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O preço do Bitcoin bateu recorde histórico no Brasil ao ultrapassar R$ 86 mil recentemente. Segundo a Binance Research, esse movimento de valorização pode estar ligado a cinco motivos que movimentaram a cotação da criptomoeda nos últimos dias.
Assim, além do dólar que impulsiona o BTC no país, a análise apresentada pela exchange lista quais são os motivos por trás desse recorde de preço jamais visto no Brasil, confira:
Paypal
O Paypal ainda reverbera no aumento de preço do Bitcoin, que ultrapassou US$ 15 mil no mercado, ou ainda, mais de R$ 86 mil nesta última quinta-feira (5). Dessa forma, a criptomoeda atingiu uma cotação jamais vista no Brasil.
“O PayPal lançou serviços de de custódia de criptomoedas com um alcance potencial de até 26 milhões de comerciantes no mundo todo.”
A queda do DeFi
Se há alguns meses os projetos de finanças descentralizadas (DeFi) eram apontados como o “motor” do mercado de criptomoedas, atualmente esses tokens estão perdendo espaço para o Bitcoin, mais uma vez.
Sendo assim, para a Binance os investidores estão retirando recursos de projetos DeFi para voltarem a investir no Bitcoin. Dessa forma, esse movimento pode explicar a valorização recente da criptomoeda no mercado.
“Isso pode ter sido explicado por pessoas físicas e investidores institucionais rebalanceando seus portfólios para ativos de criptografia relativamente menos arriscados, como Bitcoin.”
Assim, na análise sobre o preço do Bitcoin a Binance Research acredita que houve um reconhecimento da criptomoeda como um “macro ativo hedge global” nos últimos meses. A exchange estrangeira que também aceita retiradas e depósitos em reais afirma que a cotação em R$ 86 mil foi movimentada por esse reconhecimento do BTC.
“A recente ação do preço do Bitcoin pode estar ligada a um aumento no reconhecimento público de seu potencial para servir como um macro ativo hedge global.”
Investimento institucional
O crescimento de investimentos institucionais no Bitcoin pode também ter contribuído para a criptomoeda ultrapassar R$ 86 mil. Segundo a Binance, empresas como a MicroStrategy e a Square reforçam a credibilidade da criptomoeda.
Além de mais confiança no Bitcoin, o investimento institucional pode resultar em mais autonomia para a criptomoeda, que atualmente acumula uma valorização de quase 15% nos últimos sete dias.
“Por fim, outro aspecto a considerar foram as implicações de grandes empresas de renome como MicroStrategy e Square investindo parte de seu tesouro na BTC. Esses anúncios (e seus respectivos retornos positivos rápidos) poderiam ter legitimado ainda mais o status de Bitcoin como uma classe de ativos autônoma.”
A poupança é um dos investimentos mais preferidos do brasileiro tendo registrado recentemente um recorde histórico de mais de R$ 1 trilhão em investimentos.
Contudo, embora seja uma das aplicações mais populares do país ela é uma das menos rentáveis e, por vezes, deficitária.
De acordo com uma pesquisa da CNDL, sete em cada dez pessoas guardam dinheiro na caderneta de poupança, porém o rendimento dela tende a não ser como esperado.
Diante da decisão do Copom de diminuir a Selic para 2,25%, a poupança adotou uma nova regra, agora ela rende 70% da taxa Selic enquanto ela estiver abaixo de 8,5% ao ano.
Assim, quando a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança irá render 0,5% ao mês + TR, assim como era antes da nova regra.
Porém, este ano, com o rendimento atualizado da modalidade, ela passa a ser de 1,575% ao ano.
O que significa que, caso o investimento seja de R$ 1 mil, o retorno em 12 meses será de R$ 15,75 em todo o período.
Colocou na poupança? Então perdeu dinheiro
Assim, um investidor que aplicou R$ 1 mil na poupança em 01 de janeiro deste ano tem hoje, 31 de outubro, cerca de R$ 1.013,08.
Porém se este mesmo investidor tivesse aplicado em Bitcoin ele teria hoje 0,034248 Bitcoins ou R$ 2.732,10, uma valorização de 273%.
Além disso, embora em um primeiro momento é possível dizer que a poupança "deu lucro" quando a rentabilidade é colocada de frente com a inflação percebemos que o investidor teve prejuízo.
No caso da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (Brasil) - IPC-BR o suposto 'lucro' de R$ 13 vira um prejuízo de R$ 11.
Isso porque no período os R$ 1 mil tiveram uma depreciação de R$ 24 com a inflação e, como a poupança rendeu no período R$ 13, isso indica que quem está com o dinheiro na poupança está perdendo dinheiro.
Inflação
O Cointelegraph realizou uma comparação entre o Bitcoin e a Poupança frente estes índices usados para medir a inflação no período e o resultado apresenta o BTC em ampla vantagem como rentabilidade frente a poupança.
Os índices utilizados foram o: Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), Índice de Custo de Vida (ICV), Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), Índice de Preços ao Consumidor São Paulo (IPC-Fipe), Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice de Preços por Atacado - Mercado (IPAM).
Em todos os índices o Bitcoin, mesmo com a inflação, apresentou rentabilidade acima de 100%, enquanto o melhor resultado da poupança foi um 'lucro' de R$ 5,47. Confira
Aplicação inicial de R$ 1 mil
Indíces de inflação
Investimento
Rentabilidade
IPC-Br
ICV (custo de Vida
IPCA-E
IPC-Fipe
IPCA
INPC
IPA-M
1.024,18
R$ 1.007,61
R$ 1013,63
R$ 1.025,20
R$ 1.013,44
R$ 1.020,44
R$ 1.251,39
Poupança
R$ 1.013,08
- R$ 11,10
R$ 5,47
- R$ 0,55
- R$ 12,12
- R$ 0,36
- R$ 7,36
- R$ 238,31
Bitcoin
R$ 2.732,10
R$ 1.707,92
R$ 1.724,49
R$ 1.718,47
R$ 1.706,90
R$ 1.718,66
R$ 1.711,66
R$ 1.480,71
Stablecoin
Porém alguns especialistas no mercado de criptoativos defendem que o Bitcoin pode não ser o melhor ativo para 'substituir' a poupança.
Este é o caso de Mariano Di Pietrantonio, gerente de marketing para América Latina da Maker Foundation.
Para Pietrantonio stablecoins atreladas ao dólar americano possuem grande liquidez e comercialização global, assim, garantem que o investidor possa utilizar seu dinheiro em qualquer lugar do mundo.
“Como o nome indica, stablecoins são criptomoedas atreladas a um ativo estável, como o dólar americano. Mas, como são criadas em blockchains que rastreiam seu suprimento e movimento, elas mantêm as vantagens das criptomoedas: digital, global, facilmente transferível e descentralizado", afirma Mariano Di Pietrantonio, gerente de marketing para América Latina da Maker Foundation.
Já Nadia Alvarez, também da Maker, afirma que as stablecoins ajudam a 'fugir' da volatilidade do Bitcoin.
"Diferentemente do bitcoin, cujo valor oscila com a oferta e demanda, gerando grandes variações, o Dai está sempre pareado ao dólar. Ou seja, se você compra em real, pagará o valor correspondente ao dólar no Brasil. Além disso, com uma stablecoin descentralizada, as pessoas podem ver tudo na blockchain. Qualquer um pode fazer uma auditoria em tempo real", conta Nadia Alvarez, representante de desenvolvimento de negócios da Maker Foundation na América Latina.
Conhecido na comunidade de criptomoedas por criticar o Bitcoin na Rede Globo, o economista Samy Dana foi ao Twitter para explicar como o BTC, apesar de atingir alta histórica em real, não está em seus melhores dias.
Recentemente, o real foi percebido como a moeda com maior desvalorização de 2020, tendo caído cerca de 30% em relação ao dólar. Esse foi um dos motivos para vermos um preço recorde do bitcoin no Brasil, embora o BTC não tenha superado os US$ 20.000 de 2017.
No entanto, a criptomoeda aumentou de preço também no mercado internacional este ano, chegando a valorizar 89% em dólar. Desta forma, os investidores brasileiros ganharam duas vezes.
Samy Dana tem um ponto, mas errou nos dados
Porém, Samy Dana escolheu por analisar o período de dezembro de 2017 até hoje e comparar com o índice S&P500, que acompanha as 500 maiores ações do mercado americano.
Preço do Bitcoin em 4 de dezembro de 2017, negociado por volta de US$ 11.600. Fonte: TradingView.
Como podemos ver na imagem acima, o BTC era negociado em dólar na Bitstamp a 11.599 no ponto mais alto de 4 de dezembro de 2017. Na corretora Bitfinex o preço chegou a atingir US$ 11.609 e na Coinbase US$ 11.640.
Ou seja, Samy deveria dizer que o BTC apresentou 16% em ganhos, e não 15% em perdas, apesar de ainda estar abaixo dos 23% do S&P 500.
Uma boa observação do economista é a avaliação de risco. De fato uma grande desvantagem do bitcoin, pelo menos para seu uso como moeda no dia a dia, é a alta volatilidade. Essa métrica é muitas vezes vista como risco.
Neste artigo, apresentamos o terceiro de três fatores que podem ser a força motriz por trás dos preços no setor de criptoativos a curto prazo. Cobrem amplas narrativas tradicionais de regulamentação, condições externas de mercado e novas tecnologias.
Em 2020, a própria Ethereum, o maior e mais popular blockchain para desenvolvedores de aplicações descentralizadas (dapps) e aplicadores de contratos autônomos, esteve presa no Trilema.
Neste momento, a promessa da Ethereum — de ser uma internet Web 3.0 (ou descentralizada) que seja segura, fácil de usar e vinculada por uma série de protocolos econômicos, além de utilizada por bilhões — continua sendo apenas uma promessa.
A experiência de usuário se deteriora cada vez mais quando a plataforma passa por aumentos de popularidade — assim como a febre dos tokens não fungíveis (NFTs) CryptoKitties em 2017 e da gigante expansão do setor de finanças descentralizadas (DeFi) este ano.
Ethereum pode ser segura e descentralizada graças a um modelo de consenso proof-of-work (PoW) de alta taxa de hashes, mas a rede falhou em escalar durante períodos de maior demanda transacional.
A escalabilidade de blockchain é difícil, principalmente porque o design de um blockchain comum exige que cada nó da rede processe cada transação, o que reduz a capacidade de processamento de transações do sistema como um todo à capacidade de um único nó.
A Ethereum tem uma capacidade de 15 transações por segundo (TPS). Quando esse limite é atingido, transações ficam acumuladas e a rede fica congestionada.
Desenvolvedores da Ethereum buscam por formas de evitar o trilema, pois questões de escalabilidade começaram a surgir na rede.
Na mesma publicação, Buterin sugeriu duas formas de atingir a escalabilidade da Ethereum: “sharding” — que envolve a repartição da base de dados do blockchain para que cada nó não tenha de processar cada transação do blockchain — e soluções de segunda camada — que descarregam algumas transações do blockchain principal.
Avançando para julho de 2020, Buterin declarou que a estratégia de segunda camada foi “bem-sucedida”.
O que está direcionando a admiração otimista é que, este ano, diversas soluções de segunda camada serão lançadas para fornecer aos usuários da Ethereum formas de negociar, trocar tokens, realizar operações de juros e interagirem com dapps de forma mais rápida e barata do que poderiam usando apenas o blockchain-base.
As novas inovações fora do blockchain (“off-chain”) incluem Gluon, a única solução de segunda camada criada para a negociação de alta frequência.
Gluon permite transações mais rápidas e baratas na Ethereum ao descarregá-las do blockchain principal para um blockchain paralelo (“sidechain”) de contratos autônomos.
LEVERJ usa uma abordagem exclusiva, com contas não custodiais e liquidações de lucro/prejuízo dentro do blockchain, enquanto operações intensivas de dados, como a combinação e o rastreamento de livros de oferta, são realizadas fora do blockchain, em servidores centralizados.
A corretora tem recursos como finalidade instantânea, que seria possível oferecer em uma corretora descentralizada no blockchain devido aos intervalos de latência do blockchain.
Ao mesmo tempo, pode oferecer características descentralizadas essenciais para custódia e resolução de disputas, assegurando que os usuários tenham o melhor dos dois mundos.
Junto com o desenvolvimento de soluções de segunda camada para o blockchain original da Ethereum, uma atualização direta ao blockchain principal da Ethereum também está sendo desenvolvida paralelamente.
A atualização Ethereum 2.0 (também conhecida como ETH 2.0 ou Serenity) é uma reformulação da rede que poderá melhorar sua velocidade, eficiência e escalabilidade, cuja “fase zero” poderá ser lançada nas próximas semanas.
Ethereum 2.0 apresentará blockchains repartidos (ou “shard chains”) e dividir o blockchain Ethereum para que transações possam ser realizadas em blockchains paralelos em vez de sobrecarregar um único blockchain.
Essa arquitetura foi criada para permitir que a rede melhorasse os intervalos de transação e escalasse mais facilmente.
Ethereum 2.0 promete até 100 mil transações por segundo — um número impressionante quando você lembra que Visa e Mastercard apenas processam 50 mil transações por segundo e, na realidade, nunca precisam processar além de cinco mil.
ETH 2.0 também usará um mecanismo de consenso proof-of-stake (PoS)em vez do modelo PoW já usado pela ETH 1.0. Com o modelo PoS, validadores de transações fazem o staking (“aplicam”) cripto para terem o direito de verificar uma transação.
Validadores são selecionados para transmitir um bloco com base na quantidade que têm em staking e por quanto tempo esses ativos estão aplicados. Em comparação ao PoW, que exige um processamento computacional intenso, PoS usa bem menos energia para assegurar a rede.
A Fase Zero terá a implementação do Beacon Chain e a aplicação inicial do PoS na ETH 2.0. O Beacon Chain será o novo blockchain no centro da ETH 2.0 para certificar que toda a rede, “shard chains” e mais estejam sincronizados e com dados atualizados.
O Beacon Chain também irá armazenar e gerenciar o registro dos validadores da ETH 2.0. Um validador é um usuário que realizou o staking de 32 ETH na rede para participar do mecanismo de consenso PoS. Processa transações, cria novos blocos e ganha recompensas por staking.
Nessa segunda-feira (26), a empresa de auditoria de contratos autônomos Quantstamp anunciou que ETH 2.0 está quase pronta para o lançamento e que a fase zero estará disponível em um futuro bem próximo.
Desenvolvedores e pesquisadores da Ethereum afirmaram que desejam anunciar uma data ainda para 2020 para o “bloco gênese” no Beacon Chain e, dada a recente e positiva auditoria, um lançamento em novembro parece bem provável.
Embora ether (ETH) tenha uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 44 bilhões, fornece suporte ao ecossistema de tokens padrão ERC-20 que, atualmente, possui uma capitalização de mercado de quase US$ 49 bilhões, bem como o ecossistema DeFi, cujo valor total de criptoativos bloqueados (TVL) é de mais de US$ 11 bilhões.
Um blockchain Ethereum com menos obstáculos de adesão é bom para todo o setor e, conforme a rede se prepara para superar seu problema mais grave, defensores do setor cripto com certeza ficarão alegres.