segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Bitcoin em risco? A Internet Quântica está mais próxima devido a estudos de uma brasileira

 


A implantação de uma internet quântica pode estar mais próximo devido aos estudos de uma brasileira.

Desta forma, um estudo inédito da nordestina Samuraí Brito, foi possível descobrir que as fibras óticas que hoje suportam a internet não darão conta da comunicação quântica em escala global.

O estudo da nordestina foi publicado em uma das revistas mais importantes do mundo cientifico a "Physical Review Letters” e abiru caminho para novos estudos que já parte do ponto da descoberta da brasileira, ou seja, "esqueça a fibra ótica".

Além dde revela a falta de estrutura das fibras óticas atuais para suportar uma internet quântica a pesquisadora propõe o primeiro modelo de redes para a internet quântica e, por meio de simulações numéricas, prova que para criá-la precisaremos de uma estrutura diferente da atual.

Porém, Brito, em busca de uma solução para tornar possível o novo padrão de internet sugere a criação de satélites distribuidores de emaranhamento quântico.

No entanto a proposta ainda esta sendo fundamentada em outro estudo.

Computação Quântica

A computação e a internet quântica são temas que dividem a comunicade de desenvolvedores e entusiastas de criptomoedas e blockchain.

Enquanto uns acreditam que a implementação de um computador quântico poderia prejudicar a segurança do blockchain do Bitcoin outros argumentam que isso não passa de especulação sem sentido.

Sobre a computação quântica, no ano passado, o ex-desenvolvedor do Bitcoin Core Peter Todd chamou a façanha de "superioridade quântica" do Google - um computador que resolveu uma equação que levaria 10.000 anos em apenas 3 minutos e 20 segundos - como "um tipo primitivo de computação quântica que está longe de quebrar a criptografia do Bitcoin”

No entanto, outros, incluindo a Deloitte, não têm tanta certeza.

O site da firma de contabilidade afirma que a tecnologia atual em computação quântica torna 25% de todo o Bitcoin em circulação vulnerável a ataques. Se moedas suficientes fossem roubadas, o mercado poderia quebrar potencialmente, minando a confiança na criptomoeda.

Já para Andreas Antonopoulos a supremacia quântica anunciada pelo Google não tem nenhum impacto sobre o Bitcoin, "Nenhunzinho, nada realmente acontece”, resumiu ele.

Pelo sim pelo não

No ano passado, embora muitos desenvolvedores tenham dito que a computação quântica não teria impacto sobre BitcoinEthereum e outras criptomoedas, desenvolvedores do núcleo destes criptoativos declararam que já estão preparando, tanto BTC quanto o Ether para este cenário futuro.

Segundo Pieter Wuille, desenvolvedor do BTC algo em torno de 64 mil Bitcoins poderiam ser afetados pelo poder da computação quântica que teria potencial de 'descobrir' a chave privada de um usuário por usuário com um ataque quântico e, com isso, ter acesso aos recursos.

Contudo o poder da computação quântica não teria capacidade para 'destruir' a blockchain ou fazer qualquer 'ataque' a ela.

Mas, para preservar não só os potenciais 64 mil bitcoins mas toda a rede, os desenvolvedores do Bitcoin Core, segundo Wullie já estuda um esquema de assinatura de segurança PQC. O mesmo ocorre com o Ethereum quem, por sua vez, seria mais afetado, segundo Justin Ðrake, por um 'ataque quântico'.

O tema já teria sido inclusive abordado no Ethereal Ethereum Summit de 2019, quando Ðrake apresentou o conceito do Ethereum 3.0, no qual, em parceira com a Universidade da Califórnia desenvolveu um programa chamado SNARGs que não utiliza a criptografia do SHA256 mas ‘combina’ diferente tipos de criptografia.

Desenvolvimento

Recentemente, em junho, cientistas na China foram capazes de trocar uma chave de criptografia a uma distância de 1.120 quilômetros usando emaranhamento quântico, excedendo a melhor tentativa anterior em 1.000 quilômetros. Avanços adicionais na tecnologia podem significar que os usuários podem autorizar transações fora da Internet.

Em termos de senhas perdidas, a tecnologia teria a capacidade de passar por mais permutações do que as melhores máquinas de hoje para encontrar as senhas não criptografadas ou até mesmo reverter um hash.

Além disso, recentemente um novo tipo de supercondutor, chamado de β-B2Pd doi descoberto e, segundo os cientistas responsáveis pela sua revelação ele pode revolucionar o desenvolvimento da computação quântica.

O β-B2Pd doi descoberto por pesquisadores da Universidade John Hopkins (EUA) e o estudo publicado pela revista Science.

O novo supercondutor descoberto já existe, naturalmente, em estado quântico, segundo os pesquisadores, desta forma ele pode mudar totalmente a forma como os computadores quânticos atuais são produzidos e pode ser a base e fundação de toda esta tecnologia no futuro.

Entretanto, embora a descoberta tenha sido muito comemorada, segundo especialistas, ainda é muito 'cedo' para dizer que o supercondutor realmente poderá ser usado e se ele poderá 'destravar' o desenvolvimento da computação quântica.

Fonte: https://cointelegraph.com.br/


sábado, 17 de outubro de 2020

Google coloca Bitcoin em primeiro lugar entre moedas mundiais

 


Em um momento em que o Bitcoin atrai ainda mais o interesse de investidores institucionais, o principal criptoativos do mercado passou a ser considerado uma das primeiras moedas em relevância global pelo Google Finance.

Essa seção de informações financeiras do Google é uma nova ferramenta que está funcionando apenas em países selecionados, como Estados Unidos e México.

Para acessar a informação, basta entrar na ferramenta de comparação de mercados no Google Finance. Depois, é só escolher a categoria “Moedas”.

Nessa tela, o preço do Bitcoin (BTC) em dólares americanos é exibido junto ao seu retorno nas últimas 24 horas.

Google Finance

O fato de o Bitcoin estar incluído na seção junto com moedas fiduciárias, como o dólar, o euro e o iene, merece destaque.

Isso porque, no ranking, o Google dá mais peso ao Bitcoin como moeda, principalmente porque o coloca em primeiro lugar.

Abaixo do Bitcoin, o par de que ocupa a segunda colocação é o euro/dólar americano (EUR/USD).

Em seguida, vem o par dólar americano em relação ao iene japonês (USD/JPY). Em terceiro, vem a libra esterlina em relação ao USD (GBP/USD) e, em quarto, o USD em relação ao dólar canadense (USD/CAD).

Esse ranking mostra que o Bitcoin está ganhando popularidade rapidamente em todo o mundo.

Além disso, um estudo do Center for Alternative Finance da Universidade de Cambridge, corrobora esse fato. Segundo o levantamento, mais de 100 milhões de pessoas estão interagindo com Bitcoin e outras criptomoedas.

Outro serviço de informações financeiras amplamente utilizado, o Yahoo Finance, também classifica o BTC/USD no topo de sua seção de moeda. O segundo lugar é Ethereum (ETH) em dólares americanos e o terceiro é o par EUR/USD.

Vantagens do Bitcoin e interesse institucional

Entre as várias vantagens do Bitcoin sobre as moedas convencionais, destaca-se a natureza descentralizada de sua rede. Isso permite que o usuário envie e receba pagamentos sem intervenção de terceiros, de forma rápida e com baixas comissões.

Nesse sentido, ao contrário do sistema financeiro convencional, uma transação de Bitcoin é resistente à censura.

Os pagamentos podem ser enviados a qualquer momento para qualquer parte do mundo. Também não há limite de valores ou necessidade de autorizações.

Fonte: https://www.criptofacil.com/


segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Goldman Sachs vai ter que acompanhar o Bitcoin, afirma bilionário

 


O Bitcoin já valorizou mais de 40% em 2020, e está atraindo a atenção institucional.

Segundo a Forbes, Goldman Sachs e outros gigantes de Wall Street estão de olho no criptoativo.

Contudo, conforme dito por Mike Novogratz na quinta-feira (8), o Goldman Sachs terá que começar a acompanhar o Bitcoin em breve.

Goldman Sachs deverá seguir o Bitcoin

Novogratz é fundador da Galaxy Digital, um famoso “banco” do ramo de criptomoedas.

Um veterano do Goldman Sachs de 20 anos deixou o banco para integrar a empresa de Novogratz.

Em uma entrevista à Forbes, o fundador da Galaxy Digital contou:

“Goldman Sachs vai ter que entrar no ramo de criptomoedas. A Galaxy Digital tem uma vantagem em entender as finanças descentralizadas e as criptomoedas. Por outro lado, o Goldman Sachs tem diversos talentos que podem ser utilizados para acompanhar o mercado dentro dos próximos três ou quatro anos.”

Ademais, o interesse recente de empresas como MicroStrategy e Square está fortalecendo o Bitcoin.

Sobre a entrada de instituições tradicionais no ramo de criptoativos, Novogratz opina:

“O cenário atual está tornando o ponto do Bitcoin e das criptomoedas bem poderoso.”

Aproveitando o vácuo

O empresário bilionário ainda defendeu que toda a atenção dada por governos e instituições está criando um vácuo – e o Bitcoin está se aproveitando dele.

Novogratz explica:

“O preço do Bitcoin vai atingir os US$ 12.000 [cerca de R$ 70.000] antes do fim do ano.”

É importante ressaltar que, caso a cotação do dólar se mantenha nos níveis atuais, a previsão de Novogratz para 2020 é que o BTC baterá sua máxima história na cotação em real.

Contudo, para o fundador da Galaxy Digital, o próximo grande número está nos US$ 50 mil.

A partir daí, o empresário acredita que o caminho até os US$ 100 mil é natural:

“Chegar aos US$ 50 mil ou US$ 100 mil não é algo louco. Será uma evolução natural.”


Fonte: https://www.criptofacil.com/ 


domingo, 11 de outubro de 2020

A tese de investimento em bitcoin da Square

 


Na última quinta-feira (8), o próximo número no bingo institucional da narrativa de mercado de alta (“bull market”) do bitcoin foi escolhido.

Tudo começou em maio, quando o bilionário e pioneiro gestor de fundos de hedge Paul Tudor Jones previu que o bitcoin seria o “cavalo mais veloz” em uma economia preparada para a inflação em meio a uma expansão monetária sem precedentes.

Em seguida, Michael Saylor, CEO da MicroStrategyalocou quase todo o balanço da empresa negociada na Nasdaq (US$ 500 milhões) em bitcoin.

E a narrativa continuou quando a empresa Square, de Jack Dorsey, fundador da rede social Twitteranunciou um investimento de US$ 50 milhões em criptoativos.

A tese de investimento em bitcoin da Square

Segundo Ria Buthoria, da Fidelity Digital Assets, a lógica da decisão da Square foi diferente da MicroStrategy e de Paul Tudor Jones.

Enquanto cada predecessor institucional foi direcionado ao bitcoin por conta de seu potencial de apreciar em valor e seu histórico como uma reserva dependente de valor, as motivações da Square eram mais relacionadas à sua missão.

No anúncio, Square afirmou acreditar que “criptoativos são um instrumento de autonomia econômica e fornecem uma forma de participação em um sistema monetário global, alinhada ao propósito da empresa”.

Amrita Ahuja, diretora financeira da Square, acrescentou: “acreditamos que o bitcoin tem o potencial de ser uma moeda mais onipresente no futuro. Para uma empresa que está criando produtos com base em um futuro mais inclusivo, esse investimento é um passo em direção dessa jornada.”

Aplicativo Square teve US$ 875 milhões
de aquisições em bitcoin, uma alta de 186%

Embora os anúncios de Paul Tudor Jones e da MicroStrategy possam ter sido inesperados, o da Square não foi. Jack Dorsey é, sem dúvidas, o defensor de bitcoin mais assíduo que, há tempos, diz acreditar que a internet precisa de uma moeda nativa que deveria ser o bitcoin.

Cash App da Square é uma das principais formas que novos usuários adquirem bitcoin e Square Crypto existe para fornecer apoio ao bitcoin e a iniciativas de código aberto.

O interessante sobre a iniciativa da Square é que, junto com o anúncio, Jack publicou algo em benefício aos tesoureiros corporativos e diretores financeiros em todo o mundo:

“Mais importante do que a Square investir US$ 50 milhões em bitcoin é compartilhar como fizemos isso (para que outros também possam)”, tuitou Dorsey.

O plano de Jack

Logo após o anúncio da Square, Dorsey tuitou um whitepaper a seus 4,7 milhões de seguidores para “articular, de forma clara, o processo por trás da execução de nossa aquisição conforme outros estão pensando em agir”.

O documento explica como a Square realizou a negociação e custodiou os bitcoins, além de fornecer recursos para assegurar e prestar contas sobre o ativo.

Assim como qualquer boa fonte sobre criptoativos, havia um alerta de “ISTO NÃO É UM CONSELHO DE INVESTIMENTOS”.

Maiores consequências

Segundo comentários de Ryan Selkis e Ryan Watkins da Messari logo após a notícia, isso é muito importante, principalmente vindo de uma empresa com o calibre da Square.

Embora a alocação de US$ 425 milhões da MicroStrategy tenha sido bem maior que a da Square, críticos evidenciaram o decepcionante desempenho das ações da empresa nos últimos cinco anos, considerando a alocação como uma medida desesperada.

Square, por outro lado, é uma das empresas de tecnologia mais respeitadas do mundo, cujas ações estão sendo negociadas a níveis recordes e decuplicaram desde sua oferta inicial de moeda (IPO) em 2015.

Jack Dorsey é um dos CEOs mais respeitáveis do mundo, cuja liderança seria mais fácil de ser seguida por outros diretores executivos/financeiros (sem mencionar que eles têm um plano claro e simples para fazê-lo).

A alocação da Square em bitcoin é de 1% — qualquer pessoa envolvida com a indústria cripto sabe que uma alocação de 1% de investidores institucionais resulta em um lucro de US$ 50 mil em bitcoin.

Em um ambiente onde tesourarias de empresas provavelmente irão perder mais de 2% devido à inflação por conta da impressora de dinheiro do Federal Reserve, em um ano caótico em que o bitcoin teve um desempenho melhor do que todas as outras classes de ativos macro… É uma alocação tão louca assim de se fazer?

O tempo dirá.

Fonte: https://www.moneytimes.com.br/


sábado, 10 de outubro de 2020

Trader revela como transformou 0,19 BTC em 8 Bitcoins em 3 semanas

 


Um conhecido trader de criptomoedas explicou como transformou poucos satoshis em mais de 8 Bitcoins em menos de 3 semanas.

O investidor em criptomoedas conhecido como SalsaTekila disse que conseguiu multiplicar seus 0,19 BTC através de operações de day trade.

No entanto, segundo ele, embora seja possível lucrar com esse tipo de atividade é preciso conhecer muito bem o mercado.

Day trader

Em um episódio do podcast Market Meditations, SalsaTekila destacou como o poder de acumular ganhos permitiu que ele se tornasse um dos principais comerciantes na competição de negociação Bybit.

“O ponto principal é que essas competições não são necessariamente sua jornada comercial típica. Muitas vezes, você tem que assumir grandes riscos em relação a uma conta pequena. Você tem que jogar bem as cartas. Comece com o valor mínimo que eles permitem que você comece e tente construir algo que se componha em uma enorme porcentagem de ROI [Retorno Sobre o Investimento] … Se você começar com 0,1 BTC, então você pode dimensionar o tamanho muito rapidamente se conseguir um bom sequência de vitórias”, disse.

Grandes riscos

Além disso, o criptoestrategista explicou o papel que o risco desempenhou ao longo de sua jornada rumo ao crescimento de 0,19 BTC a 8 BTC em apenas três semanas:

“Você tem que começar a correr grandes riscos desde o início, porque os vencedores, como vimos, terão um ROI de 4.000%. Portanto, se você estiver negociando o seu risco de conta típico de 2% por operação, não chegará à classificação. Sem chance … Basicamente, você tem que assumir riscos enormes”, declarou.

Entretanto, para SalsaTekila, vencer a competição de negociação da Bybit exigia mais do que apenas risco financeiro.

“O grande custo de oportunidade era principalmente tempo. Se eu quebrasse, teria passado muito tempo tentando recuperar o equilíbrio. Talvez tenha perdido 0,1 BTC, o que não é muito [ou] 0,2 se eu redepositar. Mas, no geral, não era um grande risco financeiro. Era principalmente um risco de investimento de tempo. No final, porém, quando eu estava muito perto de ser o primeiro, foi aí que o risco do dinheiro realmente entrou”, declarou.

Honestidade e responsabilidade

Quanto ao motivo pelo qual SalsaTekila negocia com tanta transparência, o trader disse à equipe de Market Meditation:

“Acho que a característica que a maioria dos traders precisa para ter sucesso é a honestidade consigo mesmo e a responsabilidade por suas decisões e responsabilidades”, finalizou.

Fonte: https://www.criptofacil.com/ 


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Venezuela cria estatal de mineração de Bitcoin

 



O governo venezuelano legalizou a mineração de Bitcoin e de demais criptomoedas através de decreto feito pela Superintendência Nacional de Ativos de Criptográficos e Atividades Relacionadas (SUNACRIP), mas com um porém.

Para a regularização da atividade, os mineradores deverão realizar registro no Cadastro Nacional de Mineradores (RIM). Eles deverão, também, informar os detalhes da atividade, como exemplo, a importação de equipamentos especializados. Mineradoras ilegais estarão sujeitas “às medidas, infrações e sanções” previstas em decreto.

Pool de mineração estatal

O ponto mais polêmico da regulamentação certamente é a criação de uma pool nacional de mineração de uso obrigatório. Uma pool de mineração é utilizada para se agregar poder computacional de várias máquinas. Dessa maneira, os ganhos obtidos com a mineração das criptomoedas são distribuídos proporcionalmente a contribuição de cada um. Isso ocorre, pois a mineração é muito difícil de ser realizada individualmente. 

A criação de uma pool estatal de mineração tem como objetivo controlar as receitas geradas com a atividade, fazendo com que o governo Venezuelano possa taxar as criptomoedas mineradas. Acrescentam-se também os riscos de atraso no pagamento e possível confisco.

Essas medidas podem parecer descabidas e descoladas da realidade a primeiro momento, porém elas podem ser absolutamente inefetivas devido à natureza descentralizada do Bitcoin e da internet. Resta saber como da Venezuela vai realizar a fiscalização da mineração “clandestina”. Como o governo vai saber quem está minerando?

Existem diversas técnicas para se manter certo anonimato quando se realiza qualquer atividade na internet. E nem mesmo medidas autoritárias, como o grande firewall chinês, podem afetar significativamente às pessoas que não querem ter sua vida online supervisionadas e reguladas pelo governo.

A alternativa

Esse é o tanto de dinheiro que precisa carregar na Venezuela pra comprar  itens básicos.

A Venezuela é o terceiro país do mundo no ranking de adoção das criptomoedas, ficando apenas atrás da Rússia e Ucrânia. A principal razão para isso é a hiperinflação que se instalou no país nos últimos 5 anos. Em banheiros públicos é comum encontrar placas escritas: “Use papel, não use dinheiro”. Muitos moradores estavam realizando escambo para troca de produtos. 

As criptomoedas se mostraram uma saída altamente efetiva para  a população do país. Em documentário no YouTube, o canal BitMedia24 mostra como já é possível comprar basicamente qualquer coisa na Venezuela utilizando criptomoedas.

Fonte: https://cointimes.com.br/

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Por que o bitcoin é importante?

 

Em artigo para o famoso jornal The New York TimesMarc Andreessen, cofundador da Andreessen-Horowitz (a16z), uma das maiores empresas de capital de risco da indústria cripto, argumenta por que o bitcoin importa.

Ele começa seu texto traçando um paralelo com a internettecnologia que parece ter surgido do nada, mas foi resultado de duas décadas de pesquisa e desenvolvimento extensos.

Enquanto muitos idealistas políticos não acreditam no potencial, outros, “nerds” e tecnólogos viram a noite estudando sobre essa tecnologia. O mesmo pode ser dito sobre o bitcoin.

André Franco: o que é bitcoin?

Andreessen explica que o bitcoin é a primeira solução prática para um problema antigo na ciência da computação chamado “Problema dos Generais Bizantinos”, publicado em 1982.

Um exército bizantino está atacando uma cidade que está cercada. Para avançar, os generais que estão espalhados em volta do perímetro da cidade devem concordar sobre um plano de batalha.

Embora alguns generais desejam atacar, outros querem recuar. Complicando ainda mais a questão, os generais estão tão longe um dos outros que os mensageiros são encarregados da comunicação; um ou mais generais também podem ser traidores.

Para decidir o próximo passo, a maioria (51% ou mais dos generais) deve concordar sobre uma estratégia específica.

O bitcoin é conhecido por sua habilidade em transferir dinheiro sem que haja intermediários, como bancos, e de forma rápida, em questão de minutos (Imagem: Freepik/stories)

Esse Problema dos Generais Bizantinos é análogo à resolução de questões de consenso no blockchain. Os nós devem concordar sobre um conjunto específico de regras e conseguirem avançar ao concordar com uma avaliação específica das informações de transação antes desta ser acrescentada ao blockchain.

Assim, o bitcoin nos fornece, pela primeira vez, uma forma de um usuário da internet enviar propriedade digital para outro usuário de forma segura, em que todos saibam que essa transferência aconteceu e não possam questionar sua legitimidade.

Existe um algoritmo de consenso perfeito
para blockchains?

Ele explica que o bitcoin é um novo tipo de sistema de pagamentos. Qualquer pessoa no mundo pode realizar um pagamento com qualquer quantia de bitcoin. As taxas de transferência são muito baixas, em comparação às altas taxas de sistemas financeiros tradicionais.

Em seguida, Andreessen afirma:

O bitcoin é uma moeda digital, cujo valor é baseado diretamente em duas coisas: no uso do sistema atual de pagamentos — volume e velocidade dos pagamentos executados no registro — e na especulação sobre o futuro uso do sistema de pagamentos. Esse é uma parte que confunde as pessoas.

Não é que a criptomoeda bitcoin tenha valor arbitrário e as pessoas a negociem, e sim que pessoas podem negociar com bitcoin (em qualquer lugar, a qualquer momento, sem possibilidade de fraude e taxas baixas ou zero) como um resultado de seu valor.

Comerciantes podem ver o atrativo no bitcoin quando pensam em eliminar o risco de fraude de cartão de crédito, motivo pelo qual muitos criminosos se dão ao trabalho de roubar informações pessoais e números de cartão de crédito de clientes (Imagem: Freepik/master1305)

Ele afirma que a desconfiança em usar bitcoin como pagamentos é um problema do “ovo ou a galinha?” de qualquer nova tecnologia: não vale muito até valer muito.

“O fato de o bitcoin ter aumentado em valor — em parte porque a especulação está tornando a realidade de sua utilidade chegar muito mais rápido”, afirma Andreessen.

A facilidade de uso do bitcoin está aumentando cada vez mais conforme surgem novas ferramentas e melhorias às tecnologias.

Outra crítica é que “comerciantes não irão aceitar o bitcoin devido à sua volatilidade”.

Andreessen diz que essa hipótese é incorreta, pois a criptomoeda pode ser usada “completamente como um sistema de pagamento; mercadores não precisam reter bitcoin ou estarem expostos à volatilidade do bitcoin. Qualquer cliente ou comerciante pode negociar bitcoin e outros criptoativos quando quiserem”.

O bitcoin pode até ser o “queridinho” do mercado ilegal, mas não foi para isso que ele foi criado  (Imagem: Crypto Times)

Comerciantes podem ver o atrativo no bitcoin quando pensam em eliminar o risco de fraude de cartão de crédito, motivo pelo qual muitos criminosos se dão ao trabalho de roubar informações pessoais e números de cartão de crédito de clientes.

Rebatendo mais outra crítica, de que o bitcoin é um refúgio para atividades criminosas para maus agentes transferirem dinheiro de forma anônima e não sejam punidos. Isso é um mito difundido por quem não entende a tecnologia.

Fabrício Alexandre: qual é a relação
entre o bitcoin e a deep web?

Ele explica que o sistema Bitcoin é pseudonímico, e não anônimo. Assim, cada transação na rede é rastreada e registrada para sempre no blockchain, disponível para quem quiser consultar. Assim, o bitcoin torna mais fácil o rastreio do que dinheiro em espécie, ouro ou diamantes.

Em relação ao futuro dessa tecnologia, Andreessen explica que o bitcoin possui quatro constituintes que ajudam na expansão de seu valor:

1) clientes que pagam em bitcoin;
2) comerciantes que aceitam bitcoin;
3) mineradores que executam computadores para o processamento e a validação de todas as transações e permitir que a rede distribuída exista; e
4) desenvolvedores e empreendedores que estão criando novos produtos e serviços acima do Bitcoin.

Criptoativos darão mais autonomia a populações de países emergentes, pois não seriam tão afetadas pela inflação de outras moedas dominantes (Imagem: Crypto Times)

Andreessen argumenta que uma grande área que o bitcoin irá abalar é o de remessas digitais internacionais. Isso porque centenas de milhões de pessoas de baixa renda emigram para trabalhar e enviar dinheiro de volta à sua família no país de origem.

Porém, para realizar transferências internacionais, esses trabalhadores pagam altas taxas de câmbio e o valor acaba diminuindo muito.

Assim, o Bitcoin, que cobra baixas taxas ou nenhuma taxa, pode ser uma alternativa para aumentar significativamente a qualidade de vida de trabalhadores emigrantes e suas famílias.

“Na verdade, é difícil pensar em algo que teria um efeito mais rápido e positivo em tantas pessoas nos países mais pobres do mundo”, explica ele.

Ele conclui:

Longe de ser apenas um conto de fadas libertário ou um simples exercício empolgante do Vale do Silício, o Bitcoin oferece uma visão arrebatadora da oportunidade de reimaginar como o sistema financeiro pode e deve funcionar na era da internet e uma catálise para remodelar esse sistema de formas que são mais poderosas para pessoas e empresas parecidas.

Fonte: https://www.moneytimes.com.br/