terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Analistas divergem sobre os rumos do Bitcoin em 2022

 


(Bloomberg) — O banco central dos EUA adotou uma postura mais rigorosa e tirou fôlego das criptomoedas no final de 2021, mesmo poupando outros ativos de risco. Em 2022, a política do Federal Reserve terá papel fundamental no debate sobre as perspectivas para os tokens.

Até que ponto o Fed presidido por Jerome Powell vai endurecer a política monetária para estancar a inflação? Segundo analistas, a resposta a esta pergunta ajudará a determinar se o Bitcoin (BTC) terá outro ano espetacular após a valorização de 60% em 2021.

Outra linha de pensamento argumenta que, à medida que gigantes como Meta Platforms (dona do Facebook) e Apple entram mais fundo no metaverso e os consumidores se interessam mais por tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês), os criptoativos vão subir independentemente das forças macroeconômicas.

Quatro observadores do mercado discutem suas perspectivas para a moeda virtual e para o universo mais amplo de criptoativos em 2022:

Fundamentos técnicos otimistas para Bitcoin

“Estamos otimistas com Bitcoin a longo prazo, com base em nossas métricas de acompanhamento de tendências”, afirmou Katie Stockton, fundadora e sócia-gestora da Fairlead Strategies.

“Presumimos que a tendência de alta de longo prazo se manterá e que um rompimento mais decisivo em direção a novas máximas permitirá uma projeção de movimento impressionante para aproximadamente US$ 90.000”.

O Fed e o metaverso

“O maior fator de influência para Bitcoin e criptomoedas em 2022 é a política do banco central”, afirmou Antoni Trenchev, sócio-gestor de criptomoedas na Nexo. “O dinheiro barato veio para ficar, o que tem enormes implicações para os criptoativos”, já que “o Fed não tem estômago ou espinha dorsal para resistir a um colapso de 10% a 20% no mercado acionário e a uma reação adversa no mercado de títulos”.

Trenchev espera volatilidade em 2022, mas prevê que o Bitcoin baterá nos US$ 100.000 até o final de junho.

“O que realmente me empolga em 2022 é o metaverso”, escreveu ele em email. “O nascimento e o uso do termo metaverso são uma bela bagunça e há muito potencial. Será um dos temas abrangentes do próximo ano: o metaverso, a construção de infraestrutura e, em seguida, os NFTs que farão parte daquela economia”.

O cético

“Embora eu espere que a especulação com criptoativos continue, o ambiente será muito mais desafiador em 2022, assim como ocorreu com os valores esticados dos ativos de tecnologia”, disse Jeffrey Halley, analista sênior de mercados da Oanda Asia Pacific.

“A ameaça de mais regulamentação paira sobre o mundo cripto e, francamente, com uma nova moeda que é ‘o próximo grande sucesso’ saindo a cada semana e impulsionada por especulação e não por blockchain, tenho dificuldade para entender como qualquer uma delas conseguirá isso”, afirmou Halley. “Continuo acreditando que as criptomoedas são o maior caso já visto de estupidez de pensamento de manada no mercado financeiro. A música pode continuar tocando durante parte de 2022, mas o imperador ainda está nu”.

À espera da loja de aplicativos

“Já começou a corrida pela loja de aplicativos de criptoativos”, afirmou Philip Gradwell, economista-chefe da Chainalysis. “Uma grande lição da Web 2.0 foi que os consumidores amam plataformas e duvido que isso mude com a Web 3.0. Atualmente não existe uma plataforma de criptoativos que detenha o relacionamento com clientes e agregue fornecedores. Acho que em 2022 muitas empresas correrão para construir essa plataforma, com Coinbase na liderança porque integra DeFi e NFTs”.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Bitcoin registra nova máxima em indicador de mineração

 


Os números da taxa de hash do Bitcoin (BTC) estabeleceram novas máximas na noite de domingo, após cruzarem o topo anterior, de meados de 2021, segundo dados da ferramenta de análise Glassnode.

A taxa de hash se refere à quantidade de poder computacional usada por mineradores dedicados à emissão de novos bitcoins e à verificação de novas transações na rede do Bitcoin. Milhões de cálculos são resolvidos a cada segundo para ‘descobrir’ novos blocos, em um processo amplamente conhecido como mineração.

Taxas de hash mais altas significam uma rede mais forte e segura, tornando difícil para um grupo de invasores executar um ataque de 51% e obter o controle da rede.

Mas, a manutenção desse maquinário intensivo é cara e requer alto conhecimento técnico – o que historicamente levou mineradores a se instalarem em regiões do interior da China, onde a mão de obra é acessível e as condições climáticas são propícias.

O governo chinês, no entanto, não é amante das criptomoedas. A repressão aos mineiros locais e a empresas de mineração no ano passado fez a taxa de hash do Bitcoin despencar para de mais de 190 exahashes por segundo em abril de 2021 para até 61 exahashes por segundo em junho.

Os dados da época estimavam que mais de 46% da capacidade de computação do Bitcoin era fornecida por mineradores chineses. Desde então, a proibição levou a um êxodo de mineradores chineses para outras regiões, como Cazaquistão, Irã e Estados Unidos.

Mas, o Bitcoin se recuperou e a rede não demorou muito para se recuperar: os dados do Glassnode mostram que as taxas de hash aumentraram para 201 exahashes no sábado (1), ultrapassando os níveis de abril de 2021.

Alguns especialistas dizem que a recuperação mostra a resiliência da rede após uma queda repentina no ano passado. “O desgaste e a recuperação total de uma queda de mais de 50% devido a uma proibição de mineração pelo país com mais poder de mineração foi um marco importante para a resiliência da rede”, disse o fundador da carteira digital Casa e desenvolvedor de Bitcoin Jameson Lopp, em um tweet na noite de domingo (2).

Segundo dados da Glassnode, a taxa de hash do Bitcoin ronda os 189 exahashes por segundo na manhã desta segunda-feira (3).

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

domingo, 2 de janeiro de 2022

Bitcoin começa 2022 sem forças e analistas indicam comprar 4 criptomoedas que podem subir até 84.407%

 


Analistas apontam métrica que provam que o BTC vive um período de acumulação e, com isso, pode ser interessante investir em altcoin como MANA, SAND e AXS, além do SYN que pode subir mais de 80.000%

O preço do Bitcoin (BTC) começou 2022 mantendo a mesma negociação lateralizada com a qual fechou 2021 e, portanto, embora reistre uma alta de 2% no momento da escrita, o valor da principal criptomoeda do mercado continua no intervalo de US$ 45 a US$ 48 mil e aparentemente sem força para romper US$ 50 mil no curto prazo.

Para o analista Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial MoveBTC se encontram em um período de acumulação e para justificar sua tese analisa algumas métricas: 

  • 1) fluxo de entrada e saída de BTC nas corretoras;
  • 2) fluxo de entrada e saída de BTC na Coinbase
  • 3) fluxo de transferência entre corretoras
  • 4) Estudo da lucro/prejuízo das moedas gastas
  • 5) Estudo da idade das moedas que estão sendo gastas
  • Ele aponta que no primeiro gráfico acima há uma saída maior de BTC do que entrada. O que mostra a intenção dos investidores em holdar o ativo.

  • "Agora temos o gráfico da Coinbase, que mostra uma continua saída de BTC dessa corretora. Como essa corretora é mais usada por grandes investidores institucionais e não traders percebemos que o smart Money provavelmente está acumulando", disse.
  • Já olhando o número de transferências entre corretoras Lago aponta que é possível perceber que o gráfico está em tendência de baixa no final de 2021. Isso sugere, segundo ele, que na verdade os BTC estão saindo das corretoras para Wallets e não sendo transferidos entre corretoras.
  • Já avaliando a característica de lucro e prejuízo das moedas que estão sendo vendidas, o analista aponta que durante a queda houve bastante realização de prejuízo ( parte vermelha do gráfico) e bem pouco realização de lucro nesse ultimo movimento ate os 52k, o que não é característica dos Holders.
  • Por último, o analista destaca que temos um estudo da métrica de Dias para a destruição da moeda. Essa métrica leva em conta a quantidade de dias que aquela moeda não foi movimentada e a quantidade de moedas movimentadas.

"Quanto maior esse indicador, mais velha é a moeda que está sendo gasta. Como percebemos no gráfico, estamos em um dos menores patamares ( linha laranja). Isso sugere que os BTC que estão sendo gastos são relativamente novos. Portanto, pelo estudo On chain vemos características de período de acumulação na rede do BTC", finaliza.

Pode ser hora de comprar criptomoedas do metaverso

Enquanto o BTC está em período de acumulação o analista destaca ue pode ser um bom momento para olhar os criptoativos ligados ao metaverso como o Decentraland (MANA) que ele aponta está atualmente no limite inferior do triângulo simétrico.

Quem também está otmista com o MANA é o contribuidor da CNBC e CEO da empresa de investimento em moeda digital BKCM, Brian Kelly, que aponta além do MANA outras duas altcoins ligadas ao metaverso e que ele acredita possuírem alto potencial em 2022.

No caso do MANA, Kelly diz que o criptoativo pode crescer de uma maneira que replique a trajetória ascendente das ações do gigante de mídia social Facebook.

“Na Decentraland, você pode comprar imóveis, pode comprar fachadas de lojas, pode fazer muitas coisas diferentes virtualmente. E a moeda desse mundo virtual é MANA. E, novamente, sobre o efeito de rede, assim como o Facebook cresceu, o preço das ações do Facebook cresceu. À medida que essas redes crescem e esses mundos virtuais crescem, a moeda subjacente precisa crescer para atender a essa economia subjacente, disse.

Outra altcoin na lista do analista é o Axie Infinity (AXS) que embora já tenha subido mais de 15.000% em 2021 ela aponta que o efeito de rede pode ajudar o AXS a subir ainda mais.

“Este é um jogo play-to-earn que realmente mudou a cena dos jogos e é tudo uma questão de efeito de rede. Enquanto este jogo continuar a crescer, o valor da moeda subjacente [AXS] aumentará com essa rede", disse.

O próximo token de metaverso na lista do especialista é o The Sandbox (SAND). Neste caso o contribuidor da CNBC diz que SAND também aumentará conforme o mundo virtual Sandbox ganhe mais popularidade.

“À medida que a rede [The Sandbox] cresce, a moeda tende a crescer com ela para atender à economia subjacente", afirma.

Synapse pode subir mais de 84.000%

Já para o trader conhecido como Flood aponta que a criptomoeda que tem grande chances de subir mais de 80.000% em 2021 não é nenhum token de metaverso, mas o Synapse (SYN) que ele aponta pode ser a grande ponte de conecção entre diferentes camadas e protocolos que estão sendo contruídos no Ethereum (ETH).

“Aqui estão algumas contas simples: as plataformas de contrato inteligente têm uma capitalização de mercado combinada de $ 700 bilhões e estão projetadas para atingir $ 12 trilhões em 2023. Com a experiência de usuário da Synapse, o fornecimento de liquidez hipereficiente e uma das maiores equipes de desenvolvedores, com certeza se tornará a ponte de cadeia cruzada líder no mundo e capturará pelo menos 10% dessa capitalização de mercado, US $ 1,2 trilhão, até 2023", disse.

Segundo ele, isso coloca o preço-alvo em US $ 2.400 por SYN. 

"Deixe os ursos e fudders (medo, incerteza e duvidosos) venderem tudo o que quiserem, vou continuar acumulando”, aponta.

Outro analista de criptomoedas que está otimista com o SYN é o trader conhecido como Smart Contracter que aponta que o projeto pode se tornar a grande ponte entre as diferentes camadas que estão competindo para ser uma solução de escalabilidade para o Ethereum.

"O gráfico SYN parece incrível em comparação ao ETH aqui no semanário e permite que você faça uma ponte para quase todas as cadeias de qualquer cadeia. ”


Fonte: https://cointelegraph.com.br/

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Inflação derruba aplicações tradicionais e bitcoin é melhor investimento de 2021



investidor brasileiro perdeu dinheiro na gangorra das finanças deste ano, com Bolsa e juros alternando-se num brusco sobe e desce em meio à disparada da inflação.

No contexto inflacionário que contrariou previsões de especialistas, o bitcoin ocupou com larga vantagem o posto de melhor aplicação de 2021 no país, segundo levantamento do gerente de relacionamento institucional da Economatica, Einar Rivero, que considerou uma cesta com as prévias de 16 indicadores de referência computados até esta quinta-feira (30) ou no seu fechamento mais recente.

A criptomoeda acumulou ganho de 75,83% em 12 meses. É preciso ressaltar, no entanto, que vem caindo nos últimos meses e seu futuro em 2022 também é incerto.

Investimentos no exterior por meio de BDRs (sigla em inglês para Recibos Depositários Brasileiros) e ETFs (fundos que acompanham índices estrangeiros) também obtiveram ganhos reais. O BDRX, uma espécie de carteira virtual para medir o desempenho desses ativos ofertados pela B3, a Bolsa de Valores brasileira, acelerou 33,65%.

Já o Ibovespa, referência do mercado de ações do país, caiu 11,93%. É o pior resultado da comparação.

Índices que medem a alta do custo de vida preencheram as cinco posições subsequentes ao bitcoin e ativos no exterior no ranking, sendo o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) o que mais subiu. O indicador referência para reajustes dos contratos de aluguel saltou 17,78% no ano.

Todos os investimentos tradicionais incluídos na pesquisa ficaram atrás da inflação. O indicador oficial subiu 9,26%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado até novembro.


Inerente a investimentos de risco, a volatilidade foi potencializada pela taxa de juros baixa na maior parte do ano e por uma escalada inesperada e persistente da inflação. Essa combinação é apontada por analistas como a vilã das carteiras.

"Investimentos em juros prefixados, pós-fixados, Bolsa, ou seja, os mais tradicionais tiveram retorno real negativo", afirma Evandro Buccini, sócio e diretor de renda fixa e multimercado da Rio Bravo.

A caderneta de poupança rendeu 2,99%. O investimento mais popular do país ficou um pouco atrás do CDI (Certificados de Depósitos Interfinanceiros), que variou 4,35%. Esse índice é a base para títulos de CDB atrelados a juros e, geralmente, é recomendado para a composição de um fundo de reserva devido à sua liquidez diária.

Dólar e ouro são refúgios em tempos de volatilidade. Mas apenas a moeda americana se mostrou um ativo interessante para a proteção do patrimônio em 2021. A divisa se valorizou em 7,39%, segundo a taxa de referência de câmbio calculada pelo Banco Central, enquanto o metal ganhou apenas 4,43%.

Investidores ou não, os brasileiros perderam. É isso o que mostra a fotografia das finanças deste ano. Ela revela um cenário em que as empresas tiveram desvalorização, enquanto os juros precisaram ser acelerados pelo Banco Central na tentativa de contenção da inflação.

Ainda mais preocupante, segundo Buccini, é a constatação de que o mercado de ações doméstico frequentemente está em desvantagem quando comparado ao de juros.

"É difícil fazer grandes generalizações do retorno de um ano apenas. Mas, mesmo olhando retornos em janelas maiores, o Ibovespa perde para o CDI. Isso sim é um paradoxo e mostra que o crescimento do país deixa a desejar há décadas", afirma.

O recrudescimento da pandemia no início do ano é a principal causa para o retrato financeiro de 2021, pois desorganizou as cadeias produtivas globais, gerando desabastecimento e alta nos preços ao redor do mundo.

Fatores da política doméstica, porém, contribuíram para que o Brasil saísse pior na foto. As Bolsas dos Estados Unidos bateram sucessivos recordes ao longo de 2021 com o impulso de um pacote de estímulos do governo americano. Movimento semelhante ocorreu na Europa. Diversos mercados foram beneficiados pela injeção de liquidez, enquanto o brasileiro perdeu a carona.

As manifestações de raiz golpista capitaneadas pelo presidente Jair Bolsonaro, em setembro, e as incertezas geradas pela decisão do governo de furar o teto de gastos foram relevantes para completar o estrago causado pela pandemia, destacou Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e conselheiro da Rio Bravo, em sua resenha econômica de fechamento de ano.

Fundos imobiliários também ficaram entre os piores retornos do ano. O índice que acompanha esses ativos cedeu 2,28%.

A gangorra dos juros explica, mais uma vez, o resultado negativo, de acordo com Camila Almeida, sócia e fundadora da Habitat Capital Partners.

"Viemos de um momento em que a taxa básica de juros atingiu a mínima histórica de 2% ao ano, o que fez com que muitos investidores buscassem outras opções de investimento como alternativa à renda fixa, dentre elas, os fundos imobiliários. Porém, com uma Selic mais alta [no segundo semestre], investidores optaram por voltar para a renda fixa", comentou.

Almeida ressalta que esses fundos possuem outros atrativos, como a distribuição de rendimentos mensais isentos de Imposto de Renda e o acesso a investimento no mercado imobiliário com baixa barreira de entrada.

Para 2022, porém, ela avalia que os CRIs, títulos lastreados em créditos imobiliários, navegarão melhor do que os fundos porque têm rendimentos indexados à inflação ou ao CDI.

Evandro Buccini, da Rio Bravo, diz que a principal lição de 2021 é a importância de uma defesa direta contra uma inflação alta inesperada. Os melhores instrumentos para isso, segundo ele, são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional de série B), que são os títulos do Tesouro Direto com rentabilidade atrelada à inflação oficial (IPCA) mais uma taxa de juros prefixada.

No conturbado cenário de 2021, porém, o desempenho do índice que faz um apanhado geral desse tipo de investimento também ficou no vermelho.

"Sempre terá algo inesperado. O importante é que as carteiras estejam preparadas para a volatilidade", afirma.

CRIPTOATIVO DISPARA NA BASE DA PUBLICIDADE E DA BUSCA POR RENTABILIDADE

A turbulência nos investimentos tradicionais gerada pela pandemia pavimentou a estrada para o crescimento do bitcoin, principal representante dos criptoativos, em meio à busca por rentabilidade. Mas não foi só isso.

A popularização das NTFs (sigla em inglês para tokens não fungíveis) e a adoção do bitcoin como moeda oficial de El Salvador deram grande publicidade e potencializaram a demanda por esse e outros ativos criados a partir de códigos criptografados, segundo Rodrigo Soeiro, fundador da Monnos Cryptobank.

El Salvador tornou-se, em 7 de setembro, o primeiro país do mundo a adotar oficialmente a criptomoeda.
Insignificante para a economia global e do tamanho do estado de Sergipe, o país de praias paradisíacas da América Central atraiu as atenções da imprensa mundial com essa decisão.

A despeito dos protestos populares contra adoção da criptomoeda, o presidente do país, Nayib Bukele, anunciou em novembro a criação de uma cidade voltada à mineração de bitcoin. A larga demanda energética exigida nessa atividade seria suprida pela geração termal provida pelo vulcão Conchagua.

"Isso tudo trouxe muita visibilidade para o bitcoin", comenta Soeiro.

Já os NTFs, que usam a base da tecnologia das criptomoedas para certificar que um artigo digital (uma fotografia, por exemplo) é original, passaram a ser adotados em número cada vez maior por grandes marcas, artistas e produtores de jogos eletrônicos.

"O advento dos NFTs está trazendo uma dinâmica de massificação", afirma.

Soeiro reforça, porém, que o mercado de criptoativos está em evolução e "ainda é um ambiente selvagem", em que há fraudes e, por isso, requer do investidor dedicação para obter informações sobre quais são os empreendedores sérios que oferecem acesso ao negócio.

Ele estima que esse mercado deverá crescer ainda mais em 2022, com a popularização de meios de pagamentos que utilizam ativos protegidos por linhas de código. "Serão mais comerciantes recebendo em criptomoedas. Isso vai dragar uma massa de usuários para esse ecossistema."

Não é possível garantir, porém, que esses ativos seguirão em alta. Assim como outros investimentos de risco, as criptomoedas estão sendo afetadas pela expectativa de alta nos juros globais devido aos apertos monetários anunciados pelos principais bancos centrais. O bitcoin recuou 17% somente em dezembro.


BOLSA CAI 11,9% EM 2021 E FECHA NO VERMELHO APÓS CINCO ANOS EM ALTA

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira fechou em alta nesta quinta-feira (30), na última sessão de 2021. Com isso, o Ibovespa encerrou o ano em queda de 11,93%, o primeiro tombo após cinco altas anuais.

Na sessão, o índice subiu 0,69%, a 104.822 pontos. Em dezembro, o Ibovespa teve ganho de 2,85%, interrompendo cinco meses de quedas.

O dólar comercial à vista fechou o último pregão de 2021 em queda de 2,07%, a R$ 5,5760 na venda, sua perda diária mais acentuada desde o final de agosto.

Apesar das perdas desta sessão, a moeda americana registrou ganho de 7,45% em 12 meses, seu quinto ano consecutivo de valorização.

Wall Street fechou em baixa nesta quinta, em dia de volume estreito de negociações do fim de ano.

O Dow Jones perdeu 0,25% na sessão, mas ganhou 18,92% em 12 meses. O S&P 500 recuou 0,30% no dia. No ano, saltou 27,23%. A Nasdaq cedeu 0,16% no pregão, enquanto avançou 22,14% em 2022.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Bitcoin bate US$ 46 mil antes de vencimento de US$ 6 bi em opções; ADA cai 6% e Polygon revela bug

 


O vencimento de US$ 6 bilhões em contratos de opções parece ser o principal catalisador de um final de ano decepcionante para o Bitcoin (BTC). Com apenas dois dias pela frente, a criptomoeda aumenta as chances de encerrar 2021 abaixo do patamar psicológico de US$ 50 mil. Após bater US$ 46.224 durante madrugada, a moeda digital é negociada nesta manhã a US$ 46.855, queda de 2,4% em 24 horas.

Segundo dados da ferramenta Skew, existem 129.800 contratos de opções com vencimento na próxima sexta-feira (31), sendo grande parte de contratos de venda (put), geralmente adquiridos por investidores que creem em uma provável queda de preços. Apenas na corretora de derivativos Deribit, 46 mil puts de Bitcoin vencem amanhã.

Puts são opções que dão o direito de vender um ativo (no caso o Bitcoin) por um preço predeterminado em uma data combinada. Em muitos casos, elas são adquiridas para proteção (hedge). No vencimento de amanhã, a maioria das puts tem preço alvo em US$ 48 mil, o que significa que os compradores poderão vender BTC por esse preço e obter lucro imediato se a criptomoeda estiver valendo menos no mercado.

Segundo a Deribit, opções de compra (call) com alvos acima de US$ 50 mil começam a aumentar apenas para janeiro. Isso quer dizer, portanto, que muitos investidores acreditam que os preços só começarão a se recuperar no início de 2022, e querem garantir que poderão adquirir o máximo de BTC possível por menos de US$ 60 mil caso a alta realmente venha.

O vencimento de opções ocorre tipicamente na última sexta-feira do mês e costuma trazer forte volatilidade que não impacta apenas no Bitcoin, mas também nas demais criptomoedas. Diversas altcoins apresentam desempenho pior do que o BTC nesta manhã, com o Ethereum (ETH) caindo 3,4%, para US$ 3.693, e a Binance Coin (BNB) recuando 4,1%, para US$ 518.

Entre as 10 maiores, a pior é a Cardano (ADA), que chegou a bater US$ 1,30 nesta madrugada e opera em queda de 6%. O projeto é criticado pela falta de novidades concretas após o lançamento do suporte para contratos inteligentes, principalmente depois da ascensão de rivais mais sólidos, como Terra (LUNA) e Avalanche (AVAX).

Os investidores institucionais são apontados como prováveis catalisadores da baixa em dezembro, a maior até aqui desde maio. Eles estariam realizando lucros e até fechando posições no prejuízo para mover capital para produtos menos arriscados, em movimento de cautela frente à redução dos estímulos de bancos centrais dos EUA e da Europa a partir do ano que vem.

Em efeito cascata, o comportamento do investidor de varejo também está em baixa. Segundo dados do Google, as buscas por “bitcoin” estão no menor nível do ano, indicando pouco interesse do usuário comum nesta classe de ativos.

Por outro lado, o dia não é só de perdas. A Near (NEAR), por exemplo, sobe 12,6% dígitos em meio a um evento para desenvolvedores que parece ter animado a comunidade. Na semana, o ativo acumula alta de 40%. Já a Algorand (ALGO) sobe 10% após o lançamento de uma nova plataforma de empréstimos e rendimento com ALGO no ambiente de finanças descentralizadas (DeFi).

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 46.855,45-2,4%
Ethereum (ETH)US$ 3.693,50-3,4%
Binance Coin (BNB)US$ 518,69-4,1%
Solana (SOL)US$ 172,52-2,8%
Cardano (ADA)US$ 1,33-6%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Near (NEAR)US$ 15,06+12,6%
Algorand (ALGO)US$ 1,63+10,1%
Cosmos (ATOM)US$ 28,50+8,1%
Monero (XMR)US$ 220,60+6%
Osmosis (OSMO)US$ 5,79+4,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Radix (XRD)US$ 0,251158-10,8%
Bitcoin Cash ABC (BCHA)US$ 84,37-12,1%
Uniswap (UNI)US$ 17,11-9%
Olympus (OHM)US$ 324,89-8,9%
Fantom (FTM)US$ 2,14-8,1%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 51,000%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 64,40-0,21%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 63,01-2,24%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,08-0,11%
QR Ether (QETH11)R$ 15,60-1,88%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (30):

Polygon revela vulnerabilidade que colocou em risco US$ 22,5 bilhões

A Polygon, empresa criadora da blockchain de mesmo nome, revelou um bug em um contrato inteligente da plataforma que continha 9 bilhões de tokens MATIC, o equivalente a US$ 22,5 bilhões. A falha foi solucionada no começo de dezembro por um hacker “do bem” (white hat) que recebeu US$ 2,2 milhões de recompensa.

De acordo com a Polygon, o problema foi corrigido em apenas dois dias após ter sido identificado, mas não impediu que a brecha fosse explorada por hackers mal-intencionados. Segundo a empresa especializada em seguros para DeFi, Immunefi, uma ofensiva que explorou a vulnerabilidade desviou 801.601 tokens MATIC, então negociados por cerca de US $ 1,4 milhão, retirados do tesouro da Polygon.

A correção para o bug foi o motivo por trás de uma atualização (hard fork) de emergência realizada na rede Polygon no dia 5 de dezembro. Na época, os desenvolvedores do projeto justificaram o episódio dizendo se tratar de uma medida de segurança, mas não revelaram o roubo dos tokens que havia ocorrido um dia antes.

Times Square terá festa de réveillon no metaverso

A tradicional festa de réveillon da Times Square, em Nova York, terá este ano uma versão virtual no metaverso. O evento pretende recriar a virada de ano mais famosa do mundo em um edifício digital construído em 170 lotes virtuais em Decentraland (MANA).

A celebração, apelidada de “MetaFest 2022”, incluirá galerias de arte de NFTs, salas VIP nos telhados e apresentações musicais virtuais. Além disso, será possível assistir a virada de ano do mundo real em transmissão ao vivo por meio de painéis virtuais.

A iniciativa é realizada pela Jamestown, empresa dona de um prédio de 27 andares que fica no centro do principal ponto de encontro nova-iorquino, em parceria com a Digital Currency Group, holding dona da gestora de ativos digitais Grayscale.

Coreia do Norte é acusada de roubar US$ 1,7 bilhão em criptomoedas

A Coreia do Norte foi responsável por desviar por meio de ataques hackers o equivalente a US$ 1,7 bilhão em criptomoedas de corretoras pelo mundo ao longo de vários anos, relataram jornais sul-coreanos na quarta-feira (29).

Ainda de acordo com a mídia da Coreia do Sul, a ditadura ao Norte teria mantido os ativos sob sua guarda por um longo prazo para aproveitar ao máximo sua valorização. As criptos teriam sido usadas mais tarde para financiar seu programa nuclear.

Essa não é a primeira vez que norte-coreanos são acusados de ataques hackers com cripto. Em outubro, o governo dos Estados Unidos disse, em nota, que uma investigação revelou criptomoedas provenientes de supostos hackers da Coreia do Norte, que teriam “conspirado com outros criminosos especializados em lavagem de dinheiro para roubar ativos virtuais de três bolsas de ativos virtuais”.

Fonte: www.infomoney.com.br