terça-feira, 3 de outubro de 2017

Banco americano estuda usar bitcoin como moeda de troca em investimentos











(Foto: Reprodução)


BITCOIN


Pouco menos de um mês após o chefe de um dos maiores bancos de investimento do mundo classificar a bitcoin como uma fraude, outro gigante do setor começou a se movimentar no sentido oposto para possivelmente investir nesse mercado.



Nesta segunda-feira, 2, o Wall Street Journal reportou que o Goldman Sachs Group estuda a possibilidade de entrar na área das criptomoedas. Embora a informação tenha vindo de fontes anônimas, uma porta-voz da empresa confirmou a história: "Em resposta ao interesse dos clientes, estamos explorando como servi-los melhor nesse espaço."


Veja também:Mais um país fecha o cerco contra a bitcoinMineradoras de bitcoin: saiba como é a vida lá dentroBanco diz que bitcoin é uma fraude que só pode ser usada por foras da lei



Os esforços estariam em estágio inicial e podem até não vingar, segundo as fontes do WSJ. Se o projeto for adiante, porém, ele pode dar mais impulso para uma moeda que em 2017 já chegou a valer mais de US$ 5.000. Ainda mais porque os analistas do Goldman Sachs não veem a bitcoin como um ativo como ouro e ações, e sim como método de pagamento que poderia ser usado nas trocas.








Lançada em 2009, a bitcoin fez a alegria de grupos anarquistas, que finalmente encontraram uma forma de realizar transações financeiras sem a dependência de um poder centralizador como governos e bancos. Mas ela também chamou a atenção de organizações criminosas, tendo rapidamente se tornado principal meio de troca em operações como comércio ilegal e suborno — tanto que grandes ataques hackers costumam demandar resgates em bitcoin.



Essa natureza selvagem da moeda fez com que muitas organizações e governos mantivessem distância dela, o que inclusive levou Jamie Dimon, chefão do JP Morgan, a fazer pesadas declarações contra o formato no mês passado.



Dimon chegou a afirmar que a bitcoin é uma bolha fadada a explodir, deixando seus investidores pobres, mas ela continua sendo abraçada cada vez mais por indivíduos e empresas. Até governos começaram a olhar com mais carinho para a bitcoin, sendo que o japonês trouxe o formato para a formalidade e o norte-americano vem se debruçando sobre a tecnologia por trás das criptomoedas (a tal da blockchain).



Enquanto isso, startups passaram a evitar os bancos e, ao invés de arrecadar investimento por meio de ofertas públicas de ações (IPOs), optam por ICOs, que são operações em que a empresa vende tokens digitais, e não ações para levantar dinheiro.



Nesse cenário, fica cada vez mais difícil para os bancos de Wall Street ignorar a bitcoin. Com o JP Morgan fora da jogada, o Goldman Sachs tem a oportunidade de brilhar no mercado, caso o formato continue crescendo em adoção e se transforme em algo mais confiável no futuro.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

XP Investimentos pode começar a operar Bitcoins em 2018, mostram rumores

XP tem 450 mil clientes ativos com R$ 90 bilhões de custódia e pode transformar o mercado de Bitcoin brasileiro
Bitcoin
Felipe Moreno é editor-chefe do StartSe e fundador da startup Middi, era editor no InfoMoney antes
2 de outubro de 2017
Rumores no mercado brasileiro apontam que a maior corretora do Brasil, a XP Investimentos, está trabalhando para começar a oferecer Bitcoins e outras criptomoedas a partir de 2018. Os rumores começaram após descobrirem que a XP está registrando a marca “XP Bitcoin” no INPI.
O portal de mídia de propriedade da XP, o InfoMoney, nos últimos meses passou a oferecer a cotação da moeda na cara de seu site, além de oferecer workshops e cursos online a respeito da moeda – mostrando forte interesse na “formação de mercado”. A XP é uma empresa que gosta de tentar abrir novos caminhos e, se fracassar, abandoná-los rapidamente.
A companhia tem 450 mil clientes ativos com R$ 90 bilhões de custódia, transformando-se em uma das 10 maiores instituições financeiras do Brasil. Por sua plataforma, todo dia, passam milhões em investimentos.
Além disso, o crescimento acelerado da empresa chamou a atenção de uma das maiores empresas do Brasil, o banco Itaú, que comprou 49,9% da empresa este ano e pode adquirir o controle nos próximos anos.
A distribuição do Bitcoin por uma grande empresa pode ser um game-changer para a moeda por aqui: significaria que a moeda finalmente começaria a ser adotada em grandes. O total do mercado de Bitcoin brasileiro é só 3% de toda a custódia da XP.
Uma empresa gigante como esta pode fortalecer fortemente a situação do Bitcoin por aqui, popularizando a moeda ainda mais por aqui e forçando uma regulação pelo Banco Central (vista como necessária para adoção em massa no Brasil). Contudo, isso não seria um motivo para os preços do Bitcoin dispararem, já que eles seguem os preços no exterior.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Bitcoin é Mais do que Apenas Moda, Diz CEO do Morgan Stanley

Nem todo chefe de banco de Wall Street é pessimista em relação ao bitcoin.
O CEO do Morgan Stanley, James Gorman, tem uma visão mais mensurada sobre as criptomoedas do que o rival Jamie Dimon, o chefe do JPMorgan Chase & Co. que no início deste mês chamou de “uma fraude” e que está em uma bolha especulativa pior do que a mania das tulipas.
Bitcoin é “certamente algo mais do que apenas uma moda”, disse Gorman na quarta-feira em um evento realizado pelo Wall Street Journal.” O conceito de moeda anônima é um conceito muito interessante – interessante para a proteção à privacidade das pessoas, e também porque diz ao sistema bancário central sobre o controle disso”.
“Eu não investi nisso”, disse Gorman. “Eu conversei com muitas pessoas que investiram. É obviamente altamente especulativo, mas não é algo que é inerentemente ruim. É uma conseqüência natural de toda a tecnologia blockchain”.
Gorman também quis saber até que ponto os reguladores – como os chineses fizeram – podem influenciar o bitcoin com possiveis controles devido a lavagem de dinheiro e a saída de capital dos países, além de outras razões.

Fonte: portaldobitcoin.com
Bitcoin: oportunidades de trabalho na área podem triplicar este ano nos EUA - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/carreira/noticia/6975988/bitcoin-oportunidades-trabalho-area-podem-triplicar-este-ano-nos-eua

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Amazon vai aceitar Bitcoin? Rumores dão conta que sim

Por trás de toda brincadeira sempre há um fundo de verdade, já diz o ditado. Se ele aplicar-se a rumores de mercado – o que nem sempre é verdade -, então a Amazon deve estar a poucos passos de criar um novo capítulo na sua história.
De acordo com o site especializado Coin Telegraph, circulam rumores dando conta que a gigante do e-commerce pode começar a aceitar Bitcoin como método de pagamento em outubro. No Brasil, a Câmara dos Deputados já começa a pensar em meios de regular a tecnologia.
As informações parecem vir de um recente relatório do squawker.org. Algumas pesquisas indicaram que a empresa teria uma razão financeira para fazê-lo, mas nenhum anúncio oficial foi feito.
O artigo do squawker.org faz referência a uma menção no boletim informativo do investidor James Altucher. De acordo com a fonte, Altucher é um comerciante experiente que muitos acreditam que poderia ter informações pré-anúncio. O artigo comenta:
“James Altucher (co)fundou mais de 20 empresas, é autor de 11 livros e tem contribuído para várias publicações importantes. Ele é um ex-gestor de fundos de cobertura e um capitalista de risco que virou um blogueiro/podcaster ativista e oferece uma lista de correspondência baseada em assinatura – a fonte da informação da Amazon”.
Esse anúncio é um palpite, mas não é inconcebível, segundo o Coin Telegraph. À medida que os varejistas online começam a abraçar o Bitcoin, a Amazon provavelmente responderá de acordo, a fim de manter seu domínio. É o que acha Patrick Byrne, CEO da Overstock. “Eles [Amazon] têm que seguir o exemplo. Eu ficaria surpreso se não o fizerem, porque eles não podem simplesmente ceder essa parte do mercado para nós, se nós somos o único e principal site de varejo que aceita Bitcoin.”
Acompanhamento
A mudança também continuaria com uma tendência que começou com a Overstock e incluiu outras empresas de tecnologia. Um comentário recente dentro de um tutorial da API do Google levou muitos a acreditarem que o titã online também começará a aceitar Bitcoin dentro da Google Store, como o PayPal e outros já o fazem.
Neste último verão, os usuários pediram que Jeff Bezos, CEO da Amazon, começasse a aceitar a criptomoeda. A mudança pode ocorrer até 26 de outubro, durante a próxima conferência de ganhos.
Deve reiterar-se que este é provavelmente apenas um boato neste momento, e pode ser rapidamente desmentido. No entanto, é interessante especular sobre as possibilidades se a Amazon um dia integrará o Bitcoin. À medida que a adoção do Bitcoin e criptomoedas cresce, os varejistas precisarão aderir à progressão para a aceitação, a fim de permanecerem relevantes.
Fonte: Coin Telegraph

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Fábrica chinesa de bitcoin emite US$ 318.000 diariamente

Com quase 25 mil computadores, fábrica processa os problemas matemáticos que criam os bitcoins

Dalad Banner, China – Eles trabalham em fábricas, no negócio de carvão e como fazendeiros. Todos se encheram de esperança quando o boom do carvão prometeu trazer indústrias e empregos para essa terra de planícies gramadas da Mongólia Interior. Quando o boom não veio, foram procurar trabalho em todos os lugares.
Hoje, vários encontraram vagas em empresas que fazem dinheiro – do tipo digital.
Aqui, no que é chamada pelos locais de Zona de Desenvolvimento Econômico de Dalad, fica uma das maiores fazendas de bitcoins do mundo. Os oito prédios com telhados de metal azul representam quase um vigésimo da produção diária mundial de criptomoedas.
Baseado no preço de hoje, a empresa emite US$ 318.000 em moeda digital todos os dias.
Do lado de fora, a fábrica – de propriedade de uma companhia chamada Bitmain China – não parece muito diferente dos outros prédios do parque industrial.
Entre seus vizinhos estão indústrias de substâncias químicas e fundições de alumínio. Alguns dos prédios da região nunca foram terminados. Em geral, as estradas são silenciosas, a não ser por um ou outro caminhão carregando carvão.
No interior da Bitmain, em vez de máquinas industriais pesadas, os trabalhadores lidam com fileiras e fileiras de computadores – quase 25 mil no total – processando os problemas matemáticos que criam bitcoins.
Os trabalhadores carregam laptops enquanto andam pelos corredores procurando falhas e checando as conexões dos cabos. Eles completam os tanques de água que impedem os computadores de derreter ou pegar fogo. Em volta deles, centenas de milhares de ventiladores enchem o prédio com um tipo de ruído branco.
Quem acredita nos bitcoins diz que será a moeda do futuro. Puramente eletrônica, pode ser mandada através das fronteiras anonimamente sem a supervisão de uma autoridade central. Isso a torna atraente para um grupo variado, e algumas vezes incompatível, de pessoas que inclui entusiastas da tecnologia, aqueles que lutam pelas liberdades civis, hackers e criminosos.
O bitcoin também é, em geral, produzido na China. O país faz mais de dois terços de todos os bitcoins emitidos por dia. A Bitmain, fundada pelo antigo analista de investimentos Jihan Wu, ganha dinheiro principalmente vendendo equipamentos para fazer bitcoins, assim como minerando a moeda em si.
A China, no entanto, tem sentimentos contraditórios em relação ao bitcoin.
Por um lado, o governo se preocupa com o fato de que o bitcoin permite que os chineses ignorem os limites rígidos sobre quanto dinheiro podem mandar para o exterior e também que possa ser usado para cometer crimes. Por isso, as autoridades chinesas estão tentando fechar as bolsas de bitcoin, onde a moeda é comprada e vendida. Apesar de não afetar a fabricação de bitcoin diretamente, isso poderia tornar mais cara a compra e a venda da moeda digital em um de seus mais importantes mercados, prejudicando o preço.
Por outro lado, a moeda digital pode representar uma oportunidade para a China impulsionar sua indústria de novas tecnologias, uma motivação por trás de seu extenso incentivo a outras áreas de ponta, como carros sem condutor e inteligência artificial. O país continua a oferecer a produtores de bitcoins, como a Bitmain, eletricidade barata – já que fazer a moeda digital exige uma quantidade imensa de energia elétrica – e outros subsídios.
Dalad Banner pode estar longe da cena de startups de internet de Pequim e do centro de produção de dispositivos eletrônicos do sul do país. Ainda assim, vários trabalhadores e moradores da região veem uma oportunidade digital para Dalad Banner e para o resto de sua parte da Mongólia Interior, uma área famosa na China por fábricas construídas pela metade e cidades tão vazias que às vezes são chamadas de fantasmas.
“Agora, a mina tem cerca de 50 funcionários”, afirma Wang Wei, gerente da Bitmain China de Dalad Banner, usando uma das várias metáforas para o trabalho feito aqui. “Acho que, no futuro, poderá ser responsável por centenas ou mesmo milhares de empregos, como as grandes fábricas.”
Morador da região, Wang, de 36 anos, que foi vendedor de carvão, comprou um bitcoin cerca de seis meses atrás. Desde então, o preço mais do que dobrou de valor. “Ganhei muito dinheiro”, garante.
A China também vê uma nova fonte de empregos em potencial, principalmente em lugares pouco desenvolvidos como Dalad Banner. O condado de 370 mil pessoas na beira do grande Deserto Kubuqi possui reservas de carvão e indústrias pesadas que dependem dele, como o aço. Mas está atrás de grande parte do país no desenvolvimento geral da economia. Faz parte da área urbana de Ordos, cidade a cerca de 560 quilômetros de distância de Pequim, famosa por seus prédios vazios.
Dalad Banner não é o tipo de lugar que à primeira vista parece feito para o trabalho com alta tecnologia. Na verdade, levou algum tempo para que os habitantes da região se acostumassem com a ideia, mesmo entre os trabalhadores.
“Não sabia nada sobre bitcoin antes”, conta Li Shuangsheng, morador de 28 anos que cuida das operações de uma das oito fábricas.
Ele saltou de emprego em emprego – a fábrica de produtos químicos era muito barulhenta e poluída, conta – antes de chegar recentemente à fábrica Bitmain China de Dalad Banner, uma das poucas oportunidades de emprego lucrativas nesta região pouco povoada.
Li ainda não possui um bitcoin, mas está feliz com o trabalho e vem estudando o assunto on-line quando o tempo que passa com a família permite.
“Agora estou começando a ter alguma ideia”, garante.
Muitos na fábrica já passaram pelos altos e baixos da economia local.
Bai Xiaotu foi demitido de uma fábrica de móveis estatal em 1997. Ele vinha trabalhando em vários tipos de empregos menores até que, em dezembro, conseguiu uma vaga como faxineiro na fazenda Bitmain de Dalad Banner.
“Olhe ao redor, existem fábricas abandonadas dos dois lados da nossa fazenda. Muitas empresas ainda não estão muito bem”, afirma Bai, de 53 anos, com o rosto fustigado pelo tempo.
Mas essa indústria ainda é nova para a maioria. Bai Dong, de 31 anos, filho de Bai Xiaotu, nunca havia ouvido falar de bitcoin quando seu pai conseguiu o emprego. Depois de pesquisar na internet, descobriu que o preço do bitcoin estava subindo depressa, e que a fazenda era uma das maiores do mundo. “Minha sensação a respeito do futuro da indústria é positiva”, diz ele.
Mas continua confuso a respeito do que é a mineração de bitcoin.
“Temos minas de carvão. E agora temos minas de bitcoin. São minas, mas qual é a relação entre elas?”, questiona.
Cao Li | © 2017 New York Times News Service

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Venezuelanos Vendem Dinheiro Dentro de Jogo e Transformam em Bitcoin



Cidadãos venezuelanos que sofrem com a horrível economia do país agora estão jogando MMORPGs para coletar itens no jogo e vendê-los por bitcoin.
Recentemente, houve muitos relatos de venezuelanos fazendo “Gold Farm” em um MMORPG chamado Runescape. As manchetes recentes explicam que os venezuelanos no jogo estão vendendo os itens coletados no jogo por bitcoin para se sustentarem na vida real. A venda de itens por dinheiro real sempre foi considerada uma operação controversa e rentável, uma vez que o jogo online tornou-se extremamente popular. O modelo de negócios começou a tendência na China, onde os jogadores adquirem moedas ou itens do jogo e depois os vendem por “dinheiro real”. Em 2009, estimava-se que mais de 1 milhão dessas pessoas fossem da China, mas isso também acontece em todo o mundo. É difícil saber precisamente a quantidade, mas foi estimado em cerca de US$ 300 milhões movimentados nessa economia em 2008.

Vendedores de Itens no jogo ganham mais do que profissionais formados na Venezuela

Os venezuelanos que jogam o jogo Runescape estão focados em matar “Green Dragon”, um dragão que é possível coletar 500 mil de ouro do jogo por hora, o que equivale a US $ 0,50 em dinheiro real quando vendido. A maioria dos jogadores está fazendo cerca de US$ 0,50 por hora, que supostamente é um salário melhor do que a maioria no país. Alguns venezuelanos podem fazer até US $ 2-3 por hora se tiverem habilidade suficiente para matar o Boss Zulrah repetidamente e fazer aproximadamente 3 milhões de ouro por hora dentro do jogo. Os venezuelanos com esse nível e habilidade no jogo estão ganhando mais dinheiro que a maioria dos profissionais do país com diplomas universitários.
É possível fazer entre 2 e 3 dólares por hora no jogo, o que é mais do que a maioria dos graduados ganham no país.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Caos econômico faz venezuelanos abandonarem dinheiro por bitcoin

Com inflação na casa dos 900% anuais, um mercado cambial totalmente engessado e proibição de remessas de dinheiro para o exterior, a população sofre e procura alternativas
Felipe Moreno é editor-chefe do StartSe e fundador da startup Middi, era editor no InfoMoney antes
20 de setembro de 2017
A Venezuela se transformou em uma selvageria econômica nos últimos anos por conta das inúmeras medidas econômicas fracassadas de Nicolás Maduro e Hugo Chávez. A ditadura bolivariana imprimiu tanta moeda, criou tanta inflação e bancou tanto populismo barato com medidas de aumento de salário mínimo que eles perderam o controle sobre uma coisa muito importante: sua moeda, o Bolívar.
Com inflação na casa dos 900% anuais, um mercado cambial totalmente engessado e proibição de remessas de dinheiro para o exterior, a população sofre e procura alternativas. Uma delas (bem aceita pela população) tem sido o uso de bitcoins para comprar e pagar salários (fora de fugir do controle governamental), efetivamente dolarizando a economia venezuelana.
O número de usuários de bitcoin cresceu mais de 20.000% nos últimos anos por conta do caos econômico, com várias startups venezuelanas surgindo para atender a demanda, como a Surbitcoin.com e a Cryptobuyer.io.
Os venezuelanos usam as moedas para fazer uma porção de atividades, como comprar comida e remédios em países vizinhos através da internet e mandar entregar na Venezuela, ou pagar por produtos no próprio país, quando eles conseguem ser encontrados.
Há pessoas também que passaram a ganhar a vida comprando alimento e remédios com bitcoin na Colômbia e no Brasil (para não ter que fazer operação cambial, proibida) e trazem para vender na própria Venezuela.
Contudo, para não cair na malha fina do governo venezuelano, os usuários da moeda estão tentando não chamar a atenção das autoridades – para não serem presos com acusações de “manipulação econômica”. O Bitcoin é uma ferramenta sensacional para conseguir realizar pagamentos de maneira autônoma.
Vamos debater o futuro do Bitcoin no Bitcoin Conference, um evento de um dia inteiro em São Paulo para debater tendências da moeda, de outras criptomoedas e a tecnologia Blockchain. Clique no link e confira.