sábado, 27 de março de 2021

Mercado Bitcoin listará Cardano (ADA) e outras 9 criptomoedas em breve

 


O preço da Cardano (ADA) já valorizou mais de 540% este ano. A alta fez a criptomoeda subir para 4º lugar no ranking de criptoativos por valor de mercado e fez a ADA se tornar uma das opções preferidas dos investidores.

Pensando nisso, a exchange de criptomoedas brasileira Mercado Bitcoin anunciou que vai listar a Cardano nas próximas semanas.

Reinaldo Rabelo, CEO da exchange, informou que outros nove criptoativos também serão disponibilizados para negociação pela plataforma. O executivo não revelou, no entanto, quais serão eles.

Processo de escolha de novos criptoativos

Em participação na Live do E-Investidor, realizada na quarta-feira (24), Rabelo comentou sobre o processo de escolha de novos criptoativos.

Segundo ele, o Mercado Bitcoin sempre optou por ser mais cauteloso na seleção de ativos digitais:

“O Mercado Bitcoin se caracterizou por fazer uma curadoria mais conservadora. No mundo cripto a gente sempre teve esse posicionamento mais cauteloso no que a gente listaria”.

Nesse sentido, o executivo explicou que a plataforma costuma listar projetos que julga mais relevantes.

Atualmente, o Mercado Bitcoin disponibiliza aos usuários BitcoinBitcoin CashLitecoinEthereumXRPChainlink e stablecoins como USDC e PaxGold.

Além disso, a exchange tem suporte para projetos brasileiros como WibX e o token de emissão de carbono Moss.

“A gente tem listado poucos projetos, com bastante cuidado, mas os clientes do mercado pedem mais projetos”, disse. “A gente vai listar nas próximas semanas 10 novas criptomoedas. Eu acho que a principal, a que mais nos cobram aqui, é a Cardano.”

Conforme destacou Rabelo, a exchange está sempre conectada com os seus clientes e busca entender o que consegue liberar sem expor seus usuários a mais riscos do que eles estão dispostos a correr.

E Dogecoin?

O executivo ainda falou sobre a possibilidade de listar a criptomoeda meme Dogecoin. Rabelo disse que, até agora, o projeto não se mostrou relevante e consistente apesar de atrair o interesse dos investidores.

“Não que a gente não vá listar ou não possa listar a Dogecoin. Mas a gente acaba tomando mais cuidado com esse aspecto de relevância do projeto”, disse.

Por CriptoFácil


segunda-feira, 22 de março de 2021

Fintech traz Bitcoin e outras criptomoedas para o PIX

 


Na última quarta-feira (17), a fintech brasileira Alter anunciou a adoção do PIX, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil. Fruto de uma parceria com a Dock, startup especializada em tecnologia financeira, a empresa se tornou a primeira no país a realizar operações de criptomoedas, como o Bitcoin, e possuir integração com o novo sistema de pagamentos nacional.

Com a novidade, será possível comprar, vender, transferir e sacar criptomoedas em diferentes carteiras conforme o desejo do usuário, além de também efetuar pagamentos com seu saldo em cripto por meio do PIX, em uma única interface. Vale ressaltar que, conforme as normas do Banco Central do Brasil, o sistema de pagamentos é gratuito e ilimitado, sendo assim livre de taxas.

Nesse sentido, a Diretora Jurídica da fintech, Julieti Brambila, afirma que apesar de ter sido uma tarefa complexa, a integração do sistema é segura: "Alter conseguiu estruturar, além de um onboarding forte [...], uma mesa de compliance, com monitoramento das transações nos mais altos padrões usados no mercado financeiro, garantindo que operações fraudulentas sejam combatidas na raiz,” explica.

A nova integração da Alter também possibilitará o pagamento via PIX utilizando QR-Codes. (Fonte: Code Money / Reprodução)A nova integração da Alter também possibilitará o pagamento via PIX utilizando QR-Codes. (Fonte: Code Money / Reprodução)Fonte:  Code Money 


sábado, 20 de março de 2021

Bitcoin é a nova Amazon?

 


Nesta semana, o banco de investimentos Morgan Stanley soltou uma nota aos seus clientes investidores de sua unidade de wealth management.

Copio aqui um trecho da nota:

“Para que oportunidades de investimento especulativo emerjam ao ponto de uma classe de ativos passível de investimento possa ter um papel na diversificação de portfólios de investimento exigem progresso transformacional tanto do lado da oferta como da demanda.

Com criptomoedas, acreditamos que esse limite está sendo atingido. Uma estrutura regulatória consolidada, liquidez aprofundada, disponibilidade de produtos e um crescente interesse de investidores — principalmente entre investidores institucionais — se fundiram.”

Nestas poucas linhas, o Morgan Stanley deu um empurrão definitivo para a aceitação das criptomoedas como uma classe de ativos com aceitação institucional. 

Não é preciso ser especialista para entender o impacto nos preços, caso grandes investidores passem a alocar uma parte de suas carteiras em moedas digitais.

Estamos assistindo ao vivo a adoção pelo mainstream de uma ideia marginal, temas das minhas newsletters recentes.

Ainda estamos longe de um consenso sobre a adoção das moedas digitais em larga escala, substituindo de vez as chamadas moedas fiduciárias. Existem porém indícios concretos de que não se trata de uma moda passageira e que criptomoedas participarão em alguma instância das nossas vidas financeiras futuras.

Inovações são processos fluidos. Há uma evolução em direção ao novo ao mesmo tempo em que convive-se com o velho.

Carros e carroças.  Discos e streaming.  Fotos impressas e digitais.  Livros e kindle.  Aviões e navios.  Há uma infinidade de exemplos de novas tecnologias avançando sobre os antigos formatos progressivamente.  A ruptura total é exceção, não regra.

A história evolui em saltos.  Crises chacoalham o status quo e forçam a inovação.

Tempos de guerra são reconhecidos como períodos de rápida mudança.

A Primeira Guerra Mundial é um rico exemplo da velocidade da evolução em momentos desafiadores.

Salvo engano, o conflito no início do século passado talvez tenha sido o mais contrastante no formato inicial de enfrentamento em comparação ao que se viu quando da sua conclusão.

As tropas do início do conflito ainda traziam o modus operandi dos enfrentamentos do século 19.

Soldados trajando uniformes elegantes e coloridos, com direito a casacas e penachos na cabeça, montavam cavalos e armavam-se com baionetas.

Em menos de quatro anos, uma verdadeira revolução bélica trouxe aviões de combate, tanques de guerra, metralhadoras e granadas.

Obviamente, durante o desenrolar da guerra, o novo enfrentou o velho. Cavaleiros e suas montarias pereceram combatendo tanques e soldados de casaca foram dizimados por letais equipamentos bélicos.

Tecnologia, Inteligência Artificial, Inovação
“Há uma evolução em direção ao novo ao mesmo tempo em que convive-se com o velho”, diz Caio Mesquita (Imagem: Pixabay)

Esta semana recebi um vídeo curioso que trata justamente do mesmo tema.

Numa reportagem do programa americano 60 Minutes de 1999o jornalista entrevista Jeff Bezos e busca entender o então nascente fenômeno do e-commerce Amazon.

Não há como não se divertir com o tom irônico da matéria que questionava a racionalidade da empresa de Bezos já estar sendo avaliada acima das tradicionais Texaco e Sears.

Desde então, a ação da empresa valorizou-se espetaculares cinquenta vezes, tornando o seu fundador o homem mais rico do mundo.  Por outro lado, Texaco virou uma subsidiária da Exxon e a Sears agoniza financeiramente.

Fonte: https://www.moneytimes.com.br/


quinta-feira, 18 de março de 2021

Como a alta da Selic impacta o investimento em Bitcoin no Brasil?

 


Na quarta-feira (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) resolveu aumentar a taxa básica de juros do Brasil. O aumento foi de 75 pontos-base, o que elevou a Selic de 2% para 2,75% ao ano.

Esta foi a primeira elevação da taxa de juros desde julho de 2015. Ela também foi a maior alta individual nos últimos 10 anos. Contudo, o Banco Central do Brasil (Bacen) sinalizou que pode não ser a última.

Segundo o comunicado do Copom, a expectativa é de que haja um novo aumento na próxima reunião. O objetivo é conter a escalada tanto da inflação quanto da taxa de câmbio.

“Para a próxima reunião, a menos de uma mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude”, afirmou o Copom.

Corte surpreende mercado

O aumento de 75 pontos-base surpreendeu o mercado, que esperava uma alta de 50 pontos. O economista Fernando Ulrich, um dos principais críticos do Bacen, comemorou a decisão.

LEIA MAIS: Ponto/Contraponto - Alta da Selic acima da expectativa: erro ou realismo?

Ulrich tem sido um dos maiores críticos da política de juros altos. Para o economista, a Selic foi reduzida de forma exagerada, causando distorções no câmbio e na inflação.

A inflação, aliás, foi justamente uma das preocupações que o Copom trouxe em seu comunicado. As últimas estimativas projetaram uma inflação de 5%, acima da meta do Bacen (3,57%).

“As projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 5,0% para 2021 e 3,5% para 2022. Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 4,50% a.a. neste ano e para 5,50% a.a. em 2022”, afirmou o comunicado.

O próprio Fernando Ulrich adotou a cautela junto com a comemoração. Ele alertou que a situação fiscal brasileira ainda é grave e, portanto, o dólar deve se manter em patamares elevados por algum tempo.

Impactos no dólar – e no Bitcoin

Mas quais serão os futuros impactos do aumento da Selic?

O primeiro deles deverá ser uma estabilização do câmbio. Como a taxa de juros brasileira cresceu, os investidores receberão mais rendimentos por seus títulos.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros próxima de zero. Com isso, o diferencial entre a taxa brasileira e a norte-americana diminuiu, tornando o nosso país mais atrativo.

Caso haja nova entrada de dólares, a expectativa é de que o preço da moeda estadunidense caia. E com isso, os produtos importados fiquem mais baratos, ajudando a conter a inflação.

Um real mais forte também causa impacto nos investimentos. Por exemplo, o Bitcoin tem a sua cotação atrelada ao dólar. Uma queda de valor do dólar deixaria a criptomoeda mais barata no Brasil.

Não será surpresa se presenciarmos uma queda de preço do Bitcoin nos próximos dias. Caso isso ocorra, pode ser uma boa oportunidade para quem deseja investir.

Entretanto, uma Selic mais alta não torna a renda fixa mais atrativa do que o Bitcoin. Os rendimentos fixos no Brasil teriam apenas 2,75% de rendimento ao ano. Por outro lado, o preço do Bitcoin já se valorizou mais de 100% apenas em 2021.

Fonte: https://br.investing.com/


quarta-feira, 17 de março de 2021

Bitcoin: golpe usando nome de Elon Musk dá prejuízo de R$ 3 milhões a investidor

 Sebastian conta que vai sempre se lembrar do momento em que perdeu o equivalente a R$ 3 milhões de reais — com muita raiva e vergonha. O alemão caiu no golpe de uma oferta falsa de bitcoin postada em uma conta falsa Twitter do empresário Elon Musk.

Sebastian tinha acabado de assistir a uma série do Netflix com sua mulher, que foi se deitar e o deixou na sala mexendo no celular. Foi quando ele viu um link para um evento postado em uma conta que parecia ser do Twitter do empresário Elon Musk, dono da Tesla.

"Cliquei no link e vi que ele estava dando Bitcoin de graça!", conta Sebastian à BBC.

Havia um cronômetro com uma contagem regressiva e o site prometia aos participantes do evento devolver em dobro a quantidade de bitcoin (uma moeda virtual) investida.

A competição aparentemente estava sendo conduzida pela equipe de Elon Musk. Ele convidava as pessoas a enviarem de 0,1 bitcoin (cerca de R$ 30 mil) a 20 bitcoins (aproximadamente R$ 6 milhões) e a equipe enviaria de volta o dobro da quantia.

Caindo no golpe

Sebastian checou duas vezes a marca de 'perfil verificado' ao lado do nome de Elon Musk no Twitter e ponderou se enviaria cinco ou dez bitcoins.

"'Lucre o máximo possível', pensei, isso é definitivamente real, então enviei 10 bitcoins (equivalente a R$ 3 milhões)", conta ele.

Bitcoin: Saiba o que é e como funciona a mais popular das criptomoedas
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Pelos 20 minutos seguintes, enquanto o cronômetro diminuía, Sebastian esperou que o prêmio caísse em sua carteira de investimento em bitcoin. Em sua casa na cidade da Colônia, na Alemanha, ele atualizava a tela a cada 30 segundos. Viu o falso Elon Musk fazer uma nova postagem enigmática e se assegurou de que a oferta era real.

Mas lentamente o cronômetro foi chegando a zero e ele percebeu que era uma grande farsa.

"Enfiei minha cabeça nas almofadas do sofá. Meu coração estava batendo muito forte. Percebi que tinha acabado de jogar fora algo que faria toda diferença para minha família, meu fundo de aposentadoria, todas as próximas férias com meus filhos", conta.

"Subi as escadas e sentei-me na beira da cama para contar à minha esposa. Ela acordou e eu contei que tinha cometido um grande erro", afirma.

Sebastian, que pediu que a BBC não usasse seu nome verdadeiro, não dormiu naquela noite.

Em vez disso, ele passou horas enviando e-mails para o site do golpe e tuitando para a conta do Twitter de Elon Musk para tentar recuperar parte ou todo o seu dinheiro. Mas depois ele acabou aceitando que tinha perdido o dinheiro para sempre.

Enquanto isso, em Amsterdã, analistas da empresa Whale Alert assistiam horrorizados enquanto os 10 bitcoins de Sebastian eram transferidos e sacados anonimamente alguns dias depois. A empresa de análise de blockchain (o sistema de registro de transações de bitcoins) vem tentando fazer as autoridades tomarem medidas contra os golpes há meses, mas diz que nada está sendo feito.

Os analistas usam os dados de blockchain, que são públicos e mostram todo o movimento de criptomoedas em tempo real, para detectar tendências e rastrear dinheiro.

Eles identificaram quais carteiras de bitcoin são operadas pelos golpistas e rastrearam a quantidade crescente de dinheiro que eles estão ganhando. O 10 bitcoins de Sebastian foram a maior quantia que eles registraram sendo perdida em uma única transação.

Conta falsa respondeu a uma postagem enigmática de Musk com um link para o golpe — Foto: BONGKARN THANYAKIJ / EYEEM/ BBC

Conta falsa respondeu a uma postagem enigmática de Musk com um link para o golpe — Foto: BONGKARN THANYAKIJ / EYEEM/ BBC

Somas recordes

Os pesquisadores dizem que os golpistas estão obtendo somas recordes em 2021. Os criminosos que aplicam esse mesmo tipo de golpe (de oferecer aumentar o investimento ou dar brindes em troca de dinheiro enviado) já ganharam mais de US$ 18 milhões nos primeiros três meses deste ano, em comparação com os US$ 16 milhões roubados em 2020.

Os dados também sugerem que o número de vítimas este ano deve ser maior que os dos anos anteriores. Em 2020, cerca de 10,5 mil pessoas caíram nas fraudes, mas nos primeiros meses deste ano os pesquisadores dizem que rastrearam 5,6 mil pessoas que enviaram dinheiro.

O fundador da Whale Alert, Frank van Weert, diz que é difícil explicar por que os golpes estão não apenas prevalecendo, mas também estão se tornando mais bem-sucedidos.

As técnicas dos criminosos não mudaram muito desde que os golpes surgiram em 2018.

Em alguns casos, como o que enganou Sebastian, eles fazem perfis parecidos com os reais e respondem aos posts dos donos originais, o que faz parecer que a conta original fez a postagem. Em outros, os criminosos invadem contas de pessoas proeminentes para garantir que elas tenham a marca de verificação azul quando o golpe é publicado.

Golpistas também já invadiram a conta de Elon Musk e também de celebridades como Bill Gates e Kim Kardashian.

O Twitter é uma plataforma popular para os golpes, mas eles também são aplicados pelo YouTube, pelo Facebook e pelo Instagram.

Ampliação do mercado de Bitcoin

"Não temos nenhum dado para explicar, mas pode estar relacionado à ampliação do mercado de bitcoin. Quando o preço do bitcoin sobe, as pessoas enlouquecem e muitos são novos no mercado e acreditam na ideia de fazer dinheiro rápido", afirma Van Weert.

"Também parece bastante plausível que alguém como Elon Musk, um grande defensor da criptomoeda, doasse bitcoin. As pessoas que caem nos golpes não são ignorantes. Recebemos e-mails de pessoas que perderam bitcoin e eles são muito articulados", afirma.

O Van Weert também acredita que alguns dos maiores sites de criptomoedas que distribuem bitcoins para promover seus serviços podem ter contribuído para a confusão das pessoas.

'Eu não sou um idiota'

Três semanas depois, Sebastian, de 42 anos, ainda está claramente envergonhado. Ele começa a conversa por e-mail com a BBC afirmando que cair em golpes é "normal" e que ele "não é o maior idiota do mundo".

"Estudei e tenho um bom trabalho de marketing na indústria de TI. Moro com minha esposa e dois filhos e temos uma bela casa com jardim. Eu fui ganancioso naquela noite e isso me deixou cego", afirma.

Ele afirma que investiu 40 mil euros em bitcoin em 2017 e rapidamente recuperou seu dinheiro com o aumento do valor das moedas no mercado. Ele sacou o dinheiro e recebeu seu dinheiro inicial de volta, mas depois observou com entusiasmo ao longo dos anos como as 10 moedas passaram a valer quase 500 mil euros.

Sebastian quer que as autoridades internacionais ajam contra os golpistas e gostaria que os proprietários dos mercados de bitcoin combatessem o problema de forma pró-ativa.

"É muito fácil roubar bitcoin. Todas as plataformas devem saber quem são seus clientes e saber se uma carteira específica está sendo usada por ladrões", afirma.


Fonte: globo.com