quinta-feira, 7 de maio de 2020

Alex Nascimento: o futuro do bitcoin e das stablecoins após o halving



O terceiro halving do Bitcoin está apenas a alguns dias de acontecer. Previsto para o dia 12 de maio, o evento reduzirá, pela metade, as recompensas do bloco de mineração de 12,5 para 6,25 bitcoins.
A taxa de inflação anual da rede do BTC será reduzida de cerca de 3,6% para 1,8%, o que representa um intervalo notável, pois coloca a inflação do BTC muito abaixo da meta definida de 4% para o Brasil em 2020, e a do Fed, banco central americano, de 2% ao ano.
Historicamente, os eventos de halving do Bitcoin, que ocorreram duas vezes nos últimos 11 anos, foram seguidos por um aumento expressivo no preço do ativo criptografado.
O primeiro halving ocorreu no final de 2012 e o bitcoin teve uma valorização de 9.200%; o segundo halving, de setembro de 2016, viu o Bitcoin apreciar 2.900% para atingir seu recorde histórico de US$18 mil, 15 meses após o segundo halving.
No entanto, é muito difícil prever o que vai acontecer a partir de informações estatísticas e, considerando a crise da COVID-19, este é um ambiente macroeconômico completamente diferente para o próximo halving.
Há inúmeras hipóteses sobre o que pode acontecer com o preço do bitcoin depois do terceiro halving.
É importante lembrar que o terceiro halving já vem sendo antecipado e discutido amplamente, não só por mineradores, mas também por investidores institucionais, dando aos mineradores uma ampla oportunidade de planejar e interagir com o mercado de maneira mais eficiente do que no passado.
Vou apresentar três possíveis cenários.
Máquinas de mineração solucionam problemas de hashing (caracteres aleatórios na rede) para ganhar a recompensa por blocos de transações transmitidos ao blockchain Bitcoin (Imagem: Facebook/VBit Tech)

Cenário A

Uma tese muito comum entre especialistas é a de que, meses depois do halving, espera-se que a maioria dos mineradores de grande porte tenham feito os upgrades necessários a seus equipamentos para se manterem economicamente sustentáveis.
Assim, mineradores menores ou menos eficientes podem ser eliminados devido à obsolescência de seus equipamentos.
Quando a redução da recompensa por bloco cai pela metade (halving) junto com a ausência de um aumento significativo no preço do BTC, isso garante a obsolescência imediata de equipamentos de mineração de gerações anteriores e a falência, em curto prazo, de mineradores de pequeno porte.
Por consequência, o grupo de mineradoras que atualiza seus equipamentos para hardwares mais modernos e eficientes é beneficiado com uma redução na base de custos gerais de operação devido à redução da dificuldade da rede Bitcoin (quanto menos players, menor é a competição para a geração dos blocos), permitindo que mineradores produzam mais e vendam menos.
Essa redução no número de players no mercado e escassez no lado da oferta pode, a médio e longo prazo, impactar positivamente o preço do bitcoin.
É possível que a volatilidade diária da rede Bitcoin continue estável, após ter atingido níveis recordes nos últimos dias (Imagem: Freepik/starline)

Cenário B

Uma das principais hipóteses é que a volatilidade diária entre 1% e 5% irá se manter estável e que, provavelmente, a redução na recompensa do bloco não causará grandes alterações no preço da criptomoeda, visto que hoje as negociações de BTC em mercados futuros minimizam as da volatilidade exacerbada do ativo durante períodos como o do halving.
Embora possa haver uma pressão de curto prazo nos preços, à medida que os mineradores mergulham nas suas reservas de BTC para cobrir eventuais perdas de receita no curto prazo, essa pressão deve ser bem mais equilibrada do que a observada nos halvings anteriores.
O preço do bitcoin pode cair após o halving até a criptomoeda encontrar um novo equilíbrio de custo de produção e demanda de mercado (Imagem: Freepik)

Cenário C

Independente da eficiência de equipamentos mais modernos, o halving, por definição, dobra o custo de produção existente de cada minerador.
Quando os mineradores estão sujeitos a preços de bitcoin abaixo dos níveis de custo de produção, são forçados a vender, não apenas todas as moedas que produzem, mas também suas reservas de bitcoin para pagarem pelos custos operacionais, causando pressão de venda adicional e um aumento na oferta de bitcoins no mercado.
Isso nos leva ao terceiro cenário, que resulta na pressão de venda dos mineradores em geral, a curto e médio prazo, e na queda do preço do bitcoin até a criptomoeda encontrar um novo equilíbrio de custo de produção e demanda de mercado.
Isso pode muito bem acontecer caso a redução na produção de bitcoins por bloco não for equilibrada rapidamente com um aumento na demanda de mercado e, consequentemente, uma alta no preço da criptomoeda no curto prazo.
Em temos de crise, o bitcoin deve como uma alternativa segura para moedas fiduciárias (nacionais), cujos valores estão se deteriorando rapidamente (Imagem: Freepik/@silverhousehd)
O bitcoin foi criado como uma resposta ao controle opressor, fiscal e monetário do sistema financeiro. Logo, tem as propriedades de um ativo seguro que deve servir como um meio contra a inflação, semelhante ao ouro.
Para cumprir com sua promessa, o bitcoin deve emergir após a crise como uma alternativa segura para moedas, cujos valores estão corroendo rapidamente.
No momento dos dois últimos eventos de halving, o bitcoin era um ativo com uma negociação digital complexa, com transações não regulamentadas e com práticas de segurança questionáveis.
Conforme mais pessoas adquiriram conhecimento sobre a criptomoeda, além de principais bancos e empresas de tecnologia lutarem para emitir suas próprias moedas digitais, o bitcoin se tornou um nome familiar e a criptomoeda se tornou mais aceita no mercado mundial.
Essa aceitação do bitcoin resultou em um crescimento de diferentes criptomoedas, as altcoins (do inglês “alternative coins to bitcoin”, “criptomoedas alternativas ao bitcoin”), como é o caso das stablecoins, que servem para mitigar a volatilidade diária do bitcoin e de outras moedas criptografadas.
Recentemente, o mercado apresentou uma demanda curiosa de stablecoins devido à incerteza gerada pela pandemia global da COVID-19. Nas últimas semanas, sua oferta total atingiu uma alta histórica de aproximadamente US$7,5 bilhões  com a demanda por tether (USDT) e USD Coin (USDC) dentre outras.
Com juros praticamente negativos mundo afora, um aumento na injeção de dólares americanos no mercado e um derretimento do valor das moedas de mercados emergentes, esse crescimento na demanda por stablecoins demonstra uma busca internacional por uma nova classe de ativos alternativos, não correlacionados a possíveis agendas políticas.
Ironicamente, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) detalhou esse potencial desenvolvimento em 2017, junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
tether
Tether (USDT) é a maior stablecoin da indústria cripto, seguida de TrueUSD (TUSD), USD Coin (USDC), Paxos (PAX), Gemini Dollar (GUSD) e DAI (Imagem: Twitter/Tether)
Stablecoins operam com características semelhantes ao eurodólar, porém são extremamente mais acessíveis para a maioria das pessoas e empresas estrangeiras, além de garantir a rápida liquidação, sem a necessidade de intermediários.
Como stablecoins não são emitidas pelo sistema de crédito tradicional, são basicamente uma versão mais flexível do dólar, sem burocracia atrelada à troca e ao acesso a linhas de crédito.
Por natureza, são lastreadas por algum ativo real, como o ouro, que resulta nas inovadoras versões de stablecoins — tether gold (XAUT) e pax gold (PAXG).
Também têm aumentado em demanda, o que serve de evidência pois, além da corrida por dólares, as pessoas têm procurado por um estoque estável de valor contra a volatilidade dos mercados neste momento.
Isso leva à conclusão de que, por trás da potencial explosão de tokenização que estamos prestes a testemunhar, dinheiro ou ativos tokenizados se tornam amplamente mais acessíveis, escaláveis, transparentes e programáveis.
Muitas empresas, empreendedores e investidores ainda desconhecem as vantagens da tokenização de ativos reais. Porém, com poderosas ferramentas já disponíveis, um possível aumento no preço do bitcoin pós-halving, o crescimento adicional de stablecoins e o potencial da tokenização de ativos podem ser grandes tendências após a crise do coronavírus.
Assim, as pessoas naturalmente gravitarão em direção ao dinheiro mais seguro, seja o bitcoin, stablecoins ou moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs), como a criptomoeda chinesa, resultando em um crescimento do mercado como um todo e em um aumento na demanda por criptomoedas.
Alex Nascimento é professor de Blockchain & STOs na universidade americana UCLA e também é cofundador do UCLA Blockchain Lab. É autor do livro The STO Financial Revolution. Alex é um profundo conhecedor do mercado de valores mobiliários tokenizáveis e, neste artigo, tratou justamente sobre os possíveis cenários do halving e o futuro das stablecoins.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Três coisas para esperar do próximo halving do Bitcoin

Com o halving do Bitcoin se aproximando, pode valer muito a pena dar uma olhada na excelente análise de James Bennett, CEO of ByteTree, acerca do que esperar do grande evento

Estima-se que o halving do bitcoin ocorra daqui a sete dias, em 12 de maio, às 11h30. Ao contrário de algumas crenças impopulares, o halving não se refere ao preço. Halving significa que o número de bitcoins ‘recompensados’ para os mineradores é reduzido pela metade. Atualmente, os mineradores são recompensados ​​com 12,5 BTC (US$ 112.500) por cada bloco bem-sucedido e se tornarão 6,25 BTC (US$ 56.250). O processo do halving acontece a cada 210.000 blocos, o que dá em média 4 anos.
O tempo exato do halving só pode ser estimado, uma vez que o tempo real depende de uma combinação do hashrate, da dificuldade e de alguma probabilidade matemática que vai muito além do meu próprio entendimento. À medida que o halving se aproxima, várias mudanças comportamentais ocorrem na rede. Através do monitoramento dos dados “on-chain” do Bitcoin em tempo real, podemos montar uma imagem de como a rede muda na corrida, durante e depois do halving.

Alterações na dificuldade da mineração e hashrate

Vamos começar com a taxa de dificuldade. Dificuldade é um parâmetro que se ajusta para manter constante o tempo médio entre os blocos à medida que o hashrate da rede muda. As receitas dos mineradores, ou pelo menos uma grande parte delas, provêm do novo bitcoin ganho por adicionar novas transações à blockchain – conhecida como recompensa em bloco. A taxa na qual as recompensas podem ser obtidas é determinada pela relação entre o poder de computação (hashrate) e a dificuldade da rede. Se os mineradores aumentarem seu hashrate, investindo em mais equipamentos e/ou eletricidade, eles poderão aumentar a quantidade de bitcoins que ganham no curto prazo.
O nível de dificuldade é redefinido continuamente pela rede a cada 2.016 blocos, a fim de limitar a taxa na qual a receita pode ser obtida. É o controle dinâmico que mantém o novo bitcoin sendo liberado para os mineradores como ganhos a cada 10 minutos. Se bitcoins forem adquiridos em menos de 10 minutos, o problema que os mineradores resolverão se tornará mais difícil. Se demorar mais de 10 minutos, o problema que os mineradores resolverão fica mais fácil.
A dificuldade é um conceito importante a ser observado durante os halvings. Durante a operação normal na rede, é somente a dificuldade que afeta as receitas da mineradora através da regulação da distribuição. Lembre-se de que os 12,5 BTC ganho a cada dez minutos cairá para 6,25 BTC após o halving. As receitas cairão pela metade, enquanto a base de custos permanecerá a mesma. Com efeito, o custo marginal de mineração de um bitcoin dobrará.
Como isso afeta a rede? Um número significativo de operações de mineração se torna imediatamente inútil e desliga seus equipamentos, economizando no componente de custo variável da mineração. Quando o equipamento de mineração é subitamente cortado da rede, a taxa de novas transações adicionadas à blockchain cai drasticamente. Os 8 TPS já inexpressivos que a rede processa podem chegar a 1 TPS, quase inutilizável. Isso essencialmente leva a rede à uma parada no curto prazo.
O número crítico então é quantos blocos existem entre o halving e o próximo ajuste de dificuldade – que é o período em que os mineradores devem sobreviver com o dobro do custo marginal de produção. Para isso, no terceiro halving do bitcoin, existem 1.008 blocos do halving até o ajuste da dificuldade, que deve levar 7 dias se o tempo de bloqueio permanecer em 10 minutos por bloco. Em 2012, foram necessários 17 minutos por bloco até a dificuldade ser ajustada e foram 6 dias antes da rede retornar ao seu ritmo de 8 TPS. Em 2016, o tempo de bloqueio aumentou até 22 minutos por bloco e não retornou à linha de base por 30 dias.
À medida que o rendimento da transação diminui, a próxima coisa a observar é o aumento das taxas.

Aumento nas taxas antes e após o halving do Bitcoin

As taxas são pagas aos mineradores para facilitar as transações na Rede Bitcoin. O tamanho da taxa é tecnicamente voluntário, mas as transações que designam uma taxa mais alta são priorizadas. Isso ocorre porque os mineradores são atores racionais que procuram maximizar suas receitas. Se eles incluem uma transação no bloco, eles mantêm a taxa associada. A necessidade de priorizar as transações se resume ao rendimento da transação da rede. Se houver mais transações do que a taxa de transferência de 8TPS, o mercado de taxas aumenta. Essa dinâmica significa que as taxas são um bom indicador do nível de atividade econômica na Rede Bitcoin.
As taxas começaram a aumentar significativamente na última semana e provavelmente continuarão após o halving. Embora isso seja em grande parte impulsionado por um aumento na atividade dos investidores, não é o cenário geral.

De olho no inventário dos mineradores

Durante os períodos de vulnerabilidade, os principais atores dos principais rivais do bitcoin usam sua taxa de transferência reduzida para exacerbar os problemas de congestionamento. Com a taxa de transferência limitada e o mercado de taxas subindo, atores nefastos enviam spam à rede com transações de baixo valor, na tentativa de reduzir ainda mais o espaço disponível no bloco. Essa dinâmica aumenta ainda mais as taxas. Embora taxas mais altas tornem as transações mais caras para quem usa a rede, elas também servem para compensar os mineradores pela queda na receita da recompensa do bloco. As taxas como uma porcentagem da receita total aumentam acentuadamente durante os períodos de congestionamento da rede, à medida que a concorrência leva as taxas absolutas aos máximos locais.
A principal mudança final a ser observada na semana que antecede o halving é o inventário da mineradora. Usando dados em cadeia do terminal ByteTree, podemos rastrear o inventário rotativo do minerador, ou MRI. A ressonância magnética mede os níveis variáveis ​​de bitcoin que os mineradores mantêm em seu inventário durante um período de seis semanas. O inventário do minerador é semelhante a uma cadeia de suprimentos tradicional. O estoque se expande quando a produção ultrapassa a demanda e se contrai quando o oposto é verdadeiro. Uma ressonância magnética acima de 100% significa que os mineradores são vendedores líquidos de seus estoques e acima de 100% significa que são detentores líquidos.
O gerenciamento de inventário é um componente essencial para executar uma operação de mineração eficaz. Os mineradores que mantêm margens de lucro apertadas ou têm um gerenciamento insuficiente do balanço são forçados a liquidar estoques rapidamente. Os mineradores que obtiveram uma base de custos relativamente mais baixa podem se dar ao luxo de construir seu balanço patrimonial, assumindo em posições longas no bitcoin. Então, o que esperar dos mineradores?
Modelando a RM nos últimos dois períodos de halving, descobrimos que os mineradores tendem a aumentar os estoques antes do halving, cuja receita em termos de BTC é mais alta. Quando a recompensa do bloco cai pela metade, geralmente há menos pressão de venda no mercado, elevando o preço nos meses subsequentes. Como atores econômicos racionais, os mineradores buscam maximizar o preço que podem receber por bitcoin. Se o balanço de um minerador for forte, ele se apegará ao bitcoin e venderá em um mercado mais forte.
Fonte: CITYA.M.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Dessa vez o halving do Bitcoin pode ter um resultado bem diferente, entenda



O halving do Bitcoin continua sendo um evento altamente aguardado por todo o mercado de criptomoedas, sendo um ponto crítico para a movimentação futura da principal moeda digital do mundo.
Existem diferentes teorias de como o preço do Bitcoin vai reagir, com muitos apontando em uma repetição da história. O contribuidor da Forbes, Clem Chambersacredita que dessa vez podemos ter um resultado diferente, ainda que positivo.
Chambers citou como, apesar do halving ser sempre igual, estamos vivendo em um mundo completamente diferente de 2012 e 2016 e que isso terá um impacto em como o halving vai funcionar e, principalmente, como será o futuro do Bitcoin.
“O único momento em que o passado pode indicar o futuro é quando existe uma força similar atuando. O halving do Bitcoin deveria ser um evento repetido.”
Segundo o artigo o halving é visto pela maioria das pessoas como algo muito positivo. Atualmente, 1800 Bitcoins são produzidos todos os dias, cerca de US$ 16 milhões no preço atual.
Esse valor precisa ser absorvido pelo mercado, com um número maior de compradores para evitar que a oferta seja menor que a demanda.
A partir do dia 11 de maio (mais ou menos), esse valor cai pela metade e esse equilíbrio se torna ainda mais favorável para a demanda.
Se o influxo de dinheiro continuar constante, o preço vai subir até o momento que o os vendedores quiserem liquidar seus lucros. Chambers nota que isso vai acontecer bem depois do que nas últimas vezes.
“Esses novos vendedores são notoriamente mais gananciosos, com isso, o novo ponto de equilíbrio deve ser muito mais alto.”

Movimentos históricos do Bitcoin durante o halving

Gráficos apresentado por Chambers mostrando o momento pré-halving (acima) e pós-halving (abaixo) do Bitcoin.
O artigo de opinião também chama a atenção para as movimentações histórias do BTC. Esse é um dos dados mais utilizados pelos apoiadores da moeda para afirmar que teremos um momento de alta no futuro próximo.
Gráfico mostrando o preço do Bitcoin atualmente.
A movimentação pré-halving é similar com a atual situação do Bitcoin atualmente, indicando a possibilidade de que vamos ter um futuro parecido, no entanto, a atual crise precisa ser considerada.
“Existem claros paralelos entre esses gráficos, mas também diferenças óbvias e sem dúvidas elas são causadas pela queda do coronavírus. O halving é positivo, mas o vírus e os seus efeitos adversos superam todos os outros fatores.”

Inflação vs Deflação

Nota de 500 bilhões impressa pela Iugoslávia durante uma das piores inflações da história.
Chambers acredita que o mercado seguirá dois caminhos no futuro próximo: Inflação ou Deflação. Com aqueles que atuam de forma prática no mercado apostando na inflação enquanto alguns economistas apostam em uma deflação.
Qual caminho o mercado vai seguir vai influenciar o futuro de toda a criptoeconomia e Chambers aponta para três prontos principais que vão influenciar no valor do Bitcoin:
  • A inflação/deflação de moedas fiduciárias – Um ouro digital como o Bitcoin vai adorar a inflação. A deflação terá um efeito negativo.
  • Liquidez financeira global – Se o dinheiro for ilíquido, todos os ativos digitais vão quebrar, afinal, o dinheiro “ainda é rei”. O oposto vai ser bom para as criptos.
  • Espanto global: O “Bitcoin” ama guerras econômicas, brigas, guerras e qualquer coisa que pode fazer as pessoas comprarem bitcoin para mover, esconder, viajar ou proteger o seu dinheiro.
Com esses fatores em mente, o criptomercado está em um bom momento com uma nova guerra comercial entre China e EUA começando, o mercado chinês desvalorizando, uma dinâmica de lockdown global, uma grande onde de incerteza, o próprio coronavírus e o halving.
Com tudo isso, não é surpresa que o Bitcoin está valorizando. E o mundo todo parece caminhar para uma grande inflação, fortalecendo a alta do Bitcoin, apesar da insolvência representar um grande problema.
Chambers disse acreditar que os economistas do mundo tentaram reutilizar a estratégia de 2009 para combater a crise e traze um estado de deflação para o mercado de forma geral.
Mas acredita que os Bancos Centrais precisarão fazer um intenso malabarismo para conseguir realizar essa façanha.
Sendo assim, esse halving será sem dúvidas o mais diferente e com resultados mais discrepantes até o momento. E no longo prazo, podemos ter mudanças ainda maiores em todo o setor financeiro.
“Se nós ficarmos com uma inflação, o preço do Bitcoin vai se tornar incontrolável. Sendo assim, eu continuo comprando.”
Fonte: livecoins.com.br

domingo, 3 de maio de 2020

Bitcoin: 5 motivos que fizeram o BTC disparar mais de 70% em 2020

Nenhum ativo teve a valorização conquistada pelo Bitcoin em 2020. Até fevereiro a criptomoeda acumulava alta de mais de 70% em pouco mais de um mês. Cada vez que um investimento tem grande valorização as pessoas tendem a buscá-lo, sempre na ânsia de ganhar dinheiro fácil. Com o Bitcoin não é diferente.
Até mesmo pessoas que nunca tiveram qualquer contato com a renda variável, como a bolsa de valores, colocam suas fichas no Bitcoin, como se estivessem jogando uma grande aposta em um cassino de Las Vegas.
Mas é seguro investir em Bitcoin? É uma aplicação de altíssimo risco, segundo o financista Fabrízio Gueratto, do canal do Youtube 1Bilhão, além de ser a classe de ativos com maior volatilidade do momento.
"Chega a cair 20% em um único dia."
Dentro da diversificação de investimentos é possível ter Bitcoin, de acordo com Gueratto. "Porém, dentro de um percentual que seja possível perder. Como todo investimento o risco é proporcional ao retorno, claro que também existe a possibilidade de multiplicar de valor em um curto espaço de tempo."