quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Depois de bater máxima histórica, o que esperar para o Bitcoin em 2022?

 


Depois de ganhar força entre os investidores de varejo em 2020 com a tese de ativo descorrelacionado à economia tradicional, o Bitcoin (BTC) caiu nas graças dos institucionais em 2021, levando a maior criptomoeda do mundo a bater sua máxima histórica de US$ 69 mil em novembro.

Desde então, o humor do mercado acabou virando com força, levando o Bitcoin para menos de US$ 50 mil, uma queda de cerca de 30% em pouco mais de um mês, levantando a questão sobre a sustentação de um cenário altista para a moeda digital, principalmente porque alguns analistas acreditavam que ela poderia chegar a US$ 100 mil este ano.

Apesar do cenário mais negativo, a criptomoeda caminha para encerrar o ano com ganhos consideráveis, de 65% até 21 de novembro, desempenho bem superior às bolsas de valores, apesar de ficar abaixo de outras grandes criptos, como o Ethereum (ETH), que tem alta de 450% em 2021.

Para Theodoro Fleury, gestor da QR Asset Management, enquanto há uma clara sinalização positiva vinda dos institucionais, o que deveria puxar o preço para cima como ocorreu nos últimos meses, o cenário macroeconômico tem pesado no sentido oposto. E essa deve ser a dinâmica no médio prazo.

Ele cita dados da rede do Bitcoin (on-chain), que mostram que apesar de uma queda no número de transações com a criptomoeda, o valor de cada operação, em média, subiu. “O que isso indica pra mim? Tem muita gente com ticket médio maior entrando no mercado. O ticket médio do Bitcoin está aumentando. Isso é um sinal de que tem gente grande entrando”, diz Fleury.

“Você tem essa força do interesse do investidor institucional, e isso se reflete nos dados on-chain, eles mostram um acúmulo, você vê mais métricas indicando alta do que baixa”, continua o gestor lembrando que esse tipo de análise tende a indicar um período mais longo, não o curto prazo.

Nesse cenário, a indicação é que o Bitcoin pode estar barato atualmente, mas essa não é a única análise que deve ser feita e a conjuntura macro pode ser uma pedra no caminho de maiores ganhos da criptomoeda.

Cenário macro deve pressionar o Bitcoin

Apesar de o Bitcoin ser considerado uma proteção (hedge) contra a inflação, os investidores estão mais preocupados com a alta de preços ao redor do mundo, principalmente nos Estados Unidos, onde os números têm permanecido altos por mais tempo que o esperado.

Isso elevou a aversão ao risco em praticamente todos os mercados. E com as criptos não é diferente, conforme os investidores preferem manter suas aplicações em ativos considerados mais seguros e menos voláteis, ou até mesmo fora de qualquer investimento.

“Por mais que o Bitcoin seja um hedge inflacionário, comparado ao ouro, num primeiro momento, quando o negócio aperta, dados muito altos, o Powell [presidente do Fed] falando que vai acelerar a política monetária restritiva, o Bitcoin primeiramente se comporta mais como um ativo de risco”, explica Fleury.

No último dia 15 de dezembro, o Federal Reserve, como é chamado o banco central americano, como forma de combater os efeitos da inflação, decidiu acelerar a redução de estímulos no país, e indicou três altas de juros em 2022, o que também tem impacto no mercado cripto.

Se de um lado o cenário de aversão ao risco pressiona os preços do Bitcoin para baixo, essa decisão do Fed, se for seguida nos próximos meses, pode ter um efeito mais positivo.

Isso porque a criptomoeda é vista como uma proteção contra a desvalorização potencial do dólar que pode resultar do estímulo monetário, que por sua vez é facilitado pela impressão de dinheiro do Fed. Portanto, uma retirada mais rápida do estímulo pode trazer mais força para a criptomoeda.

Regulação

Com o aumento do interesse institucional, um tópico que ganhou mais força nos debates foi o da regulação do mercado cripto, e esse tema deve seguir no radar para 2022.

Enquanto a China decidiu banir de vez a mineração e operações com criptoativos, diversos países correm contra o tempo para encontrarem as melhores soluções, que possam trazer segurança sem afetar o serviço oferecido aos usuários e nem a liberdade de negociação.

“No que diz respeito à regulação, vemos que para uma parte do mercado ela é necessária, visto que como elemento de investimento deve estar sob um marco regulatório de proteção ao investidor, mas para outra parte do mercado que utiliza criptografia como alternativa aos sistemas tradicionais é difícil aceitar a intervenção dos governos, que normalmente não é realizada de maneira eficaz, sendo mais um obstáculo do que um impulsionador do crescimento dessas novas economias”, avalia Denise Cinelli, general manager da CryptoMarket.

Apesar da grande expectativa, não há tanta esperança de que os próximos meses marquem o anúncio de uma regulação mais definida em grandes mercados, como os EUA, já que essa é uma questão que envolve diversas esferas, como o Fed e a SEC (a Comissão de Valores Mobiliários americana), além de ser um tema político, que tende a ter um andamento mais lento.

Enquanto isso, no Brasil, apesar de alguns projetos de regulação estarem avançando no Congresso, o tema também não deve evoluir de forma tão rápida, principalmente diante da proximidade de uma eleição presidencial.

Fleury lembra ainda que o país tem três reguladores, CVM, Receita Federal e Banco Central e que falta uma unidade de visão entre eles sobre o tema. “A impressão que dá é que cada um enxerga o Bitcoin de uma forma diferente, eles não se conversam”, avalia.

O gestor aponta que tanto a Receita quanto a CVM parecem ver o Bitcoin como ativo financeiro, mas o BC, aparentemente, não. “A primeira coisa, o BC precisa se pronunciar sobre o que é o Bitcoin para ele, é um ativo financeiro, é uma commodity? Eu tenho a sensação que a CVM não quer regular exchanges antes do BC dar uma opinião”, afirma.

“Acho que o BC tem que se posicionar para então a CVM regular o mercado no Brasil. Mas eu vejo isso um pouco distante. A regulação está muito avançada para fundos – e até para cobrança de impostos –, mas para o resto não está muito claro”, conclui Fleury.

ETFs cripto

Enquanto o Brasil lançou cinco fundos de índice (ETFs) de criptomoedas em 2021, os EUA até pouco tempo também ainda não haviam aceitado nenhuma proposta para esse tipo de produto. E após muita expectativa, em outubro foi lançado o primeiro ETF de Bitcoin, mas diferente do que desejado, era apenas de futuros da moeda digital.

Apesar desse ser um primeiro passo, um ETF de futuros não é considerado tão atrativo, tendo seu potencial reduzido e os investidores, principalmente institucionais, seguem na esperança pelo lançamento de um produto melhor em 2022, que pode ajudar a destravar o preço do Bitcoin.

Mas os especialistas não estão muito convencidos de que isso irá acontecer em breve.

Para Fleury, a sinalização da SEC não traz muita expectativa de que a aprovação de um ETF de Bitcoin spot possa ocorrer logo, dado que a instituição segue negando algumas propostas feitas. “Nas projeções mais otimistas [o ETF] viria da metade para frente de 2022, ou depois”, afirma.

“Tem que lembrar que a SEC, apesar de em teoria ser um órgão independente, teve seu presidente colocado lá por um governo democrata, que é um partido que costuma ser mais mão pesada em regulação”, diz o gestor. “Esse fator regulatório é um dos poucos baldes de água fria que eu vejo para 2022”.

Já Denise acredita que quaisquer instrumentos financeiros como os ETFs, tanto futuros quanto spot, ajudam no aumento do preço do Bitcoin porque se tornam boa opções para investidores terem posições de forma oficial e legal.

“Isso implica em uma ajuda de uma maneira considerável para uma forte liquidez no mercado, gerando volume e, portanto, um aumento de preço. Sendo assim, à medida que aparecem instrumentos atrelados ao Bitcoin ou altcoins, o resultado é positivo para o mercado cripto”, avalia.

Por outro lado, ela também aponta que, por estar no começo de um debate sobre regulação em todos os países do mundo, é remota a possibilidade de ter um ETF spot em 2022.

Para onde vai o Bitcoin em 2022?

Apesar de manterem otimismo sobre o futuro do Bitcoin, a recomendação dos especialistas neste momento é de uma cautela maior no curto prazo. Com um cenário indefinido diante da situação macro e com os investidores mais receosos, 2022 caminha para ter um início ainda turbulento.

“O Bitcoin pela primeira vez vai enfrentar um ciclo de redução da liquidez global e um evento de aperto monetário nos EUA. A questão chave é se o Bitcoin vai continuar se mantendo como um ativo descorrelacionado ou se os efeitos da redução de liquidez vão afetar o apetite dos institucionais”, avalia Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero.

Já Fleury destaca que durante momentos de crise e maior pânico, as correlações dos ativos tendem a aumentar, com um movimento mais guiado pelo humor do que pelos fundamentos. “A questão é depois, quando a poeira abaixa, a velocidade com que o ativo descola. Se for resumir, acredito que a gente vai ver o Bitcoin a US$ 100 mil, minha dúvida é se ele volta a US$ 40 mil antes disso ou se vai direto até esse patamar”, pondera o gestor.

Félix, por sua vez, segue otimista com a projeção dos US$ 100 mil conforme o mercado também caminha para entrar no novo ciclo de redução de recompensa dos mineradores, chamado de halving, previsto para primeiro semestre de 2024. “A única certeza é de que o mercado tende a seguir volátil”, afirma.

Mais cauteloso no atual cenário, o trader e investidor anjo Vinícius Terranova diz que está “fora do mercado”, aguardando uma sinalização do mercado, algum tipo de reversão para alta ou mesmo confirmação de queda acentuada.

Durante uma live para atualização de cenário, ele recomendou aos investidores terem paciência ao esperar o surgimento de uma nova oportunidade de entrada, sem descartar uma correção para níveis próximos de US$ 23 mil em um movimento baixista mais forte.

“Não dá para ter euforia agora, é preciso ter cautela, o cenário está feio”, avalia ele reforçando que o melhor a se fazer nesta virada de ano é ficar fora, observando e estudando mais sobre criptoativos.

“Para 2022, se continuar desse jeito, eu espero mais quedas, espero um bear market bem acentuado. Mas se recuperar no início do ano, se o mercado global mostrar uma recuperação, aí acredito que o Bitcoin pode voltar a romper as máximas”, conclui.

Por fim, Denise lembra que, mesmo com bastante volatilidade, o mercado tem ficado cada vez mais maduro com o passar dos anos. “Em 2022, o que se espera é que a adoção continue crescendo e que cada vez mais pessoas entendam como utilizar essa nova tecnologia, pois é um benefício para a sociedade, não somente como um ativo para investimentos, mas também para ter controle sobre seu próprio dinheiro”, afirma.

“Independente se o valor de mercado siga subindo ou baixe, o principal ponto forte do Bitcoin é que está cada dia mais conhecido e em 2022 será o início da adesão massiva”, conclui ela.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Criptos hoje: Bitcoin e Ethereum sobem mais de 5%, Avalanche dispara e Terra se torna o 2º maior DeFi

 


O Bitcoin (BTC) segue volátil e nesta terça-feira (21) volta a ganhar força após cair na véspera, operando novamente acima da marca de US$ 48 mil, acompanhado de outras criptomoedas, como o Ethereum (ETH), que retoma o nível dos US$ 4 mil.

O movimento continua seguindo o humor dos investidores do mercado tradicional conforme as bolsas asiáticas também têm uma sessão de recuperação hoje, subindo mais de 1%.

Isso ocorre por conta das incertezas do cenário macro, principalmente em relação ao impacto da variação ômicron do coronavírus, assim como a alta da inflação nos Estados Unidos e decisões de política monetária ao redor do planeta.

Diante do atual cenário, o Bitcoin e outras criptomoedas estão tendo um comportamento mais relacionado a ativos de risco, subindo em dias de maior calmaria e recuando em momentos de maior pânico, ainda que a maior moeda digital do mundo tenha uma característica de descorrelação com o mercado tradicional e de proteção contra inflação.

Especialistas explicam que essas características acabam ficando em segundo plano no curto prazo quando os investidores estão mais tensos, mas que os fundamentos se mantêm e no médio e longo prazo tendem a favorecer uma recuperação mais rápida.

Nesta manhã, todas as 50 maiores criptomoedas em valor de mercado registram alta, com destaque para Terra (LUNA) e Avalanche (AVAX), com valorizações entre 9% e 15%. As duas seguem em um momento muito positivo, com ganhos acumulados de mais de 40% nos últimos sete dias.

Já na outra ponta, são poucas as quedas, sendo apenas duas acima de 1%, Celsius (CEL) e Decred (DCR), que mesmo com as perdas de momento ainda sustentam valorizações no acumulado da última semana.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:


CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 48.609,20+5,60%
Ethereum (ETH)US$ 4.027,12+6,63%
Binance Coin (BNB)US$ 531,77+3,64%
Solana (SOL)US$ 180,28+4,39%
Cardano (ADA)US$ 1,27+4,10%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Helium (HNT)US$ 35,76+16,22%
Harmony (ONE)US$ 0,2474+16,01%
Avalanche (AVAX)US$ 118,79+15,63%
THORChain (RUNE)US$ 6,89+14,98%
Holo (HOT)US$ 0,00787+13,47%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Decred (DCR)US$ 71,90-3,01%
Celsius (CEL)US$ 3,83-1,30%
Revain (REV)US$ 0,01003-0,91%
Stellar (XLM)US$ 0,266-0,33%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 51,95+1,05%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 65,20+4,32%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 67,82+2,77%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,50+4,79%
QR Ether (QETH11)R$ 16,65+4,05%


Terra se torna o 2º maior protocolo DeFi

A rede de pagamentos descentralizada Terra se tornou o segundo maior blockchain para protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) em termos de valor total bloqueado (TVL). O protocolo ultrapassou a Binance Smart Chain (BSC) e agora só está atrás do Ethereum.

13 projetos no Terra têm mais de US$ 18,2 bilhões em TVL, segundo dados da ferramenta analítica DeFiLlama, o que representa mais de US$ 1,4 bilhão por protocolo, em média. Na BSC, por exemplo, essa média é de US$ 73 milhões, com US$ 16,5 bilhões em 225 protocolos.

Esse valor da Terra representa uma alta de cerca de 42.000% em um ano, quando projetos DeFi na plataforma mantinham apenas US$ 42 milhões em valor.

Internacional anuncia seu fan token

O Sport Club Internacional anunciou na segunda o lançamento do seu fan token, em parceria com a Socios.com e a empresa blockchain Chiliz.

Assim como o Palmeiras, o clube gaúcho ainda não informou o preço e nem a data de lançamento dos tokens. O código do ativo será $SACI, em alusão ao mascote do time.

Fonte: www.infomoney.com.br

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

MicroStrategy pretende “gerar rendimentos” a partir de sua reserva de bitcoin, diz CEO

 


Até o momento, MicroStrategy adquiriu mais de 122 mil bitcoins (BTC), e agora a empresa está em busca de maneiras para “gerar rendimento” a partir dessas reservas, segundo Michael Saylor, CEO da empresa.

Embora Saylor tenha destacado que “não tomamos nenhuma decisão formal ainda”, ele explicou que a companhia está “realmente animada quanto às oportunidades para gerar rendimento a partir do nosso bitcoin”.

As opções em potencial para essa estratégia foram delineadas durante uma apresentação no dia do investidor, na última sexta-feira (17), na qual Saylor elaborou sobre as estratégias de negócio da empresa.

Saylor afirmou em seguida:

Acreditamos que, no futuro, poderá haver oportunidades de colocar [a reserva de bitcoin] sob hipoteca e gerar um débito a longo prazo sob condições favoráveis, o qual poderemos alavancar contra o bitcoin.

Ou acreditamos que poderemos emprestar para uma contraparte confiável. Quando encontrarmos a contraparte em que confiamos e a circunstância em que confiamos, poderemos emprestá-lo [o bitcoin] e gerar rendimento.

A terceira possibilidade poderá ser colocá-lo em algum tipo de parceria. Você pode pensar nisso como colocar uma garantia sobre ele.

Se fizéssemos uma parceria com uma empresa Big Tech, um grande banco ou outro participante que queira ter acesso ao bitcoin, isso poderá ser uma boa fonte de renda para nós.

Saylor acrescentou que “ou poderemos desenvolvê-lo, com algum tipo de aplicação interessante”.

Assim como esperado, Saylor afirmou que a empresa “continuará adquirindo bitcoin, esse é o plano, essa é a estratégia.”

Fonte:www.moneytimes.com.br

domingo, 19 de dezembro de 2021

Criptos hoje: Bitcoin vai a US$ 47 mil e Ethereum perde os US$ 4 mil com aumento de juros na Europa

 


Após rali na sequência do anúncio do Federal Reserve (Fed) que confirmou expectativas de redução dos estímulos econômicos e de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos em 2022, as criptomoedas voltam a cair nesta sexta-feira (17) em meio ao aumento imediato dos juros no Reino Unido.

O Banco da Inglaterra (BOE, na sigla em inglês), antecipando uma medida esperada para o ano que vem, decidiu aumentar os juros em 150%, elevando a taxa base de juros da economia britânica de 0,1% para 0,25%. A mudança impactou diretamente os ativos de risco, entre eles o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), que recuam 3,4% e 3,9% hoje, respectivamente.

“Bitcoin e [Big Tech] estão sendo punidos hoje à medida que os investidores realocam algumas de suas apostas de risco mais lucrativas”, disse Edward Moya, analista de mercado sênior da OANDA. “O setor de criptomoedas está passando por um grande reposicionamento e isso está levando a alguma pressão de venda indesejada, mas as perspectivas de médio e longo prazo permanecem firmes”, pontuou.

Em termos de análise gráfica, especialistas veem sinais positivos no Bitcoin que abrem espaço para um possível salto até US$ 55 mil no curto prazo. No entanto, se o noticiário continuar desfavorecendo ativos de risco, é possível ver uma gangorra nas duas últimas semanas do ano. Por ora, a avaliação é que a criptomoeda precisa segurar o nível de US$ 46 mil, considerado um importante suporte de longo prazo.

Algumas criptomoedas menores, no entanto, apresentam forte descolamento dos mercados tradicionais e sobem dois dígitos nesta manhã, caso da Arweave (AR), focada em armazenamento em nuvem via blockchain, que salta 13%.

Já o Convex Finance (CVX), um software que oferece rendimentos em criptomoedas, avança 10,8% após liberar depósitos em ETH ontem. Segundo o portal DeFi Llama, em pouco tempo de vida, o protocolo já acumula US$ 15,96 bilhões investidos e ocupa a terceira posição entre todos os projetos de finanças descentralizadas (DeFi).

Produtos de rendimento que rodam em contratos inteligentes, sem a intermediação de entidades centrais, costumam ganhar força em momentos de baixa dos mercados. No entanto, o investidor deve ficar atento: em 2021, golpistas roubaram US$ 2,8 bilhões enganando investidores desse tipo de solução, considerada de alto risco.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:


CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 47.184,74-3,4%
Ethereum (ETH)US$ 3.887,16-3,9%
Binance Coin (BNB)US$ 529,66-1,4%
Solana (SOL)US$ 178,32-2,0%
Cardano (ADA)US$ 1,25-4,07%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Arweave (AR)US$ 49,37+13%
Convex Finance (CVX)US$ 33,32+10,8%
Celo (CELO)US$ 3,88+9,1%
Waves (WAVES)US$ 18,12+6,5%
OKB (OKB)US$ 32,96+5,2%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Elrond (EGLD)US$ 268,58-15,6%
Near (NEAR)US$ 8,90-8,3%
Internet Computer (ICP)US$ 24,27-7,5%
Stacks (STX)US$ 2,17-7,2%
THORChain (RUNE)US$ 6,42-7,0%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 52,98-2,43%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 65,69-1,95%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 68,62-0,90%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,38-3,22%
QR Ether (QETH11)R$ 16,97+0,41%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (17):

Golpes com criptomoedas crescem 81% em 2021 e desviam US$ 7,7 bilhões

Usuários de criptomoedas tiveram um prejuízo calculado em US$ 7,7 bilhões causado por diferentes golpes em 2021, aponta um novo relatório da Chainalysis, empresa de inteligência especializada em blockchain, divulgado ontem (16).

O montante é 81% maior do que o registrado ano passado, mas perde para 2019, quando quase US$ 10 bilhões em criptomoedas foram transferidos de forma fraudulenta para carteiras de criminosos.

Uma empresa de origem russa chamada Finiko, acusada de ser uma pirâmide financeira, foi o maior golpe do ano após sumir com US$ 1,1 bilhão de vítimas espalhadas pelo Leste europeu.

Por outro lado, 2021 também ficou marcado pela ascensão do golpe da puxada de tapete, típico de projetos de finanças descentralizadas (DeFi). Nele, o próprio criador do protocolo, em geral anônimo, ativa um gatilho no contrato inteligente, transfere o dinheiro dos investidores para sua própria carteira, apaga todas as redes sociais do produto e some do mapa.

De acordo com a Chainalysis, esse tipo de golpe foi responsável por roubar US$ 2,8 bilhões de investidores que alocaram criptomoedas em diferentes produtos de rendimento (staking) DeFi.

Rússia sinaliza desejo de banir investimentos em criptomoedas

O banco central russo estaria planejando voltar a proibir o investimento em criptomoedas no país, prática que havia sido liberada em 2020 e que movimenta US$ 5 bilhões por ano – até hoje, residentes da Rússia não podem usar criptoativos para pagamentos.

Segundo a Reuters, citando “fontes do mercado financeiro próximas ao banco”, o governo discute com “participantes do mercado e especialistas” sobre um possível banimento total de criptos por conta da crescente preocupação com o impacto do Bitcoin e outros ativos à estabilidade financeira do país.

Em setembro, o banco central russo começou a atrasar transferências para corretoras de criptomoedas sob a justificativa de proteger o consumidor de compras “emocionais” de ativos digitais.

“A situação nos países de mercado desenvolvido se assemelha cada vez mais ao chamado sistema financeiro paralelo”, afirmou na época o primeiro vice-governador do Banco Central, Ksenia Yudaeva.

Adidas lança coleção de NFTs que dá direito a peças reais

A Adidas lança nesta sexta-feira (17) uma nova coleção de NFTs que dá aos compradores o direito a peças de roupa exclusivas, acesso a experiências virtuais e o poder de influenciar em produtos digitais da companhia para 2022.

Chamada de Into the Metaverse (Dentro do Metaverso), a coleção trará 30.000 NFTs vendidos por 0,2 ETH, ou cerca de US$ 768 pela cotação de hoje. O design dos itens digitais só serão conhecidos ao longo do dia.

O lançamento ocorre algumas semanas após uma campanha publicitária da Adidas sobre metaverso. A empresa lançou tokens digitais, comprou um NFT da coleção Bored Ape e anunciou parceria com o The Sandbox (SAND), sugerindo que poderia utilizar a plataforma para lançar uma loja virtual.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/