quarta-feira, 30 de junho de 2021

CEO da Guggenheim reforça a previsão do Bitcoin a US$ 600.000, mas prevê quedas

 


O fundador do Guggenheim Partners, Scott Minerd, afirmou que a sua previsão do Bitcoin a US$ 600.000 ainda está em jogo, mas ele destaca que ainda é possível haver quedas antes que o cripto-ativo possa começar a subir novamente.

Em entrevista à CNBC, Minerd discute a possibilidade de o Bitcoin perder mais de 50% de seu valor com base no histórico de ação do preço.

“Em cada grande corrida no Bitcoin, houve cerca de 80% de queda. Agora, isso faria muito sentido de várias maneiras, porque nos traria de volta para a casa dos US$ 15.000.

Tenho dito entre US$ 20.000 e US$ 30.000. O fundo real quando você olha para os aspectos técnicos é de US$ 10.000, e você sabe que isso é meio extremo – eu diria de US$ 15.000. Se chegasse a 20.000, eu não teria pressa em comprá-lo, porque quando mercados como este vão embora, geralmente leva alguns anos de consolidação. ”

Embora Minerd esteja se preparando para uma queda mais acentuada para a criptomoeda, ele permanece otimista no longo prazo, observando que se o Bitcoin se tornar um ativo equivalente ao ouro, terá um potencial de alta de mais de 1.660% de seu valor atual de cerca de US$ 34.000.

“Nossa pesquisa mostra que, como reserva de valor, e esse é um ponto discutível, que se você comparasse com o ouro, estaria entre US$ 400.000 e US$ 600.000.”

Por enquanto, Minerd diz que o Bitcoin não é grande o suficiente para ser adotado por algumas das maiores instituições financeiras do mundo.

“Os fundos soberanos não acham que as criptomoedas amadureceram o suficiente para se tornarem uma classe de ativos, portanto, sem grandes fluxos de capital vindo do setor institucional, continua sendo um ativo especulativo altamente volátil e a volatilidade afugenta o dinheiro institucional e, portanto, o varejo está disposto a especular, depois de esgotar todas as suas economias, não há mais ninguém para comprar. ”

O empresário afirma que se o BTC perder o suporte dos US$ 30 mil, o próximo alvo será os US$ 20 mil.

“Procure mais declínios na criptomoeda conforme o Bitcoin rompe o suporte. O próximo nível de suporte provável é US$ 20.000. ”

Por Criptonizando


terça-feira, 29 de junho de 2021

Autor de ‘Pai Rico, Pai Pobre’ fala para seguidores comprarem Bitcoin

 


O alerta é em resposta ao que ele chama de “maior crash da história”, que pode estar se aproximando. Segundo Kiyosaki, a melhor hora para enriquecer é durante uma crise.

“A melhor hora para se preparar para uma crise é antes dela. O maior crash da história mundial está chegando. A boa notícia é que a melhor época para enriquecer é durante uma crise. A má notícia é que a próxima queda será longa. Obtenha mais ouro, prata e Bitcoin enquanto pode. Cuidem-se”, diz Kiyosaki.

Além disso, o autor relembrou que o problema não era o ouro, prata e o BTC, e sim os incompetentes no governo, no Fed e em Wall Street.

 

Essa não é a primeira vez que Kiyosaki fala sobre o Bitcoin em suas redes sociais. No dia 30 de maio, ele disse que estava aguardando o Bitcoin chegar aos US$ 27 mil para comprar mais da criptomoeda. O autor é um entusiasta das criptomoedas e já lançou até um e-book sobre ativos digitais e blockchain.

Nesta terça-feira (29), o Bitcoin registra alta de 4,55% no acumulado das últimas 24 horas, cotado a US$ 35.788,40

Fonte: https://einvestidor.estadao.com.br/


sábado, 26 de junho de 2021

Como a perseguição da China aos mineradores de Bitcoin pode ser boa para a criptomoeda

 



Desde maio, o mercado de criptomoedas tem sofrido com fortes quedas, puxadas, entre outros fatores, pela perseguição do governo da China contra mineradores e empresas que fazem operações usando bitcoins ou outras moedas digitais. Mas o que parece ser uma má notícia em um primeiro momento, na verdade pode ser positivo.

Este movimento chinês contra os criptoativos não chega a ser novidade, já que pelo menos desde 2017 o país tem regras que limitam operações neste mercado. Desde essa época, por exemplo, já era proibida a atuação de corretoras de criptomoedas (exchanges) no território do país.

Porém, até agora, a atuação de mineradores ou de plataformas de balcão (OTC) baseadas no exterior ainda era permitida, possibilitando que pessoas com residência na China ainda tivessem acesso a este mercado.

Nos últimos dias, porém, o banco central chinês disse para os maiores bancos e empresas de pagamento da China fiscalizarem com mais firmeza o comércio de criptomoedas, enquanto o governo intensificou a perseguição aos mineradores, que agora estão se mudando do país à força.

Apesar de não haver um dado oficial, até então alguns especialistas apontavam que cerca de 70% da mineração de Bitcoin vinha de computadores localizados na China, o que mostra o peso da perseguição chinesa no mercado.

Mineração é o processo essencial da criptomoeda em que computadores resolvem equações matemáticas para aprovarem as operações realizadas na rede do Bitcoin, registrando tudo na chamada blockchain. É por meio desse processo também que são criados novos bitcoins, já que a cada novo bloco de informações que é concluído, uma recompensa é gerada para os mineradores em forma de novas unidades da moeda digital.

Porém, apesar de parecer um grande problema para a rede, desde sua criação, o projeto do Bitcoin já prevê um ajuste de dificuldade nas operações de mineração conforme existem mais ou menos pessoas no mercado. Portanto, mesmo com esses mineradores precisando encerrar suas operações por um tempo até encontrarem um novo local para se fixarem, a rede se altera automaticamente de forma a garantir seu funcionamento normal.

Impacto positivo no Bitcoin

“A China pode representar menos de 50% da mineração de bitcoins no final do ano em relação aos 65% atuais”, disse à Bloomberg Dan Weiskopf, cogestor de portfólio do ETF Amplify Transformational Data Sharing, um fundo de índice de gestão ativa com US$ 1,1 bilhão em valor de mercado, composto por ações relacionadas ao blockchain, com cerca de 20% do portfólio em criptomoedas.

Essa saída derrubou em cerca de 40% o chamado hashrate, que mede a energia computacional usada na mineração de bitcoins, nas últimas duas semanas, de acordo com dados da BTC.com. “O declínio do hash é provavelmente um fenômeno de curto prazo e uma evidência de que os mineradores da China estão saindo do ar”, disse Weiskopf.

Já Bernardo Schucman, vice-presidente sênior de operações de Data Center na CleanSpark, aponta que esse cenário pode dar uma impressão de fragilidade, mas na verdade o hashrate está sendo migrado para outros países e pode até voltar a aumentar na China no futuro, mas de forma mais dividida.

“Para se ter uma ideia, no último ano o hash power era 60% chinês, hoje esse cenário vai mudar drasticamente chegando a apenas 30% em poder dos chineses, histórico para o ecossistema das criptomoedas e da mineração”, avalia.

Orlando Telles, sócio-fundador da Mercurius Crypto e diretor da Mercurius Research, por sua vez, ressalta que essa saída dos mineradores da China é positiva no médio e longo prazo porque estimula a descentralização do Bitcoin. Para um ativo que se propõe a não ter influência de grandes instituições e governos, ter uma concentração muito alta de mineração em apenas um local pode ser negativo para seu funcionamento.

“Esse processo também torna a moeda digital mais segura do ponto de vista jurídico. Isso porque a maioria dos países para os quais os mineradores estão migrando já possuem uma regulamentação pró-cripto mais estruturada, como é o caso do Canadá e dos Estados Unidos”, avalia Telles.

Bom para o meio ambiente

Outro ponto positivo dessa mudança dos mineradores está no impacto ambiental, o que pode também agradar o CEO da Tesla, Elon Musk, que recentemente suspendeu o pagamento de carros da empresa usando Bitcoin ao criticar o impacto negativo que a mineração tem no meio ambiente por conta do alto uso de energia (veja mais aqui).

Isso porque a China tem como principal fonte de energia o carvão, que polui bastante. “Uma vez que os mineradores de criptomoedas migrem para outros países que têm mais opções de energia limpa, automaticamente o processo de validação do Bitcoin e de outras criptomoedas passa a ser mais sustentável”, avalia Telles.

Já Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero Swiss, aponta que EUA, Canadá e países do leste europeu tendem a ser nesse primeiro momento os principais locais de atração de mineradores, já que são regiões que combinam custos competitivos, matriz energética limpa e segurança jurídica.

Além desses países, as regiões mais ao norte do planeta também estão entre as mais utilizadas para mineração, com destaque para países como Islândia, Suécia e Finlândia, que possuem não só um custo de energia melhor e legislações positivas para esta atividade, mas são mais gelados, o que ajuda naturalmente a manter a temperatura dos equipamentos de mineração mais baixas, necessitando de menos consumo de energia com resfriadores.

Safiri ainda destaca que o caso de El Salvador, que recentemente aprovou uma lei adotando o Bitcoin como moeda oficial, também é interessante e pode ajudar. “Como primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda de curso forçado, as autoridades locais já estão negociando a instalação de grandes mineradores oferecendo energia geotérmica, uma fonte limpa e renovável”, explica ele.

Esse pode ser o primeiro passo para que mais países adotem legislações positivas para as criptomoedas no campo da mineração, em um movimento positivo também para o meio ambiente.

“2021 é o ano que simboliza o fim da hegemonia e dominação chinesa em relação ao blockchain do Bitcoin e passa a ser o ano da descentralização, o que é uma mudança extremamente positiva para o ativo”, conclui Schuman.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Fundos de criptomoedas ganham milhares de investidores em meio à queda de mais de 30% do Bitcoin desde abril

 



Mesmo depois de o Bitcoin ter perdido os US$ 30 mil nesta semana e de ter caído mais de 29% em pouco mais de um mês após declarações feitas por Elon Musk, CEO da Tesla, e pela maior repressão à mineração na China, investidores mostraram que seguem confiantes e viram o abalo como oportunidade.

O número de cotistas que aplicam em fundos, com gestão ativa ou passiva, tem aumentado, em meio à avaliação de oportunidade, com um bom “ponto de entrada” e pela própria demanda por aumentar a diversificação da carteira.

É o que mostra um levantamento feito pelo InfoMoney com dados da Economatica. Na análise, os nove maiores fundos brasileiros que aplicam em criptoativos – em termos de patrimônio líquido – registraram um aumento de 11% no número de cotistas entre o fim de abril e 17 de junho deste ano, ao mesmo tempo, em que o preço em dólar do Bitcoin caiu 34%, segundo dados da CoinMarketCap. Se há dois meses, o número total de cotistas era de quase 146 mil, agora já ultrapassa os 161 mil.

A pesquisa levou em consideração fundos que aplicam em criptoativos e que podem investir 100% ou apenas 20% em criptomoedas, respeitada a regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para produtos voltados a investidores qualificados (com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras) ou de varejo. Só foram considerados fundos que possuíam mais de mil cotistas até abril deste ano.

Na lista estão produtos de gestoras como Hashdex, Vitreo, BTG Pactual e BLP Asset. Na avaliação de Axel Blikstad, sócio da BLP Asset, que administra hoje R$ 644 milhões e tem três fundos de criptoativos de gestão ativa, a maior procura está partindo principalmente de investidores profissionais – que são o carro-chefe de um dos fundos da gestora.

A visão é compartilhada por Roberta Antunes, chefe de expansão na Hashdex, gestora que possui mais de R$ 4 bilhões de ativos sob gestão e cinco fundos de gestão passiva que aplicam em criptomoedas. Segundo ela, em abril, os fundos tinham cerca de 94 mil cotistas e hoje estão com 101 mil cotistas.

“Enxergamos um movimento mesclado de pessoas que não entraram antes porque o Bitcoin estava mais caro e de pessoas que já estavam e decidiram aumentar a posição nos criptoativos”, aponta.

A força do ETF

Roberta conta ainda que o aumento de cotistas dos fundos poderia ter sido maior, não fosse a migração que ocorreu para o fundo de índice que a casa passou a oferecer neste ano, negociado sob o código “HASH11“.

Segundo dados atualizados da própria Hashdex, o primeiro ETF de criptoativos viu o número de investidores dobrar em menos de dois meses, ao passar de pouco mais de 61 mil cotistas no fim de abril, para 122 mil, em 20 de junho deste ano.

Outro dado que tem chamado a atenção é que cada vez mais investidores podem estar de olho no HASH11 como opção de diversificação em renda variável fora do país.

De acordo com informações da B3, em maio, o ETF da Hashdex já era o segundo em número de investidores na Bolsa entre todos os ETFs disponíveis localmente. Ele fica atrás apenas do produto que replica o S&P 500 (IVVB11), um dos principais índices da bolsa americana, com cerca de 150 mil cotistas.

O ETF segue o Nasdaq Crypto Index (NCI), que foi desenvolvido em parceria com a Nasdaq e possui hoje oito criptoativos em seu portfólio. Segundo rebalanceamento feito em maio, 67% da carteira estão em Bitcoin e o segundo maior percentual (28%) está alocado em Ethereum.

Na comparação com os pesos da carteira anterior, o Bitcoin perdeu espaço. Até abril, a criptomoeda mais famosa do mundo representava cerca de 79% do índice. Já o Ethereum viu a sua participação aumentar, ao passar de cerca de 17% para 27% com o rebalanceamento. Também houve a inclusão de duas criptomoedas: Uniswap (UNI) e o Filecoin (FIL), que representam os segmentos de finanças mais descentralizadas e armazenamento.

Para a especialista da Hashdex, a chegada do HASH11 ajudou a impulsionar a entrada de investidores institucionais, ainda que os de varejo sejam maioria. E esse interesse pode fazer com que o mercado cresça ainda mais, já que mostra a importância que certas empresas estão dando ao ecossistema de criptoativos.

Aprova disso é que o mercado ganhou mais um ETF na última quarta-feira (23). Negociado sob o código “QBTC11″, o fundo tem 100% de exposição a Bitcoin e é o primeiro do tipo na América Latina.

Ele tem como foco replicar o índice CME CF Bitcoin Reference Rate, referência dos contratos futuros de Bitcoin negociados pela bolsa americana Chicago Mercantile Exchange Group.

Incertezas no radar

Mesmo com o crescimento de opções de investimento e da demanda por criptomoedas, Blikstad, da BLP Asset, não esconde que o curto prazo deve ser marcado ainda por fortes incertezas.

A autoridade monetária chinesa balançou o mercado nos últimos dias, ao dizer que convocou representantes de grandes bancos e outros players no mercado de crédito para reiterar a proibição dos serviços de criptomoedas.

“Atitudes como essa da China causam barulho, porque o poder computacional de mineração diminui até que essas máquinas sejam levadas para outros países. Então, por enquanto, a insegurança ainda é alta, o que afeta o preço do ativo”, pontua Blikstad.

Além de questões relacionadas à China, Roberta destaca a assimetria de informação. Segundo ela, ainda é muito difícil para diversos participantes do mercado equilibrarem a atenção dada ao noticiário, em meio a um mercado muito novo.

“Há dificuldade de entender qual é o fato, e acaba virando uma coisa gigante, que pode proporcionar movimentos de compra e venda no impulso”, destaca a especialista.

Maior otimismo no médio e no longo prazo

Ainda que o cenário seja mais conturbado no curto prazo, as apostas das gestoras são mais otimistas no médio e no longo prazo. Na avaliação de Roberta, a expectativa é que o preço volte a se equalizar em breve.

Segundo ela, há uma institucionalização cada vez maior dos produtos e há mais empresas que estão criando startups que investem em criptomoedas. Além disso, existe um movimento de companhias que optaram por guardar recursos em forma de Bitcoin, ou seja, ter o criptoativo em caixa, o que, na sua visão, ajudaria a trazer uma maior profissionalização ao mercado.

Blickstad também aguarda a entrada de mais investidores institucionais, que não costumam atuar alavancados, o que ajuda a deixar o mercado mais “limpo”, sem grandes movimentos especulativos. “Até abril, tínhamos muito investidor de varejo asiático bastante alavancado. Com sua saída, podemos ficar com um mercado nas mãos de instituições mais fortes”, avalia o gestor.

Para ajudar nesse sentido, um dos pontos mais aguardados pelo mercado é a aprovação de um ETF pela SEC, a CVM americana. Hoje, há nove pedidos à espera de uma decisão do órgão.

“Agora, todos os bancos estão envolvidos. Teve a listagem da Coinbase [exchange americana] na Nasdaq em abril e já tem dois ETFs do tipo no Canadá. Acredito que os EUA não devem querer ficar para trás. Isso pode ser um trigger [gatilho] forte”, destaca o especialista.

De olho no portfólio

Quem deseja se arriscar pelo mundo dos criptoativos, precisa analisar bem os produtos que estão disponíveis no mercado. Segundo o planejador financeiro CFP José Faria Júnior, duas opções para quem busca maior facilidade e segurança contra roubos e perda de chaves é investir via fundos e ETFs.

No caso dos fundos, Faria Júnior diz que o investidor precisa olhar com atenção as taxas de administração e de performance. “É preciso entender se a taxa de performance realmente não está pegando boa parte da rentabilidade do fundo, além de fazer uma análise da taxa de administração, ver quem é o gestor e sua experiência no mercado.”

Mesmo que seja um universo bastante novo, há alguns gestores que estão se especializando e que acompanham mais o mercado, caso dos fundos analisados na pesquisa.

Outro ponto importante está ligado à exposição, já que fundos voltados apenas para investidores de varejo só podem aplicar até 20% da carteira em criptomoedas, por causa de questões regulatórias. Com isso, o investidor fica menos exposto do que se aplicasse diretamente em criptoativos ou se optasse por investir em um ETF que seguisse um índice de criptomoedas.

Faria Júnior ressalta que, com os ETFs disponíveis na indústria brasileira, os fundos foram penalizados em termos de custos, por contarem com a incidência de come-cotas (uma espécie de antecipação de imposto que é feita nos meses de maio e novembro), e por prazos de resgate maiores.

Além disso, o percentual de imposto cobrado nos fundos é superior ao dos ETFs. Enquanto a tributação nos primeiros produtos segue a tabela regressiva do IR, com alíquotas que variam de 22,5% a 15% a depender do prazo de resgate, a alíquota para ganhos com os ETFs de cripto é de 15% sobre as operações comuns e 20% sobre as de day trade, ou seja, aquelas em que a compra e a venda ocorrem no mesmo dia.

Para o planejador financeiro, a montagem de uma carteira de investimentos com aplicações em criptomoedas deve ser vista com cuidado e focada em uma gestão mais ativa para diminuir os riscos. Segundo o especialista, o investidor deve aplicar apenas entre 1% e 5% do patrimônio em criptoativos.

“Se o investidor optar pela compra nesse período de baixa, pode manter a posição até que o preço do ativo suba e atinja o percentual máximo de alocação da carteira, que deve ser de 5%. Da mesma forma, se cair, ele pode aumentar a posição, mas sempre obedecendo esse limite de 5%”, pontua o planejador.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

quarta-feira, 23 de junho de 2021

John McAfee é encontrado morto na prisão em Barcelona

 Morreu nesta quarta-feira (23) aos 75 anos John McAfee. Conhecido pela fundação da empresa de segurança digital que carrega seu sobrenome e foi adquirida pela Intel em 2010, ele foi encontrado morto em sua cela na cidade de Barcelona.

McAfee estava detido no presídio de Brians 2, como informa o site El País. O Departamento de Justiça da Espanha afirma que tudo indica um suicídio.

O pioneiro esperava extradição para os Estados Unidos. Ele fora detido no aeroporto de Barcelona quando deveria pegar um voo para a Turquia em outubro de 2020, sob acusação de sonegação de impostos e ocultação de renda. Segundo a Bloomberg, ele teria escondido por anos em suas declarações bens imobiliários e um iate. Os valores devidos chegam a US$ 4,2 milhões.

Ele era procurado pela Interpol com código vermelho, o que o colocava na categoria de pessoas mais procuradas do mundo.

Em sua defesa, seus advogados afirmavam que sua prisão era política. Como ativista e entusiasta das criptomoedas, McAfee alegava que havia sido detido por criticar o sistema monetário, que o transformou em "inimigo público número 1". A Justiça espanhola não julgou a afirmação procedente.

Além dos problemas que o levaram à prisão em Barcelona, McAfee também acumulava outras questões judiciais. Ainda em março deste ano, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos o acusou de ocultar US$ 23 milhões em renda com criptomoedas.

Uma vida polêmica

John McAfee teve uma vida movimentada. Desde que deixou sua empresa de segurança digital, que mais tarde seria vendida para a Intel por mais de US$ 7 bilhões, ele viu seu nome ser envolvido em todos os tipos de acusações, inclusive de homicídio. Ele chegou a ser tema do documentário Gringo: A Perigosa Vida de John McAfee.

O filme relata que ele contratou um assassino por US$ 5 mil para torturar e matar Greg Faull, seu vizinho em Belize, além de sequestrar e mutilar com facas e tasers David Middleton, um homem local que havia roubado a sua casa e que viria a morrer no hospital pouco tempo depois com seis ferimentos com faca.

John McAfee acumulou polêmicas ao longo da vida (Imagem: Gage Skidmore/Wikimedia Commons)

Em 2018, McAfee chegou a anunciar sua intenção de concorrer à presidência dos Estados Unidos na campanha de 2020, o que não se concretizou. No mesmo ano, ele foi internado no hospital e afirmou que sofrera uma tentativa de homicídio por seus inimigos.

Os últimos anos de sua vida também foram marcados por uma série de ações de jogadas de marketing para promover criptomoedas e seus produtos ligados a esse mundo. Também em 2018, ele anunciou a Bitfi, uma carteira "à prova de hackers" para armazenamento de Bitcoins, com a promessa de quem conseguisse invadir o produto receberia US$ 100 mil. Bastou uma semana para que fossem demonstradas as primeiras vulnerabilidades, mas McAfee se recusou a pagar a quantia.

A última vez que alguma de suas jogadas o levou aos holofotes foi em agosto do ano passado, quando ele afirmou que tinha sido preso na Noruega por usar uma calcinha no rosto no lugar de uma máscara contra a Covid-19. No entanto, ele sequer esteve no país escandinavo; McAfee entrou na Alemanha em voo vindo da Califórnia, o que o obrigaria a realizar quarentena no país. Em vez disso, ele preferiu seguir para a Bielorrússia, onde não havia tal exigência, mas ele precisou ser escoltado por um policial.

Fonte: El PaísBloomberg

terça-feira, 22 de junho de 2021

Bitcoin recua abaixo de US$30 mil pela 1ª vez desde janeiro

 


Após passar quatro semanas sendo negociada em torno de US$ 35 mil, a moeda digital atingiu o preço mais baixo desde janeiro, descendo abaixo de US$ 30 mil. Por volta de 10h40 (horário de Brasília), o ativo despencava 9%, para US$ 29.578.

Analistas ouvidos pela rede de televisão norte-americana CNBC alertaram que o bitcoin ainda pode sofrer mais perdas. De acordo com traders que estudam gráficos para tomar decisões de negociações, citados pela rede, a criptomoeda pode chegar a US$ 20 mil.

Saiba mais

O preço do bitcoin vem caindo fortemente desde o início de maio, principalmente no embalo de novidades regulatórias na China.

Em mais um capítulo da novela de anos de embate com o ecossistema cripto, embora o país seja sede de grande parte da indústria de mineração de criptomoedas no mundo, o banco central da potência asiática determinou aos bancos e às plataformas de pagamento, como a Alipay, do gigante Ant Group, que não forneçam serviços ligados ao comércio das criptomoedas.

A autoridade monetária afirmou que as atividades especulativas estão perturbando o sistema financeiro do país e criando riscos de saídas ilegais de capital.

O noticiário recente nos Estados Unidos também vem ampliando os temores com regulação, tanto por sinalizações de que a SEC (a equivalente americana à CVM no Brasil) não pretende autorizar novos formatos de investimentos em cripto em breve, quanto pelas mensagens enviadas recentemente pelo Fed no sentido de conter a inflação - e a desvalorização do dólar - nos EUA, fatores que tendem a enfraquecer a tese de investimento em bitcoins.

Preocupações ambientais também se tornaram um novo ponto de atenção para o criptoativo, após Elon Musk, presidente da companhia de carros elétricos Tesla, suspender o uso de bitcoin como meio de pagamento pelos veículos e afirmar que a pausa permaneceria em vigor enquanto a maior parte da atividade de mineração utilizasse combustíveis de fontes não renováveis.

Musk tem sido uma voz forte no ecossistema cripto, principalmente desde que a Tesla anunciou um investimento de US$ 1,5 bilhão em bitcoins, em 2020.

Mais recentemente, Musk afirmou que a empresa poderia voltar a aceitar pagamentos em bitcoins caso a mineração da criptomoeda se torne mais ambientalmente sustentável.


Fonte: https://valorinveste.globo.com/


segunda-feira, 21 de junho de 2021

Gigantes do mercado estão comprando: MicroStrategy compra US$0,5 bi em BTC

 


Em meio às incertezas geradas por uma postura mais rígida do governo chinês em relação ao bitcoin e sua mineração, nesta segunda-feira, 21, Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, anunciou a aquisição de mais 13.005 bitcoins, demonstrando o aumento do interesse institucional no criptoativo.

Uma semana após anunciar a venda de até 1 bilhão de dólares em ações ordinárias para aumentar a posição da companhia na criptomoeda, em uma publicação feita no Twitter, Michael Saylor divulgou a compra mais recente da MicroStrategy, que aproveitou a queda do criptoativo e adquiriu mais 489 milhões de dólares em bitcoin a um preço médio de 37.617 dólares por unidade, totalizando 13.005 bitcoins.

Com a compra, a empresa focada no desenvolvimento de softwares corporativos reforçou sua estratégia de alocação de parte de suas reservas em bitcoin, que, de acordo com a companhia, além de proporcionar uma forma de proteção contra uma alta taxa de inflação, aumenta o conhecimento da MicroStrategy em relação ao mercado, posicionando-a como uma empresa que investe alto em inovação e tecnologia.

Após a mais recente aquisição de quase meio bilhão de dólares, a MicroStrategy superou a marca de 100.000 bitcoins sobe sua posse, totalizando 105.085 unidades da criptomoeda, que foram compradas a um preço médio de 26.080 dólares, que na atual cotação do criptoativo, já geraram um lucro de aproximadamente 700 milhões de dólares a companhia.

Além da MicroStrategy, outros gigantes do mercado têm aproveitado a queda de preços do bitcoin e de outros criptoativos para ingressar no setor. Na última semana, o BBVA, o segundo maior banco da Espanha, anunciou o início das operações de negociação e custódia de criptomoedas na Suíça, acompanhando os movimentos recentes de Morgan Stanley e Goldman Sachs, ressaltando o aumento do interesse institucional nesta classe de ativos.

Fonte: https://exame.com/