quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Bitcoin oscila abaixo de US$ 50 mil após depoimentos de CEOs e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

 


O Bitcoin e o mercado de criptomoedas como um todo voltam a cair nesta quinta-feira (9) após respiro no final do dia de ontem em meio a uma audiência no congresso dos Estados Unidos sobre regulação de ativos digitais.

Os diretores executivos Jeremy Allaire, da Circle, Sam Bankman-Fried, da FTX, Brian Brooks, da Bitfury, Charles Cascarilla, da Paxos, Alesia Haas, da Coinbase, e Denelle Dixon, da Stellar Development Foundation, responderam por quase cinco horas a perguntas de 40 deputados americanos sobre lastro de stablecoins e casos de uso de criptoativos.

As falas, especialmente envolvendo cobranças por maior clareza regulatória, foram consideradas positivas em um primeiro momento por indicarem que os reguladores americanos estão dispostos a criar regras específicas para o setor, sem adotar normas já existentes para bancos e o mercado financeiro.

No entanto, os preços recuaram novamente na abertura dos mercados asiáticos. Às 7h04, o Bitcoin (BTC) oscila outra vez abaixo de US$ 50 mil após ter chegado a flertar com os US$ 51 mil ontem, e é negociado a US$ 49.181, em queda de 2% no dia.

Por outro lado, indicadores técnicos do ativo digital apontam para o maior nível de sobrevendido desde setembro deste ano, quando a criptomoeda se recuperou de US$ 43 mil e atingiu US$ 67 mil em 20 dias. Já o Índice de Medo e Ganância, que mede o sentimento de mercado, está em seu menor nível desde as mínimas de julho, quando o BTC valia US$ 30 mil. Segundo analistas, o importante neste momento seria manter o preço acima dos US$ 46 mil.

A maioria das criptos com maior valor de mercado segue na mesma direção do Bitcoin, mas com ritmo menor de queda. O Ethereum (ETH) cede 0,6%, para US$ 4.316 , e a Cardano (ADA) cai outros 0,9% e opera a US$ 1,37 – suas perdas, no entanto, já passam de 11% no acumulado da semana.

Já a Terra (LUNA), concorrente da Cardano e do Ethereum, segue em alta e assume a 10ª no ranking global de criptomoedas por valor de mercado, à frente de Dogecoin (DOGE), Shiba Inu (SHIB) e Avalanche (AVAX). O ativo que tem sua própria stablecoin, a UST, sobe 10% hoje e acumula alta de 35% no último mês.

Entre as 100 maiores criptos, o destaque do dia é o Near Protocol (NEAR), que dispara 18% após ser liberado para negociações na plataforma MoonPay, que tem mais de cinco milhões de usuários. A cripto de metaverso Gala (GALA) avança 12,5% e a Celo (CELO) segue no mesmo caminho, engrenando 11,6% hoje após ser escolhida pelo serviço de vaquinha virtual Kickstarter para servir de base para a criação de uma versão descentralizada em blockchain.

Na ponta negativa, os piores resultados do dia são de Bittorrent (BTT) e Spell Token (SPELL), que corrigem entre 11% e 12% após rali ontem. Já o Bitcoin SV (BSV) perde 10,4% mesmo após seu fundador, Craig Wright, vencer uma batalha judicial nos EUA que envolve a identidade real de Satoshi Nakamoto, o inventor do Bitcoin.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h04:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 49.181,02-2,0%
Ethereum (ETH)US$ 4.316,11-0,6%
Binance Coin (BNB)US$ 593,21+1,7%
Solana (SOL)US$ 187,46-0,6%
Cardano (ADA)US$ 1,37-0,9%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Near (NEAR)US$ 9,22+18%
Gala (GALA)US$ 0,522955+12,3%
Celo (CELO)US$ 4,10+11,7%
Terra (LUNA)US$ 73,16+10,4%
XRP (XRP)US$ 0,926740+11,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bittorrent (BTT)US$ 0,00349143-12,8%
Spell Token (SPELL)US$ 0,01635608-11,7%
Bitcoin SV (BSV)US$ 139,82-10,4%
Decred (DCR)US$ 87,62-7,7%
Polygon (MATIC)US$ 2,29-7,7%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 54,900%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 67,07-1,94%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 73,38+0,53%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,80-0,55%
QR Ether (QETH11)R$ 18,00+2,73%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (9):

Kickstater anuncia plano para descentralização em blockchain

O serviço de crowdfunding Kickstarter anunciou a criação de uma nova empresa focada na criação de uma plataforma descentralizada utilizando a blockchain Celo.

O objetivo é criar um protocolo de código aberto que dê origem a uma versão descentralizada da funcionalidade de vaquinha virtual, de modo a permitir que o maior número possível de pessoas possa dar vazão a seus projetos criativos, disse a empresa em nota na quarta-feira (8).

A blockchain Celo foi escolhida por causa de “seus esforços para minimizar o impacto ambiental (e se concentrar na acessibilidade global por meio do acesso móvel ao blockchain)”.

De acordo com a Bloomberg, o desenvolvimento do novo protocolo começará no primeiro trimestre de 2022. Ainda no ano que vem, assim que a nova plataforma estiver pronta, o Kickstarter planeja migrar seu site atual para o novo sistema.

Mineração de Bitcoin se recupera de banimento na China

O hashrate de Bitcoin, taxa de que mede o poder de computação dedicado à rede da criptomoeda, registra quase total recuperação dos níveis de maio, pouco antes de a China banir a mineração do país e forçar uma migração em massa de empresas que atuam no setor.

Na época, pairava forte dúvida na indústria de criptomoedas sobre como a rede de mineração iria se reestruturar, considerando que mais de 70% do poder computacional que dá segurança à blockchain vinha de mineradores chineses. Segundo dados do site BTC.com, a taxa global caiu pela metade entre maio e junho, mas voltou a se recuperar a partir daí.

Desde então, países como o Cazaquistão e os Estados Unidos se tornaram locais alternativos para mineradores, o primeiro com energia barata, e o segundo com energia renovável e outros incentivos para negócios. Nesta semana, o hashrate finalmente chegou perto do pico de maio, e marcou 182,83 exahashes por segundo (EH/s), pouco abaixo de 190,55 EH/s vistos há sete meses.

O aumento do número também indica maior interesse por empresas na mineração de Bitcoin, atividade que é recompensada com 6,25 BTC a cada 10 minutos. Ao mesmo tempo, relatórios semanais da casa de análise Glassnode apontam que mineradores estão entre os detentores da criptomoeda que vêm reduzindo a liquidação de ativos no mercado. Historicamente, o comportamento indica perspectiva de alta de preço.

CEOs de empresas de criptomoedas pedem regulamentação branda nos EUA

Executivos do setor de criptoativos defenderam a adoção de uma regulação branda durante audiência no Comitê de Serviços Financeiros do Congresso dos EUA, realizada ontem.

Diretores executivos das empresas Circle, FTX, Bitfury, Paxos, Coinbase e Stellar Development Foundation foram convocados para darem sua opinião sobre a criação de um marco regulatório para o setor. Eles responderam por quase cinco horas a perguntas de 40 deputados americanos sobre lastro de stablecoins e casos de uso de criptoativos, além da eficiência do Proof of Stake (Prova de Participação).

O ex-chefe do OCC (Escritório do Controlador da Moeda) e hoje CEO da Bitfury, Brian Brooks, disse defender o estabelecimento de um ambiente pró-cripto nos EUA e culpou a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) por impedir a aprovação de produtos financeiros baseados em cripto, a exemplo do ETF de Bitcoin à vista.

Os depoimentos foram considerados positivos e indicativos de que a indústria de criptos não deverá ser obrigada a seguir as mesmas normas aplicadas ao mercado financeiro e aos bancos.

Câmara aprova PL que regula criptomoedas no Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (8) o Projeto de Lei 2303/15, do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que prevê a regulamentação, por órgão do governo federal, da prestação de serviços de ativos virtuais. A proposta será enviada ao Senado.

De acordo com o texto, serão consideradas prestadoras de serviços de ativos virtuais as pessoas jurídicas que executam serviços como troca, em nome de terceiros, de moedas virtuais por moeda nacional ou estrangeira; troca entre um ou mais ativos virtuais; transferências deles; custódia ou administração, mesmo que de instrumentos de controle; e participação em serviços financeiros e prestação de serviços relacionados à oferta por um emissor ou venda de ativos virtuais.

“A Receita Federal já reconhece mais de R$ 127 bilhões sendo transacionados no Brasil e a falta de regulamentação provocou a possibilidade de fraudes”, disse Aureo Ribeiro. Leia mais aqui.

Há ainda outros dois Projetos de Lei em discussão no Senado. A Comissão de Assuntos Econômicos da casa debate os PLs na manhã de hoje.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Bitcoin em queda: o que esperar após a desvalorização de mais de 20% no final de semana?

 


Se até a semana passada ainda havia um clima otimista de curto prazo no mercado de criptomoedas, o cenário mudou drasticamente durante o fim de semana, com o Bitcoin (BTC) caindo mais de 20% e indo abaixo da marca de US$ 50 mil, em seu pior desempenho desde maio.

Com o movimento, investidores se questionam se as perdas podem se estender mais, e qual a melhor estratégia agora. Vale lembrar que para o longo prazo a avaliação continua positiva entre os especialistas, apesar do aumento da cautela quando a visão é de curto prazo.

“Não saiu nenhuma notícia específica que tenha provocado o rompimento da barreira dos US$ 50 mil, mas o que se acredita é que as pessoas que estão alavancadas com Bitcoin e altcoins acabaram sendo liquidadas, e essa liquidação de posição acabou derrubando o mercado”, avalia Henrique Teixeira, country manager do Grupo Ripio.

Desde sábado, quando chegou a bater a marca de US$ 42.600 em algumas corretoras, o Bitcoin conseguiu uma retomada e não operou mais abaixo de US$ 46 mil, ainda que não tenha conseguido superar os US$ 49.500 desde então. Apesar do sinal de estabilização, analistas não descartam novas correções no curto prazo.

Segundo a casa de análise CryptoQuant, embora investidores de varejo não estejam se desfazendo de seus ativos, grandes detentores de Bitcoin (baleias) seguem depositando em corretoras, em movimento que aponta para a continuidade da realização de lucros.

Por outro lado, análise da firma de dados Glassnode revela que as vendas seriam em grande parte provenientes de investidores que compraram Bitcoin recentemente. Enquanto isso, os detentores de longo prazo, cujo humor costuma dar o tom da saúde do mercado, seguem majoritariamente imóveis.

Aversão ao risco impactou a queda

Entender os motivos para a queda dos últimos dias também é passo importante para a análise do que esperar, e, apesar de ainda não haver um consenso entre especialistas sobre as causas, uma conjuntura mais ampla está envolvida.

“Há meses existia uma expectativa muito grande no mercado de um bull market, iniciando a partir do mês de dezembro, mas essa retração atual indica que o cenário pode ter mudado, já que a média móvel de 20 semanas, que é um dos indicadores utilizados, foi rompido”, afirma Mayra Siqueira, gerente geral da Binance do Brasil.

E entre as avaliações de diversos especialistas está a visão de que o cenário de aversão ao risco global, que tanto tem afetado as bolsas, também impactou o humor em cripto. Entre os fatores estão o receio de novos lockdowns provocados pela variante ômicron, temores pelo destino da Evergrande, na China, além da política monetária nos Estados Unidos e Europa.

“Ter um peso maior de investidores institucionais indica que o mercado cripto pode estar mais suscetível às notícias macroeconômicas do que no passado. Notícias negativas, como as da inadimplência de Evergrande, ou de política monetária internacional impactam mais o mercado do que outrora impactavam”, avalia Mayra.

Sobre o último fator, de um lado, existe a avaliação de que a alta de juros nos EUA favoreça o Bitcoin, considerado um ativo de proteção contra a alta de preços. Porém, esse cenário deve levar o Federal Reserve a subir os juros antes do previsto, o que pode reverter e ser um impacto negativo sobre as criptomoedas.

Ainda no noticiário, investidores também seguem atentos à questões envolvendo a regulação nos EUA. Essa queda recente também coincidiu com o encontro do atual presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, com o antigo chefe do órgão, Jay Clayton, em um evento em Nova York. Ambos concordaram que, com exceção do Bitcoin, provavelmente todas as demais criptomoedas devam ser consideradas valores mobiliários, reportou o The New York Times.

Alta alavancagem

Por fim, a questão da alavancagem mais uma vez pode ter ido grande importância na magnitude da correção, assim como ocorreu no primeiro semestre quando a China proibiu a mineração no país.

Essa questão agora envolve a alta alavancagem em derivativos de criptomoedas, especialmente nos contratos perpétuos, que visam operar no curto prazo com posições multiplicadas em até 100 vezes usando criptos alugadas. Na semana passada, a casa de análise Arcane Research já alertava sobre o aumento dos contratos em aberto mesmo em meio à queda nos preços.

“Os contratos em aberto de Bitcoin permaneceram acima de 365.000 BTC por mais de um mês”, escreveram os analistas. “Não é comum ver uma quantidade tão alta sendo sustentada por tanto tempo. Isso pode sugerir que o mercado está saturado de alavancagem”.

Estima-se que cerca de US$ 1 bilhão tenha sido liquidado de posições compradas enquanto o Bitcoin e outros ativos digitais despencavam na madrugada de sábado. Desde então, as taxas de juros cobradas por corretoras para o aluguel de criptos se mantêm no negativo, indicando pouco interesse na abertura de novas posições.

Se até pouco tempo havia uma empolgação no mercado de que o Bitcoin chegaria logo aos US$ 100 mil, o momento agora é de cautela para reavaliação do cenário. E enquanto especialistas enxergam uma chance menor da criptomoeda voltar para sua máxima histórica no curto prazo, para o investidor de longo prazo essas quedas podem se tornar uma boa oportunidade.

“Vai levar mais tempo para voltar para os patamares de US$ 70 mil e acima. Vamos acompanhar nos próximos dias. Essa queda também abre oportunidades para outras pessoas entrarem no momento de baixa ou aumentar sua posição”, conclui Teixeira.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

domingo, 5 de dezembro de 2021

Bitcoin e ethereum despencam após decisão monetária do Fed

 


Os preços do bitcoin caíram drasticamente na última semana e o valor de mercado de criptomoedas acumulou US$ 300 bilhões em perdas em apenas dois dias.

O bitcoin, ativo mais negociado do mercado, viu seu preço reduzir de US$ 69 mil semanas atrás para cerca de US$ 51 mil, uma queda de quase 30%. Esse movimento mais recente de perdas afetou também outras criptomoedas, como ethereum, solana, BNB da Binance, cardano e ripple da XRP. Cada um destes ativos caiu quase 10% em apenas 24 horas.

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Essa súbita liquidação é acompanhada de fortes perdas no mercado de ações, seguindo um anúncio do investidor Louis Navellier. Ele havia afirmado que a redução amplamente esperada de incentivos do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, poderia estourar a bolha do bitcoin e dos criptoativos ao redor do mundo.

“O Fed está diminuindo [os incentivos], e isso deve criar uma correção nos ativos de risco, dos quais o bitcoin faz parte”, escreveu Navellier, em comentários relatados pela primeira vez pelo Insider. “Quanto mais o Fed diminui, mais volatilidade devemos ver nas ações, nos títulos e, sim, no bitcoin também.”

O bitcoin e outras criptomoedas menores permanecem altamente voláteis em comparação com os mercados tradicionais. Afinal, os ganhos com ethereum, solana, BNB da Binance, cardano e ripple da XRP também costumam saltar percentuais de dois dígitos em poucas horas.

Navellier alertou que o preço do bitcoin pode cair para menos de US$ 10.000 por ativo, uma queda de mais de 80% em relação ao valor mais alto registrado no mês passado, de quase US$ 70.000.

Não é a primeira vez que o preço do bitcoin registra quedas deste tipo, embora os investidores do setor permaneçam confiantes de que o preço ainda estará muito mais alto nos próximos anos.

“Eu consideraria uma média móvel de 200 dias com declínio abaixo de US$ 46.000 como uma bandeira amarela. E um declínio abaixo da mínima de US$ 28.500 como um indicativo que aponta para um declínio abaixo de US$ 10.000, que sem dúvidas corresponderia a muitas das múltiplas quedas de mais 80% em sua história”, escreveu Navellier.

Navellier, que observa os mercados e seleciona ações desde os anos 90, apontou os enormes gastos com publicidade das empresas de criptografia como evidência de obsessão no mercado de bitcoin e criptografia. Plataformas de negociação como Crypto.com e FTX causaram espanto com campanhas multimilionárias e acordos de patrocínio nos últimos meses.

A escalada do preço do bitcoin, que levou a criptomoeda de US$ 4.000 em março de 2020 a máximas de cerca de US$ 69.000 em novembro deste ano, começou no ano passado. Pelo menos parte deste movimento está relacionado às medidas de estímulo tomadas pelo Federal Reserve e outros bancos centrais ao redor do mundo em resposta ao impacto econômico da pandemia Covid-19 e às medidas para contê-la.

A alta do bitcoin aumentou a capitalização do mercado de criptomoedas em cerca de US$ 500 bilhões no ano passado para picos de US$ 3 trilhões no último mês. Muitos desses ganhos vieram de enormes aumentos de preços em criptomoedas menores, com o ethereum e seus rivais BNB, solana e cardano superando o bitcoin nos últimos 12 meses.

O Fed está agora começando a ajustar sua política econômica após um forte aumento da inflação e uma recuperação do mercado de trabalho. Enquanto os dados de emprego de novembro ficaram abaixo das expectativas, a taxa de desemprego caiu para 4,2%, ante 4,6% em outubro – seu ponto mais baixo em mais de um ano.

Na semana passada, o bilionário investidor em criptoativos Mike Novogratz alertou o presidente do Fed, Jerome Powell, que a política monetária poderia desencadear um colapso do mercado de bitcoins e criptos em 2022.

Fonte: https://forbes.com.br/


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Even passa a aceitar Bitcoin e Ethereum para pagamento de imóveis

 


A incorporadora Even (EVEN3) anunciou uma parceria com a exchange Mercado Bitcoin para aceitar o uso de criptomoedas no pagamento por imóveis. Com isso, ela se torna a primeira empresa com ações na Bolsa brasileira a aceitar pagamentos com ativos digitais.

Segundo a companhia, o limite de uso de cripto pode chegar até a 100% do valor total dos empreendimentos, acima da média do mercado brasileiro. Por enquanto, serão aceitos apenas Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

“Entre as alternativas, poderão ser utilizados o Bitcoin, uma das criptomoedas mais conhecidas quando falamos em investimentos deste segmento, e a Ethereum, segunda mais popular do mercado e muito utilizada para a realização de aplicações descentralizadas”, explica Marcelo Dzik, diretor executivo de incorporação da Even.

Segundo ele, a iniciativa visa atender a demanda crescente do mercado. “Queremos facilitar a vida dos nossos clientes e oferecer a possibilidade de pagamento ágil nesse tipo de moeda que tem crescido bastante ou em outras que venham a surgir”, diz o executivo.

Todos os empreendimentos da companhia estarão disponíveis para a modalidade de pagamento com criptomoedas.

Em comunicado, a Even explicou como irá funcionar o procedimento para essa modalidade, com o cliente enviando um formulário de intenção de pagar com cripto cerca de cinco dias antes do vencimento da parcela. Em seguida a operação será feita pelo Mercado Bitcoin, que ainda fará uma videoconferência com o cliente para aprovar a operação. Confira abaixo:

Cronograma da Even para uso de criptomoedas no pagamento de imóveis

A incorporadora ainda afirma que esse tipo de pagamento com cripto funcionará por tempo indeterminado, ou seja, não se trata de uma promoção. Por outro lado, a Even se reserva ao direito de parar de aceitar a modalidade em algum momento.

O pagamento só poderá ser feito utilizando a corretora Mercado Bitcoin e o valor, em reais, da operação será fechado durante ligação ou videoconferência do cliente com as empresas.

Além disso, tarifas de transferência cripto entre carteiras serão aplicadas, algo comum em operações nesse mercado, como por exemplo quando o cliente enviar os recursos para o Mercado Bitcoin. Porém, não haverá cobrança extra na transferência entre a exchange e a conta da Even.

Fonte: www.infomoney.com.br

sábado, 27 de novembro de 2021

Nos EUA, Texas planeja se tornar a capital do Bitcoin

 


O Texas, que já abriga a rede elétrica mais vulnerável dos Estados Unidos, está prestes a ser atingido por um aumento na demanda por eletricidade duas vezes maior que a capital, Austin.

Prevê-se a vinda de um batalhão de mineradores de criptomoedas a caminho para o estado em busca de energia barata e liberalismo econômico criando um aumento na demanda de até 5.000 megawatts nos próximos dois anos. A migração criptográfica para o Texas vem crescendo há meses, mas o grande volume de energia que esses mineradores precisarão – duas vezes mais do que o consumo da cidade de quase 1 milhão de pessoas durante todo o ano de 2020 – só agora isto está ficando claro.

O boom ocorre em um momento em que o sistema elétrico já está sob pressão devido ao crescimento da população e à robusta economia do estado. Mesmo antes de a nova demanda entrar em operação, a rede elétrica do estado provou de forma letal que não é confiável. Catastróficos apagões em fevereiro mergulharam milhões na escuridão por dias e, em última análise, foram responsáveis por pelo menos 210 mortes.

Proponentes como o senador Ted Cruz e o governador Greg Abbott, ambos republicanos, dizem que os mineradores de criptografia são, em última análise, bons para a rede, já que dizem que os mineradores podem absorver o excesso de energia limpa e, quando necessário, podem voluntariamente diminuir o controle em segundos para ajudar a evitar apagões. Mas isso levanta a questão de o que esses mineradores farão quando a demanda de eletricidade do estado inevitavelmente ultrapassar a oferta: eles vão aderir a um código de honra de reduzir o uso de energia, especialmente quando o valor do próprio bitcoin for tão alto, ou isso significará ainda mais pressão em uma rede já sobrecarregada?

“Ninguém está olhando para a potencial escala de investimento em criptografia e sua demanda de energia nos próximos dois anos e tentando contabilizar isso em algum tipo de plano estratégico”, disse Adrian Shelley, diretor do escritório de defesa do consumidor do Texas e do grupo de lobby Cidadania Pública, que criticou duramente as vulnerabilidades do mercado de energia não regulamentado do estado.

Aqui está o que é preciso saber sobre o Texas, a criptomoeda e a rede elétrica

Por que o Texas? – O Texas está estendendo o tapete vermelho para os mineradores de criptografia, uma vez que a antiga líder, China, baniu essa atividade. A mineração de criptografia requer uma grande quantidade de energia, complicando os esforços de Pequim para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e aumentar o suprimento de energia antes do inverno.

Os mineradores que se instalam no Estado da Estrela Solitária geralmente podem contar com um abatimento de 10 anos sobre impostos, créditos de impostos sobre vendas e treinamento da força de trabalho do estado, dependendo de onde estejam localizados e de quantos empregos podem oferecer. Mesmo sem incentivos formais, os preços baratos da energia e a política de não intervenção do estado em relação aos negócios costumam ser um atrativo.

O argumento está funcionando: a operadora de rede elétrica, Electric Reliability Council of Texas, ou Ercot, será responsável por cerca de 20% da rede bitcoin em termos globais, até o final de 2022, passando de 8% para 10% hoje, de acordo com Lee Bratcher, presidente do conselho da Texas Blockchain. No momento, a Ercot tem algo entre 500 e 1.000 megawatts de capacidade de mineração, de cerca de 2.000 no país inteiro. A rede estadual adicionará outros 3.000 a 5.000 megawatts de demanda de mineração até o final de 2023, disse ele.

Embora seja provável que a rede tenha capacidade total suficiente para atender ao aumento da demanda, a questão ainda maior em jogo é a confiabilidade e se haverá energia suficiente quando a demanda atingir os picos e a oferta estiver vulnerável, de acordo com o analista da Moody’s Toby Shea.

“O Texas tem sido muito favorável aos negócios e a Ercot é uma das maiores redes de energia desregulamentadas do mundo”, disse Dave Perrill, diretor executivo da empresa de infraestrutura de mineração Compute North. Sua empresa estava planejando aumentar a capacidade de mineração nos EUA apenas em 2023, mas antecipou isso para 2022 porque a demanda é muito grande.

Todas as nove redes de energia dos EUA e do Canadá têm mineradores operando nelas, mas o Texas agora tem a maioria, disse Gregg Dixon, CEO da Voltus Inc., que ajuda grandes consumidores a adquirir energia e fornece serviços de atendimento de demanda para criptomoedas dos EUA. Os chineses estão por trás de grande parte desse boom, disse ele.

“Eles chegam e já vão assinando cheques de US$ 100 milhões na hora”, disse ele.

Enquanto isso, a rede elétrica do Texas ficou sob pressão, à medida que a população se expandiu em mais de 4 milhões na última década chegando a quase 30 milhões, parte de um boom que criou uma das economias de crescimento mais rápido nos EUA. Austin é a quarta maior cidade do estado, lar de pouco mais de 3% de todos os residentes do Texas.

Por que isso pode ser ruim para a rede

Enquanto a Ercot prevê que vários milhares de megawatts de demanda de mineração devam ser adicionados à rede, a operadora da rede disse que não tinha nenhuma estimativa de quanta demanda está chegando das mineradoras. Ele também não sabe quanto será adicionado à sua previsão de pico de demanda, ou quantas empresas optarão por reduzir o consumo voluntariamente em uma catástrofe. A Ercot deve manter suprimentos extras à disposição – pelo menos 13,75% a mais do que o pico previsto – para ajudar a evitar apagões em uma onda de frio ou de calor.

A previsão de oferta e demanda já estava ficando mais difícil para as redes americanas. Fortes tempestades causadas pela mudança climática interromperam o abastecimento, e mais eletricidade está vindo agora das intermitentes energias solar e eólica. O aumento dos veículos elétricos também torna mais difícil prever onde e quando eles serão conectados. Somando-se a isso, a mineração “é uma enorme carga variável”, disse Tom Deitrich, CEO da Itron Inc., que fornece serviços de utilidade pública com recursos de demanda-resposta .

Em conjunto, isso significa que a rede pode ter a quantidade errada de energia exatamente no momento em que o estado mais precisa. Prioridades incompatíveis no setor de energia do Texas e uma gigantesca falha nas previsões de demanda de energia em fevereiro terminaram em catástrofe: milhões de pessoas no escuro, mais de US$ 20 bilhões em prejuízos e pedidos para reformar o setor de energia do estado.

“O impacto da mineração de Bitcoin só vai aumentar o pico da demanda, aumentando então, o estresse na rede”, disse Ben Hertz-Shargel, chefe global da Grid Edge, uma divisão da consultoria de energia Wood Mackenzie. “Em tempos de escassez, como em fevereiro deste ano, a mineração de bitcoin pode oferecer uma inútil contribuição para a carga disponível.”

Críticos também dizem que a grande quantidade da nova demanda pela mineração pode aumentar os custos de energia para o consumidor médio, embora ninguém tenha conseguido quantificar em quanto os preços poderiam aumentar. Quando a cidade de Plattsburgh, no interior do estado de Nova York, atraiu criptomoedas, descobriu-se que eles inicialmente usaram toda a energia hidrelétrica barata sobressalente, resultando em custos mais altos em toda a cidade; em última análise, foi necessário definir tarifas para os mineradores para manter baixos os custos de todos os outros usuários.

“Eles ligaram o interruptor e, de repente, percebemos – caramba! – de onde surgiu esse consumo de eletricidade?” disse o prefeito Christopher Rosenquest.

Outro detalhe esquecida sobre a mineração: sua intensidade energética continuará a aumentar porque o sistema foi projetado para dificultar a extração de cada moeda incremental. Os mineradores estão evoluindo de pequenos “núcleos” adicionando conexões aos seus enormes porões para servidores instalados em grandes armazéns com ar-condicionado, usando cada vez mais energia.

Ed Hirs, um bolsista de energia da Universidade de Houston, adverte que o Texas e a criptografia não são uma boa combinação.

“Quem se beneficia da mineração de bitcoin? Ela não dá empregos, nem paga impostos”, disse. “Existem algumas questões sobre o bem-estar social nesse aspecto que eu acho que muitas pessoas tendem a ignorar até que surja uma crise.”

Por que isso poderia ser bom para a rede

O argumento do setor de criptografia sobre por que faz sentido no Texas é simples: é bom para a transição energética e para o meio ambiente. As mineradoras dizem que vão gerar uma onda de novos empreendimentos eólicos e solares assinando contratos de longo prazo, acelerando a transição do estado para longe do carvão. E as operações de mineração podem atuar como uma força de equilíbrio, absorvendo o excesso de energia limpa que, de outra forma, seria desperdiçada. Elon Musk disse que a Tesla permitiria transações em bitcoin novamente assim que a mineração fosse feita com mais energia limpa.

Ao contrário de uma fábrica ou refinaria de petróleo, os mineradores de criptografia podem reduzir o uso de eletricidade em segundos para permitir as restritas condições da rede. A mineração gosta de traçar paralelos com a tecnologia de armazenamento de bateria que pode entrar em ação sempre que necessária.

A mineração de criptografia é “um tipo de demanda muito especial; pode diminuir muito rapidamente”, disse Carrie Bivens, ex-gerente de operações da rede estadual que agora atua como monitor de mercado independente com a Potomac Economics. “Da mesma forma, se essa carga nunca existisse, não haveria necessidade de redução.”

Alguns mineradores estão optando voluntariamente por programas em que são pagos para vender energia de volta à rede durante os períodos de alta demanda – benefício para um bem maior e seus próprios fluxos de caixa. Por exemplo, se uma mineradora tivesse contratado energia por US$ 50 o megawatt-hora, poderia ter vendido essa energia de volta para a rede por US$ 9 mil durante a crise de fevereiro e embolsado a diferença.

Um local de mineração de 300 megawatts em Rockdale, no centro do Texas, que a Riot Blockchain Inc. comprou no início deste ano, chamado Whinstone, é uma das duas instalações que se inscreveram até agora para o programa de “recursos controláveis de carga ” da Ercot que paga um prêmio para usuários industriais que permitam, ao operador da rede reduzir ou aumentar automaticamente o consumo de energia quando necessário. A outra no programa é a instalação de 50 megawatts da Compute North em Big Spring, no oeste do Texas.

Em um recente fim de semana, a Ercot ordenou que o site Whinstone diminuísse o uso em dias consecutivos após duas fábricas terem ficado offline. “A energia de nossas máquinas dançou, aumentou e diminuiu com base no que a Ercot disse ao nosso software para fazer, e o que fez foi ajudar a estabilizar a rede enquanto outra geração surgia”, disse Chad Everett Harris, CEO da instalação. Harris disse que fechou voluntariamente em 11 de fevereiro quando as temperaturas despencaram no Texas, três dias antes da Ercot começar a cortar a energia para poder salvar a rede.

Na verdade, as mineradoras percebem que a maior parte de seu atributo agora é sua capacidade de fazer o bem – reduzir a produção para ajudar a rede, mesmo correndo o risco de diminuir os próprios lucros – caso contrário, eles perdem o argumento de que estão ajudando na transição de energia, disse Dixon da Voltus. É por isso que ele acha que as empresas farão a coisa certa, desregulamentada ou não.

“É o elefante na sala”, disse ele. “E se o abaterem, destroem a si mesmos.”

Tradução: Anna Maria Dalle Luche

Fonte: https://einvestidor.estadao.com.br/


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Bitcoin desaba e El Salvador aproveita 'desconto' para comprar mais 100 unidades


 

Mantendo o forte movimento de queda, provocado pelo pânico generalizado causado pela nova variante do coronavírus, o bitcoin (BTC) encerra a semana com recuo de 7,72%, negociado a US$ 54.250. O ethereum (ETH), segunda cripto mais negociada, caiu 9,16%, a US$ 4.086.

O encerramento desta sexta, intensificado pela aversão a risco em todos os mercados, manteve o movimento registrado na semana, apesar do suspiro que a alta registrado nos negócios com criptomoedas ontem.

O governo de El Salvador adquiriu mais 100 bitcoins para o Tesouro do país, aproveitando o dia de “desconto”, de acordo com o próprio presidente Nayib Bukele, em post no Twitter. O país da América Central adotou o BTC como moeda legal.


Fonte: https://valorinveste.globo.com/

    domingo, 21 de novembro de 2021

    Bukele construirá ‘cidade bitcoin’ em El Salvador, financiada por bônus

     


    El Salvador construirá a primeira “cidade bitcoin” do mundo, energizada por um vulcão, com áreas residenciais, comerciais e aeroportuárias, cujo financiamento será, inicialmente, pela emissão de títulos no mercado de criptomoedas em 2022 – anunciou o presidente Nayib Bukele, no sábado (20).

    “O que vai incluir a ‘Cidade Bitcoin’? Será no Golfo de Fonseca [Oceano Pacífico, sudeste]. E vai ter de tudo: áreas residenciais e comerciais, serviços, museus, entretenimento, bares, restaurantes, aeroporto, porto, trem, tudo”, descreveu Bukele, em inglês, no encerramento do Labitconf, um fórum anual que reúne “bitcoiners” do mundo.

    “Com o prefeito e tudo mais”, acrescentou.

    El Salvador é, desde 7 de setembro, o primeiro país a autorizar o bitcoin como moeda legal, a par do dólar.

    “Bitcoin City”, ou “cidade bitcoin”, cujo prazo de construção não foi informado, será na cidade costeira de Conchagua, onde se encontra o vulcão homônimo, que fornecerá a energia para o empreendimento.

    “Aproveitaremos a geração de energia geotérmica para a cidade e para a mineração de bitcoin”, disse Bukele.

    A mineração de bitcoins é o processo pelo qual novos bitcoins são criados. Nele, são usados computadores que resolvem problemas matemáticos complexos, cuja operação demanda uma grande quantidade de energia elétrica.

    Hoje, essa energia provém de uma central geotérmica construída em 1999 e alimentada pelo vulcão Tecapa, na cidade de Berlim.

    Segundo Bukele, o único imposto que a “Cidade Bitcoin” terá é o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), investido em sua manutenção.

    Fonte: istoe.com.br