terça-feira, 25 de maio de 2021

Elon Musk diz que Dogecoin pode superar Bitcoin e cofundador do Ethereum rebate

 



Criada como uma forma de brincadeira, a criptomoeda Dogecoin tem gerado bastante discussão no mercado diante de sua forte valorização, mesmo com especialistas apontando que esse ativo não “tem fundamentos”.

Agora, dois nomes bastante conhecidos da comunidade cripto estão discutindo sobre o potencial dessa moeda digital. Enquanto o CEO da Tesla, Elon Musk, segue elogiando a Dogecoin, o cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, tem apontado diversos problemas com o ativo.

Já faz algum tempo que Musk tem elogiado a criptomoeda criada com base no meme do cachorro da raça Shiba Inu, que segundo ele tem potencial até de superar o Bitcoin caso sejam implementadas algumas melhorias em sua rede.

Respondendo a um comentário comparado a Dogecoin e o Bitcoin no Twitter, o executivo declarou em 15 de maio que a moeda meme poderia derrotar facilmente a maior das criptomoedas se “acelerar o tempo de bloco em 10 vezes, aumentar o tamanho do bloco em 10 vezes e reduzir a taxa em 100 vezes”.

E foi exatamente essa ideia que levou Vitalik a escrever um artigo dizendo que acha difícil realizar todas essas mudanças da rede da Dogecoin. “Vai dar trabalho fazer isso sem sacrificar a descentralização que torna as blockchains tão valiosas”, afirma no texto.

Segundo ele, implementar as propostas de Musk não é simples, principalmente por causa de fatores técnicos que afetam a segurança de um projeto como o da Dogecoin.

Vitalik explica que para uma rede ser verdadeiramente segura é preciso maximizar o número de usuários que podem executar um nó da blockchain.

Em várias das principais criptomoedas existentes, o processo de criação de novos ativos é feito por meio da mineração, em que computadores resolvem problemas matemáticos para confirmar as operações e como recompensa são geradas novas moedas. Para isso ocorrer é preciso completar um bloco, por isso o nome blockchain (corrente de blocos, em tradução livre), e, quando isso ocorre, se diz que foi executado um “nó”.

Segundo o cofundador do Ethereum, a proposta de escalabilidade de Musk resulta em um aumento dos requisitos de hardware para os validadores, o que no fim resulta em um movimento oposto a essa maximização de usuários que podem executar o nó.

Ele explica que aumentar em 10 vezes o tempo e o tamanho de um bloco, por exemplo, exigiria uma largura de banda, armazenamento e potência computacional para executar um nó que um usuário comum não tem como conseguir.

Por conta disso, a escalabilidade forçada sugerida por Musk tornaria o processo viável apenas para players maiores e especializados, com equipamentos melhores e mais caros. Vitalik, portanto, diz que isso “não é uma solução”.

“Para que uma blockchain seja descentralizada, é crucial que os usuários regulares sejam capazes de executar um nó e ter uma cultura em que executar nós seja uma atividade comum”, escreveu ele no artigo.

Exemplo da rede Ethereum

No texto, o desenvolvedor cita o exemplo do próprio Ethereum para mostrar os desafios da escalabilidade. A rede do token Ether conta com uma solução chamada sharding, ou fragmentação de blocos, que separa os dados da blockchain em vez centralizar tudo em um único nó, facilitando a validação de transações.

Mesmo assim, ele explica que, no caso do Ethereum, “o design de fragmentação já está bastante próximo dos valores máximos para uma segurança razoável […] As constantes podem ser aumentadas um pouco, mas não muito”.

Recentemente, a rede Ethereum passou exatamente por uma atualização para ajudar em sua segurança e melhorias do sistema, sendo que há mais novidades esperadas para julho.

A resposta de Musk

Na última segunda-feira (24), Musk escreveu em seu Twitter uma resposta, satirizando o artigo de Vitalik, dizendo que o desenvolvedor tem medo do avanço da Dogecoin sobre outras criptomoedas.

O CEO da Tesla recentemente disse que está trabalhando com os desenvolvedores da Dogecoin para encontrar melhorias e soluções para evoluir a moeda digital.

Apesar do forte rali recente e do apoio de nomes como Musk, especialistas alertam que a criptomoeda não tem fundamentos e os investidores não devem entrar na onda desta alta.

O próprio Musk, apesar de entusiasta, até hoje não apresentou propostas concretas ou nenhuma sinalização mais clara do que pode ser feito para melhorar a rede da Dogecoin. Por outro lado, ele tem feito muitas brincadeiras, como participar do programa Saturday Night Live usando o nome “Dogefather” ou anunciar que vai lançar, usando a sua empresa Space X, um foguete com o nome DOGE-1, a primeira carga útil lunar comercial paga inteiramente em Dogecoin.

Em entrevista ao InfoMoney recentemente, João Marco Cunha, gestor de portfólio da gestora Hashdex, disse que a criptomoeda tem um “baixo engajamento dos desenvolvedores, o que limita sua evolução, sem ter uma proposta de valor convincente”. “A rede ainda é pouco descentralizada e vulnerável. Portanto, é difícil apontar fundamentos para movimento de preços observado”, afirma.

Já Safiri Felix, diretor de Produtos e Parcerias da Transfero Swiss, reforça que “claramente a Dogecoin é um ativo sem nenhum fundamento”, sendo que a alta é puxada apenas pelo fluxo de mercado, aumentando o risco do ativo.

“Estamos falando de um protocolo que não tem um time de desenvolvedores dedicados, trabalhando em melhorias e novas implementações. Um ativo que tem uma base monetária extremamente inflada, a quantidade total de dogecoins em circulação é muito alta e os saldos são bastante concentrados entre os maiores detentores”, explica.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Mineradores de Bitcoin criam conselho para discutir uso de energia limpa durante reunião com Elon Musk

 

O CEO da montadora de veículos elétricos Tesla, Elon Musk, afirmou em seu Twitter nesta segunda-feira (24) que teve uma reunião “promissora” com mineradores de Bitcoin dos Estados Unidos para tratar sobre o uso de energia limpa no processo realizado por eles.

“Falei com mineradores de Bitcoin nos EUA. Eles se comprometeram a publicar um estudo mostrando o uso atual de energia e um planejamento para usar energia renovável. Muito promissor”, afirmou ele na rede social.

A informação ajudou a criptomoeda a aumentar sua valorização durante esta tarde, se aproximando da marca de US$ 40 mil após fortes quedas nos últimos dias. Mais cedo, o Bitcoin já registrava fortes ganhos.

Às 18h40 (horário de Brasília), a moeda digital tinha alta de cerca de 15%, cotada a US$ 39.148, enquanto em reais os ganhos eram de 13%, para R$ 208.498.

Safiri Felix, diretor de produtos da Transfero, diz que o tuíte de Musk ajudou a impulsionar o Bitcoin, que já estava se recuperando das quedas no fim de semana após as declarações de Ray Dalio, gestor do maior hedge fund do mundo, o Bridgewater.

“A sinalização do Ray Dalio é super importante, pode puxar a fila de outros gestores”, explica. Mas, questionado se as moedas podem oscilar menos nos próximos dias após as notícias recentes, Felix negou. “Volatilidade é inerente aos criptoativos.”

Musk tem sido creditado como um dos motivos para a queda recente do Bitcoin. Após a Tesla anunciar em fevereiro que passaria a aceitar a criptomoeda como meio de pagamento por seus veículos, o executivo suspendeu esse uso há cerca de duas semanas por conta do seu impacto ambiental.

“Estamos preocupados com o uso crescente de combustíveis fósseis para mineração e transações com bitcoins, especialmente carvão, que tem as piores emissões que qualquer combustível”, disse ele na ocasião.

Agora, o CEO da Tesla parece estar tentado ajudar a melhorar o consumo do processo de mineração – responsável pela criação de novos bitcoins -, levando mineradores a buscarem o uso de energia renovável para isso.

Logo após o tuíte de Musk nesta segunda, o CEO da Microstrategy, Michael Saylor, disse que organizou uma reunião entre o CEO da Tesla e alguns mineradores de Bitcoin que levou à formação do “Bitcoin Mining Council” (“Conselho de Mineração de Bitcoin”, em tradução livre), que promoverá a sustentabilidade do processo.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

domingo, 23 de maio de 2021

Bitcoin perde 10% em fortes vendas

 


nvesting.com - O Bitcoin era negociado nesta domingo a US$34.415,8 às 07:02 (10:02 GMT) segundo o Investing.com Index, um recuo de 10,23% nas últimas 24h. Esse é o maior tombo diário desde 19 de maio.

O mau humor dos investidores cortou o valor total de capitalização de mercado do Bitcoin para US$640,9B, o que representa 46,18% do volume total de capitalização do criptomercado. Na máxima histórica, a capitalização de mercado do Bitcoin chegou a US$1.184,9B.

Nas últimas 24h, o Bitcoin foi vendido entre US$33.971,4 e US$38.248,7. O volume negociado da moeda digital em igual período era de US$53,2B, ou 35,13% do total do volume de todas as criptomoedas, até a última atualização desta matéria.

Nos últimos sete dias, o Bitcoin mostrou perde em seu valor e perdeu 30,51%.  A moeda digital foi negociada entre US$30.261,7129 e US$46.545,3945 nesse período.

Em seu preço atual, Bitcoin ainda está 46,87% abaixo de sua máxima histórica de US$64.778,04 atingida em 14 de abril.

Outras moedas digitais 

Ethereum era negociado a US$2.043,80 segundo o Investing.com Index, queda de 13,10% no dia.

Tether era vendido a US$1,0037 de acordo com o Investing.com Index, ganho de 0,12%.

A capitalização de mercado do Ethereum totalizava US$235,2B ou 16,95% do total do criptomercado, enquanto Tether possuía valor de mercado de US$59,5B, ou  4,28% do total investido em moedas digitais.

Fonte:https://br.investing.com/


sexta-feira, 21 de maio de 2021

Em queda-livre, bitcoin testa estômago de novos investidores, mas mantém fundamentos

 



A tomar pelo sucesso recente do tema no país, muitos brasileiros entenderam pela primeira vez na última semana o que é investir em criptomoedas, e muitos analistas de ações vão passar a acompanhar esse mercado mais de perto.

E, a tomar pela confiança dos especialistas nos fundamentos do bitcoinquem segurar a emoção ainda pode ter no investimento ponderado em cripto uma alternativa para reserva de valor com potencial positivo lá na frente.

Comecemos pelo frio na barriga: ontem (19), após cinco dias de desvalorização, o bitcoin acentuou a tendência negativa e caiu quase 10% na comparação com o preço do dia anterior.


A descida foi no estilo clássico do bitcoin, com muitos altos e baixos deixando claros os sentidos das expressões “volatilidade” e “ativos de risco”. A cotação chegou a cair ainda mais na parte da manhã, para cerca de US$ 30 mil, mas depois se recuperou em parte e passou a transitar perto de US$ 37 mil. No fim da noite, já se aproximava de US$ 38 mil. Entre as exchanges brasileiras, o preço fechou o dia em torno de R$ 190 mil.


Foi um tombo e tanto, e rápido; há uma semana, o bitcoin era negociado a US$ 56 mil, e, até terça-feira à noite, estava cotado a US$ 44 mil.

Com a queda-livre de ontem, a pioneira e mais popular entre as criptomoedas caiu 35,89% no mês de maio e perdeu US$ 365 bilhões em valor de mercado – é o equivalente a um Walmart ou a uma Visa derretidos em 20 dias.

Outras criptomoedas também vêm sangrando, e ainda mais que o bitcoin. No geral, o mercado perdeu quase US$ 1 trilhão com o solavanco de ontem.

Ethereum e XRP, por exemplo, caíam 32% e 38% na quarta-feira à noite, respectivamente, na comparação com as 24 horas anteriores, segundo o site CoinMarketCap.

O binance coin, token nativo da exchange Binance, caía 39%, e a dogecoin, criptomoeda nascida de um meme de internet e que vem ganhando popularidade, perdia 32%.

No Brasil, as exchanges relataram tráfego até 20% maior do que a média, em alguns casos, e movimentaram mais de R$ 1 bilhão ontem, segundo dados do site CoinTraderMonitor. Os fundos de criptomoedas também perderam, como Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice (HASH11), primeiro ETF de criptos negociado na B3, que fechou o pregão em queda de 10,91%, cotado a R$ 40,55, com mais de R$ 332 milhões em volume de negociação.

As bolsas, aliás, tiveram dia no vermelho no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, em parte refletindo a ressaca causada pelas criptos (e também por quedas em outros mercados, como o do minério de ferro). Na outra ponta, analistas do JP Morgan viram migração de recursos da criptoeconomia para o ouro.

Em entrevista à rede americana CNBC, o diretor de investimentos do Bleakley Advisory Group, Peter Boockvar, resumiu a interconexão: “O bitcoin tem sido o garoto-propaganda da especulação desenfreada e do apetite pelo risco”. Segundo ele, a cripto deve ser monitorada de perto, “para medir o pulso de tomada de risco e aversão.”


Questão ambiental + ameaças de reguladores

Os motivos da desvalorização nos últimos dias, intensificada ontem, dividem os especialistas. Alguns veem correções necessárias após um período de quase quatro meses de empolgação que se seguiu aos anúncios de novos investidores institucionais no bitcoin, em especial a estrondosa aplicação da Tesla, de US$ 1,5 bilhão, anunciada em fevereiro.

Ironicamente, um recuo da própria empresa na decisão de vender carros usando bitcoins, anunciado na semana passada e creditado a temores ambientais, seria o principal empuxo da atual desvalorização.

De fato, o bitcoin consome energia demaisComo o Valor Investe mostrou no ano passadoo “ecossistema” da criptomoeda já usava mais energia do que países com grandes populações, como Filipinas (109,5 milhões de pessoas) e Argentina (45,1 milhões). Esse gasto se deve principalmente ao processo de registro e verificação das transações na blockchain, conhecido como mineração. E, em um mundo cada vez mais pautado pelo filtro da sustentabilidade, isso teria acendido um sinal amarelo.

Mas essa pendência ambiental do bitcoin já é sabida há tempos, e há quem estranhe o fato de Musk ter levantado essa bola agora. O próprio bilionário tentou contemporizar em mais uma publicação no Twitter, dizendo que ainda acredita no potencial das criptos e que a Tesla não pretende vender seus bitcoins, mas isso não parece ter sido suficiente para muitos investidores.

Analistas destacam também as ameaças dos reguladores que pairam sobre o bitcoin, em especial nos Estados Unidos e na China. Nos EUA, a SEC (Securities and Exchanges Commission, equivalente à CVM no Brasil) deu sinais de que não deve avançar em novas permissões ao segmento cripto em breve. E, no país asiático, o banco central emitiu um informe em que diz que o bitcoin “não é uma moeda real” e “não deve e não pode ser usado como moeda no mercado”.

No fundo, é uma sequência de fatos”, explica Thales Inada, especialista em criptoativos da Spiti. “Tudo começou com a expectativa de aumento dos juros nos EUA e no mundo, que acaba influenciando a renda variável e, consequentemente, o mercado de criptoativos. Depois veio o Elon Musk dizendo que o bitcoin não será mais aceito como meio de pagamento pelos carros da Tesla devido ao gasto de energia [na mineração dos criptoativos]. Agora, tivemos rumores de a China vai aumentar a restrição, mas sem novidades além do que já conhecíamos desde 2017.”

Ray Nasser, especialista da casa de análises Inversa, relativiza a influência de Musk e chama a atenção para a relação com a inflação. “A grande razão de queda é o CPI, o índice de preços do consumidor nos EUA, que saiu no número mais alto desde 1982. A expectativa de inflação causa desalavancagem forçada; o custo de empréstimo força a vender posições. Foram US$ 8 bilhões em liquidações ontem. O mercado já está se recuperando, e, agora, com alavancagem menor.”

O presidente da gestora BLP, Glauco Cavalcanti, afirma que o mercado cripto é marcado por atuação de robôs de investimentos que, com as quedas deflagradas pelo noticiário, acabaram intensificando o movimento de venda diante de mecanismos de “stop loss”, ou limitação de perdas. “O mercado tem muitos robôs e isso acabou potencializando um efeito dominó com as quebras de pisos técnicos”, diz.

Para João Marco Cunha, gestor de portfólio da Hashdex, "A China reiterou as medidas de banimento de cripto nos sistemas bancário e de pagamentos, além de aprofundá-las, como, por exemplo, exigindo monitoramento dos fluxos de dinheiro envolvendo negociação de criptoativos. Acabou sendo como uma superposição de ondas negativas sobre o bitcoin”.

Bruno Milanello, executivo de novos negócios do Mercado Bitcoin, também cita os fatores Tesla e China e destaca as realizações de lucros por parte de investidores. "O dinheiro recebido dos estímulos econômicos foi parar, em parte, em cripto, e essas pessoas começaram a vender para retomar a vida", comenta.

O advogado, consultor e fundador do escritório especializado AMX Law, Fabio Moura, também vê outros fatores além do recuo de Musk, principalmente um misto de correção e especulação. “É um mercado ainda muito especulativo. Existia uma sensação de euforia em torno do bitcoin. Agora, com as recentes notícias, veio um alerta”, afirma.

Especialista vê fundamentos otimistas no longo prazo

Mesmo com a queda no mês, Thales Inada, da Spiti, não vê motivo para preocupação no longo prazo, e justifica seu entendimento com base nos fundamentos do bitcoin.

O “hash rate”, por exemplo, que em linhas gerais reflete a força computacional por trás do bitcoin, continua forte: “Podemos ver uma queda, mas nada diferente dos últimos meses. Seguimos com a rede segura e próxima da máxima”.

Ele também chama a atenção para os dados sobre a quantidade de bitcoins disponibilizados nas exchanges, e não nas carteiras, que segue em patamares baixos desde novembro. A lógica, aqui, é que, quanto menos criptomoedas deixadas a postos para negociação nas exchanges, mais os investidores estão pensando no longo prazo.

Além disso, em um olhar pormenorizado para esses estoques de bitcoins não disponibilizados para transações, as carteiras que estão se desfazendo são as mais recentes, enquanto as de longo prazo seguem estáveis ou ampliando saldos.

Tombo didático

Em grupos de WhatsApp dedicados à discussão de criptoativos, investidores mais experientes encararam os números em vermelho na tela com naturalidade; não é a primeira vez em que o bitcoin cai tanto em um dia ou em uma semana, e, mesmo com a desvalorização, a cripto segue em um patamar mais de três vezes maior que o de um ano atrás.

Ainda assim, o episódio deve deixar marcas; a desvalorização deste mês é a maior desde que começou a onda de adoção institucional, no quarto trimestre de 2020. Foi então que empresas como MicroStrategy e Square iniciaram ou ampliaram investimentos de seus caixas em bitcoins, o PayPal integrou a criptomoeda e fundos e gestores passaram a incluir o ativo digital em suas carteiras como alternativa ao ouro para reserva de valor.

Depois, em 2021, vieram as notícias de que a Tesla, fabricante de automóveis elétricos comandada pelo bilionário Elon Musk, fez um investimento de US$ 1,5 bilhão em bitcoins no ano passado. Dois meses depois, a Coinbase, mais popular exchange dos EUA, fez história ao ser a primeira plataforma de negociação de criptos a listar ações na Nasdaq.

Todo esse movimento fez a cotação do bitcoin ser propulsionada de US$ 10 mil em outubro de 2020 para o recorde de US$ 65 mil em abril.

No Brasil, a volatilidade positiva gerou frenesi, com a Hashdex captando mais de R$ 1 bilhão no primeiro mês de seu ETF, e até instituições que antigamente expressavam ressalvas com as criptos, como o Itaú, passando a ofertar o produto para seus clientes de alta renda. Exchanges também relatam aumento de volume e de clientes no período.

Para essa fatia recém-chegada à criptoeconomia, a semana que passou – e os dias por vir – provavelmente vão ficar na memória. “Foi mesmo um dia bem marcante para o mercado, totalmente fora da curva”, conclui Inada, da Spiti, “mas o fechamento dessa semana será importante” para um entendimento mais sereno de para onde vai o bitcoin.


Fonte: https://valorinveste.globo.com/

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Grupo cria criptomoeda para “destruir” Elon Musk por manipular bitcoin

 

Investidores de criptomoedas não estão nem um pouco felizes com Elon Musk. O CEO da Tesla e da SpaceX vem causando grandes impactos nos preços dos ativos com suas publicações no Twitter, um poder que uma comunidade na internet acha que ninguém deveria ter. Por isso, a iniciativa “StopElon” foi criada, com o objetivo de “destruir o maior manipulador do mercado” através da criação de uma nova e peculiar moeda digital.

Elon Musk, “o maior manipulador do mercado”

No início de fevereiro, Musk agitou todo o mercado de criptomoedas ao confirmar publicamente seu apoio ao bitcoin (BTC) em uma transmissão no aplicativo Clubhouse. Na época, ele disse acreditar que o ativo digital “é uma coisa boa” e afirmou: “sou um defensor”. Ironicamente, o bilionário também reconheceu que deveria tomar cuidado com o que diz porque “algumas dessas coisas podem realmente mover o mercado”.

Sua declaração veio logo antes da Tesla anunciar sua compra de US$ 1,5 bilhão em bitcoin. Porém, esse apoio durou somente até semana passada. Musk anunciou recentemente que sua empresa de carros elétricos não aceita mais pagamentos com a criptomoeda, notícia que prejudicou seriamente o preço do ativo. Além disso, ele ainda sugeriu no Twitter que a companhia poderia vender toda a sua reserva da moeda digital, causando pânico no mercado.

A sua relação com o dogecoin (DOGE), criptomoeda baseada em um meme de um cachorro Shiba Inu, demonstra ainda mais a sua influência. Após adotá-la como sua moeda digital favorita, Musk vem fazendo o que quer com o preço do ativo através de suas publicações que conseguem causar altas e quedas gigantescas em questões de horas. Após meses fazendo o dogecoin subir, sua empresa espacial SpaceX anunciou que irá realizar uma missão à Lua totalmente paga com DOGE em 2022.

Criptomoeda StopElon seria imune às manipulações

O lançamento da criptomoeda veio logo após a grande queda de quarta-feira (19), que tirou US$ 750 bilhões do mercado diante de novas proibições sobre transações e serviços com moedas digitais na China. Chamada de StopElon (STOPELON), a moeda digital tem como objetivo “destruir o maior manipulador do mercado”, conforme revela seu site oficial.

“Elon Musk é famoso por manipular irresponsavelmente o mercado de criptomoedas com sua conta no Twitter… Qualquer pessoa com um mínimo de pensamento crítico vê através de suas mentiras”, diz a página. O texto também afirma que o CEO da Tesla vem tentando impulsionar as criptomoedas por anos e que ele “está brincando com o portfólio das pessoas, como o bilionário narcisista que ele é e sempre será”.

Por isso a StopElon foi criada, uma nova criptomoeda feita exatamente a prova de manipulações de mercado. Mas não é apenas isso, a moeda tem a ambição de virar a nova “piada” do momento e se tornar algo como o dogecoin é hoje. Seus criadores dizem que tudo que é preciso fazer é comprar e “hodlar” (não vender por longos períodos) o novo ativo.

Token tem sistema de escassez e enriquecimento

A criptomoeda tem diversos mecanismos nada tradicionais. Isso porque a StopElon não tem ambição nenhuma de se tornar uma verdeira moeda de troca ou um ativo especulativo. Existem 1 trilhão de tokens e 40% deles ficarão fora do mercado, dedicados exclusivamente a serem destruídos para aumentar sua escassez e preço ao longo dos anos.

Além disso, há um sistema contra grandes compradores fazendo cada transação ter um limite de 1 milhão de STOPELON. Até mesmo os custos por operação contribuem para a estrutura de enriquecimento, com 4% das taxas retornando à pool de tokens, enquanto 6% vai para os donos da criptomoeda.

StopElon quer tomar controle da Tesla

Há um plano (um tanto maluco e surreal) detalhado no site do projeto. Em quatro fases de operação, a criptomoeda meme está no segundo item de sua primeira lista de objetivos. Enquanto alguns deles são bem comuns para uma moeda digital nova, como ser listada em plataformas e exchanges, outros chamam a atenção por serem ambiciosos demais.

Após a conclusão de planos como o lançamento de uma plataforma de NFTs e de um sistema de loteria, as mentes por trás do StopElon querem trocar seus tokens por Binance Coin (BNB), capitalizar esses ativos em moedas tradicionais e comprar ações da Tesla. Seu objetivo final é “tomar totalmente o controle” da empresa de Musk e derrubar o bilionário.

Com informações: Gizmodo