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Demorou, mas aparentemente o Bitcoin está conseguindo se equilibrar acima dos US$ 7.100. Após experienciar uma ligeira correção nesta segunda-feira, 20 de abril, o BTC ainda se manteve acima da marca. Durante o fim de semana, o criptoativo dominante do mercado quase atingiu os US$ 7.300, embora tenha perdido força ao atingir a máxima de US$ 7.280,52. Porém, com sua correção, todo o mercado de criptoativos declinou nesta manhã – com exceção da Stellar.
De acordo com dados obtidos pela ferramenta Coinmarketcap, o BTC escorregou 1,50% nas últimas 24 horas contadas da escrita desta matéria, atualmente cotado a US$ 7.118,69. Sua máxima intradia foi exibida em US$ 7.280,52, sua marca mais alta desde o dia 10 de abril. Mesmo na menor mínima do fim de semana, o Bitcoin não saiu da zona dos US$ 7.000. Seu volume de troca atual é de US$ 32 bilhões.
Acompanhando o BTC, as criptomoedas do top 10 escorregaram. Bitcoin SV, Litecoin e Bitcoin Cash apresentaram respectivas quedas de 3,52%, 3,10% e 2,89%. O restante do grupo exibiu ganhos entre 1,15% e 2,46%.
No top 20 o cenário se repetiu, com exceção da Stellar, que escapou das perdas ao valorizar 2,72%. Tron e Cardano perderam, respectivamente, 2,16% e 1,63% de seus valores durante a correção do BTC. Os outros criptoativos do grupo exibiram quedas de 0,14% e 1,20%.
Até o fechamento deste artigo, o valor total do mercado de criptoativos era de US$ 205,9 bilhões. A dominância do BTC está em 63,4%.
Desde a queda do bitcoin no final de 2017, após atingir os US$ 20.000, os investidores se perguntam quando o Bitcoin voltará a atingir novos recordes de preço.
Um indicador importante está mostrando que a mesma tendência que levou o bitcoin aos US$ 20.000 está aparecendo novamente.
2.700% em 18 meses
Como observado pelo trader @Token_Mario, no twitter, o Bitcoin agora está sendo negociado abaixo de seu custo de produção, apesar do halving estar programado para acontecer em aproximadamente 25 dias. A última vez que isso ocorreu foi em 2016, quando o Bitcoin foi negociado abaixo do seu custo de produção antes do halving daquele ano. Depois, o preço do BTC subiu 2,700% para US $ 20.000 nos 18 meses seguintes.
Gráfico compartilhado por @token_mario
É importante observar que esse indicador está longe de ser o único sinal que implica que outro rally de alta acontecerá no Bitcoin.
O trader Theta Seek compartilhou que, de acordo com sua análise, usando dados da Chainalysis, mineradoras específicas de BTC têm “acumulado moedas nos últimos seis meses”.
Theta espera que essa tendência continue, dizendo que eles acreditam que as mineradoras “continuarão a acumular até bem depois do halving”, o que pode resultar em preços superando rapidamente o recorde de US$ 20.000 “devido ao choque na oferta”.
Modelo corrobora a narrativa de alta
Segundo o modelo, a alta de 2.700% pode acontecer novamente. O modelo em questão é o modelo stock-to-flow, um modelo econométrico que sugere que o valor do Bitcoin é derivado principalmente de seu nível de escassez, definido pelo inverso de sua taxa de inflação. O modelo, que foi testado novamente com um valor de R ao quadrado de 95% (extremamente preciso), sugere que o Bitcoin terá um valor justo de US$ 55.000 a US$ 100.000 após o halving de maio deste ano.
Segundo o criador do modelo, um analista chamado PlanB, o BTC ultrapassou historicamente as leituras do valor justo durante os mercados em alta, sugerindo que o mesmo poderia acontecer novamente.
Entretanto, nos últimos dias, muitos questionaram a legitimidade do modelo.
Hugo Nguyen, um escritor sobre criptomoedas e participante da Chaincode Labs, explicou recentemente que ele acha que o modelo é baseado em “2 dados patéticos”, referenciando o fato de que houve apenas dois halvings anteriores e uma “generosa” margem de erro.”
Ele acrescentou que “não é porque o modelo funcionou duas vezes até agora que vai continuar funcionando uma terceira e quarta vez.”
O bitcoin é uma criptomoeda descentralizada que permite pagamentos instantâneos a qualquer pessoa, sem autoridade central.
A rede Bitcoin é assegurada por mineradores que são computadores especializados que usam um mecanismo de consenso chamado “proof-of-work” (“prova de trabalho”) para verificar cada bloco de transações de bitcoin.
O minerador que verifica cada bloco é recompensado por seu trabalho com bitcoins recém-criados. Essa “recompensa por bloco” é como novos bitcoins são lançados no sistema.
Um novo bloco de transações é acrescentado ao blockchain Bitcoin aproximadamente a cada dez minutos. Atualmente, a recompensa por bloco é de 12,5 bitcoins.
Cerca de 144 blocos são minerados diariamente, o que significa que aproximadamente 1,8 mil novos bitcoins são gerados a cada 24 horas.
O número de novos bitcoins criados por meio da recompensa por bloco é reduzido pela metade a cada quatro anos. Esse processo é chamado de halving do bitcoin.
O próximo halving será o terceiro e o preço atual de 12,5 bitcoins da recompensa por bloco vai ser reduzido para 6,25 bitcoins.
A taxa de hashes da rede Bitcoin continua a se recuperar após um colapso em meados de março. Diversos previsores do halving estão convergindo próximos ao dia 12 de maio (Imagem: Crypto Times)
Contagem regressiva desta semana
A data prevista para o halving do bitcoin desta semana (de acordo com todos os modelos de previsão da Brave New Coin) é 12 de maio de 2020 às 18h24.
A data prevista da semana passada era 13 de maio de 2020 às 15h30. A data prevista para o halving foi adiantada em 21 horas e 54 minutos. Cada modelo é recalculado diariamente.
A taxa de hashes (velocidade em que um dispositivo de mineração de criptoativos opera) da rede Bitcoin se manteve estável na última semana e mineradores continuam a se recuperar e a novamente aplicar poder computacional na rede após o Cisne Negro do preço do bitcoin no dia 13 de março. As datas de previsão para o halving são baseadas em intervalos diários entre blocos e, conforme a taxa de hashes aumenta, mais blocos são produzidos todos os dias, adiantando as datas de previsão para o halving.
Embora a taxa de hashes da rede Bitcoin tenha se beneficiado de um aumento na atividade de mineração nos últimos dias, isso pode mudar porque haverá um ajuste de dificuldade daqui a quatro dias. Plan B, popular analista de bitcoin, sugere que o ajuste será “épico“.
A “dificuldade” é uma medida que indica quão difícil é para mineradores solucionares os problemas de hash do Bitcoin, um quebra-cabeças solucionado a cada bloco de transações para que a recompensa seja recebida e o bloco seja transmitido à rede. A dificuldade foi criada para ser ajustada a cada 2016 blocos por um algoritmo que tenta certificar que um bloco seja publicado na rede a aproximadamente dez minutos. Um ajuste de dificuldade positivo, como o que acontecerá daqui a quatro dias, é usado para desacelerar a produção de blocos na rede quando as taxas estão mais rápidas do que o nível específico.
Esse próximo ajuste de dificuldade é uma resposta automática da rede aos novos hardwares da indústria que está deixando mineradores da rede publicarem blocos em uma taxa mais rápida do que dez minutos. O ajuste resultará na capitulação (saída definitiva) de alguns mineradores menores que, provavelmente, só mantêm sua rentabilidade em baixos níveis de dificuldade.
Previsão
Agora, todos os modelos estão prevendo intervalos entre uma faixa de 48 horas: sinais indicam um halving no dia 12 de maio.
– previsão média para o halving no dia 22 de março de 2020 através de oito modelos diferentes: 12 de maio de 2020, às 13h16;
– previsão média para o halving na semana anterior através de oito modelos diferentes: 12 de maio de 2020, às 14h16;
– diferença: 59 minutos antes.
Gráficos de convergência de datas
1º contexto: intervalo médio diário entre blocos
Este modelo continua a prever uma data mais próxima à sua média histórica.
Esse é o intervalo médio de execução de todos os blocos Bitcoin minerados no dia anterior.
Esse modelo faz a estimativa do número de dias restantes até o próximo halving, multiplicando o intervalo médio diário entre blocos pelo número de blocos restantes a serem minerados antes do próximo halving.
Usando essa medida, calculamos o registro de data/hora para o próximo halving.
– previsão média para o halving (primeira observação em 1º de janeiro de 2019): 12 de maio de 2020, às 22h29;
– previsão do halving em 12 de abril de 2020: 11 de maio de 2020, às 8h33.
2º contexto: intervalo médio cumulativo entre blocos
Este modelo estagnou e, durante a semana, previu, de forma constante, uma data de previsão para o dia 12 de maio.
Essa é a média numérica cumulativa do intervalo de execução de todos os blocos Bitcoins minerados até hoje. Para remover a grande lacuna entre a primeira execução de bloco, o intervalo médio entre blocos é tido como 600 segundos.
Neste cenário, a BNC calcula o número de dias restantes até o próximo halving ao multiplicar o intervalo médio cumulativo entre blocos com o número de blocos restantes a serem minerados. Usando esta métrica, calcula-se o registro data/hora do próximo halving.
– previsão média para o halving (primeira observação em 1º de janeiro de 2019): 8 de maio de 2020, às 12h42;
– previsão do halving em 12 de abril de 2020: 11 de maio de 2020, às 22h50.
3º contexto: intervalo médio móvel simples entre blocos (num período de 50 dias)
Este modelo está, constantemente, prevendo uma data próxima à sua média histórica.
Essa é uma média móvel aritmética de todos os intervalos entre blocos calculada ao acrescentar o intervalo médio entre blocos executados todos os dias durante 50 dias.
Esse é um indicador técnico de atraso que aplica uma mesma ponderação para todas as observações durante o período a fim de determinar se o intervalo entre blocos terá a mesma tendência ou se irá revertê-la.
Se a média móvel simples subir, isso explica o aumento no número de execuções de blocos, ou seja, a data do halving vai chegar antes do previsto. Se cair, significa que os blocos executados irão cair diariamente e a data do halving vai ser adiada.
– previsão média para o halving (primeira observação em 1º de janeiro de 2019): 13 de maio de 2020, às 18h15;
– previsão do halving em 1º de abril de 2020: 13 de maio de 2020, à 3h50.
4º contexto: intervalo médio móvel exponencial entre blocos (num período de 200 dias)
Este modelo a longo prazo está começando a prever datas mais próximas, já que a taxa de hashes aumentou há algumas semanas.
Essa é um tipo de média móvel em que é dada maior importância para os intervalos médios e mais recentes entre blocos. Isso fornece bons sinais sobre interseções e divergências do intervalo médio histórico entre blocos. Esse também é um indicador técnico de atraso.
Quando o intervalo médio entre blocos cruza o intervalo médio móvel entre blocos, espera-se por grandes mudanças no intervalo médio entre blocos, em que a tendência muda de direção.
Já que a média móvel exponencial fornece maior ponderação sobre os intervalos médios diários e mais recentes entre blocos do que dados mais antigos, é mais reativa às mudanças mais recentes dos intervalos entre blocos.
– previsão média para o halving (primeira observação em 1º de janeiro de 2019): 13 de maio de 2020, às 6h36;
– previsão do halving em 1º de março de 2020: 13 de maio de 2020, às 13h58.
Aspectos básicos da rede Bitcoin
– taxa média diária de hashes (de 12 de abril de 2020 a 06 de abril de 2020): 109.802.926.261 terahashes por segundo (Th/s);
– taxa média diária de hashes na semana anterior: 106.264.611.798 Th/s;
Há cerca de 3 horas atrás, nesta quarta-feira (15), mais de R$ 265 milhões foram enviados à Binance, segundo tweet do perfil de monitoramento “Whale Alert”. A transação, de massiva quantia de 3 mil Bitcoins, foi realizado por uma “baleia”.
A movimentação de R$ 265 milhões custou apenas 83 centavos
Ao observarmos a transação no explorador de blocos blockchain.info, percebemos que apesar da gigantesca movimentação em quantidade de bitcoins, ela era pequena em tamanho (247 bytes).
Com apenas uma entrada e duas saídas (incluindo o endereço de troco), e uma taxa de 9.466 sat/byte, a transação foi absurdamente barata, considerando o montante movimentado.
Na rede Bitcoin, não interessa a quantidade de bitcoins que você movimenta, mas sim o quanto de espaço sua transação vai ocupar no próximo bloco, e é por esse espaço que se paga a taxa de transação.
Baleia despejando bitcoins?
Como o blockchain do Bitcoin é público e os principais endereços das exchanges são conhecidos, o bot Whale Alert fica de olho e consegue anunciar esse tipo de transação.
Essa transação é interessante pois não há muitos motivos para enviar bitcoins para uma exchange, se não para vendê-los. Logo, baleias podem acabar anunciando quedas de curto prazo na cotação.
Por outro lado, caso as baleias não estejam interessadas em fiat, mas em alguma altcoin, pode-se perceber uma movimentação de alta em algumas delas.
No entanto, outra possibilidade é que a transação seja feita pela própria exchange, reorganizando suas carteiras, possivelmente trocando de cold wallet.
Crise e movimentação estranha de carteiras
Assim como já noticiamos há duas semanas atrás, o mesmo bot Whale Alert já havia nos informado sobre a movimentação de 5.5 mil bitcoins em outra carteira da Binance, levando ao mesmo medo da queda de cotação.
Logo após a transação aparecer na blockchain, o preço do Bitcoin caiu de US$ 6.150 para quase US$ 5.900.
A anormalidade não para por aí: o número de baleias que possuem mais de 1.000 bitcoins em carteiras já passou do recorde em 2017, mais de 1.800 carteiras.
