sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Inflação derruba aplicações tradicionais e bitcoin é melhor investimento de 2021



investidor brasileiro perdeu dinheiro na gangorra das finanças deste ano, com Bolsa e juros alternando-se num brusco sobe e desce em meio à disparada da inflação.

No contexto inflacionário que contrariou previsões de especialistas, o bitcoin ocupou com larga vantagem o posto de melhor aplicação de 2021 no país, segundo levantamento do gerente de relacionamento institucional da Economatica, Einar Rivero, que considerou uma cesta com as prévias de 16 indicadores de referência computados até esta quinta-feira (30) ou no seu fechamento mais recente.

A criptomoeda acumulou ganho de 75,83% em 12 meses. É preciso ressaltar, no entanto, que vem caindo nos últimos meses e seu futuro em 2022 também é incerto.

Investimentos no exterior por meio de BDRs (sigla em inglês para Recibos Depositários Brasileiros) e ETFs (fundos que acompanham índices estrangeiros) também obtiveram ganhos reais. O BDRX, uma espécie de carteira virtual para medir o desempenho desses ativos ofertados pela B3, a Bolsa de Valores brasileira, acelerou 33,65%.

Já o Ibovespa, referência do mercado de ações do país, caiu 11,93%. É o pior resultado da comparação.

Índices que medem a alta do custo de vida preencheram as cinco posições subsequentes ao bitcoin e ativos no exterior no ranking, sendo o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) o que mais subiu. O indicador referência para reajustes dos contratos de aluguel saltou 17,78% no ano.

Todos os investimentos tradicionais incluídos na pesquisa ficaram atrás da inflação. O indicador oficial subiu 9,26%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado até novembro.


Inerente a investimentos de risco, a volatilidade foi potencializada pela taxa de juros baixa na maior parte do ano e por uma escalada inesperada e persistente da inflação. Essa combinação é apontada por analistas como a vilã das carteiras.

"Investimentos em juros prefixados, pós-fixados, Bolsa, ou seja, os mais tradicionais tiveram retorno real negativo", afirma Evandro Buccini, sócio e diretor de renda fixa e multimercado da Rio Bravo.

A caderneta de poupança rendeu 2,99%. O investimento mais popular do país ficou um pouco atrás do CDI (Certificados de Depósitos Interfinanceiros), que variou 4,35%. Esse índice é a base para títulos de CDB atrelados a juros e, geralmente, é recomendado para a composição de um fundo de reserva devido à sua liquidez diária.

Dólar e ouro são refúgios em tempos de volatilidade. Mas apenas a moeda americana se mostrou um ativo interessante para a proteção do patrimônio em 2021. A divisa se valorizou em 7,39%, segundo a taxa de referência de câmbio calculada pelo Banco Central, enquanto o metal ganhou apenas 4,43%.

Investidores ou não, os brasileiros perderam. É isso o que mostra a fotografia das finanças deste ano. Ela revela um cenário em que as empresas tiveram desvalorização, enquanto os juros precisaram ser acelerados pelo Banco Central na tentativa de contenção da inflação.

Ainda mais preocupante, segundo Buccini, é a constatação de que o mercado de ações doméstico frequentemente está em desvantagem quando comparado ao de juros.

"É difícil fazer grandes generalizações do retorno de um ano apenas. Mas, mesmo olhando retornos em janelas maiores, o Ibovespa perde para o CDI. Isso sim é um paradoxo e mostra que o crescimento do país deixa a desejar há décadas", afirma.

O recrudescimento da pandemia no início do ano é a principal causa para o retrato financeiro de 2021, pois desorganizou as cadeias produtivas globais, gerando desabastecimento e alta nos preços ao redor do mundo.

Fatores da política doméstica, porém, contribuíram para que o Brasil saísse pior na foto. As Bolsas dos Estados Unidos bateram sucessivos recordes ao longo de 2021 com o impulso de um pacote de estímulos do governo americano. Movimento semelhante ocorreu na Europa. Diversos mercados foram beneficiados pela injeção de liquidez, enquanto o brasileiro perdeu a carona.

As manifestações de raiz golpista capitaneadas pelo presidente Jair Bolsonaro, em setembro, e as incertezas geradas pela decisão do governo de furar o teto de gastos foram relevantes para completar o estrago causado pela pandemia, destacou Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e conselheiro da Rio Bravo, em sua resenha econômica de fechamento de ano.

Fundos imobiliários também ficaram entre os piores retornos do ano. O índice que acompanha esses ativos cedeu 2,28%.

A gangorra dos juros explica, mais uma vez, o resultado negativo, de acordo com Camila Almeida, sócia e fundadora da Habitat Capital Partners.

"Viemos de um momento em que a taxa básica de juros atingiu a mínima histórica de 2% ao ano, o que fez com que muitos investidores buscassem outras opções de investimento como alternativa à renda fixa, dentre elas, os fundos imobiliários. Porém, com uma Selic mais alta [no segundo semestre], investidores optaram por voltar para a renda fixa", comentou.

Almeida ressalta que esses fundos possuem outros atrativos, como a distribuição de rendimentos mensais isentos de Imposto de Renda e o acesso a investimento no mercado imobiliário com baixa barreira de entrada.

Para 2022, porém, ela avalia que os CRIs, títulos lastreados em créditos imobiliários, navegarão melhor do que os fundos porque têm rendimentos indexados à inflação ou ao CDI.

Evandro Buccini, da Rio Bravo, diz que a principal lição de 2021 é a importância de uma defesa direta contra uma inflação alta inesperada. Os melhores instrumentos para isso, segundo ele, são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional de série B), que são os títulos do Tesouro Direto com rentabilidade atrelada à inflação oficial (IPCA) mais uma taxa de juros prefixada.

No conturbado cenário de 2021, porém, o desempenho do índice que faz um apanhado geral desse tipo de investimento também ficou no vermelho.

"Sempre terá algo inesperado. O importante é que as carteiras estejam preparadas para a volatilidade", afirma.

CRIPTOATIVO DISPARA NA BASE DA PUBLICIDADE E DA BUSCA POR RENTABILIDADE

A turbulência nos investimentos tradicionais gerada pela pandemia pavimentou a estrada para o crescimento do bitcoin, principal representante dos criptoativos, em meio à busca por rentabilidade. Mas não foi só isso.

A popularização das NTFs (sigla em inglês para tokens não fungíveis) e a adoção do bitcoin como moeda oficial de El Salvador deram grande publicidade e potencializaram a demanda por esse e outros ativos criados a partir de códigos criptografados, segundo Rodrigo Soeiro, fundador da Monnos Cryptobank.

El Salvador tornou-se, em 7 de setembro, o primeiro país do mundo a adotar oficialmente a criptomoeda.
Insignificante para a economia global e do tamanho do estado de Sergipe, o país de praias paradisíacas da América Central atraiu as atenções da imprensa mundial com essa decisão.

A despeito dos protestos populares contra adoção da criptomoeda, o presidente do país, Nayib Bukele, anunciou em novembro a criação de uma cidade voltada à mineração de bitcoin. A larga demanda energética exigida nessa atividade seria suprida pela geração termal provida pelo vulcão Conchagua.

"Isso tudo trouxe muita visibilidade para o bitcoin", comenta Soeiro.

Já os NTFs, que usam a base da tecnologia das criptomoedas para certificar que um artigo digital (uma fotografia, por exemplo) é original, passaram a ser adotados em número cada vez maior por grandes marcas, artistas e produtores de jogos eletrônicos.

"O advento dos NFTs está trazendo uma dinâmica de massificação", afirma.

Soeiro reforça, porém, que o mercado de criptoativos está em evolução e "ainda é um ambiente selvagem", em que há fraudes e, por isso, requer do investidor dedicação para obter informações sobre quais são os empreendedores sérios que oferecem acesso ao negócio.

Ele estima que esse mercado deverá crescer ainda mais em 2022, com a popularização de meios de pagamentos que utilizam ativos protegidos por linhas de código. "Serão mais comerciantes recebendo em criptomoedas. Isso vai dragar uma massa de usuários para esse ecossistema."

Não é possível garantir, porém, que esses ativos seguirão em alta. Assim como outros investimentos de risco, as criptomoedas estão sendo afetadas pela expectativa de alta nos juros globais devido aos apertos monetários anunciados pelos principais bancos centrais. O bitcoin recuou 17% somente em dezembro.


BOLSA CAI 11,9% EM 2021 E FECHA NO VERMELHO APÓS CINCO ANOS EM ALTA

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira fechou em alta nesta quinta-feira (30), na última sessão de 2021. Com isso, o Ibovespa encerrou o ano em queda de 11,93%, o primeiro tombo após cinco altas anuais.

Na sessão, o índice subiu 0,69%, a 104.822 pontos. Em dezembro, o Ibovespa teve ganho de 2,85%, interrompendo cinco meses de quedas.

O dólar comercial à vista fechou o último pregão de 2021 em queda de 2,07%, a R$ 5,5760 na venda, sua perda diária mais acentuada desde o final de agosto.

Apesar das perdas desta sessão, a moeda americana registrou ganho de 7,45% em 12 meses, seu quinto ano consecutivo de valorização.

Wall Street fechou em baixa nesta quinta, em dia de volume estreito de negociações do fim de ano.

O Dow Jones perdeu 0,25% na sessão, mas ganhou 18,92% em 12 meses. O S&P 500 recuou 0,30% no dia. No ano, saltou 27,23%. A Nasdaq cedeu 0,16% no pregão, enquanto avançou 22,14% em 2022.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Bitcoin bate US$ 46 mil antes de vencimento de US$ 6 bi em opções; ADA cai 6% e Polygon revela bug

 


O vencimento de US$ 6 bilhões em contratos de opções parece ser o principal catalisador de um final de ano decepcionante para o Bitcoin (BTC). Com apenas dois dias pela frente, a criptomoeda aumenta as chances de encerrar 2021 abaixo do patamar psicológico de US$ 50 mil. Após bater US$ 46.224 durante madrugada, a moeda digital é negociada nesta manhã a US$ 46.855, queda de 2,4% em 24 horas.

Segundo dados da ferramenta Skew, existem 129.800 contratos de opções com vencimento na próxima sexta-feira (31), sendo grande parte de contratos de venda (put), geralmente adquiridos por investidores que creem em uma provável queda de preços. Apenas na corretora de derivativos Deribit, 46 mil puts de Bitcoin vencem amanhã.

Puts são opções que dão o direito de vender um ativo (no caso o Bitcoin) por um preço predeterminado em uma data combinada. Em muitos casos, elas são adquiridas para proteção (hedge). No vencimento de amanhã, a maioria das puts tem preço alvo em US$ 48 mil, o que significa que os compradores poderão vender BTC por esse preço e obter lucro imediato se a criptomoeda estiver valendo menos no mercado.

Segundo a Deribit, opções de compra (call) com alvos acima de US$ 50 mil começam a aumentar apenas para janeiro. Isso quer dizer, portanto, que muitos investidores acreditam que os preços só começarão a se recuperar no início de 2022, e querem garantir que poderão adquirir o máximo de BTC possível por menos de US$ 60 mil caso a alta realmente venha.

O vencimento de opções ocorre tipicamente na última sexta-feira do mês e costuma trazer forte volatilidade que não impacta apenas no Bitcoin, mas também nas demais criptomoedas. Diversas altcoins apresentam desempenho pior do que o BTC nesta manhã, com o Ethereum (ETH) caindo 3,4%, para US$ 3.693, e a Binance Coin (BNB) recuando 4,1%, para US$ 518.

Entre as 10 maiores, a pior é a Cardano (ADA), que chegou a bater US$ 1,30 nesta madrugada e opera em queda de 6%. O projeto é criticado pela falta de novidades concretas após o lançamento do suporte para contratos inteligentes, principalmente depois da ascensão de rivais mais sólidos, como Terra (LUNA) e Avalanche (AVAX).

Os investidores institucionais são apontados como prováveis catalisadores da baixa em dezembro, a maior até aqui desde maio. Eles estariam realizando lucros e até fechando posições no prejuízo para mover capital para produtos menos arriscados, em movimento de cautela frente à redução dos estímulos de bancos centrais dos EUA e da Europa a partir do ano que vem.

Em efeito cascata, o comportamento do investidor de varejo também está em baixa. Segundo dados do Google, as buscas por “bitcoin” estão no menor nível do ano, indicando pouco interesse do usuário comum nesta classe de ativos.

Por outro lado, o dia não é só de perdas. A Near (NEAR), por exemplo, sobe 12,6% dígitos em meio a um evento para desenvolvedores que parece ter animado a comunidade. Na semana, o ativo acumula alta de 40%. Já a Algorand (ALGO) sobe 10% após o lançamento de uma nova plataforma de empréstimos e rendimento com ALGO no ambiente de finanças descentralizadas (DeFi).

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 46.855,45-2,4%
Ethereum (ETH)US$ 3.693,50-3,4%
Binance Coin (BNB)US$ 518,69-4,1%
Solana (SOL)US$ 172,52-2,8%
Cardano (ADA)US$ 1,33-6%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Near (NEAR)US$ 15,06+12,6%
Algorand (ALGO)US$ 1,63+10,1%
Cosmos (ATOM)US$ 28,50+8,1%
Monero (XMR)US$ 220,60+6%
Osmosis (OSMO)US$ 5,79+4,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Radix (XRD)US$ 0,251158-10,8%
Bitcoin Cash ABC (BCHA)US$ 84,37-12,1%
Uniswap (UNI)US$ 17,11-9%
Olympus (OHM)US$ 324,89-8,9%
Fantom (FTM)US$ 2,14-8,1%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 51,000%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 64,40-0,21%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 63,01-2,24%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,08-0,11%
QR Ether (QETH11)R$ 15,60-1,88%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (30):

Polygon revela vulnerabilidade que colocou em risco US$ 22,5 bilhões

A Polygon, empresa criadora da blockchain de mesmo nome, revelou um bug em um contrato inteligente da plataforma que continha 9 bilhões de tokens MATIC, o equivalente a US$ 22,5 bilhões. A falha foi solucionada no começo de dezembro por um hacker “do bem” (white hat) que recebeu US$ 2,2 milhões de recompensa.

De acordo com a Polygon, o problema foi corrigido em apenas dois dias após ter sido identificado, mas não impediu que a brecha fosse explorada por hackers mal-intencionados. Segundo a empresa especializada em seguros para DeFi, Immunefi, uma ofensiva que explorou a vulnerabilidade desviou 801.601 tokens MATIC, então negociados por cerca de US $ 1,4 milhão, retirados do tesouro da Polygon.

A correção para o bug foi o motivo por trás de uma atualização (hard fork) de emergência realizada na rede Polygon no dia 5 de dezembro. Na época, os desenvolvedores do projeto justificaram o episódio dizendo se tratar de uma medida de segurança, mas não revelaram o roubo dos tokens que havia ocorrido um dia antes.

Times Square terá festa de réveillon no metaverso

A tradicional festa de réveillon da Times Square, em Nova York, terá este ano uma versão virtual no metaverso. O evento pretende recriar a virada de ano mais famosa do mundo em um edifício digital construído em 170 lotes virtuais em Decentraland (MANA).

A celebração, apelidada de “MetaFest 2022”, incluirá galerias de arte de NFTs, salas VIP nos telhados e apresentações musicais virtuais. Além disso, será possível assistir a virada de ano do mundo real em transmissão ao vivo por meio de painéis virtuais.

A iniciativa é realizada pela Jamestown, empresa dona de um prédio de 27 andares que fica no centro do principal ponto de encontro nova-iorquino, em parceria com a Digital Currency Group, holding dona da gestora de ativos digitais Grayscale.

Coreia do Norte é acusada de roubar US$ 1,7 bilhão em criptomoedas

A Coreia do Norte foi responsável por desviar por meio de ataques hackers o equivalente a US$ 1,7 bilhão em criptomoedas de corretoras pelo mundo ao longo de vários anos, relataram jornais sul-coreanos na quarta-feira (29).

Ainda de acordo com a mídia da Coreia do Sul, a ditadura ao Norte teria mantido os ativos sob sua guarda por um longo prazo para aproveitar ao máximo sua valorização. As criptos teriam sido usadas mais tarde para financiar seu programa nuclear.

Essa não é a primeira vez que norte-coreanos são acusados de ataques hackers com cripto. Em outubro, o governo dos Estados Unidos disse, em nota, que uma investigação revelou criptomoedas provenientes de supostos hackers da Coreia do Norte, que teriam “conspirado com outros criminosos especializados em lavagem de dinheiro para roubar ativos virtuais de três bolsas de ativos virtuais”.

Fonte: www.infomoney.com.br

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Bitcoin se segura em US$ 48 mil, traders perdem US$ 500 milhões e buscas no Google atingem mínima

 


O mercado de criptomoedas pinta um cenário negativo na última semana do ano, com o Bitcoin (BTC) lutando para se segurar no suporte próximo de US$ 47 mil após nova queda ontem. Em um dia, mais de US$ 500 milhões foram eliminados de carteiras de traders que apostavam na alta do mercado, indicando uma nova redução nas posições alavancadas.

No radar dos investidores está o vencimento de US$ 6 bilhões em contratos de opções na sexta-feira (31). Por enquanto, quem comprou opções de venda (put) na faixa de US$ 50 mil poderá obter lucro imediato se os preços se mantiverem como estão. Às 7h, o Bitcoin é negociado a US$ 48.039, queda de 2% em 24 horas.

O Ethereum (ETH) registra perdas similares e vai a US$ 3.827, mas outras altcoins (criptomoedas além do Bitcoin) sofrem mais, caso da Solana (SOL), que perde espaço para Terra (LUNA) e Avalanche (AVAX) e recua 5,8% hoje, para US$ 178.

Já o protocolo Aave (AAVE) de finanças descentralizadas (DeFi) tem o pior resultado do dia após ceder 11,6%, mas ainda acumula alta de 35% na semana. A situação é parecida com a de projetos como o Cosmos (ATOM) que cai quase 8%, mas ainda soma alta de dois dígitos nos últimos sete dias.

Na contramão da maioria do mercado está novamente o Sushi (SUSHI), que sobe 10% hoje em novos ganhos alimentados pela expectativa de reformulação do projeto após debandada de desenvolvedores neste mês. Já a Fantom (FTM), outra alternativa mais barata ao Ethereum, avança 6,9% no dia e já registra alta de 57% na semana.

Apontados como principais responsáveis pelo rali que começou em 2020, os investidores institucionais podem estar por trás do movimento de baixa em dezembro, o maior até aqui desde maio. Entre realização de lucros e fechamento de posições no prejuízo para mover capital para produtos menos arriscados, eles mostram preocupação com a redução dos estímulos por parte de bancos centrais das principais economias do mundo a partir do ano que vem.

Em efeito cascata, o comportamento do investidor de varejo também está em baixa. Segundo dados do Google, as buscas por “bitcoin” estão no menor nível do ano, indicando pouco interesse do usuário comum nesta classe de ativos.

O ritmo de depósitos de BTC nas corretoras voltou a subir, indicando que a liquidação pode ainda não ter terminado. No entanto, a tese de analistas da casa de análise Glassnode é de que o volume não seria de usuários interessados em vender, mas sim originado de ex-clientes da exchange Huobi, que recentemente fechou as portas na China.

Embora desanimador para o fechamento do ano, o momento pode ser positivo para quem mira no longo prazo.

“Se você ainda estiver interessado em cripto, pode acreditar no futuro do mercado. Historicamente, o pessoal que permaneceu até que os interesses do varejo chegaram à mínima, eventualmente venceram esse jogo”, aponta Ki Young Ju, CEO da casa de análise CryptoQuant.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 48.039,58-2%
Ethereum (ETH)US$ 3.827,92-1,8%
Binance Coin (BNB)US$ 540,67-1,5%
Solana (SOL)US$ 178,11-5,8%
Cardano (ADA)US$ 1,42-2,9%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Sushi (SUSHI)US$ 9,38+10%
Fantom (FTM)US$ 2,33+6,9%
Leo Token (LEO)US$ 3,69+6,7%
BitTorrent (BTT)US$ 0,00290943+6,6%
Uniswap (UNI)US$ 18,88+4,2%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Aave (AAVE)US$ 250,94-11,6%
Stacks (STX)US$ 2,25-8,3%
Cosmos (ATOM)US$ 26,41-7,9%
Radix (XRD)US$ 0,284269-7,3%
Tezos (XTZ)US$ 4,44-7,1%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 51,00-4,67%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 64,54-6,88%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 64,46-5,93%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,06-6,92%
QR Ether (QETH11)R$ 15,90-6,58%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quarta-feira (29):

ProShares anuncia novo ETF de metaverso

A ProShares, empresa que lançou o primeiro ETF (fundo de índice) de Bitcoin nos Estados Unidos, quer lançar um a lançar um novo fundo que visa acompanhar o crescimento do setor de metaverso.

O ProShares Metaverse Theme ETF vai rastrear o desempenho do Solactive Metaverse Theme Index (SOMETAV), índice que acompanha empresas que fornecem ou usam tecnologias relacionadas ao metaverso, incluindo dispositivos e processamento de dados.

Ainda não sabe quais empresas compõem o índice, mas nomes como Meta, Nvidia e Apple são aventados, entre outros listados na NYSE e na Nasdaq. A informação só será revelada caso o pedido de listagem do ETF seja aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

Cardano e XRP vão deixar top 10 em 2022, prevê Arcane Research

Cardano (ADA) e XRP (XRP) deixarão de estar entre as 10 maiores criptomoedas por valor de mercado em 2022, aponta a casa de análise Arcane Research em documento com projeções para o ano que vem.

Segundo a empresa, as razões são principalmente o crescimento mais acelerado de projetos rivais, dando continuidade a um movimento que já começou em 2021, quando a Binance Coin (BNB)  subiu cerca de 1.400% e a Solana (SOL) disparou 11.500%.

A XRP é uma das criptomoedas mais antigas e vinha indo bem em 2020 até que a SEC abriu um processo contra a Ripple, emissora do ativo, sob a acusação de oferta irregular de valores mobiliários. A ação ainda corre na justiça americana e não tem previsão de término.

Já a Cardano (ADA) foi uma das principais sensações de 2021, mas alcançou o topo em setembro logo após o lançamento da funcionalidade de contratos inteligentes. Desde então, porém, o ativo perdeu mais de 50% do valor de mercado em meio a críticas em torno da adoção da tecnologia, com poucos projetos rodando na blockchain da Cardano.

Coreia do Sul manda Apple e Google bloquearem jogos play-to-earn

Jogos play-to-earn (jogue para ganhar) similares ao Axie Infinity (AXS) estão na mira do governo da Coreia do Sul. Autoridades do país pediram a Apple e Google que bloqueiem games que permitem ganhar dinheiro jogando “até uma análise mais aprofundada”.

O governo também começou a monitorar jogos baseados em blockchain em geral. O Comitê de Gestão de Jogos do Ministério da Cultura, Esportes e Turismo da Coreia do Sul enviou uma carta a alguns estúdios de desenvolvimento de jogos ordenando a suspensão da distribuição. O objetivo é impedir de antemão que eles sejam registrados nas lojas de Apple e Google.

O Comitê de Jogos já cancelou a classificação etária de 15 jogos baseados em blockchain neste ano. No entanto, o governo disse não estar banindo os jogos play-to-earn. O mais provável é que passe a exigir algum tipo de licença para que sejam liberados no mercado.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/