sábado, 16 de outubro de 2021

SEC deve aprovar ETF de Bitcoin na próxima semana, diz Bloomberg

 


A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) deverá aprovar o primeiro ETF de futuros de Bitcoin (BTC) na próxima semana, segundo fontes consultadas pela Bloomberg.

Pessoas familiarizadas com as propostas submetidas à apreciação da agência reguladora americana dizem que os ETFs da ProShares e da Invesco Ltd. são considerados seguros o suficiente e devem ganhar aval em breve.

Na manhã de hoje, James Seyffart, o analista de ETF e criptoativos da Bloomberg Intelligence, disse que o time de dados da companhia já estava preparando a adição do código de negociação BITO referente ao ETF da ProShares. “Isso vai ao ar na próxima semana. Segunda ou terça-feira”, afirmou, explicando que o famoso Terminal Bloomberg ganhará uma nova categoria “criptomoedas”.

O mesmo pode valer para o ETF da Valkyrie Investments, que também está na fila para aprovação e ganhou código de negociação oficial nesta semana, aumentando a expectativa pela liberação de um produto considerado chave para trazer uma nova leva de investidores ao ativo.

“ETF é um produto muito melhor para exposição regulada em cripto do que os que estão atualmente no mercado. Por exemplo, o GBTC, da Grayscale, tem um prazo de seis meses para o investidor poder vender sua posição. Por conta disso, gera um deságio entre o preço do ativo e a cota do fundo”, explica Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset Management, que lançou o primeiro ETF de Bitcoin da bolsa brasileira em junho.

A expectativa pelo primeiro fundo de índice de BTC na bolsa dos EUA alimenta um rali que já valoriza a criptomoeda em 35% em duas semanas e impulsiona o preço rumo à superação da máxima histórica. Às 9h18, o ativo é cotado a US$ 59.465, 8,2% abaixo do recorde de cerca de US$ 64.800 registrado em abril deste ano.

Os ETFs de Bitcoin ganharam força após gestoras abandonarem o desenho de fundo atrelado a Bitcoin “físico” e apostarem em um produto derivativo que acompanha um índice já conhecido do mercado. As propostas também seguem as mesmas regras de fundos mútuos publicamente elogiadas pelo presidente da SEC, Gary Gensler, por oferecerem maior garantia de proteção ao investidor.

Caso se confirme, a aprovação do ETF de Bitcoin nos EUA virá oito anos após a primeira tentativa, realizada em 2013 pelos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, os bilionários que ficaram conhecidos pelo investimento inicial no Facebook e pela batalha judicial travada com o fundador Mark Zuckerberg.

Desde então, todas as propostas foram rejeitadas pela SEC, que alertou repetidamente sobre os perigos de investir em criptomoedas por conta da alta volatilidade dos ativos que compõem este mercado.

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A suposta tendência a aprovar o ETF desta vez vem em momento em que tanto a SEC quanto parlamentares dos EUA intensificam as discussões sobre uma regulação mais ampla das criptomoedas. Em entrevista no mês passado, Gensler afirmou que uma legislação para o setor deve passar, entre outros pontos, pela identificação e categorização de criptoativos que desempenham papel de valores mobiliários ou commodities.

A busca pela regulação do setor também ganha força em outros países. No Reino Unido, bancos fazem coro pelo controle deste mercado por conta da alta volatilidade, enquanto no Brasil um Projeto de Lei que prevê o registro de corretoras de criptos foi recentemente aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados e pode ir ao plenário.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Bitcoin supera US$ 57 mil e mira novas máximas

 


O bitcoin superou US$ 57.000 pela primeira vez desde maio com apostas de que a maior criptomoeda testará novamente os recordes alcançados no início do ano.

A moeda digital chegou a subir 4%, para US$ 57.661 na segunda-feira (11) em Nova York, mas reduziu os ganhos. O bitcoin atingiu quase US$ 65.000 em abril e quase dobrou de preço este ano. O índice Bloomberg Galaxy Crypto mostrava alta de 2,4% na segunda-feira.

Como em ralis anteriores, várias razões são citadas para a recente alta, desde menor preocupação com medidas regulatórias nos Estados Unidos e na China até o otimismo renovado sobre uma possível aprovação pela SEC de um fundo de índice de bitcoins. Investidores estão particularmente entusiasmados com a possibilidade de um ETF de futuros de bitcoins receber sinal verde da reguladora dos EUA, já que o presidente da SEC, Gary Gensler, sinalizou abertura para um fundo focado exclusivamente no produto baseado em derivativos.

“Muitos investidores e consultores tinham criptomoedas em sua lista de tarefas, e estão finalmente dando o passo com alocações que começam com bitcoins”, ou fundos cripto como o Bitwise 10, que investem pesado em bitcoins, disse Hunter Horsley, diretor-presidente da Bitwise Invest. Segundo a Bitwise, “centenas” de consultores fizeram as primeiras alocações em criptomoedas nas últimas semanas, com muitos migrando para a classe de ativos diante das perspectivas de inflação e baixos rendimentos, disse.

Alguns estrategistas também comemoram a resiliência do bitcoin, como mostrado pela recuperação da chamada taxa de hash, um indicador da energia computacional usada na mineração e processamento, depois da recente repressão da China no início do ano. Com as operações de mineração suspensas na China, o número de processadores de transações da América do Norte aumentou. Uma métrica que rastreia a taxa de hash subiu 103% desde o final de junho, segundo relatório da Luxor Technology.

Analistas que observam padrões nos gráficos de preços dizem que US$ 60.000 é o próximo nível de resistência, embora o índice de força relativa do bitcoin acima de 70 indique que a moeda agora está sobrecomprada.

Entre outras moedas digitais, a shiba inu – uma criptomoeda meme inspirada na dogecoin – subiu 20%, após mais que triplicar de preço na semana passada, de acordo com a CoinMarketCap.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

sábado, 2 de outubro de 2021

Bitcoin dispara acima dos US$ 47 mil após liquidação de usuários

 


O Bitcoin iniciou o mês de outubro com um forte — e súbito — movimento de alta em seu preço. Nesta sexta-feira (1), a principal criptomoeda do mundo saiu da casa dos US$ 43.400 e disparou rumo aos US$ 48.000 em alguns minutos, graças à liquidação de cerca de US$ 270 milhões em operações em short, ou seja, de usuários apostando em sua queda.

Este efeito, também conhecido como short squeeze, ocorre quando o preço de um ativo cresce acima do limite máximo estabelecido pelas corretoras em um grande conjunto de operações apostando em baixa, de modo a evitar mais prejuízos. Adiante, os usuários devem terminar suas posições e aceitar o prejuízo, o que neste caso significa "recomprar" a posição e injetar dinheiro no mercado — resultando em uma rápida subida de preços, como observado no Bitcoin nesta manhã.

Segundo dados do Cointelegraph Markets Pro e TradingView, o preço do Bitcoin escalou cerca de US$ 3.000 em menos de uma hora, alcançando até US$ 47.800 em algumas corretoras, como a Bitstamp. Confira o movimento no gráfico abaixo:

Gráfico de velas do par Bitcoin/Dólar, no período de 1H, na corretora Bitstamp. (Fonte: TradingView, Coin Telegraph / Reprodução)Gráfico de velas do par Bitcoin/Dólar, no período de 1H, na corretora Bitstamp. (Fonte: TradingView, Coin Telegraph / Reprodução)Fonte:  TradingView, Coin Telegraph 

Naturalmente, o movimento trouxe um pouco de alívio aos investidores, que enfrentavam um período conturbado no último mês de setembro. Para alguns especialistas, como o CEO e fundador da empresa Eight, Michaël van de Poppe, a movimentação do Bitcoin sinaliza o início de um momento de alta, embora o contexto geral dos mercados voláteis ainda esteja um pouco receoso.

Contexto perigoso

Isso se dá pela recente queda do índice S&P 500, que representa as principais empresas do mercado norte-americano e influencia o "humor geral" dos demais mercados voláteis. O marcador encerrou o mês de setembro com uma queda de 1,89% abaixo do menor preço do mês de agosto, algo que não ocorre há pelo menos 10 meses e costuma prever mais períodos de instabilidade.

No momento, o Bitcoin parece tentar se desprender do mercado tradicional, sendo negociado por US$ 47.100 em uma alta diária de 7,49%. Este movimento se refletiu também nas demais criptomoedas, como a altcoin Ethereum, que registra alta de 6,88% e se mantém no patamar dos US$ 3.200.

Fonte: www.tecmundo.com.br


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Presidente da SEC declara apoio a ETF de Bitcoin e aumenta expectativa por aprovação nos EUA

 


O presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), Gary Gensler, se mostrou favorável à aprovação de um fundo de índice (ETF) de Bitcoin. Em fala para a conferência The Future of Asset Management North America, Gensler disse acreditar que existe um lugar para ETFs de Bitcoin que acompanhem índices de futuros.

Ele destacou especificamente os ETFs de Bitcoin que investem em contratos futuros negociados na Chicago Mercantile Exchange, a principal bolsa de derivativos dos EUA, e se registram sob a norma “Investments Company Act” de 1940. Para o chefe do órgão regulador americano, a regulação “fornece proteções significativas ao investidor”.

Apesar de afirmar que não fala em nome da SEC, a declaração alimenta a expectativa de aprovação de um dos pedidos apresentados por diversas gestoras nos últimos meses. As propostas inicialmente envolviam a aquisição direta de Bitcoin, mas logo foram alteradas para espelhar produtos de futuros negociados na bolsa de derivativos de Chicago como forma de agradar os reguladores.

“Estou ansioso para ver a análise da equipe [da SEC] de tais pedidos”, disse Gensler.

A aprovação de um ETF de Bitcoin, mesmo que seja de futuros, é vista como potencial catalisador para um novo rali em outubro, quem sabe em busca de um recorde de preço, já que abriria caminho para que mais fundos institucionais ganhem exposição à criptomoeda – o que se comenta nos bastidores é que apenas uma pequena parcela se arriscou na compra por meio de intermediários, ou na aquisição do produto de Bitcoin da Grayscale, o GBTC.

Por outro lado, especialistas ouvidos pelo InfoMoney comentam que não necessariamente a aprovação de um ETF de futuros de Bitcoin vá provocar alta nos preços. Até aqui, produtos do tipo tiveram pouca procura na comparação com ETFs de Bitcoin “físico”, modalidade já adotada em diversas propostas apresentadas à SEC, mas que nunca foram aprovadas.

Fundos que de fato compram Bitcoin, negociados no Canadá e na Europa, acumulam números promissores. Segundo dados da ByteTree Asset Management, produtos do tipo possuem atualmente cerca de 801.000 BTC, o equivalente a 4,3% da oferta total da criptomoeda. Ainda segundo a ByteTree, as cotas comercializadas saltaram de 250.000 em 2019 para 800.000 em 2021, em movimento que teria tido participação importante na disparada do Bitcoin de US$ 5.000 para US$ 64.0000.

O Brasil tem dois ETFs aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que foram listados na B3 em junho, caso do QBTC11, da QR Asset, e em agosto, o BITH11, da Hashdex. Juntos, eles registram patrimônio líquido de R$ 215,29 milhões, o equivalente a pouco mais de US$ 40 milhões.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Bitcoin registra Golden Cross e anima investidores, mas especialistas alertam para falta de peso no preço; entenda


 

Investidores de Bitcoin (BTC) ficaram atentos a um possível sinal de alta da criptomoeda na última quarta-feira (15) após o registro do Golden Cross (cruz de ouro), um indicador técnico conhecido entre analistas que apontaria para um cenário otimista de início ou, no caso atual, para a continuação de uma tendência de alta. No entanto, especialistas ouvidos pelo InfoMoney minimizam sua importância e alertam traders menos experientes.

Inverso do Death Cross (cruz da morte), o Golden Cross acontece quando a linha de uma média móvel de curto prazo cruza de baixo para cima a linha de uma média móvel de longo prazo. A mais clássica delas, que envolve as médias móveis aritméticas de 50 e 200 dias, acaba de ser registrada após nova alta na cotação do ativo, que voltou a ser negociado acima de US$ 48.000.

A última vez que um Golden Cross foi registrado no gráfico diário do BTC foi em maio de 2020, pouco depois da forte queda durante o crash dos mercados mundiais por conta da explosão da pandemia de Covid-19 – que, por sua vez, havia sido precedido por um Death Cross, que ocorre quando a média móvel de 50 dias cai abaixo da média de 200 dias.

Desde então, o preço do Bitcoin disparou de pouco menos de US$ 10.000 e iniciou um movimento de alta que resultou em uma valorização de 100% em cerca de sete meses, e de mais de 500% em 11 meses, quando a criptomoeda atingiu a máxima histórica pouco abaixo de US$ 65.000 em abril de 2021.

A cruz da morte mais recente foi registrada em junho deste ano, já após o início de uma forte correção de preço. Ainda assim, o evento marcou uma desvalorização de aproximadamente 20% adicionais no preço do Bitcoin, que chegou à mínima anual próxima de US$ 28.000 em julho.

Historicamente, no entanto, o Golden Cross nem sempre precedeu aumentos de preço no curto ou médio prazos, servindo por vezes de armadilha para traders que apostaram no indicador como único sinal para comprar e esperar o lucro. Um desses casos ocorreu ano passado, quando o Golden Cross que surgiu no gráfico em fevereiro foi invalidada completamente pela crise da Covid.

Para alguns analistas, o indicador deve ser acompanhado de outros dados para validar a tendência. Um deles seria o volume de negociações, que precisaria aumentar para dar ensejo a uma nova alta de preços. Até aqui, os volumes de trade vêm caindo desde o sentimento negativo que tomou conta do mercado em junho.

Há ainda quem considere que o indicador não deve sequer ser levado em consideração, já que foi concebido há muitos anos para analisar a bolsa e não se aplicaria ao Bitcoin e demais criptomoedas. “Não serve para nada. Cada ativo é um ativo”, dispara Fausto Botelho, veterano analista técnico e fundador da Enfoque, que considera que o indicador é mais voltado para o mercado de ações. Segundo ele, ferramentas gráficas para criptomoedas são atualmente otimizadas para bots de trading a um custo milionário, tornando indicadores como o Golden Cross defasados.

A pedido da reportagem, Botelho traçou um histórico de eventos de Golden Cross e Death Cross para o Bitcoin e descobriu uma taxa de acerto inferior a 50%. Ainda assim, nas vezes em que acertou, como em julho deste ano, o indicador só confirmou uma tendência que já estava em curso e poucas vezes foi útil para prever movimentos de alta ou baixa.

O especialista ressalta também que as cruzes de ouro ou da morte sequer são os primeiros sinais dados pelas médias móveis – há pelo menos outros três elementos que precisam compor a análise, de modo que, sozinho, um Cross não teria o peso que alguns analistas fazem crer.

O indicador tem ainda menos importância para analistas fundamentalistas, que apostam no Bitcoin como novo padrão monetário no futuro com tendência única de alta no longo prazo. Este é o caso de Alexandre Vasarhelyi, gestor de portfólio da BLP, que ignora o evento atual ou qualquer possível variação no curto prazo. “A gente sempre compra, nosso call é que vai subir no longo prazo”.

Ele considera que o ciclo atual é diferente dos demais vistos até aqui para o Bitcoin, e um dos indícios seria a subida de preço sem aumento expressivo da volatilidade. Sua aposta é que o preço da criptomoeda espera apenas um catalisador externo para chegar a mais pessoas e explodir de vez, algo que dificilmente combinaria necessariamente com um padrão técnico como o Golden Cross.

Vasarhelyi também ignora a ideia de que é preciso observar um aumento contínuo no volume para alimentar novas possibilidades de alta. “Essa é uma métrica antiga. Hoje em dia grande parte do mercado é algoritmo. Se tiver movimentação, tem volume, não é como no passado. A gente vê isso bem fácil em todas as quedas”, avalia.

A expectativa no curto prazo recai principalmente sobre a aprovação do ETF de Bitcoin por parte dos reguladores dos EUA, esperada para outubro deste ano, e que, na sua opinião, teria o potencial de ser para o BTC o que o navegador foi para a Internet nos anos 1990.

Curiosamente, o prazo de espera coincide com uma projeção de Botelho, que usa a análise gráfica para reforçar a expectativa de salto de preço do Bitcoin em proporção parecida a ciclos anteriores. Considerando o histórico das ondas de valorização da criptomoeda, o analista projeta o início de uma nova disparada de preço já em novembro, a caminho de máximas de US$ 100 mil no cenário mais conservador ou de até US$ 2 milhões no mais otimista.

Fonte: www.infomoney.com.br

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Bitcoin vai a R$ 523.000 em 2021 e Ethereum R$ 180.000 no longo prazo, segundo Banco britânico

 


A equipe de pesquisa do banco britânico Standard Chartered começou a cobrir o mercado de criptomoedas. Os seus primeiros relatórios abordam as duas maiores criptos, Bitcoin e Ethereum, que podem ter altas significativas ainda este ano.

estudo do SC coloca o Bitcoin com um preço de 120.000 dólares, cerca 627.000 reais na cotação atual, em 2040. Este valor foi baseado na alta impressão de dinheiro pelo governo em comparação com a impressão controlada, e cada vez menor, de bitcoin.

Oferta de BTC vs M2 dos EUA e previsão de preço do BTC. Fonte: Standard Chartered
Oferta de BTC vs M2 dos EUA e previsão de preço do BTC. Fonte: Standard Chartered

Tal característica do Bitcoin o coloca como uma das melhores opções de reserva de valor do mundo.

Bitcoin a mais de R$ 500 mil ainda em 2021

Embora o ouro também seja escasso, conforme o seu preço aumenta mais investimento na extração do metal será feito, ou seja, mais ouro será minerado, o que pode causar um equilíbrio de preço, já que haverá mais oferta.

Já no Bitcoin, a entrada de mais BTC no mercado é limitada, e diminui pela metade a cada ~4 anos, independente do seu preço.

Seguindo este pensamento, a equipe da SC comparou o aumento do preço do bitcoin após cada halving (a diminuição pela metade da geração de novas moedas).

Desde o último evento que ocorreu em 2020, o Bitcoin subiu apenas 6x, um valor muito pequeno quando comparado ao crescimento de 28x após o halving de 2016 e de 93x após o de 2012.

Preço do BTC por oferta e preço após halvings. Fonte: Standard Chartered

Picos de preço pós-halving ocorreram cerca de um ano e meio após o evento, isso pode fazer com que o bitcoin chegue a 100.000 dólares, 523.000 reais na cotação atual, ainda este ano ou no início de 2022. Tendo um multiplicador de 12x, ainda bem baixo quando comparado aos anteriores.

Dos 21.000.000 BTC, restam apenas 2.185.363 fora do mercado. Cerca de 10%.

Bitcoin vs Ethereum

Embora semelhantes, as duas maiores criptomoedas apresentam várias diferenças. Enquanto o Bitcoin é visto e usado como moeda e reserva de valor, o Ethereum é um supercomputador global que lida com contratos inteligentes.

A adoção do BTC, e não do ETH, em El Salvador é um bom exemplo disso. A impressão de novos ETH, sem halvings ou plano fixo, o deixa em desvantagem em relação ao BTC.

Outra grande vantagem do Bitcoin, em relação a todas outras, é que ele foi a primeira criptomoeda a se estabelecer no mercado. Seus 12 anos de existência comprovam, a cada dia mais, a sua segurança.

Ethereum a R$180.000 no longo prazo

Segundo o relatório do SC, o Ethereum pode chegar ao valor de 35.000 dólares, 183.000 reais na cotação atual. Porém, para isso acontecer, o preço do bitcoin deve chegar a 175.000 dólares, ou 915.000 reais.

Este cálculo foi baseado com a alocação de criptomoedas em 2% dos portfólios globais e levando em conta possíveis melhorias do protocolo com a migração para Proof-of-Stake (PoS) que ocorrerá com o chamado ETH 2.0.

Estas melhorias podem incluir uma geração menor de novas moedas, além de escalar o projeto em capacidade de transações por segundo.

Transações por segundo do ETH 2.0. Fonte: Standard Chartered

Embora o Bitcoin seja dominante no setor de pagamentos, o Ethereum explora outros mercados devido a sua capacidade de rodar contratos inteligentes.

O Ethereum conseguiu criar um forte ecossistema ao redor de si, e cada projeto orbitando o Ethereum acaba fazendo com que mais pessoas comprem o token ETH.

Enquanto no Bitcoin, muitas pessoas compram e holdam suas moedas, no Ethereum muitas pessoas acabam comprando ETH para utilizar aplicativos criados em cima dele.

Estes aplicativos, ou dApps (aplicativos descentralizados), ganham novas formas a cada dia. Organizações Autônomas Descentralizadas (DAOs), NFTs, ICOs e Finanças Descentralizadas (DeFi), todos estes setores impulsionaram o preço do Ether, cada qual na sua época. Além disso é bem provável que o Ethereum tenha outro caso de uso, ainda não estudado, no futuro.

Assim como o Bitcoin tem a vantagem de ter sido a primeira criptomoeda, o Ethereum tem a mesma vantagem sobre seus competidores que trabalham com contratos inteligentes e, inclusive, EVM (Ethereum Virtual Machine) como a Binance Smart Chain.

Apesar de suas altas taxas de transação, especialmente em tokens mais complexos, o Ethereum é a moeda preferida por desenvolvedores e usuários.

Isso faz com que o Ethereum seja um complemento ao Bitcoin, e não um concorrente direto como outras criptomoedas como Litecoin (LTC) e Monero (XMR).

O futuro

As estimativas de preço, tanto para o Bitcoin quanto para o Ethereum, realizadas pelo banco britânico Standard Chartered parecem bem possíveis.

A adoção do Bitcoin por um país e o crescimento contínuo de novos projetos sólidos no Ethereum podem ser apenas o começo de um mundo mais descentralizado e apoiado por códigos.

Fonte: livecoins.com.br


sábado, 11 de setembro de 2021

Como fica a economia de El Salvador após adoção do bitcoin como moeda oficial

 


El Salvador se tornou o primeiro país a adotar bitcoin como moeda oficial, uma decisão que divide a opinião de especialistas. Logo na estreia, na terça-feira (7), a cotação da moeda chegou a cair mais de 10%, abaixo dos US$ 43 mil. Mas acabou se recuperando no dia seguinte.

A decisão não foi bem aceita pela população salvadorenha, que foi às ruas em protestos contra o governo do presidente Nayib Bukele.

Segundo especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business, a medida é “complexa” e está em fase de “aceitação e experiência”. E ainda traz um cenário de incerteza em uma economia já com baixo poderio global.

Walter Franco, professor de economia do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais) entende que, mesmo com oficialização da criptomoeda em El Salvador, é preciso medir os impactos da utilização de uma moeda digital na população local.

Walter acredita que a iniciativa poderá servir de referência para outros países, mas ressalta uma “complexidade” da mudança somada à falta de diálogo do governo com os salvadorenhos.

“O mundo é digital. A tendência é que bancos centrais adotem, de forma gradual, as criptomoedas. Claro, com cuidados e segurança aos usuários, e sob o controle do Estado. As moedas virtuais não surgiram com o propósito de serem controladas por grandes bancos. Entretanto, penso ser inovador e importante”, avalia Walter.  

Desde junho — mês em que a Lei do Bitcoin foi aprovada em El Salvador — a população local tem ocupado as ruas da capital São Salvador exibindo cartazes com frases como “Bukele, não queremos bitcoin” e “não à lavagem de dinheiro”.

Segundo a Câmara de Comércio e Indústria de El Salvador, uma pesquisa feita por eles apontou que o receio da população se dá pelo fato de não entenderem como a nova moeda oficial funciona e por conta de sua volatilidade.

Longo caminho

O professor do Ibmec ressalta que a oficialização da moeda em El Salvador deve passar por um processo comum de aceitação da sociedade — com regulações dentro de regras do Banco Central, com facilidade para transações financeiras, métodos de investimento, poupança e segurança.

“Tudo que um governo puder fazer para tentar facilitar o crescimento econômico, da geração de renda e emprego, eu acho válido. Mas ainda é algo incerto. Não se pode ter perspectivas a curto prazo”, afirma Walter.

Henrique Castro, professor de finanças da  Fundação Getúlio Vargas Escola de Economia de São Paulo (FGV – EESP), explica que a nova determinação ainda passa por um período de experiência, e que os conflitos locais entre população e governo e a oscilação do bitcoin devem se refletir nesse processo. “Primeiro, a gente precisa saber se a população local quer o bitcoin, isso faz parte da aceitação. As últimas notícias dão conta que não. E se não der certo?”, questiona Henrique

O professor destaca que, primeiro, é preciso apresentar soluções claras à economia, e não gerar ainda mais dúvidas. “E uma mudança sem diálogo com a população gera dúvida nas pessoas, na indústria, no comércio. Não dá para pensar num curto prazo. O governo precisará incentivar ainda mais”.

Para Henrique, a aceitação da população será impactada por pagamentos facilitados – ou não –  trazidos pela moeda, acesso à digitalização no país e transparência sobre a economia local.

E, mesmo com a promessa do governo local de aumentar o poder de compra e a geração de emprego, o bitcoin ainda precisará se adaptar à economia do país, que o professor da FGV aponta como pequena.

“Fica aí a expectativa sobre como essa medida vai se portar com o tempo. Contudo, é algo que pode ser revisto em caso de dificuldades econômicas, de algo dar errado e não ser o que o governo esperava. Isso já foi feito em 2001 com o colon — moeda local na época — quando mudaram para o dólar”,diz.

Hoje, El Salvador possui um setor industrial sem grandes destaques, que atua nos segmentos de processamento de alimentos, bebidas, petróleo, tabaco, têxtil, móveis e cimento. Os principais produtos de exportação são camarão, café e, principalmente, cana-de-açúcar.

Circulação

Atualmente, o bitcoin é a moeda mais negociada no mundo, com uma capitalização de mercado acima de US$ 1 trilhão. Citando este dado, Walter enfatiza que a escolha do bitcoin como moeda oficial passa pela sua valorização e liquidez.

Já Henrique lembra que a variação do bitcoin, inclusive por falas de famosos como Elon Musk, pode manter a economia de El Salvador “estagnada, como ela já tem sido”. “A moeda [bitcoin] oscila muito, mesmo com o reconhecimento e valorização que tem”.

Por sua vez, o governo argumenta que o bitcoin pode gerar uma economia de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) por ano ao país em taxas de transação sobre recursos recebidos do exterior. A economia do país depende fortemente de remessas vindas do exterior.

O que muda? 

A medida tomada por El Salvador permite que o bitcoin tenha o mesmo posto que o dólar americano, moeda oficial dos Estados Unidos.

Com a nova lei, os estabelecimentos do país deverão aceitar a criptomoeda como meio de pagamento quando ela for oferecida. A chamada Lei Bitcoin de El Salvador entusiasmou o mercado, com repercussão nas redes sociais e no noticiário.

Em seu perfil no Twitter, o presidente Nayib afirmou, no entanto, que o uso do bitcoin não será obrigatório para os cidadãos. O presidente ainda ofereceu incentivos para a utilização da moeda no dia de seu lançamento.

“Quem quiser poderá baixar o aplicativo (carteira) oficial de El Salvador para utilizar a moeda, chamado Chivo. Quem o fizer, vai receber o equivalente a US$ 30 em bitcoin. Quem não quiser, não precisa baixar.”

*Com informações da Reuters