terça-feira, 17 de agosto de 2021

Bitcoin já é 3º investimento preferido entre clientes de plataformas, diz pesquisa da FGV e da Hashdex

 Os criptoativos, com o bitcoin à frente, já são a terceira modalidade de investimentos preferida dos brasileiros que aplicam via plataformas, com 27,78% desses investidores dizendo possuir essa classe de ativos em suas carteiras.

O segmento de ativos digitais perde apenas para aplicações em ações (72,05% de incidência) e em títulos privados de renda fixa, como CDB (40,45%), na quantidade de pessoas que dizem ter cada tipo de aplicação. E está à frente de ativos tradicionais, como títulos do Tesouro Direto (18,92%), commodities (18,06%), moedas estrangeiras (13,19%) e poupança (1,74%).


Os dados são de um levantamento pioneiro sobre o perfil do investimento em criptoativos no Brasil, cuja primeira de três etapas é divulgada com exclusividade pelo Valor Investe. Os objetivos são “mapear o perfil dos investidores, entender suas diferenças sistemáticas e testar hipóteses de finanças comportamentais”.


O estudo é capitaneado pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP) e pela gestora de fundos de criptoativos Hashdex, famosa por ter listado o primeiro ETF de criptoativos na bolsa brasileira, o HASH11.

A sondagem analisa as respostas a um questionário de 576 pessoas, entre fevereiro e março deste ano, incluindo investidores de criptoativos e pessoas que nunca investiram em criptos. Em ambos os casos, as respostas são de clientes de escritórios de agentes autônomos parceiros: Monte Bravo, Blue3, Acqua-Vero, One e Renova Invest.

O acesso à base das empresas foi importante para reduzir o viés de seleção, diz Jéfferson Colombo, professor da FGV EESP e coordenador da pesquisa. “Se tivéssemos lançado uma enquete no site da Hashdex, as respostas seriam de pessoas com predisposição a entender do assunto. Ao disparar por meio dos escritórios, acessamos também gente que investe em ações ou fundos imobiliários, mas que não está nem aí para cripto”, afirma.

A pesquisa tem apoio do projeto University Blockchain Research Initiative, do qual a FGV faz parte, capitaneado pela instituição por trás da tecnologia de registro distribuído (blockchain) Ripple, da criptomoeda de mesmo nome. O documento completo com os dados da primeira fase do relatório poderá ser acessado nos sites da Hashdex e da FGV EESP a partir de amanhã (18).


Criptomoedas são terceiro investimento mais recorrente

A principal conclusão do estudo é que as criptomoedas já ocupam o terceiro lugar na preferência dos investidores no país, segundo a amostra, que não quantifica o valor investido – ou seja, as criptos são a terceira modalidade de investimento mais frequente nas respostas, mas não necessariamente o terceiro investimento em volume financeiro.

Investimentos mais populares entre clientes de plataformas

Respostas%
Ações41572,05%
Títulos privados de renda fixa (CBD, LCA, LCI)23340,45%
Criptomoedas16027,78%
Tesouro Direto10918,92%
Commodities10418,06%
Câmbio7613,19%
Poupança101,74%

Além disso, o levantamento revela que o conhecimento sobre criptomoedas e o interesse por este segmento são maiores entre os que estão mais pessimistas com relação às perspectivas da economia brasileira. Neste grupo, com predominância de pessoas com idade entre 30 e 39 anos, são maioria os investimentos em títulos privados, câmbio e criptoativos.

Por outro lado, ainda segundo o levantamento, os otimistas em relação à economia – fatia na qual se destacam pessoas na faixa etária entre 50 e 59 anos – são o maior grupo entre os que pretendem investir em ações.

Jovens têm mais conhecimento sobre criptos

De acordo com a pesquisa, jovens de até 29 anos são os que mais têm conhecimento sobre criptoativos, e são também o público mais propenso a tolerar riscos nos investimentos.

O bitcoin e os criptoativos têm mais eco junto a investidores que declaram possuir perfil de investimento agressivo, e entre pessoas com curso superior relacionado a finanças.

O estudo evidencia ainda que o bitcoin é, como se poderia imaginar (dada a popularidade e a predominância em comparação com outras criptomoedas), o principal vetor de popularidade dos criptoativos em geral.

Os participantes precisaram identificar siglas que designam as criptomoedas bitcoin, ethereum e Ripple (BTC, ETH e XRP), incluídas em uma lista com outros ativos. Do total, 36,8% dos participantes identificaram somente o bitcoin. Outros 24,1% identificaram bitcoin e ethereum, enquanto 23% não reconheceram nenhuma sigla e apenas 15,8% demonstraram conhecer todas elas.

Há outros achados interessantes no estudo, como o fato de que mesmo na fatia dos entrevistados que declaram perfil de investimento conservador, o conhecimento sobre bitcoin é significativo, superior a 20%.

Já o conhecimento sobre outras criptomoedas, e não só a mais famosa delas, cresce conforme aumenta a predisposição a risco e supera 40% da faixa de público que se declara de perfil agressivo.

“Conhecer o perfil do investidor interessado em criptoativos e seu nível de conhecimento é de extrema importância para que possamos desenvolver ações educativas direcionadas”, comenta Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex.

Já Colombo, da FGV EESP, acrescenta que “Apesar de o mercado de criptoativos estar em franco crescimento, ainda se sabe muito pouco sobre as características e percepções dos brasileiros quanto a essa classe de ativos emergente”.

Ele ressalta que o projeto ainda tem duas divulgações por vir, além da elaboração de um artigo acadêmico “para explorar as informações com maior profundidade”.

Nas próximas fases, diz, o levantamento vai detalhar a “bifurcação” no questionário a partir da resposta à pergunta “Você já investiu em criptomoedas?”. A segunda fase vai focar nos investidores que responderam “sim”.

“Vamos entender quais foram os motivadores: histórico de alta, popularidade, potencial da tecnologia, descorrelação com outros investimentos etc. Também vamos analisar outras informações, como se a pandemia de covid-19 afetou a escolha por criptos e se no próximo ano pretende manter, aumentar ou reduzir essa posição”, explica Colombo.

Já a parte três do estudo vai jogar luz sobre quem diz nunca ter investido em criptomoedas, ele diz, “Para entender o que repele a pessoa desse segmento e analisar o peso de questões ligadas a fraudes, flutuação no preço, experiências ruins no passado e incerteza sobre legislação”.

A ideia, diz Colombo, é repetir a pesquisa ano a ano: “Pode ser legal construir uma série temporal dessas informações”.

Bitcoin já é 3º investimento preferido entre clientes de plataformas, diz pesquisa — Foto: Getty Images

Bitcoin já é 3º investimento preferido entre clientes de plataformas, diz pesquisa — Foto: Getty Images

Fonte: https://valorinveste.globo.com/

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Além de Bitcoin e Ethereum: 5 criptomoedas para ficar de olho, segundo especialistas

 


Apesar de ainda haver muita discussão, o Bitcoin (e outras criptomoedas) tem se consolidado cada vez mais como uma opção de investimento alternativa, descorrelacionada ao mercado tradicional e ao impacto da economia e política em seus preços.

Nos últimos anos, muito se destacou o crescimento do Bitcoin, que é a maior moeda digital do mundo. Ainda que seja preciso reforçar que este é um investimento muito mais arriscado que qualquer outro disponível, tem se tornado comum recomendações para que investidores com perfis mais arrojados tenham até, no máximo, 5% de criptoativos em suas carteiras.

Apesar de o Bitcoin ser o maior, ele não é o único ativo digital disponível, e nessa trajetória de mais de 10 anos surgiram outras moedas com propostas diferentes, que podem ser boas oportunidades dado que ainda encontram-se em estágio inicial – podendo oferecer mais retorno, mas também, mais risco.

Especialistas recomendam que o Bitcoin deve ser o primeiro investimento cripto de qualquer pessoa, sendo uma boa porta de entrada para conhecer e entender como esse mercado funciona. Mas para quem já está mais familiarizado, o momento pode ser de expandir o portfólio e começar a diversificar dentro desse mundo.

Por isso, o InfoMoney conversou com quatro especialistas em criptoativos, que apontaram algumas moedas que podem configurar uma boa oportunidade de investimento. Bitcoin e Ethereum ficaram de fora da lista por já estarem mais consolidados e serem conhecidos do público que já não está mais na fase inicial de investimento em cripto.

Rodrigo Miranda, responsável pela Universidade do Bitcoin, explica que, mesmo diversificando nesse mercado, entre 60% e 70% da carteira de cripto deve ter exposição ao Bitcoin. Ele recomenda outros 20% em Ethereum e somente o resto, cerca de 10%, dividido em outras moedas digitais, conhecidas como altcoins.

Como destaca Samir Kerbage, CTO da Hashdex, além das moedas para meio de pagamento, como o Bitcoin, o mercado cripto pode ser dividido em quatro “setores”: smart contracts; finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês); tokens não fungíveis (NFTs); e aplicações da chamada Web 3.0.

Foram citadas 14 criptomoedas entre os especialistas consultados, mas cinco delas tiveram maior destaque e foram votadas mais de uma vez. Confira a lista, lembrando que não há uma ordem de mais recomendada ou com melhores projeções:

1) Polkadot (DOT)

Um dos conceitos mais conhecidos dentro do mundo das criptos é o dos chamados smart contracts (contratos inteligentes, em português), que são contratos digitais que, usando regras de programação, têm regras definidas para serem executados. O mais conhecido protocolo desse tipo é o Ethereum.

Mas ele não é o único, e para Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero Swiss, as plataformas que são concorrentes ao Ethereum e que conseguirem aprender com o problema de escalabilidade enfrentado por ele possuem grande potencial.

Nesse sentido, a Polkadot foi um dos tokens mais citados pelos especialistas consultados. Ela é “rede multi-cadeia” que tem como objetivo criar um sistema de blockchains interoperáveis, chamadas de “parachains”, que se conectam à Polkadot e conseguem funcionar de forma paralela.

Segundo Safiri, esse conceito de “parachains” e de integração de várias blockchains é exatamente o que torna a Polkadot mais atrativa. “Eles [desenvolvedores] têm um caso de uso interessante, porque o projeto tem foco na interoperabilidade, tem um potencial interessante”, afirma.

A mesma visão tem Rodrigo Miranda, da Universidade do Bitcoin, que vê a integração permitida por essa rede como o seu grande atrativo para o futuro.

A interoperabilidade da Polkadot visa estabelecer uma internet totalmente descentralizada e privada, controlada por seus usuários, simplificando a criação de novas aplicações, instituições e serviços.

O seu protocolo conecta cadeias públicas e privadas, redes sem permissão, oráculos e outras tecnologias futuras, permitindo que essas cadeias de blockchains independentes compartilhem informações e transações de forma confiável por meio da cadeia de retransmissão Polkadot.

O token DOT nativo da Polkadot busca fornecer governança de rede e operações, além de criar as parachains.

2) Solana (SOL)

Outro token bastante comentado pelos especialistas foi a Solana, que foi criada exatamente para rivalizar com o Ethereum, sendo uma plataforma blockchain com foco em apresentar soluções rápidas, baratas e escaláveis para contratos autônomos.

O objetivo da Solana é melhorar a escalabilidade da rede, introduzindo um consenso de prova de história (PoH, na sigla em inglês) combinado com o consenso de prova de participação (PoS). Essa combinação tem atraído a atenção tanto de investidores pessoas físicas quanto institucionais.

Para Kerbage, a Solana, assim como a Polkadot, são projetos interessantes no quesito infraestrutura, indo para a chamada “camada dois”, focada na aplicação para ativos descentralizados.

Já Safiri afirma que a Solana “é um dos projetos que tem mais potencial”. “Eles têm um time técnico bastante competente, estão com um bom financiamento para desenvolver e estão construindo um ecossistema muito rapidamente”, avalia.

Miranda, por sua vez, diz que a equipe da Solana está “entregando bastante”, contando com uma rede rápida, com taxas baixas, além de possuir sua própria blockchain.

“Seu grande diferencial é que existe um grupo grande por trás dela, que é a Alameda Research, que também tem porcentagem no projeto da FTX e vem crescendo”, afirma ele, reforçando os investimentos que estão sendo feitos na rede. “Ela não tem tanta propaganda, mas entrega bastante”.

3) Aave (AAVE)

A Aave é outra criptomoeda que tem chamado a atenção do mercado e que especialistas enxergam com bons olhos, principalmente por conta de seu projeto diferenciado, focado em empréstimos usando tokens via blockchain, ou seja, descentralizado, sem intermédio de instituições financeiras.

Miranda destaca que hoje essa é a cripto com maior volume do mercado quando o assunto é empréstimos, foi a que inovou nesse cenário, sendo um bom ativo para diversificação.

A Aave funciona usando a tecnologia de contratos inteligentes na rede Ethereum, garantindo segurança e agilidade nas operações entre quem empresta e quem pega emprestado os valores.

De um lado, investidores que possuem criptoativos guardados podem emprestar a outras pessoas usando a Aave, ganhando com os juros da operação. Atualmente são mais de 20 tokens permitidos na rede.

Já na outra ponta, quem possui alguma das criptos aceitas pode pegar emprestado usando essa rede, de forma rápida, com a segurança garantida pela blockchain, sem nenhum tipo de burocracia e sem precisar de outros ativos como garantia.

4) Cardano (ADA)

Quinta maior criptomoeda em valor de mercado, a Cardano já é conhecida de muitas pessoas, mas seu potencial tem se mostrado mais arriscado diante de muitas promessas feitas pelos desenvolvedores e que ainda não foram entregues.

“Se entregar o que está prometendo, tem muito potencial”, avalia Miranda. “Ela está em outro momento. Enquanto a Solana, por exemplo, está entregando muito e prometendo pouco, a Cardano já prometeu bastante, mas ainda não entregou. Se começar a entregar, tem um grande potencial de valorização”.

A Cardano é uma rede que mistura um pouco de diferentes projetos conhecidos de criptoativos. De um lado, ela visa atuar em operações de contratos inteligentes, como o Ethereum, enquanto de outro, também quer atuar como uma criptomoeda normal, mais ou menos como o Bitcoin.

Ela é uma plataforma que pretende atuar junto a todas as outras criptomoedas, pois acredita que no futuro todas trabalharão juntas. Em resumo, a Cardano aborda diversos problemas trabalhados por diferentes tokens e tenta resolvê-los.

Safiri destaca que há uma grande expectativa de que a Cardano comece a liberar os primeiros smart contracts em sua rede, o que deve ter um impacto bastante positivo no preço do ativo.

Na última semana, Charles Hoskinson, fundador da Cardano, indicou que em breve será feito o anúncio da atualização da rede e que, segundo ele, o investidor “poderá executar contratos inteligentes na Cardano”.

5) Axie Infinity (AXS)

Em um ramo bem diferente dos ativos anteriores, a Axie Infinity se tornou um dos tokens mais badalados dos últimos meses. Atuando na área de NFTs e misturando com jogos online, a AXS tem tido forte valorização em 2021 com um boom de jogadores em sua plataforma.

Criado na blockchain do Ethereum, o Axie Infinity é um jogo que tem a cara de Pokémon, misturando também conceitos de jogos de carta e estratégia, em que o usuário pode ir melhorando seus personagens e ganhando um token quando cumpre certos requisitos, os chamados Smooth Love Potions (SLPs), que também é uma criptomoeda que pode ser negociada.

Sua popularidade tem feito a cotação do token AXS subir forte este ano, mas um dos fatores que têm chamado atenção é a ideia de que seus jogadores estão ganhando milhares de reais por mês dentro da plataforma.

Como destaca Alex Buelau, sócio da Parfin, esse é o jogo mais popular atualmente em blockchain, que segue um modelo de retorno em tokens por simplesmente jogar, o chamado “play to earn” (jogue para ganhar, em tradução livre).

Já Kerbage diz que o segmento de jogos tende a se beneficiar muito com esse novo modelo. “Essa nova modalidade de jogo, que usa NFT, tem um potencial bom de crescimento”, diz.

Outras criptomoedas

Com mais de 11 mil criptomoedas existentes hoje, outros ativos também podem surgir como boas oportunidades e os especialistas recomendam que cada investidor faça sua própria pesquisa, estude e vá atrás dos dados das criptos que pretende investir.

Entre os tokens que foram apontados pelos especialistas ouvidos pelo InfoMoney, apareceram ainda Polygon (MATIC)Chainlink (LINK)Uniswap (UNI)Compound (COMP) e Filecoin (FIL), ainda que com menos potencial do que as criptos citadas acima.

Miranda ainda comentou sobre a PancakeSwap (CAKE), um token de uma das maiores corretoras descentralizadas (DEX, na sigla em inglês) que existem e que se valorizou mais de 2.500% este ano. Porém, ele ressalta que esse é um ativo mais arriscado que a maioria e que é preciso cuidado ao investir.

Segundo ele, esse risco mais elevado está ligado ao fato de ser uma cripto que ainda precisa de muito desenvolvimento e melhoria, sendo que atualmente a plataforma opera na blockchain Binance Smart Chain. “Ainda não se tem tanta informação [sobre PancakeSwap], por isso o risco maior”, afirma.

Buelau, da Parfin, ainda destaca outras três criptos que estão mais fora do radar do mercado. A primeira é a Flow (FLOW), uma blockchain focada no mercado de games e entretenimento com NFTs, já tendo inclusive parceria com a NBA e outras grandes empresas.

Outro ativo é o Hathor (HTR), criado por brasileiros com o objetivo de simplificar o lançamento de novos tokens e ainda tem uma tecnologia avançada que permite o processamento de milhões de transações por segundo. Com custo zero e esse foco em tokenização, Buelau enxerga uma boa oportunidade fora do radar.

Por fim, ele cita ainda a Helium (HNT), uma blockchain do segmento focado em Web 3.0 e que pretende criar uma rede de dados wireless, em que consumidores e pequenos negócios utilizam a rede para promover e validar essa cobertura, servindo como uma espécie de mineração pelo wi-fi.

Os especialistas reforçam que é preciso sempre estudar bem cada criptomoeda antes de investir, entender seu funcionamento e potencial, evitando comprar apenas porque está subindo forte ou ouviu falar bem. Além disso, lembram que Bitcoin e Ethereum ainda devem ser as maiores exposições de uma carteira cripto.

Para os iniciantes, ou quem não quer ter que ficar escolhendo quais ativos investir, existem outras opções no mercado em vez do investimento direto em moedas digitais, como os fundos, com uma variedade grande de novos ETFs sendo lançados na Bolsa e que podem ajudar nessa diversificação de portfólio.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Bitcoin mantém os US$ 45 mil, mesmo com pressão do Senado americano

 


Bitcoin se mantém acima de US$ 45.000 nesta terça-feira (10), a maior alta do ativo em 3 meses, mesmo com a pressão do Senado americano. No geral, o market cap das criptomoedas subiu para US$ 1,92 trilhão. 

As altcoins até seguem essa tendência de alta com mais vigor, como é o caso do token ICP que realiza 80% de alta em uma semana, segundo o CoinGoLive.

Bitcoin se mantém acima dos US$ 45.000 mesmo com pressão do Senado americano
Fonte: CoinGoLive.com.br

Os touros mantêm o Bitcoin acima dos US$ 45.000

O Senado americano não intimidou os touros, esses que tentaram empurrar o ativo até US$ 47.000 ontem. O país continua suas tentativas de tributar a indústria de ativos digitais. Mesmo assim, esse nível conquistado tornou-se a maior alta do bitcoin em 3 meses. 

Durante o fim de semana, a discussão entre os senadores elevou o preço do ativo para US$ 44.000, mas este voltou um pouco na segunda-feira, quando a votação do Congresso deveria ocorrer. Como consequência, o BTC se aproximou de US$ 43.000.

No entanto, o ativo iniciou outra alta até US$ 45.969, preço em que está sendo negociado neste momento. 

A capitalização de mercado da maior criptomoeda está bem acima de US$ 850 bilhões, mas a sua dominância diminuiu para 44,78% já que as altcoins também reclamam por uma fatia deste mercado em alta.  

O protocolo Internet Computer sobe 80% em uma semana 

Os ganhos das altcoins em 24 hora foram: Ethereum (+3,02%), Binance Coin (+1,68%), Cardano (+1,76%), Ripple (+1,07%), Dogecoin (+1,17%), Polkadot (+1,06%), Uniswap (+8,74%), Bitcoin Cash (+2,01%), Litecoin (+6,54%), Solana (+2,52%) e Chainlink (+3,60%).

O Token ICP realiza 80% de alta em uma semana, é negociado a US$ 72,55. O objetivo do protocolo da Internet Computer é aumentar a possibilidade de desenvolvimento de aplicativos descentralizados (dApps) diminuindo a burocracia e reduzindo custos. Já existem vários aplicativos equivalentes ao Reddit, WhatsApp, LinkedIn e Medium rodando na rede. Foram 500 desenvolvedores e cerca de 250.000 usuários atraídos em cerca de 10 semanas, após o seu lançamento. Sendo que sua capitalização de mercado se aproxima de US$ 10 bilhões atualmente. 

A capitalização de mercado das criptomoedas subiu para US$ 1,92 trilhões.

Fonte: https://cointimes.com.br/


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Bitcoin supera US$ 46 mil e bate máxima em quase 3 meses; o que esperar do preço no curto prazo?

 


Após iniciar um movimento de alta no fim da semana passada, o Bitcoin ganhou força durante o fim de semana e encostou na marca dos US$ 46 mil, seu maior valor desde maio.

Às 16h15 (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo operava com alta de 6,9%, cotada a US$ 46.365, sua máxima desde 16 de maio. Em reais, os ganhos eram de 6,3%, para R$ 242.071.

Esse maior otimismo no mercado ocorre após um período de forte queda do Bitcoin, em um cenário de maior temor dos investidores após a China elevar sua perseguição aos mineradores e empresas de lidam com criptoativos, combinado com falas do CEO da Tesla, Elon Musk, comentários de integrantes de diferentes governos mostrando preocupação com as moedas digitais, entre outras notícias mais pontuais.

Recentemente, o hash rate, que mede a energia computacional usada na mineração de bitcoins, voltou a aumentar após desabar entre maio e junho, indicando que os mineradores expulsos da China já começaram a se realocar em outras regiões, ajudando a acalmar os temores de alguns investidores.

Outro ponto positivo para o mercado como um todo foi a atualização da rede Ethereum na semana passada, com novidades que reduzem as taxas do sistema e contribuem para tornar a blockchain mais eficiente.

“A principal criptomoeda do mercado acompanhou o otimismo dos investidores em relação à atualização de rede Ethereum, que também está em alta. A pressão para comprar criptomoedas e a atualização da Ethereum, pode manter o Bitcoin em alta nos próximos dias”, afirma Bernardo Teixeira CEO da BitcoinTrade.

Nesta tarde, o Ethereum opera com alta de 7,6%, cotado a US$ 3.175.

Sobre a continuidade desse movimento de alta do Bitcoin, Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero, afirma que após o rompimento da marca de US$ 44 mil, os gráficos não apontam muita resistência para que uma valorização maior ocorra.

“Perspectiva agora é buscar os US$ 50 mil, e firmando esse patamar o próximo alvo passa a ser a máxima do ano, em US$ 65 mil”, explica Félix citando o nível em que até o momento é a máxima histórica do Bitcoin, de US$ 64.863, atingido em 14 de abril deste ano.

Recentemente, um relatório publicado pela equipe de análise da Bloomberg aponta fatores positivos que poderiam levar o Bitcoin para US$ 100 mil em breve, em um cenário principalmente favorecido por mais empresas aceitando a criptomoeda.

Mike McGlone, analista responsável pelo relatório, afirma que o Bitcoin e o Ethereum encontraram um forte suporte nos últimos meses e que agora estão em uma fase de alta.

“O Bitcoin parece ter encontrado suporte em torno da marca de US$ 30 mil, assim como fez em US$ 4 mil no início de 2019. Vemos paralelos com esses eventos e, aparentemente, o bitcoin pode chegar a US $ 100 mil”, diz McGlone citando a forte correção dos preços há pouco mais de dois anos, para então engatar uma sequência de máximas ano passado.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

domingo, 8 de agosto de 2021

Mineração de bitcoin se torna um dos negócios mais lucrativos do mundo, diz Fortune

 


O Bitcoin vem ganhando enorme popularidade em 2021, quando a crise financeira estourou no mundo todo. Desde então, mais e mais pessoas começaram a ver a criptomoeda como uma reserva de valor, ou ouro digital. A moeda conseguiu ganhar atenção da grande mídia e continua sendo manchete em todos os lugares.

Agora a revista Fortune, que é uma das principais marcas de mídia de negócios e finanças do mundo, publicou um artigo sobre a mineração de Bitcoin e afirmou que a atividade se tornou “‘de repente’ um dos negócios mais lucrativos do planeta”.

O lucro dos mineradores de bitcoin continua batendo recordes, no mês de julho, por exemplo, eles conseguiram lucrar a impressionante quantia de US$ 970 milhões.

O lucro não depende tanto das taxas pagas na rede, com o pagamento total dos usuários sendo de US$ 27 milhões, pouco mais de 2,7% do valor arrecadado no mês.

Atividade mais lucrativa do planeta

No artigo eles começam dizendo que a mineração de bitcoin é tão lucrativa quanto a “busca milenar de desenterrar ouro e prata”.

O artigo também afirma que minerar a moeda digital é “menos ortodoxo” e pode ser classificado como a indústria “mais lucrativa do planeta.”

“Podemos concluir que os mineradores mais eficientes estão festejando com margens operacionais de 70% ou ainda mais. Esses players geralmente se beneficiam da combinação de operar em locais com preços de eletricidade extremamente baixos e instalar os computadores mais poderosos.” – diz o texto.

Eles continuam a abordar sobre a indústria em expansão e explicam os possíveis motivos da mineração ser tão lucrativa, sendo eles o aumento no preço do bitcoin, a escassez de equipamentos e o fechamento de parte da indústria por causa da China.

“A fantástica lucratividade da mineração de bitcoins surge da convergência de três forças. O primeiro é o aumento dos preços (do bitcoin). Em segundo lugar, uma escassez de semicondutores impediu tanto os aspirantes a recém-chegados quanto os jogadores entrincheirados de comprar computadores para capitalizar na corrida de alta do Bitcoin. Esse gargalo deixou as empresas estabelecidas com uma fatia de mercado exagerada que tornou o campo altamente lucrativo mesmo antes da saída da China. O terceiro, é claro, foi o fechamento repentino de metade da indústria.”

Mineradores são sortudos

A China foi a casa de muitos grandes centros de mineração. Com energia barata a nação atraiu empresas de mineração de todo o mundo. No entanto, após uma a proibição da mineração no país, a China começou a reprimir essas empresas.

Como mais de 60% do poder de mineração global era do país, o fechamento das operações fez com que os mineradores tivessem que deixar a China e estabelecer suas operações em outros lugares.

Com a saída dos mineradores da rede, os que ficaram começaram a ver mais lucros. Eles ganharam US $ 971 milhões em receita em julho. Comparado aos US $ 893 milhões de junho, esse valor é cerca de 16% a mais.

Para a Fortune, os mineradores atuais estão lucrando muito em grande parte porque “são incrivelmente sortudos”.

A revista conclui o artigo dizendo que apesar de ser extremamente lucrativo hoje, a mineração de bitcoin vai deixar de ser tão lucrativa porque vai atrair “uma enxurrada de concorrentes”, transformando esses enormes lucros em lucros menores.

Fonte: https://livecoins.com.br/


sábado, 7 de agosto de 2021

Explicando a alta do Bitcoin para investidores e para quem quer começar

 


bitcoin surpreendeu o mercado nos últimos dias, superando a marca de US$ 39 mil, o que corresponde a aproximadamente R$ 200 mil. Com isso, a maior criptomoeda do mundo se recuperou em grande estilo e movimentou o mercado — e, também, as redes sociais, uma vez que atraiu a atenção de muita gente. Mas isso significa que é o momento de todo mundo comprar? 

Na realidade, a resposta vai além de um simples “sim” ou “não”, uma vez que é preciso ter um olhar do todo — precisamos olhar para a floresta (mercado) e não apenas para a folha (bitcoin) — para entender quais fatores “fizeram o preço” desse ativo. Assim como todos os produtos financeiros, tradicionais ou não, o bitcoin tem suas peculiaridades e complexidades, sendo necessário análises profundas antes de tomar uma decisão de compra ou venda. 


Alta nas buscas por ‘bitcoin’ e a Amazon

Para começarmos essa análise, podemos perceber que as buscas pelo termo “bitcoin” no Google Trends Brasil saltaram 115% entre os dias 19 e 26 de julho, após as primeiras publicações da movimentação do mercado. Assim, para termos ainda mais clareza, vale olharmos a sequência de fatos e desenhar um raciocínio lógico para ajudar àqueles que estão interessados nesse mercado a aprender como enxergar tais movimentos e fazer escolhas assertivas. 

Primeiramente, a disparada veio ancorada por rumores de que a Amazon estaria avaliando a possibilidade de começar a aceitar pagamentos via bitcoin até o fim deste ano, uma notícia que repercutiu rapidamente pelos quatro cantos do mundo. Entretanto, seria uma explicação superficial dizer que esse foi o principal fator de movimentação do mercado, uma vez que sabemos se tratar de um mercado cheio de particularidades.

Além disso, a notícia foi negada pela própria empresa pouco tempo depois — o que não fez com que o preço do bitcoin caísse. Esse é um fato que comprova que um único fator não é suficiente para compor uma possível queda ou subida do ativo. Por isso, a Bitso recomenda cautela na hora de comprar criptomoedas com base em informações sem fontes críveis e transparentes. 

Uma alta de preço como a que vimos na semana passada geralmente vem da disposição que o mercado tem de pagar por algo, mas quando falamos de uma criptomoeda, é importante considerar o valor, que é um fator muito mais amplo. 

Como identificar essas tendências e saber se vão durar? Na Bitso, a principal orientação para quem quer entrar para o mundo das criptomoedas é se manter informado para entender o que pode impactar esse universo e, assim, tomar suas próprias decisões, independente das informações que surgem todos os dias.

Mercado é para todos

Nesse ponto, uma das coisas mais interessantes é que, ao contrário de outros mercados, as informações do mundo cripto são acessíveis à todos — transparência é um dos principais pilares desse ecossistema, que traz tecnologias únicas que permitem isso, como o Blockchain, junto com uma possibilidade de um futuro diferente para os usos do dinheiro. 

Olhando para o cenário do Brasil, em que 30% da população é desbancarizada de acordo com dados do Banco Mundial, mais do que uma aposta momentânea, é possível ver nas criptomoedas sérias, como o bitcoin ou as moedas estáveis, uma alternativa para uma reserva de valor.

O acesso às criptomoedas, diferentemente do que acontece em bancos comuns, é possível a todos que estão fora do sistema financeiro tradicional. Para nós, na Bitso, o mais importante é ofertar aos usuários a melhor experiência na plataforma, proporcionando segurança e autonomia ao identificar oportunidades de mercado. 

Mercado extremamente volátil

Em resumo, podemos afirmar que um movimento abrupto de alta ou queda de preço é composto de vários fatores, assim como em outros mercados, e a prudência na hora de transacionar criptomoeda é fundamental.

Dedique tempo para entender como esse mercado funciona e quais são os principais movimentos que podem impactá-lo. Busque informações de fontes confiáveis e esteja sempre antenado, pois o mercado de criptomoedas é extremamente volátil e está em constante transformação.

Quem se mantém informado tem condições de tomar suas próprias decisões sobre o que comprar ou vender de forma consciente e alinhada com suas expectativas.

Sobre o autor

Abraham Cobos é especialista e líder em estudos de criptomoedas da Bitso

Fonte: https://portaldobitcoin.uol.com.br/