcoin é a primeira moeda com sucesso a usar criptografia. (Foto: Reuters/Benoit Tessier)



O bitcoin foi criado em 2008. É a primeira moeda com sucesso a usar criptografia. Essa tecnologia de segurança embaralha os dados para protegê-los e, no caso do bitcoin, é usada para manter as transações seguras e ocultas, dificultando ou inviabilizando a regulação financeira.


Ao contrário das moedas tradicionais que são controladas por um banco central, os bitcoins são produzidos por milhares de computadores conectados a internet, que checam as transações do sistema. Os donos das máquinas mais eficientes ganham bitcoins como prêmio e a produção é limitada.

domingo, 19 de novembro de 2017

2027: 5 razões por que todas as empresas vão usar o blockchain no futuro

Contratos inteligentes, pagamentos diretos e menos hierarquia estão entre as maiores vantagens das moedas descentralizadas
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Faz quase uma década que Satoshi Nakamoto criou a Bitcoin e gerou uma disrupção silenciosa nas empresas que trabalham com confiança, como bancos. Por meio de um documento de oito páginas, ele demonstrou como o dinheiro pode ser descentralizado, embora na época poucas pessoas tenham se dado conta do potencial da inovação. Descubra os principais motivos pelos quais as empresas deverão adotar cada vez mais o blockchain no dia a dia.
1)    Contratos: com a tecnologia do blockchain, boa parte dos contratos podem ser convertidos em contratos inteligentes. Ao contrário dos tradicionais, os inteligentes consistem em um algoritmo em código que é colocado em prática pela rede blockchain. A beleza dessa modalidade é que os contratos inteligentes não podem ser modificados depois de assinados, o que garante que nenhuma das partes irá “desaparecer” sem cumprir o acordo. Uma vez firmados pela rede blockchain, que é inalterável, ninguém pode impedir que ele seja cumprido.
2)    Pagamentos: um dos benefícios do dinheiro descentralizado é que os pagamentos podem ser realizados diretamente entre as partes, sem qualquer intermediário, como bancos, provocando lentidão no processo. Tendo isso em mente, as remessas transfronteiriças, sem dúvida, serão outra área do seu negócio que adotará a cadeia de blocos.
3)    Recrutamento: os blockchains podem abrir caminho para verificações de referência mais rápidas, baratas e independentes de relações de confiança. Cada pessoa teria um rastro de comentários, que seria acumulado no curso de sua carreira, feitos por empregadores anteriores. Isso permitiria a novos empregadores revisar rapidamente estas evidências e decidir se a pessoa se encaixa no perfil da vaga de trabalho.
4)    Menos hierarquia, melhor governança: ao usar uma combinação de contratos inteligentes com blockchain, as comunidades podem ter uma governança sem hierarquia. É bem provável que os negócios em breve terão praticamente zero burocracia, e todas as grandes decisões que afetam a organização como um todo poderão ser tomadas por meio de um processo de votação transparente realizado por meio do blockchain.
Fonte: minerworld.com.br

sábado, 18 de novembro de 2017

Cobertura em Miami Sendo Vendida a US$ 3.5 Milhões em Bitcoin


Eric Fernandez, proprietário da Imobiliária Sol/Mar, recentemente listou uma cobertura de US$ 3,5 milhões no Blue Diamond em Miami Beach, Flórida, dizendo que os proprietários aceitam o pagamento em bitcoin ou Ethereum, de acordo com o Miami New Times.
Fernández acredita que é apenas uma questão de tempo antes que a aceitação de bitcoin para aquisições de imóveis ganhe popularidade.
Fernandez não é o único agente imobiliário que espera que mais casas sejam compradas com a moeda digital. Bitcoin está alcançando compradores internacionais. Alguns acreditam que Miami irá liderar essa tendência.

Porque Miami irá liderar

O corretor de imóveis Stephan Burke, que listou uma mansão para venda em agosto, dizendo que o vendedor aceitaria bitcoin, observou em uma recente opinião no Miami Herald que Miami é um mercado ideal para o bitcoin, pois atrai investidores da América do Sul, Canadá , Ásia e Rússia.
Em agosto, Mike Komaransky colocou uma casa de sete quartos em Miami por US$ 6,5 milhões, aceitando o pagamento em bitcoin. Mas, porque poucas casas foram compradas usando bitcoin, os corretores de imóveis não têm nenhuma orientação sobre como essas operações funcionarão.

Bitcoin apresenta desafios

Fernandez disse que aceitar o pagamento em bitcoin para imóveis é um desafio. O dinheiro é mantido em custódia no setor imobiliário tradicional. Mas um comprador não pode ir ao Bank of America ou Wells Fargo e depositar bitcoin.
A volatilidade do Bitcoin também apresenta um desafio para as transações imobiliárias. Um indivíduo fez mais de US$ 1,3 milhão usando bitcoin em uma compra de imóveis no Texas devido a mudanças de valor. Fernández, no entanto, acredita que os vendedores farão transações de imóveis reais como uma forma de apostar no futuro do bitcoin e Ethereum.
Esses indivíduos são investidores em busca de mercados emergentes, disse Fernández, e eles acreditam que o uso da criptomoeda crescerá.
Fonte: portaldobitcoin.com

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Comunicado 31.379 sobre “Moedas virtuais”: do que o Banco Central tem medo?

Ontem, pela segunda vez, o Banco Central se manifestou sobre o que chama, incongruentemente, de “moedas virtuais”, por meio do Comunicado 31.379. Em fevereiro de 2014 a instituição abordou pela primeira vez o assunto, no Comunicado 25.306, declarando que as “moedas virtuais”, ou “criptografadas”, não são consideradas moedas e não se confundem com as moedas eletrônicas, definidas na Lei 12.685/2013.
Foram feitos os devidos alertas de que se trata de uma “moeda” não emitida por qualquer autoridade governamental, sem garantia de conversão e cujo valor depende da credibilidade dos usuários no sistema como um todo. Também é mencionada a grande oscilação no valor, ainda que o motivo dado para tanto não seja o mais correto.
Além disso, foi mencionado que as criptomoedas costumam ser utilizadas para a prática de ilícitos e que qualquer utilização é feita por conta e risco dos usuários. Por fim, o Bacen mencionou que o uso da “moeda virtual” não representaria um risco ao Sistema Financeiro naquele momento e que acompanharia o assunto para intervenção, se fosse necessário.
O primeiro Comunicado do Banco Central padece de algumas inconsistências técnicas, como, por exemplo, afirmar que não é moeda, mas insistir em chamar de “moeda virtual”. Estudando com mais profundidade o tema, conclui-se que, na verdade, se trata de um criptoativo, ou seja, um ativo digital baseado em criptografia, que pode ter diferentes utilizações, inclusive transferência e reserva de valor, quando assume algumas características de moeda.
No entanto, no primeiro Comunicado o Banco Central foi mais feliz do que no segundo, pois apenas cumpriu sua função de informar à sociedade sobre o assunto, mas não tentou regular prematura e equivocadamente o tema, o que poderia ter prejudicado o desenvolvimento de uma tecnologia tão promissora. A propósito, apenas países pouco democráticos como a Bolívia, Venezuela, Bangladesh optaram por proibir os criptoativos.
Contudo, no Comunicado 31.379, de 16 de novembro de 2016, o Banco Central começou a dar indícios de qual poderá ser seu posicionamento sobre a tecnologia, e não foi um bom sinal. Houve mais equívocos nesse dispositivo do que no primeiro e nota-se uma evidente intenção de desacreditar as “moedas virtuais”. Destaca que, se utilizadas em atividades ilícitas, pode expor seus detentores a investigações, como se isso não acontecesse com a utilização de qualquer outro meio.
Afirma que as empresas que negociam esses ativos em nome dos usuários não são autorizadas pelo Banco Central, em uma forma de linguagem tendenciosa, que faz parecer que todos os tipos de empresa no Brasil precisam ser regulados pelo órgão para operarem e o fato de não o ser, seja um demérito. Ora, mas se não é moeda, porque as empresas que operam precisariam ser reguladas pelo Bacen?
Essa afirmação e a forma como foi inserida no Comunicado desconsidera que, apesar de não reguladas pelo Bacen, as empresas que operam com criptoativos estão sujeitas à outras regulamentações, como o Código Civil e o Código de Defesa do Consumidor, e, ao contrário do que faz parecer com a redação do Comunicado, não são “terra de ninguém” e território aberto para a prática de qualquer tipo de irregularidades. Em geral, há empresas que atuam, inclusive, sob políticas internacionais de KYC (“Know your Customer”), como comunicar às autoridades transações acima de determinado valor, não aceitar depósitos em espécie e até solicitar declaração de Imposto de Renda em transações consideradas suspeitas.
Mas o maior problema do Comunicado 31.379 é a proibição de utilização dos criptoativos para operações que representem transferências internacionais de valores, mencionando que essas são de realização exclusiva das instituições autorizadas pelo Banco Central. Não houve sequer a intenção de tentar adequar as “moedas virtuais” aos procedimentos já existentes para as instituições autorizadas, gerando uma paridade de tratamento. Com essa proibição, se um usuário quiser efetuar o pagamento de um congresso no Exterior, por exemplo, em Bitcoin, isso está proibido pelo Comunicado.
Nesse sentido, a proibição em questão sinaliza uma posição refratária a qualquer nova tecnologia que possa abalar o monopólio dos bancos, que praticamente dominam esse mercado, e a forma atual de se fazer pagamentos ao exterior. No entanto, o sistema cambiário foi criado numa época onde só existia essa possibilidade e o fato é que a evolução dos tempos e da tecnologia está apresentando outras possibilidades.
E mesmo em termos de tributação, é preciso ser coerente no discurso e interpretação, se “moeda virtual” não é moeda, as transações com ela não são financeiras, então porque o pagamento de um congresso em Bitcoin, por exemplo, deveria que ser tributado pelo IOF?
É claro que isso não significa que outras operações com criptoativos não sejam tributáveis, pois certamente o são, justamente por isso seria necessário adaptar o sistema para a nova tecnologia, viabilizando sua utilização e prevendo as hipóteses de incidência tributária, o que aumentaria a arrecadação, inclusive, e não simplesmente proibindo-a. A verdade é que a nova tecnologia causa medo ao regulador, e isso não é privilégio do regulador brasileiro, à exemplo do que ocorreu no processo de regulação do Estado de Nova York.
Mas do que efetivamente o regulador tem medo?
A tecnologia dos criptoativos envolve algo que mexe com a estrutura de poder e controle que os reguladores estão acostumados há séculos, uma palavra perigosa, mas que pode mudar tudo: descentralização. Mas não será a descentralização um caminho inafastável, quando toda a humanidade se der conta que uma sociedade é mais livre e justa quanto maior for o cidadão e menor o Estado? Vale a pena refletir.
© 2017 Emília Malgueiro Campos é advogada especialista em propriedade intelectual e direito digital, sócia do Malgueiro Campos Advocacia.
Fonte: portaldobitcoin.com

Shopping do Recife passa a aceitar bitcoin como forma de pagamento

Com informações de Thatiana Pimentel/Diario de Pernambuco
Até o ano que vem, o Paço Alfândega passará a aceitar, em todas as suas operações, o bitcoin – a moeda virtual que promete eliminar intermediações bancárias. Uma unidade da moeda, no câmbio atual, está valendo mais de R$7 mil. O Paço quer se tornar o primeiro centro de compras do Brasil a trabalhar com o bitcoin em todas as lojas. O primeiro estabelecimento a aceitar a forma de pagamento foi a La Douane. Além disso, o shopping vai receber a CoinWise, a primeira empresa especializada na moeda virtual no Nordeste.
Bitcoin - Crédito: Reprodução
O Paço também já disponibilizou uma máquina, na própria La Douane, onde é possível comprar e trocar bitcoins. Outras máquinas estão sendo colocadas no mall, e a ideia é que o Recife se torne a capital nacional do bitcoin. A moeda ainda pode ser usada como forma de investimento e é considerada quase impossível de ser fraudada. Nos últimos dois anos, o bitcoin teve uma valorização de quase 200%.

Bitcoin enfrenta proliferação de rivais em luta por mercado

Além do bitcoin cash, existe o bitcoin diamond, o bitcoin silver, o bitcoin unlimited e o superbitcoin -- a proposta mais recente


Está ficando cada vez mais difícil acompanhar todas as versões do bitcoin.

Novas versões da moeda criptografada estão se multiplicando porque persistem os desacordos sobre o design do bitcoin e é difícil ignorar as oportunidades de ganhar dinheiro rapidamente.


A principal derivação, chamada bitcoin cash, apareceu em agosto depois do chamado hard fork no blockchain do bitcoin. Essa ramificação, cotada atualmente a US$ 18 bilhões, foi seguida de outra, que criou o bitcoin gold em outubro, e que não teve tanto sucesso, e agora várias cisões adicionais estão sendo planejadas.

Existe o bitcoin diamond, o bitcoin silver, o bitcoin unlimited e o superbitcoin -- a proposta mais recente. O site que promove o superbitcoin diz que a ramificação é apoiada por Li Xiaolai, um empreendedor chinês de moedas criptografadas. A moeda promete “tornar o bitcoin importante novamente” com medidas como, entre outras, aumentar o tamanho dos blocos nos quais as transações são processadas -- medida que diminuiria os tempos de confirmação e as taxas.

A proliferação de projetos de fragmentação do bitcoin é em parte resultado do design descentralizado da moeda criptografada. O software que sustenta o bitcoin é de código aberto, ou seja, qualquer um pode copiá-lo e ajustá-lo para criar uma nova versão da moeda se tiver problemas com a original. Existe também um motivo relacionado aos lucros: se as ramificações tiverem sucesso, os criadores podem obter lucros inesperados fazendo uma “pré-mineiração” das moedas para si mesmos ou para as fundações que eles controlam.

Fraturado

A pergunta para a comunidade da moeda criptografada -- que inclui um grande número de bancos e gerentes de fundos de Wall Street -- é quão fraturado o bitcoin ficará. A popularidade do bitcoin cash e os boatos sobre mais ramificações alimentaram grandes oscilações de preços nas últimas duas semanas, e os traders tiveram dificuldades para avaliar qual moeda criptografada se imporia.

O bitcoin, que bateu um recorde em 8 de novembro, chegou a cair 29 por cento após atingir esse pico, mas nesta semana ele recuperou a maior parte do que havia perdido.

Apesar da turbulência, o bitcoin ainda lidera a classificação na liga das moedas criptografadas. Seu valor de mercado, de US$ 124 bilhões, é pelo menos quatro vezes maior do que o de qualquer um de seus concorrentes, entre os quais há centenas de “moedas alternativas” como o ethereum e o monero, segundo a Coinmarketcap.com.

Mas o status de líder do bitcoin está longe de estar garantido, devido aos conflitos entre seus muitos investidores.

“A comunidade está realmente dividida quanto ao rumo tecnológico e, como o bitcoin é uma rede tão descentralizada, não há na verdade nenhum método para chegar a um bom acordo”, disse Gavin Yeung, CEO da Cryptomover, uma empresa de investimento com sede em Hong Kong.

--Com a colaboração de Yuji Nakamura

Versão em português: Patricia Xavier em Sao Paulo, pbernardino1@bloomberg.net.

Repórteres da matéria original: Justina Lee em Hong Kong, jlee1489@bloomberg.net, Camila Russo em N York, crusso15@bloomberg.net.

Para entrar em contato com os editores responsáveis: Richard Frost, rfrost4@bloomberg.net, Dave Liedtka, dliedtka@bloomberg.net, Michael Patterson

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