quinta-feira, 20 de maio de 2021

Grupo cria criptomoeda para “destruir” Elon Musk por manipular bitcoin

 

Investidores de criptomoedas não estão nem um pouco felizes com Elon Musk. O CEO da Tesla e da SpaceX vem causando grandes impactos nos preços dos ativos com suas publicações no Twitter, um poder que uma comunidade na internet acha que ninguém deveria ter. Por isso, a iniciativa “StopElon” foi criada, com o objetivo de “destruir o maior manipulador do mercado” através da criação de uma nova e peculiar moeda digital.

Elon Musk, “o maior manipulador do mercado”

No início de fevereiro, Musk agitou todo o mercado de criptomoedas ao confirmar publicamente seu apoio ao bitcoin (BTC) em uma transmissão no aplicativo Clubhouse. Na época, ele disse acreditar que o ativo digital “é uma coisa boa” e afirmou: “sou um defensor”. Ironicamente, o bilionário também reconheceu que deveria tomar cuidado com o que diz porque “algumas dessas coisas podem realmente mover o mercado”.

Sua declaração veio logo antes da Tesla anunciar sua compra de US$ 1,5 bilhão em bitcoin. Porém, esse apoio durou somente até semana passada. Musk anunciou recentemente que sua empresa de carros elétricos não aceita mais pagamentos com a criptomoeda, notícia que prejudicou seriamente o preço do ativo. Além disso, ele ainda sugeriu no Twitter que a companhia poderia vender toda a sua reserva da moeda digital, causando pânico no mercado.

A sua relação com o dogecoin (DOGE), criptomoeda baseada em um meme de um cachorro Shiba Inu, demonstra ainda mais a sua influência. Após adotá-la como sua moeda digital favorita, Musk vem fazendo o que quer com o preço do ativo através de suas publicações que conseguem causar altas e quedas gigantescas em questões de horas. Após meses fazendo o dogecoin subir, sua empresa espacial SpaceX anunciou que irá realizar uma missão à Lua totalmente paga com DOGE em 2022.

Criptomoeda StopElon seria imune às manipulações

O lançamento da criptomoeda veio logo após a grande queda de quarta-feira (19), que tirou US$ 750 bilhões do mercado diante de novas proibições sobre transações e serviços com moedas digitais na China. Chamada de StopElon (STOPELON), a moeda digital tem como objetivo “destruir o maior manipulador do mercado”, conforme revela seu site oficial.

“Elon Musk é famoso por manipular irresponsavelmente o mercado de criptomoedas com sua conta no Twitter… Qualquer pessoa com um mínimo de pensamento crítico vê através de suas mentiras”, diz a página. O texto também afirma que o CEO da Tesla vem tentando impulsionar as criptomoedas por anos e que ele “está brincando com o portfólio das pessoas, como o bilionário narcisista que ele é e sempre será”.

Por isso a StopElon foi criada, uma nova criptomoeda feita exatamente a prova de manipulações de mercado. Mas não é apenas isso, a moeda tem a ambição de virar a nova “piada” do momento e se tornar algo como o dogecoin é hoje. Seus criadores dizem que tudo que é preciso fazer é comprar e “hodlar” (não vender por longos períodos) o novo ativo.

Token tem sistema de escassez e enriquecimento

A criptomoeda tem diversos mecanismos nada tradicionais. Isso porque a StopElon não tem ambição nenhuma de se tornar uma verdeira moeda de troca ou um ativo especulativo. Existem 1 trilhão de tokens e 40% deles ficarão fora do mercado, dedicados exclusivamente a serem destruídos para aumentar sua escassez e preço ao longo dos anos.

Além disso, há um sistema contra grandes compradores fazendo cada transação ter um limite de 1 milhão de STOPELON. Até mesmo os custos por operação contribuem para a estrutura de enriquecimento, com 4% das taxas retornando à pool de tokens, enquanto 6% vai para os donos da criptomoeda.

StopElon quer tomar controle da Tesla

Há um plano (um tanto maluco e surreal) detalhado no site do projeto. Em quatro fases de operação, a criptomoeda meme está no segundo item de sua primeira lista de objetivos. Enquanto alguns deles são bem comuns para uma moeda digital nova, como ser listada em plataformas e exchanges, outros chamam a atenção por serem ambiciosos demais.

Após a conclusão de planos como o lançamento de uma plataforma de NFTs e de um sistema de loteria, as mentes por trás do StopElon querem trocar seus tokens por Binance Coin (BNB), capitalizar esses ativos em moedas tradicionais e comprar ações da Tesla. Seu objetivo final é “tomar totalmente o controle” da empresa de Musk e derrubar o bilionário.

Com informações: Gizmodo

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Bitcoin leva novo 'tombo' e vai abaixo de US$ 40 mil

 


A cotação do bitcoin sofre novo tombo nesta quarta-feira (19), caindo abaixo de US$ 40 mil pela primeira vez desde fevereiro.

Nas últimas 24 horas, a moeda atingiu uma mínima de US$ 36.219, segundo a bolsa de criptomoedas Coindesk. O valor representa uma queda de cerca de 45% em relação à cotação máxima já atingida pelo bitcoin, de US$ 64.829. Em um ano, no entanto, a criptomoeda ainda acumula alta de cerca de 27%.

O bitcoin tem enfrentado uma 'montanha russa' nos últimos dias, influenciada pelo bilionário Elon Musk. Na semana passada, um tuíte de Musk afirmando que ele iria suspender as vendas de carros da Tesla usando bitcoin por conta dos impactos ambientais causados pela mineração de moedas digitais fez a cotação cair cerca de 12%.

Já a última segunda-feira, ele fez novo comentário na rede social, informando que "A Tesla não vendeu nenhum bitcoin" – o que fez a cotação subir novamente.

Musk tem impulsionado o mercado de criptomoedas com seu entusiasmo pela classe de ativos, mas ultimamente tem causado volatilidade, aparentando que cansou do bitcoin em favor do dogecoin.

A queda desta quarta, no entanto, vem após um alerta de várias federações bancárias chinesas sobre as criptomoedas, que elas não consideram "moedas verdadeiras", alertando para o perigo da "especulação", em um país que prepara a sua própria moeda digital.

Bitcoin: Saiba o que é e como funciona a mais popular das criptomoedas
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Bitcoin: Saiba o que é e como funciona a mais popular das criptomoedas

Fonte: https://g1.globo.com/


terça-feira, 18 de maio de 2021

Depois de ‘chutar’ o bitcoin, Elon Musk ‘tropeça’ e cai na lista dos mais ricos do mundo

 


Como resultado da queda nas ações da Tesla neste início da semana, a fortuna do bilionário sul-africano Elon Musk encolheu, colocando-o agora na terceira posição entre as pessoas mais ricas do mundo, segundo o ranking em tempo real da agência de notícias Bloomberg.

Ele perdeu seu posto – pelo menos temporariamente, considerando a alta volatilidade das ações – para o executivo do setor de luxo Bernard Arnault, presidente do grupo LVMH, de marcas como a Louis Vuitton.

Em primeiro, segue o fundador da Amazon, Jeff Bezos.


Ações da Tesla caem em meio a ‘guerra civil’ do bitcoin

Não foi apenas a cotação do bitcoin que foi atingida seriamente pela “guerra civil” que no momento ocorre no mercado de bitcoin, envolvendo, de um lado, os investidores pioneiros do núcleo duro da criptomoeda, e do outro, o bilionário Elon Musk, executivo-chefe da Tesla.

As ações da empresa do bilionário, negociadas na Nasdaq, a bolsa de valores de tecnologia dos Estados Unidos, também foram atingidas, e sofriam baixa na tarde desta segunda-feira (17).

No fechamento deste texto, as ações eram negociadas a US$ 576.83, baixa de -2.19%.

Analistas apontam que o imbróglio envolvendo o bitcoin pode ter influenciado na tendência de baixa da Tesla, cujas ações são a principal fonte de fortuna do empresário sul-africano.

‘Guerra civil’

Uma espécie de “guerra civil” dentro da comunidade de criptomoedas detonou na semana passada, fazendo a cotação do bitcoin e de outros tokens despencar no cenário em que as moedas já enfrentavam pressão de venda.

Como resultado, os preços baixaram ainda mais, ampliando o nervosismo de um mercado que já estava com os nervos à flor da pele desde a semana passada.

E tudo começou com o bilionário mais polêmico e agora odiado pelos donos de bitcoin: o executivo-chefe da Tesla, Elon Musk.

O clima já estava ruim para o bitcoin desde que Musk anunciou que a Tesla pararia de aceitar bitcoins na venda de seus veículos por conta de supostas preocupações ambientais da empresa. Foi o suficiente para os fãs do núcleo duro da comunidade bitcoin atacassem incessantemente o bilionário, uma das pessoas mais ricas do mundo.

Sobraram memes e xingamentos

Infelizmente, Musk ficou ainda mais irritado com os ataques, e chegou a anunciar que estaria pensando em vender todos os bitcoins da Tesla. Esse foi mais um baque para a cotação.

Como resultado, o bitcoin despencou e atualmente está sendo negociado a menos de US$ $45 mil.

Para azar de Musk, o mercado inteiro de criptos veio abaixo junto. Sua querida moeda Dogecoin também despencou de valor. Atualmente é cotada a US$ 0.49.

Fonte: https://br.financas.yahoo.com/


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Bitcoin está caindo e o ditado “compre na baixa” não é uma realidade

 


Bitcoin está caindo, e isso é um grande pretexto para muitos traders tirarem vantagem do lema “compre na baixa”: comprar quando o preço passa por uma correção brusca.

Mas isso aparentemente não está acontecendo.

De acordo com Santiment, tanto o colapso dos preços do BTC quanto da Ethereum estão levando a uma estagnação no movimento de compra. Ou seja, houve uma queda no investimento, o que também levou a uma queda no preço.

A duração dos investimentos também está caindo e parece cada vez mais curta. E isso parece sugerir um aumento na especulação.

O ditado “Compre na baixa”

Esse ditado é muito usado nos mercados financeiros, mas também no contexto de Bitcoins e criptomoedas. Traduzido, o ditado indica que se deve comprar quando o mercado cai e vender quando o mercado sobe.

Na prática, a sugestão é investir aproveitando a queda do preço, os “saldos”, por assim dizer, e ganhar na próxima alta, possivelmente vendendo.

Este é obviamente um ditado e não uma lei das finanças, portanto, sua validade depende do contexto individual.

Por que o Bitcoin está caindo

Nesse caso, o mercado de Bitcoin e Ethereum sofreu um forte golpe. O Bitcoin caiu para menos de US$44.000, uma das maiores quedas dos últimos tempos. Ethereum também está em baixa e saiu dos máximos de US$4.300 da semana passada para os atuais US$3.400.

O que poderia ter desencadeado essa correção pesada? Provavelmente mais um tweet de Elon Musk, que parece cada vez mais cético em relação ao Bitcoin por causa de seu consumo de energia.

Na manhã desta segunda-feira (17), no entanto, o CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) esclareceu que a montadora não vendeu o BTC que comprou em fevereiro.

Mas também é verdade que quem vive no mercado de criptomoedas sabe que aumentos repentinos como os que estão ocorrendo desde outubro de 2020 podem ser seguidos de choques muito violentos com perdas de 10-20% em um curto espaço de tempo.

Foi o que aconteceu nos últimos dias. No entanto, precisamente por causa deste contexto, não é uma boa ideia confiar em ditos para futuras estratégias de investimento. Uma regra sempre se aplica: tenha cuidado.

Por Criptonizando


domingo, 16 de maio de 2021

CEO do Twitter diz que Bitcoin muda tudo para melhor

 


O CEO do Twitter, Jack Dorsey, expressou mais uma vez seu apoio ao Bitcoin, dizendo em um tuite que a moeda digital “muda tudo para melhor” e que vai trabalhar eternamente para tonar o Bitcoin melhor.

O comentário foi feito em uma resposta a Amrita Ahuja, diretora financeira da Square, empresa que ele também é fundador.

Ela disse que a estratégia da Square em relação ao Bitcoin não mudou.

“Nossa estratégia em relação ao Bitcoin não mudou. Estamos profundamente comprometidos com essa comunidade, incluindo o trabalho em prol de um futuro mais verde por meio de nossa Iniciativa de Energia Limpa Bitcoin”.

Tesla vs Twitter

O comentário foi feito um dia depois de Elon Musk anunciar que a Tesla não aceitará mais Bitcoin como pagamento devido ao seu consumo de energia no processo de mineração.

“Estamos preocupados com o rápido aumento do uso de combustíveis fósseis para mineração e transações de Bitcoin, especialmente carvão”, disse Musk.

Apesar de a Tesla continuar mantendo parte dos bitcoins que comprou, Elon Musk parece estar se tornando um inimigo do Bitcoin e aumentando seu apoio a criptomoeda meme Dogecoin.

Após o comentário do bilionário fundador da Tesla, o Bitcoin caiu cerca de 15% e muitos se perguntaram qual seria a postura de outras empresas em relação ao ativo.

A Square possui 8 mil bitcoins, avaliados atualmente em cerca de R$ 2 bilhões. O aplicativo Cash App de propriedade da Square foi um dos primeiros a permitir que os clientes comprassem criptomoedas.

Indo na direção contrária de Musk, o fundador do Twitter deixou claro que vai continuar apoiando a moeda digital.

Um representante da Square disse à Insider que a empresa vai “continuar avaliando investimento em Bitcoin continuamente”.

Jack Dorsey também tem apoiado sistematicamente o Bitcoin. Em uma conferência virtual depois que a Square comprou US $ 170 milhões em Bitcoin no início deste ano, Dorsey disse: “A internet precisa de uma moeda nativa e acreditamos que é o Bitcoin.”

Dorsey também participou de uma série de iniciativas para promover o Bitcoin e leva-lo para às massas.

No início de fevereiro deste ano, ele fez parceria com o cantor JayZ para lançar um Fundo de Bitcoin para desenvolvedores na África e na Índia. Juntos, eles anunciaram a doação de 500 Bitcoins.

Ao contrário de Musk, que vê o Bitcoin como um inimigo do meio ambiente, Dorsey diz que o Bitcoin, na verdade, “incentiva a energia renovável”.

Curiosamente, Musk havia concordado com Dorsey.

 Fonte: https://livecoins.com.br/


sábado, 15 de maio de 2021

O Bitcoin polui muito como Elon Musk afirmou?



Essa era a questão amplamente discutida na comunidade em 2017 e que desde então paira no ar. Com a recente declaração do Elon Musk de que a Tesla cessaria o recebimento de bitcoins por seus carros devido ao rápido aumento de utilização de fontes de energia não renováveis no processo de mineração do Bitcoin, essa questão ganha um novo capítulo.


Acho que a primeira coisa aqui é entender o processo de mineração do Bitcoin.


Esse processo, totalmente distribuído, começa com a competição pela resolução de um algoritmo matemático que tem sua dificuldade ajustada de tempos em tempos para que o processo todo de sua resolução, validação das transações que serão registradas e seu registro no blockchain do Bitcoin, dure aproximadamente 10 minutos.


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Isso é importante porque demonstra a capacidade do “computador” (ou node como é chamado) para checar as transações de forma rápida e precisa antes de registrá-las e impede que um aumento considerável de capacidade computacional faça com que o tempo de registro dos blocos caia muito, deixando a rede mais instável e insegura.


Outro ponto importante desse processo é que o node que resolve primeiro esse algoritmo, ao checar e criar o novo bloco, ganha duas recompensas: a corretagem que foi paga pelas operações e a criação de novos bitcoins.


Hoje, a cada bloco são criados 6,25 bitcoins, o que dá uma criação de aproximadamente 900 bitcoins por dia, já que os blocos são criados a cada 10 minutos.


Em números atuais, isso significa para todos os mineradores uma receita de aproximadamente, R$ 243 milhões por dia. Não precisa ser nenhum gênio para imaginar que isso se tornou um negócio mega profissional e hoje há mineradoras no mundo onde foram investidos algumas centenas de milhões de dólares.


Esse processo de mineração é dependente de dois pontos quando analisamos ele como negócio: o hardware e o consumo de energia.


Quanto ao hardware, ele é certamente um dos grandes responsáveis pela falta de chips de computador, ou mais precisamente, placas de vídeo, que o mundo se encontra hoje. Esse é o grande custo, ou investimento inicial para se construir uma mineradora.


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O outro, que é o custo variável, é o consumo de energia para rodar todos esses computadores e as instalações onde eles estão, já que a concentração enorme de máquinas gera muito calor e o ambiente, para maximizar sua performance, tem que ser mantido a temperatura baixa.


Bem, chegamos agora ao ponto da discussão. O processo de mineração do Bitcoin consome muita energia? E de onde vem essa energia?


Por ser uma rede descentralizada e autônoma, encontrar esses dados não é tão fácil, mas há um departamento dentro da universidade de Cambridge que se dedicou a estimar isso.


Segundo seus estudos, o processo de mineração do Bitcoin consome anualmente perto de 150 TWh. Isso é hoje o consumo de um país como o Egito ou Polônia, ou, aproximadamente, 30% da energia consumida em 2020 pelo Brasil.


É muita energia? Sem dúvida alguma. Por outro lado, o consumo de energia dos aparelhos elétricos dos EUA que ficam ligados, mas não usados (a TV que fica em modo de espera, por exemplo), é 1,4 vez mais energia anualmente do que o Bitcoin. Incrível o desperdício.


Mas o ponto quando falamos de poluição tem menos a ver com o consumo e mais com a fonte geradora dessa energia. Se for energia solar, hidro ou eólica, e partindo-se do princípio que hoje não há falta de energia no mundo para outras atividades, que mal tem?


Aqui os dados são bem menos precisos. Hoje, algo entre 60 e 70% da mineração de bitcoin é feita por empresas chinesas e, dado a cadeia de energia chinesa ainda ser muito baseada em carvão, é de se esperar que as mineradoras chinesas também o sejam.


Alguns estimam que, durante o período de chuvas, as mineradoras migrem para fontes hídricas, sustentáveis, mas fora dele, a utilização de carvão impera.


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Segundo estudos de Cambridge, por volta de 30% da energia utilizada na mineração hoje viria de fontes renováveis, outros estudos falam de 70%. Mas mesmo utilizando o percentual menor, isso já é o dobro de energia renovável do que a matriz americana tem, para dar um parâmetro.


De qualquer forma, o fato de a maior parte da mineração estar na China, país com uma matriz energética ainda muito dependente de carvão, acaba dando contornos muito mais complexos para essa discussão, que passam por geopolítica, soberania, disputa entre China e Ocidente, protocolos e compromissos para transformar as matrizes energéticas mais sustentáveis que, confesso, fogem da minha expertise.


Minha visão sobre isso é, talvez, mais pragmática. Os mineradores de Bitcoin são os principais interessados que a cripto tenha seu valor crescente e, deixaram há muito de ser pessoas individuais.


São grandes empresas. Com o aumento da pressão popular por uma mineração que utilize fontes mais renováveis isso pode mudar muito esse cenário.


Além disso, o gasto de energia é um fator de custo enorme para esses mineradores, o que faz com que eles estejam sempre buscando fontes mais baratas para gerar energia, e isso inclui hoje fontes renováveis, aumentando o investimento nesse setor.


Vale mencionar que esse processo de mineração do Bitcoin, conhecido como prova de trabalho (proof of work – PoW) é apenas um dos tipos de processo de mineração.


Hoje existem vários outros, como proof of stake (PoS), onde o funcionamento é diferente e consequentemente o consumo de energia também. A rede ethereum, por exemplo, está migrando de um processo de PoW para PoS.


Por fim, gostaria de deixar aqui mais alguns dados e uma provocação.


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Os datacenters do mundo que nos provêm a solução de nuvem para guardarmos nossos arquivos, fotos, vídeos etc., consomem por volta de 200 a 500 TWh por ano e as estimativas quanto a todo o sistema financeiro mundial é de algo entre 3.000 e 5.000 TWh de consumo anual de energia. Dá para comparar com a mineração de Bitcoin? Você me diz.


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Fontes usadas para esse artigo:


2020-3rd-Global-Cryptoasset-Benchmarking-Study.pdf (blockchainacademy.com.br)

Renewable Energy Will Not Solve Bitcoin’s Sustainability Problem: Joule (cell.com)

How big is Bitcoin’s carbon footprint? (nbcnews.com)

Resenha Janeiro 21 – Claro Final (epe.gov.br)

Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI)

How much energy do data centers use? David Mytton

How Much Energy Does Bitcoin Actually Consume? (hbr.org)



Gustavo Cunha

Profissional com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro brasileiro e ex-diretor do Rabobank Brasil, escreve sobre inovação e os impactos dela no mercado financeiro (essencialmente Blockchain, criptomoedas e Fintechs). É experiente palestrante que concilia prática e teoria nos seus estudos para o doutorado (PHD) na Universidade do Porto (Portugal).