As criptomoedas estão, há algum tempo, chamando a atenção no mercado. A bitcoin, por exemplo, que é uma das mais populares: bateu recorde de valor neste ano, ficando em um patamar acima dos US$ 2 mil.
Mas há outras opções que também estão se destacando no momento. A ether e a zcash nos últimos tempos tiveram seus preços tão valorizados que, juntas, fizeram com que o valor total das criptomoedas alcançasse a marca de US$ 100 bilhões.
A cada dia, moedas novas e com diferentes propostas (como a ether, que funciona dentro do sistema que tem como principal foco a construção de aplicações) surgem no mercado, tornando difícil dizer com exatidão qual é o melhor investimento a ser feito no momento. Entretanto, podemos ao menos apresentar as moedas mais promissoras.

Começando pela bitcoin

A bitcoin surgiu há 8 anos. E, apesar de ter enfrentado problemas, ela ainda é a mais popular entre as criptomoedas, com a maior fatia do mercado (US$ 41 bilhões). Vale ressaltar também que ela continua forte no sentido de manter a sua integridade e segurança — até hoje, ninguém conseguiu encontrar e explorar uma fraqueza dela com sucesso.

A bitcoin funciona como um sistema de pagamentos, no qual as partes integrantes da transação recebem uma chave criptografada para efetivamente realizar a troca. Isso é uma das primeiras características que a tornam segura.
Além disso, ela é baseada em uma tecnologia chamada de blockchain, que basicamente funciona como um livro que registra todas as transações esses dados estão disponíveis para quem quiser xeretar, e essa transparência contribui para a segurança. Todos os participantes da rede também possuem esses dados, o que torna o sistema quase impossível de ser fraudado, porque, se o fosse, um dado teria de ser inserido em todos os componentes da rede simultaneamente, e não apenas em uma máquina sozinha.
A blockchain também é uma tecnologia usada como base para diversas outras criptomoedas, vale dizer. Para manter o sistema das bitcoins, é preciso que existam os chamados mineradores: pessoas por trás de máquinas responsáveis não apenas pela criação das moedas, mas também pelo poder computacional necessário para o registro das transações e o funcionamento do sistema.
Por ser uma rede descentralizada, não é necessário o aval de bancos ou outras instituições centralizadas para permitir uma transação — o que faz dela tão interessante.
A parte ruim de tudo isso (claro, sempre tem de ter uma parte ruim) é que os blocos que o bitcoin permite armazenar na blockchain são pequenos e aceitam um número reduzido de transações. Isso significa que, quanto mais popular o sistema se tornar, mais lenta a rede ficará.

Ether

Essa é uma "moeda" diferente da bitcoin. Usei as aspas porque os próprio criadores da ether não a consideram uma criptomoeda. “Nossa! Mas como assim?”, você pergunta. Explicamos: a ether é utilizada em uma rede chamada de Ethereum, que tem um funcionamento todo único. Dentro dessa rede, a ether é conhecida como token e serve de pagamento para diversas transações realizadas — por isso ela é vista mais como um "combustível" para manter a rede do que uma moeda.
A Ethereum é, da mesma forma que a bitcoin, uma rede descentralizada. Mas o seu principal foco é disponibilizar um local onde possam ser desenvolvidas aplicações, bem como contratos inteligentes. Por conta disso, a rede possui diversas contribuições de desenvolvedores que constroem projetos complexos em cima da Ethereum.