sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Criador do Bitcoin é indicado a Nobel de economia e ninguém sabe quem ele é

Satoshi Nakamoto é apenas o pseudônimo do criador da moeda virtual, lançada em 2008. Comitê não deve aceitar indicaçãoImagem ilustrativa do Bitcoin (Foto: Getty Images)

O Bitcoin é a moeda digital alternativa mais famosa do mundo. Se você não a conhece em detalhes, sugiro que leia a reportagem que ÉPOCA publicou há pouco mais de dois anos. De tempos em tempos, o Bitcoin reaparece com grande destaque na mídia. Há duas semanas, a moeda foi capa da revista The Economist estampada com o título "A máquina de confiança".
No último dia 6 de novembro, os entusiastas da moeda, criada em 2008, receberam uma grande notícia. Seu criador, Satoshi Nakamoto, foi indicado ao Prêmio Nobel de economia, que dispensa qualquer apresentação. A indicação, que vale para 2016, foi feita por Bhagwan Chowdhry, professor da Universidade da Califórnia.
"A invenção do Bitcoin não tem nada de revolucionário. Muitas moedas alternativas têm sido usadas ao longo da história. De conchas do mar a metais preciosos, como ouro e prata. Já vimos cigarros sendo usados como moedas em tempos de hiperinflação", escreveu Chowdhry, no The Huffington Post.
E continuou: "o Bitcoin oferece muitas vantagens em relação a outras moedas. É mais seguro, contando com um código criptográfico quase inquebrável. Pode ser dividido em milhões de subunidades menores. Eles podem ser transferidos de forma segura e instantânea para uma pessoa com acesso a internet, ignorando governos, bancos centrais e intermediários financeiros, e eliminando custos."
O mais curioso dessa história é que será a primeira vez que o Nobel de economia terá a indicação de uma pessoa desconhecida. Satoshi Nakamoto é, na verdade, um pseudônimo do verdadeiro criador do Bitcoin. Muita gente já tentou encontrá-lo. Muita gente já foi falsamente apontada como o pai da criança.
Não se sabe se o comitê responsável por analisar as indicações para o Nobel de economia irá aceitar a indicação de um anônimo. Provavelmente não. O professor Chowdhry, que foi convidado a dar a sua indicação, violou uma das regras principais de quem vota, que é manter em segredo as indicações por por 50 anos. Ele afirmou que não foi alertado sobre isso. Também disse que poderá receber o prêmio no lugar do verdadeiro criador caso ele não apareça. Ou seja, tem toda a cara de que Chowdhry está querendo aparecer em cima da indicação.

De qualquer forma, é uma grande notícia para a moeda polêmica - que é muito usada para atividades ilícitas na internet, como tráfico de drogas e comércio de armas. Quem sabe, agora, com a indicação de um dos votantes para o Nobel, Nakamoto decida se apresentar ao mundo.
Fonte: http://epoca.globo.com

Grandes investidores tomam partido no debate sobre bitcoin

A moeda digital acumula ganhos de mais de 650% no ano e continua dividindo opiniões entre grandes investidores



Bitcoin: bolha ou ativo legítimo? Investidores divergem sobre a criptomoeda (Getty Images/Getty Images)

(Bloomberg) — A bitcoin é um ativo legítimo ou uma superbolha prestes a estourar? Com a disparada dos preços da criptomoeda, investidores e cada vez mais especialistas escolhem seus lados.

Independentemente de você apoiar ou criticar a moeda, não há dúvidas sobre o crescimento vertiginoso da bitcoin neste ano. A moeda digital mais amplamente usada ultrapassou a marca de US$ 7.000 na quinta-feira e acumula alta de mais de 650% em 2017. Conseguiu ultrapassar a marca de US$ 100 bilhões em valor total apesar da repressão dos governos e do ceticismo do mercado tradicional.

As retóricas pró e contra a bitcoin esquentaram nessa semana em meio à forte escalada da moeda. A seguir, oferecemos uma ideia sobre a postura dos grandes nomes do mundo financeiro a respeito — desde aqueles que veem a bitcoin como a evolução natural do dinheiro até os do contra, que preveem o colapso da moeda.

Apoiadores do bitcoin

– Os evangelistas da moeda digital são liderados por Roger Ver, conhecido no setor como “Jesus do Bitcoin”. Ver continua otimista em relação à sustentabilidade da bitcoin em meio a tentativas de governos como o da China de limitar alguns dos elementos mais especulativos das transações. “A única forma de parar (a bitcoin) é desligando toda a internet no mundo inteiro e mantendo-a desativada”, disse ele, em setembro, em entrevista à Bloomberg News.

– Alguns países estão surfando a onda da bitcoin. O mercado de futuros mais importante da Argentina, por exemplo, está estudando oferecer serviços aos investidores em moedas digitais. Já o presidente do Banco Central da Turquia, Murat Cetinkaya, disse que, se bem projetadas, as moedas digitais podem contribuir para a estabilidade financeira.

Críticos do bitcoin

– A especulação em torno da bitcoin é a “própria definição de bolha”, disse o CEO do Credit Suisse, Tidjane Thiam, a jornalistas em Zurique na quinta-feira. “O único motivo, hoje, para comprar ou vender bitcoin é ganhar dinheiro”, um tipo de especulação que “raramente leva a um final feliz”, disse Thiam.

– O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, continua sendo um dos mais barulhentos opositores da bitcoin em Wall Street. Ele afirmou em outubro que as pessoas que compram a moeda são “bobas” e que os governos acabarão esmagando-a.

Em cima do muro

– Embora a decisão da CME de oferecer futuros de bitcoin até o fim do ano pareça avalizar a viabilidade da moeda, o CEO Terry Duffy mostrou dúvida quando questionado se temia uma possível bolha. “Vi várias bolhas diferentes nos últimos 37 anos”, disse ele à Bloomberg TV. “Não cabe a mim antecipar se é uma bolha ou não — estou aqui para ajudar as pessoas a gerenciarem riscos.”

– O CEO do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, não sabe bem o que fazer em relação ao bitcoin e por enquanto não se mostra propenso a rejeitar a moeda. “O que sei é que houve um tempo em que uma moeda valia US$ 5 se houvesse o equivalente a US$ 5 em ouro nela”, disse Blankfein em outra entrevista à Bloomberg TV. “Agora, temos um papel que é apoiado por decreto (…) talvez no novo mundo algo possa ser apoiado por consenso.”

Fonte: exame.abril.com.br

Investidor afirma que bitcoin terminará ano a US$ 10.000

O gerente de hedge fund Mike Novogratz afirma que o rali da bitcoin ainda tem bastante espaço para crescer



Bitcoin: para investidor, a moeda é como ouro digital (Flickr.com/zcopley/Flickr)

(Bloomberg) — O gerente de hedge fund Mike Novogratz, que está criando um fundo de US$ 500 milhões para investir em criptomoedas, afirma que o rali da bitcoin ainda tem bastante espaço para crescer.

Após multiplicar seu valor mais de sete vezes desde dezembro, a maior e mais famosa das moedas digitais encerrará o ano a US$ 10.000, e não em US$ 8.400, disse ele. O ether, um concorrente de menor porte, será negociado a US$ 500, contra quase US$ 370 na terça-feira.

A bitcoin é como ouro digital no sentido de que “o ouro tem valor unicamente porque as pessoas dizem que tem valor; a bitcoin é construído com base em uma tecnologia incrível e tem oferta limitada”, disse Novogratz, em entrevista, na Bloomberg Television. “Esta revolução como um todo saiu da quebra da confiança na crise de 2008.”

A bitcoin subiu para um recorde de US$ 8.374 na terça-feira após os comentários de Novogratz. A moeda havia chegado a cair 5,4% mais cedo após o roubo de US$ 31 milhões sofrido por uma outra criptomoeda, conhecida como tether. Esses giros não são novidade, já que a valorização do ativo virtual tem sido tumultuada, com três quedas diferentes de mais de 25 por cento cada seguidas de altas.

Mas isso não intimida Novogratz. “Estamos na segunda ou na terceira entrada”, disse ele, usando um termo do beisebol, um esporte com nove entradas (tempos). “Como os preços se mexeram bastante até o momento, as pessoas estão nervosas. Você já ganhou bastante dinheiro, lê as notícias e quer embolsar seu lucro e ir embora.”

Com US$ 500 milhões, o Galaxy Digital Assets Fund de Novogratz seria o maior de seu tipo e sinalizaria uma crescente aceitação das criptomoedas como investimentos legítimos. Para Novogratz, o fundo marca o retorno à gestão profissional de recursos após prejuízos humilhantes na Fortress Investment Group e quase dois anos de exílio autoimposto de Wall Street.

Muitos dos antigos colegas dele em Wall Street estão longe de compartilhar desse entusiasmo. O chefe do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse que quem compra bitcoin é “estúpido” e pagará caro, Neil Dwane, da Allianz Global Investors, disse que a moeda digital é uma “fraude usada por criminosos de todo o mundo” e Larry Fink, da BlackRock, disse que se trata de um índice para medir a demanda por lavagem de dinheiro em todo o mundo.

Novogratz, 52, ressaltou rapidamente que “todos esses caras têm mais de 60 anos, e eu não. De certa forma, é realmente difícil para alguém que não foi criado em um mundo digital entender que estamos entrando em um mundo digital”.

Ele tem bastante companhia. Atualmente, há mais de 100 hedge funds focados em criptomoedas, 84 deles abertos neste ano, contra 11 no ano passado, segundo pesquisa da Autonomous Next. No momento em que os investidores institucionais começam a apostar nas criptomoedas, as empresas estão tendo dificuldades para construir infraestrutura de mercado para suavizar a negociação, desde bolsas reguladas até índices e derivativos.

Fonte: exame.abril.com.br

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Preço do Bitcoin Caminha para US$ 11.500, Diz Analista


O estrategista de Wall Street, Tom Lee, elevou seu alvo de preço de bitcoin do meio de 2018 para US $ 11.500, antecipando que a correção recente da criptomoeda removeu “mãos fracas” do mercado.
Lee, co-fundador da Fundtrat Global Advisors, sofreu otimismo no bitcoin em 2017. No entanto, ele tornou-se neutro a curto prazo no início deste mês, já que a alta do bitcoin ultrapassou seu objetivo de preço do meio de 2018, que era de US $ 6.000. Naquele momento, ele apenas recomendava que os clientes adquirissem bitcoin na faixa de US $ 5.500.
Agora, no entanto, Lee está alterando essa avaliação. Conforme relatado pela CNBC, a Fundtrat está elevando sua meta de preço do bitcoin no meio de 2018 para US $ 11.500, prevendo que o recuo recente do bitcoin abaixo de US $ 6.000 removeu as “mãos fracas” dos mercados.
“Algumas semanas atrás, nos tornamos neutros a curto prazo em bitcoin, pois o nível de preços (~ $ 7400) excedeu nossa estimativa de valor justo”, escreveu Lee no relatório. “Na semana passada, Bitcoin caiu para US $ 5.600 e desde então se recuperou. Em nossa opinião, essa queda para US $ 5.600 limpou as mãos fracas e nós não sentimos mais a necessidade de ter cautela … Recomendamos a compra constante de Bitcoin nesses níveis”.
Este novo alvo representa um aumento de 92% em relação à sua previsão anterior, e um aumento de 40% de seu valor atual de US $ 8.200.
A avaliação de Lee baseia-se na Lei de Metcalfe, um princípio que afirma que o valor das redes de comunicação é proporcional ao número quadrado de usuários da rede. Sob o modelo de Lee, o Fundstrat valoriza bitcoin no número quadrado de usuários de bitcoin mais o volume de transações. Ele diz que esse modelo responde por 94% do crescimento acumulado do bitcoin no acumulado do ano.
A Fundstrat também prevê que as ações do Bitcoin Investment Trust da Grayscale (OTC: GBTC) crescerão para US $ 1.300 durante esse mesmo período. As ações da GBTC atualmente estão sendo negociadas em US $ 993, de acordo com dados obtidos da Google Finance.
Lee não não foi o único a elevar seu alvo de preços nesta semana. O gerente do fundo de hedge do bilionário, Mike Novogratz, duplicou sua previsão de US $ 10.000, prevendo que o bitcoin alcançará esse marco antes do final do ano – meses antes da sua projeção anterior. O fundador da Standpoint Research Ronnie Moas, entretanto, elevou seu alvo de preço do bitcoin de 2018 de US $ 11.000 de US $ 14.000.
Fonte: portaldobitcoin.com

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

JP Morgan Chase faz anúncio bombástico e pode começar a negociar Bitcoin


De acordo com relatos no Wall Street Journal, o JP Morgan Chase está considerando fornecer acesso ao mercado de futuros da Bitcoin de Chicago Mercantile Exchange (CME) através de sua plataforma de futuros. O anúncio da CME na semana passada sobre a adição de futuros da Bitcoin enviou os preços da criptomoedas para novos máximos de todos os tempos acima de $ 8.300. De acordo com o relatório:
“A J.P. Morgan está considerando se deseja aos seus clientes acessar o novo produto Bitcoin da CME através da sua unidade de corretagem de futuros”.

E o Jamie achava que o Bitcoin era uma “bolha”…

A ironia do anúncio, é claro, é que Jamie Dimon foi o crítico mais franco de Bitcoin em Wall Street, chamando-o de “fraude” e dizendo que quem investe em Bitcoin é “estúpido”. Se as pessoas que investem no Bitcoin são estúpidas, como disse o CEO da Chase, Jamie Dimon, parece que ele considera a sua equipe estúpida. Dimon também disse que iria disparar qualquer pessoa que apanhe investir nele – uma promessa que ele ainda não cumpriu.
As tendências fortemente negativas de alguns especialistas de Wall Street foram acompanhadas pelas perspectivas positivas dos outros. No entanto, se Jamie entra ou não, os futuros de Bitcoinprovavelmente se tornarão realidade no início de dezembro, aumentando sua adoção e é claro, elevando os seus preços.
Preparem-se para um dezembro turbulento!

EXCLUSIVO: milionário aos 25 anos com bitcoin, Jeremy Gardner diz que moeda pode chegar a US$ 300 mil

Em entrevista, o investidor afirmou ainda que quem diz que bitcoin é bolha, "provavelmente está certo"

Imagem da história para bitcoin de InfoMoney
SÃO PAULO - É comum ouvir hoje histórias de pessoas que investiram no bitcoin logo que ele surgiu e hoje não têm mais acesso às suas chaves das carteiras ou que venderam tudo antes do atual "boom" da moeda. Mas se tem uma pessoa que acreditou nesta tecnologia desde o início é Jeremy Gardner, o empresário pioneiro na realização de um ICO (Oferta Inicial de Moedas, na sigla em inglês) e que ficou milionário com criptomoedas aos 25 anos.

Ele já largou a faculdade duas vezes e já fez diversos trabalhos sem ganhar nenhum centavo por eles. Hoje, ele é co-fundador e Sócio da Blockchain Education Network, co-fundador da Augur e Venture Partner da Blockchain Capital e sócio da Ausum Ventures. Gardner viaja o mundo para falar sobre bitcoin e blockchain.

Recentemente ele esteve no Brasil para participar de um evento em São Paulo e deu uma entrevista exclusiva ao InfoMoney onde ele comenta porque quis fazer um ICO quando ninguém sabia direito o que era isso. Gardner acredita que esta é uma boa ferramenta para arrecadar fundos, mas também vê um momento em que muitos projetos estão fadados ao fracasso.

Sobre as moedas, o empresário apontou algumas das que ele mais acredita que têm potencial para subir. No caso do Bitcoin, Gardner diz que quem diz que isto é uma bolha, "provavelmente está certo", apesar disso, ele vê a moeda como o ouro digital, o que aponta um potencial do bitcoin valer mais de US$ 300.000 nos próximos 5 a 10 anos.

Confira os principais trechos da entrevista:


InfoMoney - Você foi um dos pioneiros na realização de um ICO no mundo. O que você pensou na época e por que você decidiu usar esse mecanismo para arrecadar fundos?

Jeremy Gardner - Os ICOs eram um mecanismo de angariação de fundos muito novo e bastante debatido em 2014 e 2015. Muitas pessoas, tanto dentro como fora da indústria, argumentaram que todos os ICOs eram títulos. Mesmo a sigla "ICO" parece um "IPO", que é para listar uma segurança!

Não era algo que queríamos fazer. Queríamos arrecadar fundos de venture capitals. No entanto, rapidamente percebemos que, para criar uma plataforma de mercado de previsão verdadeiramente descentralizada, na qual o resultado das previsões não eram determinadas por uma única autoridade ou API (pontos de falha centralizados), tivemos que criar uma solução consensual descentralizada, ou oracle. A única maneira de descobrir como descentralizar o consenso em nossa aplicação foi através de um token, que permitiu que milhares de pessoas em todo o mundo se informassem sobre o resultado dos mercados de apostas.

IM - Quais são as vantagens de levantar fundos desta forma? Você acha que todos devem fazer um ICO ou existem casos em que o ICO não é uma boa opção?

JG - Os ICOs democratizam fundamentalmente a captação de recursos e têm a capacidade de consertar o modo como as empresas são estruturadas de forma a realçar os incentivos para todos os envolvidos em uma empresa, desde os fundadores até os "acionistas", para funcionários e clientes. Quando executado corretamente, um ICO pode resolver o problema da "galinha ou o ovo" da aquisição precoce de usuários e criar efeitos de rede naturais.

Penso que os ICO hoje não são um bom mecanismo de angariação de fundos para a grande maioria das empresas. A menos que você esteja criando um novo blockchain, um protocolo ou uma aplicação verdadeiramente descentralizada, criar um cripto token fará com que seu negócio tenha muito menos chance de ter sucesso. Os ICOs podem ser um brilhante mecanismo de captação de recursos no futuro, quando os tokens forem mais fáceis de adquirir, usar e armazenar, mas agora apresentam uma enorme barreira de entrada para qualquer consumidor usando uma tecnologia que exija estes tokens.

IM - Este "boom" dos ICOs no mundo é bom ou você acha que é perigoso e as pessoas precisam ter mais cuidado com os casos de fraude?

JG - Eu acho que o "boom" dos ICOs é bom porque está transformando muitos empresários inteligentes (embora gananciosos), investidores e consumidores dentro da tecnologia blockchain. No entanto, a qualidade dos ICOs caiu drasticamente recentemente e muitos desses novos ICOs irão falhar. E se o ICO for bem-sucedido, ainda é provável que o token emitido falhe. Os investidores precisam ser incrivelmente cuidadosos de qualquer ICO em que invistam e não devem investir em ICOs sem credores.

IM - O que você diria ao empresário que tem medo de fazer um ICO porque não conhece a tecnologia?

JG - Um empreendedor não deve fazer um ICO se não entender a tecnologia do blockchain. A tecnologia vem primeiro, o ICO vem depois (e apenas em alguns casos de uso). A aplicação de um token a um negócio por conta da realização de um ICO é uma receita garantida de falha, a menos que eles criem um token como ativo (mas o mundo não está pronto para isso ainda).

IM - Você decidiu entrar no mundo das criptomoedas há anos, e você ganhou muito dinheirocom isso. Quanto você acha que o preço do bitcoin pode atingir e por que existe tanto potencial na moeda?

JG - Acredito que o bitcoin é o ouro digital. Ele supera o ouro em todas as qualidades que fazem do ouro uma boa valia (além da fisicalidade). Se o limite de mercado do ouro exceder os US$ 7 trilhões, eu imagino que a capitalização de mercado do bitcoin deve, pelo menos, chegar a isso. Isto faria um único bitcoin valer mais de US$ 300.000. Eu poderia imaginar isso acontecendo facilmente nos próximos 5-10 anos. O ouro digital é apenas um caso de uso para bitcoin. Se conseguisse ser mais do que isso, o valor poderia ser substancialmente mais, em teoria.

IM - Você vê outras moedas com grande potencial? Quais seriam suas apostas?

JG - Há um punhado de criptoativos que estou muito otimista: REP (token de Augur, obviamente), ETH (Ethereum), XRP (Ripple), Filecoin e 0x, entre um punhado de outros que eu gosto.

IM - Você tem outros projetos que ensina e aconselha as pessoas a abraçar as criptomoedas e as tecnologias baseadas em blockchain. Fale um pouco sobre esses projetos.

JG - A Blockchain Education Network é uma organização global sem fins lucrativos que ajuda estudantes de todas as idades a ensinar, defender e inovar neste setor emergente. Meu novo fundo, Ausum Ventures, combina investimentos tanto em criptoativos quanto em ICO, bem como em startups tradicionais. É um fundo de risco com muitos atributos de um fundo de hedge. O objetivo, no entanto, é investir e permitir idéias e empreendedores que busquem melhorar o mundo com a tecnologia blockchain.

IM - O que você diria para aqueles que dizem que o bitcoin é uma bolha e que a tecnologia não tem futuro?

JG - Para aqueles que dizem bitcoin é uma bolha, eles provavelmente estão certos. O preço de todos os criptoativos é impulsionado principalmente pelo sentimento neste momento. No entanto, a capitalização de mercado total de todos as criptomoedas é apenas pouco maior que US$ 200 bilhões. A bolha da Internet atingiu um pico de US$ 7,8 trilhões antes de aparecer em 2000 e produziu empresas como Amazon, eBay, Google, Netflix e PayPal.

Esta é uma tecnologia global que menos de 0,001% da população mundial ainda está exposta. Qualquer correção ou explosão de bolhas não altera o fato de que a tecnologia blockchain está aqui para ficar. Aqueles que dizem que não é verdade, precisam fazer sua lição de casa.

IM - O blockchain é o futuro da sociedade?

JG - A inteligência artificial, a Internet, a realidade virtual, etc., todos serão componentes essenciais do futuro da sociedade. Da mesma forma, blockchains se tornarão uma pedra fundamental desse futuro.


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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Bitcoin volta a quebrar recorde e acumula valorização de 1000% em 12 meses

No Brasil, o preço de um único bitcoin passou de R$ 28 mil nesta segunda

Bitcoin ; blockchain (Foto: Arquivo/Reuters)
da-feira (20/11) e ultrapassou os US$ 8 mil, chegando à cotação máxima de US$ 8.263,01, de acordo com a CoinDesk, uma das maiores consultorias de moedas virtuais. No acumulado de 12 meses, o bitcoin aponta valorização de 1000%, com o valor de mercado chegando a US$ 136,6 bilhões. De acordo com analistas, o novo recorde se deu por causa da maior demanda institucional pela criptomoeda.Nesta segunda-feira, o CME Group detalhou os planos para o início das vendas de contratos futuros baseados em bitcoin, que deverá começar no dia 11 de dezembro, caso não haja contratempos regulatórios. Cada contrato será composto por 5 BTC e utilizará os índices de preço de bitcoin já existentes no CME Group.
Ao longo de 2017, o bitcoin renovou máximas sequenciais, ainda que de forma extremamente volátil, o que despertou curiosidade dos mais variados públicos, de grandes banqueiros a pequenos investidores. Para o diretor-executivo do Morgan Stanley, James Gorman, o bitcoin é, por definição, "especulativo". "Qualquer um que acredite estar comprando um investimento estável está se iludindo", disse em entrevista ao canal CNBC na semana passada. Em outubro, seu colega do J.P.Morgan Chase, Jamie Dimon, um dos críticos mais ferrenhos da moeda virtual, chamou a moeda virtual de "fraude".
Diante das recentes discussões sobre a legalidade do bitcoin, o Banco Central do Brasil publicou na última quinta-feira um comunicado alertando para os riscos decorrentes das operações com criptomoedas. "Não foi identificada, até a presente data, pelos organismos internacionais, a necessidade de regulamentação desses ativos", disse a autoridade monetária no comunicado. No Brasil, o preço de um único bitcoin passou de R$ 28 mil nesta segunda-feira nas duas maiores bolsas de moedas virtuais, a Mercado Bitcoin e a FoxBit.
A ausência de um órgão regulador, no entanto, não parece afetar os entusiastas das moedas virtuais - muito pelo contrário. Associado a atividades ilegais desde a sua criação, o bitcoin está aos poucos conseguindo mudar essa imagem após receber votos de confiança de grandes empresas que passaram a aceitar a moeda como forma de pagamento, como a Microsoft, Dell, Wikipedia, Tesla, entre outras. Além disso, rumores do mercado financeiro apontam que o Goldman Sachs estaria avaliando uma nova operação de negociação dedicada a moedas virtuais.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com