domingo, 31 de maio de 2020

Goldman Sachs divulga relatório que repudia Bitcoin e ouro como investimentos

Bitcoin uma comparação ao Ouro - Guia do Bitcoin

O banco Goldman Sachs realizou uma apresentação para seus clientes na quarta-feira, 27 de maio. Nela, o banco de investimento argumentou que criptomoedas e ouro não são veículos de investimento viáveis no ambiente econômico atual.
Inicialmente, a apresentação teve como foco o atual estado da pandemia de Covid-19 e seus impactos financeiros. Em seguida, o banco trouxe o cenário do ouro e do Bitcoin, assim como seus argumentos contra ambos.
“As criptomoedas, incluindo Bitcoin, não são apropriadas como uma classe de ativos”, afirmou a análise do banco em um baralho compartilhado com os participantes da chamada.

Ouro: proteção em casos muito específicos

O banco apontou os motivos para a ausência de recomendação. No caso do ouro, o Goldman Sachs afirmou que investir no metal só vale a pena em países com alto grau de inflação. Em contrapartida, o ouro perdeu para o S&P 500 em todas as épocas de “normalidade”.
o Goldman Sachs afirmou que investir no metal só vale a pena em países com alto grau de inflação

Criptomoedas: Goldman levanta objeções conhecidas

Em relação às criptomoedas, os motivos apontados foram outros. Suas correlações instáveis ​​com outras classes de ativos e a suposta falta de evidências de que elas possa servir como um hedge contra inflação foram alguns dos principais motivos para não recomendá-las como investimento.
Além disso, o já batido argumento de que “criptomoedas não geram fluxo de caixa nem renda” também foi utilizado pelo Goldman.
o já batido argumento de que "criptomoedas não geram fluxo de caixa nem renda" também foi utilizado pelo Goldman

Moedas, ativos ou títulos?

O Goldman Sachs também argumentou que algumas criptomoedas podem ser classificadas como títulos. Ainda assim, o fato de não gerarem caixa voltou a ser mencionado.
“Acreditamos que um título cuja valorização depende principalmente de alguém estar disposto a pagar um preço mais alto por ele não é um investimento adequado para nossos clientes”, afirmou o banco na apresentação.
A ligação também observou que, embora alguns fundos de hedge negociem Bitcoin para aproveitar sua alta volatilidade, o grupo de investimentos não recomenda o criptoativo para as carteiras de investimento de seus clientes.
“Embora os fundos de hedge possam achar as criptomoedas atraentes devido à sua alta volatilidade, esse fascínio não constitui uma lógica viável de investimento”, disse Sharmin Mossavar-Rahmani, diretor de investimentos para gerenciamento de patrimônio da Goldman Sachs.

Fonte: https://www.criptofacil.com/


sábado, 30 de maio de 2020

E se o ether for o “ouro digital” em vez do bitcoin?



Geralmente, discussão sobre o potencial das criptomoedas em se tornarem reservas não soberanas de valor gira em torno apenas do bitcoin (BTC).
Isso não é novidade, pois o bitcoin é a criptomoeda mais madura, cujo objetivo é explicitamente ser um caso de uso de uma reserva não soberana de valor.
A alcunha de “ouro digital” do bitcoin é uma ótima ferramenta de marketing nesse sentido. Nenhuma outra criptomoeda possui um slogan tão claro e atrativo como esse.
Porém, o bitcoin não é a única moeda que compete pelo status de reserva de valor e não é imune à concorrência. Outras criptomoedas também estão na corrida.
De todas as que desejam ser um caso de uso de reserva não soberana de valor, Ethereum é, sem dúvidas, a segunda maior candidata na corrida.
Hoje em dia, o blockchain Ethereum é o único blockchain público (além do blockchain Bitcoin) com uso significativo e seu ativo nativo, ether (ETH), é a segunda maior criptomoeda — a melhor métrica de adesão como uma possível reserva de valor.
Os pontos acima são suficientes para fazer a seguinte pergunta: “e se o ether se tornar o ouro digital?”.
Potencial do ether como uma reserva não soberana de valor (Imagem: Messari)
Parece uma proposta maluca para um ativo que, atualmente, vale US$ 22 bilhões, mas não está fora da realidade quando você lembra que a Ethereum não é uma empresa que está começando, e sim um ativo monetário iniciante.Lembre-se: o bitcoin não está imune à competição e, se você acreditar que o bitcoin tem uma chance de se tornar uma reserva de valor não soberana como o ouro, então muitas criptomoedas também têm a mesma possibilidade.
Se essas outras apostas merecem uma alocação no portfólio, depende da avaliação de risco/retorno de cada um.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Há 10 anos uma pizza valia 10.000 Bitcoin

Há 10 anos uma pizza valia 10.000 Bitcoin

Bitcoin é uma criptomoeda que começou a ser apresentada em 2008. Alguns entusiastas começaram a fazer a mineração, como é chamado o processo de registrar transações, desde então. Em 2010 foi registrada a primeira transação comercial usando uma criptomoeda. No dia 22 de maio de 2010 Laszlo Hanyecz fez a compra uma pizza. Ele pagou 10.000 bitcoin por ela, o que hoje vale quase US$ 90 milhões.
 15/02/2020 às 14:22
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Com o passar dos anos, a Bitcoin teve uma valorização enorme. Hoje, caso alguém tenha interesse em comprar uma pizza usando a moeda, vai gastar cerca de 0,005 BTC. A valorização em 10 anos foi em mais de 200.000.000%. Em 2010 os mineradores nem sonhavam com tamanho aumento no custo da moeda.
O dia 22 de maio agora é conhecido como "Bitcoin Pizza Day". Ele é comemorado como um marco para a transação da moeda.
Hanyecz ficou marcado na história, ajudando a revolucionar a forma que as criptomoedas são utilizadas. Apesar disso, já mencionou em entrevista que pensa que as Bitcoins estavam fadadas ao sucesso. 
Hoje, é inimaginável pagar uma quantia de 10.000 bitcoin por uma pizza. Um único Bitcoin equivale atualmente a US$ 8.764,53. Assim como as moedas, uma criptomoeda também passa por períodos de valorização e desvalorização, esse valor é referente ao momento da publicação. 

terça-feira, 26 de maio de 2020

Taxas na rede Bitcoin triplicam após o halving da recompensa por bloco



O mais recente halving do bitcoin aconteceu em 11 de maio de 2020, às 16h23 (horário de Brasília). A recompensa por bloco foi reduzida pela terceira vez na história do protocolo. Agora, o subsídio é de 6,25 BTC por bloco.
bitcoin foi criado para ser um sistema deflacionário de dinheiro eletrônico com um limite de fornecimento pré-programado de 21 milhões de bitcoin.
A estrutura da rede é um registro distribuído conhecido como blockchain. Já que transações são transmitidas em toda a rede, são agrupadas em blocos.
Ao mesmo tempo, mineradores trabalham para solucionar um difícil algoritmo chamado proof-of-work (PoW). Quando uma solução é encontrada, um novo bloco é criado.
Em uma iniciativa de incentivar a participação na rede e distribuir moedas, cada novo bloco no blockchain Bitcoin contém uma recompensa.
O incentivo também pode ser financiado com taxas de transação. Mineradores dependem dessa combinação de recompensas por bloco e taxas para financiar suas operações.
Receita e subsídio dos mineradores de bitcoin em dólares – preço do bitcoin (linha laranja), recompensa por bloco (linha verde) e receita diária de mineradores (linha azul) (Imagem: Brave New Coin)
Para reduzir a taxa de emissão de novos bitcoins, conforme o fornecimento em circulação se aproxima do limite de 21 milhões, o protocolo Bitcoin reduz o número de novos bitcoins em cada novo bloco em 50% a cada 210 mil blocos, ou seja, a cada quatro anos.
– A recompensa por bloco foi reduzida pela metade no dia 11 de maio de 2020, às 16h23 (horário de Brasília), no bloco de número 630 mil.
– A recompensa passou de 12,5 BTC para 6,25 BTC.
– A taxa de inflação passou de 3,82% para 3,72% por ano.
– Em média, 900 BTC serão distribuídos por dia.
Embora a recompensa por bloco tenha diminuído 50%, a receita dos mineradores caiu cerca de 47%, de US$ 16,3 milhões no dia 11 para US$ 9,02 milhões no dia 12. A diferença no preço à vista do dólar e do bitcoin (USD/BTC) amorteceu a queda.
Em março de 2020, houve uma grande queda nos mercados BTC/USD, fazendo com que os preços à vista chegasse a US$ 5 mil, em meio à turbulência global durante a pandemia da COVID-19.
Como consequência, a receita dos mineradores caiu para US$ 7 milhões, que foi menos do que os ganhos recentes pós-halving.

Taxas médias de transação

O gráfico abaixo representa dados entre 1º de maio de 2020 e 24 de maio de 2020.
Taxa do Bitcoin por transação e contribuição na taxa de transação para receita – mostra as taxas por transação em dólares e sua contribuição (%) antes e após o halving (Imagem: Brave New Coin)
– Houve um aumento consistente nas taxas de transação após o halving.
– A taxa média aumentou de US$ 1,9 para US$ 6,5 nos próximos dez dias.
– Taxas de transação contribuíram aproximadamente 16,13% à receita de mineradores nos últimos dez dias, em média, em que a maior foi 21% no dia 21 de maio de 2020.
Essa foi a primeira vez na história da rede Bitcoin em que vimos um aumento drástico nas taxas de contribuição à receita de mineradores, como uma porcentagem, nos dez dias após o acontecimento do halving.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Preço do Bitcoin acelera queda no Brasil

O preço do Bitcoin está indicando uma queda de 4,56% nas últimas no Brasil, enquanto que no exterior a criptomoeda sofre queda de -4,18% segundo o Coingolive.
Nos últimos 5 dias o preço do Bitcoin no Brasil caiu 13,25%, acompanhando a queda de quase 10% no par USD.
Preço do Bitcoin no mercado brasileiro
Essa queda um pouco maior no Brasil é relacionada a recente diminuição no preço do dólar, que está em ligeira queda nesta manhã de segunda (25), sendo cotado a R$5,51. Aparentemente, o mercado brasileiro reagiu bem ao “vídeo devastador” de Bolsonaro.
Apesar disso, os grandes bancos ainda preveem o real acima de R$5,60 como mostramos na matéria “Real pode sofrer novas quedas, segundo principais bancos
Previsão dólar segundo bank of america
Fonte: Bank of America
Vale sempre lembrar que o preço do Bitcoin no Brasil tende a aumentar mais com a subida do dólar e vice-versa. Isso porque, geralmente o bitcoin vem de fora ou é cotado por market makers que seguem o dólar.

Análise onchain

Conforme falamos na análise de sexta-feira, a quantidade de bitcoins indo para exchanges superava a saída, sinalizando uma possível queda.
Hoje os números estão equilibrados, com diminuição das balanças totais de bitcoin das corretoras nas últimas 24 horas.
Inflow e OutFlow de Bitcoin
Fonte: Glassnode
Enquanto do lado dos mineradores, o hashrate teve uma leve alta nas últimas 24 horas, contudo a receita continua diminuindo conforme a mempool vai sendo limpa.
Mineração do Bitcoin rede
Fonte: Glassnode

sábado, 23 de maio de 2020

Por que o bitcoin não é uma fraude, e sim algo que você deveria levar a sério



A menos que esteja em uma realidade alternativa, você deve ter ouvido falar de bitcoin e de outras criptomoedas, como ether (ETH) e ripple (XRP). Existem até mesmo algumas moedas que foram criadas como uma brincadeira, mas que tiveram muitos investidores, como a dogecoin (DOGE).
Dogecoin, por exemplo, foi criada como uma forma de educar as pessoas sobre como criptomoedas funcionam, mas o criador nunca esperava que fosse usada como uma moeda.
Jackson Palmer, fundador da Dogecoin, disse: “quando eu disse, de brincadeira, sobre ‘investir em Dogecoin’ no fim de 2013, eu nunca imaginei que a criptomoeda de cachorrinho que eu havia apresentado ao mundo ainda estaria por aí […]”.
Aparentemente, investidores asiáticos gostam da dogecoin porque podem ter confundido com “dog e-coin” (algo como “moeda virtual de cachorro”) e investiram em uma criptomoeda favorável a cachorros que é bem popular em alguns países.
cryptokitties
Parecem bobos, mas os CryptoKitties ainda continuam sendo um investimento popular entre os colecionares (Imagem: Facebook/CryptoKitties)
Foi como a febre dos CryptoKitties que quase quebrou o blockchain Ethereum em 2017. CryptoKitties é um jogo em que usuários criam e negociam gatinhos virtuais usando contratos inteligentes baseados na Ethereum.
O jogo se tornou tão popular que alguns gatinhos eram vendidos a US$ 80 mil e o valor total do jogo está em US$ $36.751.964,13, de acordo com o site NonFungible. Isso tudo para um jogo que usa criptoativos para criar gatinhos digitais.
Esse mundo de criptoativos é louco, pois poucos entendem, muitos investem e ninguém sabe o que vai acontecer. Todos dizem que essa é uma bolha e que todo o mercado vai quebrar e, ainda assim, cada vez em que o mercado tropeça, ele se recupera novamente.
Na verdade, existe um site excelente chamado 99bitcoins que começou a contabilizar, em 2014, as previsões de que o bitcoin iria sumir. Até agora, contabilizaram 380 previsões da morte do bitcoin e, ainda assim, ele continua crescendo.
De acordo com o site 99Bitcoins, a criptomoeda já morreu 380 vezes (Imagem: 99Bitcoins)
Isso é interessante pois, muitos que acompanham o bitcoin há anos são desacreditados por muitas pessoas, que dizem que ele é uma fraude, que vai falhar, que é algo bobo, subestimando o sistema e que nunca irá funcionar. Ainda assim, funciona.
O bitcoin permite que as pessoas negociem on-line com baixo custo e sem intermediários financeiros envolvidos. Essa é a principal preocupação: o bitcoin e outros criptoativos podem erradicar a necessidade por instituições financeiras.
É por isso que alguns bancos continuam sendo contra criptoativos enquanto aderem às tecnologias que permitem que operem, como o blockchain ou, o termo mais específico, a tecnologia de registro distribuído (DLT).
Grande parte das instituições financeiras estão usando plataformas como Ripple, R3, Ethereum, dentre outras, porque entendem que podem reduzir custos de registrar transações sem interferência humana. Isso pode economizar bilhões aos mercados globais e é uma área ativa de desenvolvimento.
O que temos é uma tecnologia que poderia mudar o mundo e, ainda assim, rejeitamos a comunidade que a criou. DLT é descrita pelo The Wall Street Journal como “uma tecnologia fundamental, como eletricidade e internet, cujo impacto transformacional vai demorar bem mais” — e isso é bem verdade.
Para aqueles que mergulharam na tecnologia DLT, sabe-se que ela pode transformar completamente tudo, desde a criação de esquemas de identidade digital, que irão substituir passaportes e registro digitais de imóveis, substituindo o registro de escrituras em papel de terras e permitindo que a compensação e o acordo aconteçam em uma estrutura bem mais eficaz.
cidade blockchain rede tecnologia futuro
Dubai pretende ser a primeira cidade de blockchain do mundo (Imagem: Pixabay/Tumisu)
Um exemplo é a Bolsa de Valores Australiana que, em dezembro de 2019, se tornou a primeira grande bolsa a publicamente adotar DLT para gerenciar a compensação e o acordo de transações de patrimônios.
O mesmo acontece com Dubai, que se vê como a cidade do futuro, com táxis voadores, policiais-robô e veículos automáticos, e que se comprometeu a ser a primeira cidade de blockchain do mundo.
É aqui que tudo fica bem mais interessante, pois você possui dois extremos: de um lado, o mundo brincalhão dos libertários, que estão brincando com criptoativos e se divertindo; do outro, o sério mundo comercial e governamental, que está comprometido em transformar registros que precisam de muita melhoria para outros que podem ser operados usando DLT, com base em blockchains de criptoativos.
A questão é que você não pode abdicar de um deles. Você não pode fazer Ethereum funcionar sem ether e você não pode usar o blockchain Bitcoin sem um bitcoin.
Assim, as declarações de que o bitcoin é uma fraude e de que criptoativos são uma “bolha” que irá estourar são extremamente inadequadas, pois estamos falando de uma tecnologia fundamental que irá transformar o planeta Terra nesta década.
É por isso que é importante manter seus investimentos em criptoativos, pois há muito o que acontecer antes da tal bolha estourar (se é que um dia vai).