terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Bitcoin a US$ 100 mil em 2022? Há um fator que pode valorizar o ativo

 


Se algum desavisado entrou no mundo dos criptoativos sem saber que a volatilidade é uma de suas principais características, 2021 tratou de resolver isso.

Se fosse um carrinho de montanha russa, o preço da moeda digital teria começado o passeio com uma alegre subida de janeiro a abril. A corretora Coinbase foi listada na Bolsa de Nova York, um marco para a indústria que levou o bitcoin à sua máxima até ali, US$ 64.854.

O que veio a seguir não foi só um movimento de realização, mas um longo inverno. As críticas ao consumo de energia para a geração de bitcoin dominaram o cenário. Elon Musk, CEO da Tesla que foi um dos protagonistas da escalada dos preços, ajudou também na forte queda ao suspender o recebimento da criptomoeda como pagamento para os carros elétricos que produz.

“Estamos preocupados com o uso crescente de combustíveis fósseis para mineração e transações com bitcoins, especialmente carvão, que tem as piores emissões que qualquer combustível”, declarou Musk pelo Twitter. Pouco mais de dois meses depois de atingir o maior valor histórico, o ativo bateu em US$ 28.805, um recuo de mais de 55%.

Medidas regulatórias também passaram a pressionar os preços na mesma época, estendendo o ‘longo inverno’ do bitcoin. O segundo semestre foi de recuperação mais sustentada ao longo do tempo, com uma correção em setembro antes da disparada que levou o ativo ao seu máximo histórico de US$ 68.530 em 9 de novembro.

Muitos analistas estimavam que a criptomoeda poderia alcançar os US$ 100 mil ainda em 2021. Em projeção de setembro, a unidade de pesquisa cripto do banco Standard Chartered disse que o nível poderia ser alcançado no fim deste ano ou no começo de 2022.

Por outro lado, uma pesquisa da gestora Natixis Investment Managers com investidores institucionais de 29 países indica que a maioria deles espera que as criptomoedas tenham correções no próximo ano.

Rafaela Romano, antropóloga especialista em cripto e metaverso e cofundadora da invert, prefere fazer uma análise conjuntural em vez de estimar quando o bitcoin baterá os seis dígitos. Ela explica que o bitcoin está em seu terceiro grande ciclo de alta, que está menos acentuado, mas mais longo. A tendência é que após este ciclo venha uma correção, diz Romano.

Mas há um fator que pode levar a uma mudança: a adoção institucional do bitcoin. “Ano que vem será momento chave para entender se os institucionais vão segurar essa queda”, afirma.

A entrada destes investidores de grande porte, chamados de baleias, em 2021 pode ser ilustrada por El Salvador, país da América Central que adotou o bitcoin como moeda corrente em setembro.

“Provavelmente veremos cada vez mais empresas relevantes, países e possivelmente bancos centrais adicionando as principais criptomoedas em suas reservas”, diz Bruno Milanello, executivo de novos negócios da corretora cripto brasileira Mercado Bitcoin.

A expansão de produtos financeiros convencionais com oferta de criptomoedas se consolidou, além do uso da tecnologia blockchain pelas maiores instituições financeiras do mundo. “Uma possível baixa dos preços não significa baixa do desenvolvimento da indústria”, ressalta Romano.

Foi um marco a listagem de contratos futuros e opções de bitcoin e ethereum nos Estados Unidos, assim como o lançamento de cinco fundos de índice (ETFs) cripto na Bolsa brasileira. O ritmo por aqui não deve diminuir, tendo em vista que semana passada o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, anunciou planos de lançar um ETF de ativos digitais.

Metaverso, um universo em expansão

A ideia de Web 3.0, uma próxima geração da internet, ganhou firmeza com as propostas do Meta, novo nome do Facebook, para construir novas “realidades virtuais”, ou melhor, metaversos.

No anúncio de Mark Zuckerberg, a novidade é descrita como a próxima evolução da conexão social. “Você poderá socializar, aprender, colaborar e brincar de maneiras que vão além do que é possível hoje.” Diante disso, é claro que o potencial para novas relações econômicas será explorado, e o mercado de criptoativos deve participar desta evolução, aponta o analista Orlando Telles, da Mercurius Crypto.

A empresa Solana Ventures, responsável pela moeda Solana – top 5 entre os criptoativos com maior negociação -, anunciou investimentos de US$ 150 milhões para o desenvolvimento de plataforma de jogos com a tecnologia blockchain para a Web 3.0.

O modelo de game que recompensa os jogadores com cripto, chamado play-to-earn, já possui tokens entre os mais importantes do mercado, como o Axie Infinity. Esta temática vai continuar em evidência, mas não necessariamente o projeto mais destacado hoje vai se beneficiar do crescimento, aponta Rafaela Romano.

Fonte: https://einvestidor.estadao.com.br/


segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Criptomoedas: Receita diz que ganhos até R$ 35 mil estão isentos no IR

 


Crescendo no mundo e no Brasil, as criptomoedas figuram como opções de diversificação da carteira de ativos dos investidores e como aposta de rentabilidade com as milhares de moedas digitais disponíveis no mercado. Pensando na declaração do Imposto de Renda já no início de 2022, a Receita Federal resolveu uma dúvida que vai surgir no momento de preenchimento do informe.



Na semana passada a Receita publicou um comunicado respondendo sobre a tributação das criptomoedas e o questionamento tratava sobre a isenção de imposto de renda em operações com criptomoedas e quais seriam as regras para uma possível declaração.

Segundo o órgão, a criptomoeda será tributada somente em caso de ganho de capital nestas condições: “É isento do imposto sobre a renda o ganho de capital auferido na alienação de criptomoedas cujo valor total das alienações em um mês, de todas as espécies de criptoativos ou moedas virtuais, independentemente de seu nome, seja igual ou inferior a R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais)”.

Uma das perguntas também questionava a compra das chamadas Stablecoins utilizando Bitcoin, ou seja, a aquisição de uma criptomoeda por outra. Neste exemplo qualquer outra moeda pode ser incluída no questionamento, até mesmo moedas de jogos virtuais ou qualquer outro ativo digital comprado com outra

“O ganho de capital apurado na alienação de criptomoedas, quando uma é diretamente utilizada na aquisição de outra, ainda que a criptomoeda de aquisição não seja convertida previamente em real ou outra moeda fiduciária, é tributado pelo imposto sobre a renda da pessoa física, sujeito a alíquotas progressivas”, respondeu a Receita Federal.

Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/


domingo, 26 de dezembro de 2021

Com lei Bitcoin pronta, Turquia multa Binance

 


A Turquia viu suas autoridades monetárias locais emitirem uma multa para a Binance, considerada a maior corretora em volume mundial.

Nos últimos meses, a Binance vinha sofrendo retaliações de governos por todo o mundo, mas após algumas mudanças para agradar os reguladores a pressão vinha diminuindo.

O que chama atenção que é na Turquia o valor da moeda local perdeu grande força no mercado mundial, sofrendo no câmbio. O preço do Bitcoin no país acabou alcançando o valor de 1 milhão em TRY nos últimos dias, o que chamou atenção do mundo para os problemas locais.

A Lira Turca sofre há anos para manter seu poder de compra estável, situação que passa longe de acontecer.

Governo da Turquia multa a Binance

O Conselho de Investigação de Crimes Financeiros (MASAK) aplicou uma multa na corretora Binance, conforme informações divulgadas pela Reuters neste sábado (25).

De acordo com a agência de notícias a multa aplicada é de 8 milhões de liras turcas, o que dá US$ 751 mil na conversão para o Dólar. Essa teria sido aplicada após uma fiscalização de rotina sobre o negócio que encontrou violações durante a inspeção de responsabilidade.

A MASAK assumiu a fiscalização do setor de criptomoedas em maio de 2021, sendo esta a primeira multa que emite no setor. Quais são as violações encontradas é um mistério ainda, visto que a informação não foi divulgada e nenhum membro de MASAK foi encontrado para comentar o caso.

Já a Binance disse que não revela suas discussões com autoridades. De qualquer forma, a Binance Turquia se vê sob pressão no país que prepara uma bomba no setor.

Turquia pode banir as criptomoedas? Guerra está sendo preparada

Sem conseguir controlar o poder de compra da moeda local, a Turquia viu uma fuga em massa da população para outras moedas mais seguras. Podendo ser operadas facilmente e com a custódia feita de forma privada, as criptomoedas rapidamente surgiram como uma opção vantajosa para a população em fuga da moeda local.

Mas o governo da Turquia, através do presidente Recep Tayyip Erdoğan, anunciou que prepara uma guerra contra as criptomoedas, segundo informações reveladas pela Bloomberg HT. Em uma conversa com jovens do país em um evento, ele se disse disposto a lutar para manter o poder da Lira Turca e deverá exercer pressão contra as moedas digitais privadas.

Segundo informações, ele teria já criado um plano de regular o Bitcoin em 2022, com um projeto que será apresentado em breve, mas que não deve vir com um tom nada amistoso ao mercado.

Fonte: https://livecoins.com.br/


sábado, 25 de dezembro de 2021

Baleia de Bitcoin move US$ 97 milhões da Coinbase


O Whale Alert, perfil de monitoramento de grandes investidores do mercado cripto, detectou uma transferência interessante feita por uma baleia de Bitcoin nesta quinta-feira (23).

O usuário realizou uma transferência de 2.001 BTC, mais de US$ 97 milhões pela cotação atual, de sua carteira da Coinbase para um endereço desconhecido. Estima-se que a baleia tenha pago apenas US$ 5,21 para movimentar esse alto valor.

Importância das baleias para o mercado

Perfis como o Whale Alert são usados por milhares de investidores e traders ao redor do mundo. As transações informadas não servem apenas para chamar a atenção pelos seus altos valores, mas para auxiliar na tomada de decisão sobre a compra ou venda de um ativo.

Por serem os usuários com maior capital no mercado, as baleias possuem o poder de impactar profundamente o preço de um ativo. Grandes transferências de fundos para carteiras de exchanges são vistas com pessimismo, pois geralmente antecedem grandes ordens de venda no mercado, causando quedas de preço e liquidações.

Por outro lado, o envio de criptomoedas para endereços fora das exchanges, as chamadas carteiras frias, indica que as baleias acreditam que o preço do ativo em questão ainda irá subir. Neste caso envolvendo a Coinbase, o montante foi destinado para uma dessas carteiras offiline.

Além disso, vale destacar que as baleias normalmente estimulam sentimentos de medo ou ganância em investidores do varejo, conseguindo acumular mais unidades de ativos cripto em períodos de forte correção do mercado, e vendendo suas unidades em momentos de extrema euforia dos investidores.

Recentemente, o fundador de uma importante consultora financeiro afirmou que usuários pessimistas estão dando “de graça” suas unidades de Bitcoin para grandes baleias.

Bitcoin volta a subir

Após iniciar dezembro em queda, o Bitcoin tem retomado sua tendência de alta durante esta semana de Natal. Nesta sexta-feira (24), o ativo voltou a ser negociado acima de US$ 50 mil.

A criptomoeda acumula uma alta de 7,6% nos últimos sete dias, segundo dados do CoinGecko. Sendo precificado a US$ 51.260 no fechamento da matéria, o BTC está 25% abaixo de sua máxima histórica de US$ 69.000.

Fonte: https://beincrypto.com.br/





sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Bitcoin ganha força e supera os US$ 50 mil após 10 dias “de lado”

 


Após passar cerca de 10 dias oscilando entre US$ 46 mil e US$ 49 mil, o Bitcoin (BTC) voltou a ganhar força na tarde desta quinta-feira (23), superando a marca de US$ 50 mil pela primeira vez desde 12 de dezembro.

Apesar da melhora pontual do preço, o cenário para este fim de ano segue indefinido, com especialistas recomendando cautela aos investidores, já que mesmo com a superação do nível dos US$ 50 mil, o mercado ainda não crava uma mudança de tendência.

Às 15h20 (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo registrava valorização de 3,19% no acumulado de 24 horas, cotada a US$ 50.400,48. Com isso, agora a alta acumulada em 2021 volta para o patamar de 70%.

Inicialmente não houve uma notícia específica que explicasse o ganho de força do Bitcoin, o que reforça a cautela dos analistas, já que este pode ser um movimento mais pontual, ainda não significando que a alta terá força nas próximas horas e dias.

Recentemente, especialistas ouvidos pelo InfoMoney apontaram que ainda existe muita indefinição neste fim de ano no mercado cripto, principalmente por conta do cenário macroeconômico, que tem feito com que o Bitcoin sofra maior pressão por ser um ativo de risco, deixando de lado seus fundamentos, como ser uma proteção contra inflação.

“O Bitcoin pela primeira vez vai enfrentar um ciclo de redução da liquidez global e um evento de aperto monetário nos EUA. A questão chave é se o Bitcoin vai continuar se mantendo como um ativo descorrelacionado ou se os efeitos da redução de liquidez vão afetar o apetite dos institucionais”, avalia Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero.

Já o trader e investidor anjo Vinícius Terranova diz que está “fora do mercado”, aguardando uma sinalização melhor do mercado, para cima ou para baixo. “Não dá para ter euforia agora, é preciso ter cautela, o cenário está feio”, avalia ele reforçando que o melhor a se fazer nesta virada de ano é ficar fora, observando e estudando mais sobre criptoativos.

Os ganhos do Bitcoin também favorecem outros criptoativos, como o Ethereum (ETH), que no mesmo horário subia 2,32%, a US$ 4.086, ao passo que Solana (SOL) e Cardano (ADA) tem valorizações mais fortes: 5,23% e 8,55%, respectivamente, cotados a US$ 190,70 e US$ 1,45.

Na tarde desta quinta todas as 50 maiores criptomoedas em valor de mercado registram alta, e entre os destaques aparece o NEAR Protocol (NEAR), saltando 25% nas últimas 24 horas, para US$ 13,81, depois que uma integração com a rede de pagamentos descentralizada Terra foi anunciada pelos desenvolvedores na noite terça. As stablecoins UST criadas pela Terra agora são suportadas na rede Near de alta velocidade, disseram os desenvolvedores no anúncio.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Criptos hoje: Bitcoin fica “travado” em US$ 48 mil, Near dispara 30% e Terra passa por correção

 


O mercado de criptomoedas segue “travado” nesta quinta-feira (23), com a maior parte dos principais ativos do mundo registrando pouca variação, enquanto o Bitcoin (BTC) se mantém oscilando entre US$ 47 mil e US$ 49 mil.

A maior moeda digital opera em queda hoje, conforme o cenário segue indefinido no campo macro, em que investidores estão evitando ativos de maior risco neste fim de ano enquanto olham para o noticiário envolvendo a inflação nos Estados Unidos, decisões de política monetária e casos de Covid-19.

O movimento em geral no mercado nesta quinta é misto, com o Ethereum (ETH) seguindo a queda do Bitcoin, perdendo novamente a marca dos US$ 4 mil, ao passo que XRP (XRP) e Cardano (ADA) têm ganhos de mais de 2% nesta manhã.

Entre os destaques, a Terra (LUNA) passar por uma correção mais forte, recuando cerca de 10% após bater máxima histórica ontem em torno de US$ 94 (veja mais aqui), mas ainda acumula ganhos de mais de 100% apenas em dezembro.

Já entre as altas, atenção para Uniswap (UNI) e para Polygon (MATIC) após as duas empresas anunciarem que a primeira teve a versão 3 de seus contratos lançados na rede da segunda. Com a notícia, os tokens MATIC chegaram a bater sua máxima histórica durante a noite, em US$ 2,70.

Porém, a maior alta do dia fica com o NEAR Protocol (NEAR), saltando mais de 30% depois que uma integração com a rede de pagamentos descentralizada Terra foi anunciada pelos desenvolvedores na noite terça. As stablecoins UST criadas pela Terra agora são suportadas na rede Near de alta velocidade, disseram os desenvolvedores no anúncio.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 48.361,92-1,34%
Ethereum (ETH)US$ 3.926,22-2,22%
Binance Coin (BNB)US$ 527,68-1,01%
Solana (SOL)US$ 179,30-2,69%
XRP (XRP)US$ 0,9898+3,76%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:


CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
NEAR Protocol (NEAR)US$ 13,25+33,28%
Fantom (FTM)US$ 1,79+15,37%
Aave (AAVE)US$ 225,01+14,34%
Oasis Network (ROSE)US$ 0,2996+10,96%
ICON (ICX)US$ 1,44+10,52%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Terra (LUNA)US$ 85,34-11,33%
Kadena (KDA)US$ 10,69-7,18%
Harmony (ONE)US$ 0,2401-6,10%
IoTeX (IOTX)US$ 0,1186-5,74%
Hedera (HEAR)US$ 0,3213-5,50%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 53,50+0,56%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 66,87-0,11%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 67,51-1,73%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,55-0,56%
QR Ether (QETH11)R$ 16,54-0,66%


SEC rejeita mais um ETF de Bitcoin à vista

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) rejeitou a proposta da companhia de investimento Kryptoin para lançamento de fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista.

A decisão ocorre cerca de cinco semanas depois que a agência rejeitou o pedido de VanEck para um ETF do mesmo tipo.

O movimento da agência reguladora não chega a ser uma surpresa, já que seu presidente, Gary Gensler, já indicou sua preferência por um ETF de futuros de Bitcoin em vez de um produto que tenha a própria criptomoeda.

Vale lembrar que já existem dois ETFs de futuros de Bitcoin nos EUA, o ProShares Bitcoin Strategy ETF (BITO) e o Valkyrie Bitcoin Strategy ETF (BTF). Ambos começaram a ser negociados em outubro.

Uniswap é lançada na rede Polygon

A Uniswap (UNI) e a Polygon (MATIC) anunciaram na quarta que os contratos da versão 3 do Uniswap agora estão implantados na rede principal do Polygon. A implementação ocorre poucos dias depois que os titulares da UNI aprovaram uma proposta de governança para esse movimento.

“O Ethereum apresentou uma visão nobre de um sistema econômico aberto e sem fronteiras acessível a todos”, disse Mihailo Bjelic, cofundador da Polygon, ao CoinDesk. “Com o aumento do uso, as taxas da camada 1 do Ethereum efetivamente ‘cobraram seu preço’ da maioria dos usuários”. E segundo ele, a versão Polygon da Uniswap pretende mudar isso.

“Com esta implantação, a Uniswap como o principal aplicativo Ethereum retorna à visão original e oferece novamente taxas baixas e acesso aberto a todos”, disse Bjelic.

Regulação na Índia deve ficar para depois de abril

É improvável que um projeto de lei para regular as criptomoedas seja aprovada na Índia antes de maio de 2022, disseram várias fontes ao site CoinDesk.

A legislação ainda está em andamento e embora o projeto estivesse listado no site do Lok Sabha (a câmara baixa do Parlamento da Índia) para a sessão de inverno do Parlamento que terminou em 22 de dezembro, ele foi retirado nos últimos dias da sessão.

Embora tenha sido relatado que o governo “deseja realizar consultas mais amplas sobre o assunto”, o CoinDesk aponta que é improvável que o governo conclua essas consultas antes da próxima sessão do Parlamento, comumente chamada de Sessão do Orçamento.

Faltando cerca de um mês para essa sessão, é altamente improvável que o projeto de lei seja elaborado antes de pelo menos março, porque o Ministério das Finanças e as partes interessadas institucionais responsáveis ​​por formá-lo têm outras prioridades concorrentes, disseram três indivíduos que trabalham no tema.

Binance Coin tem novo sistema de queima

A exchange Binance anunciou uma mudança importante no mecanismo de queima da Binance Coin (BNB), que agora passa a ocorrer de forma automática e não mais trimestralmente.

O sistema, nomeado de BNB Auto-Burn, já existia na Binance Smart Chain (BSC) desde o início do mês.

Pelo mecanismo antigo, a corretora realizava trimestralmente queimas de unidades de BNB, com valores que chegavam a milhões de dólares, com o intuito de diminuir a oferta da criptomoeda no mercado, o que refletia positivamente em seu preço.

Agora, o novo sistema de queima se torna automático, sem depender das receitas geradas pela exchange. O valor será ajustado com base no preço da criptomoeda, levando em conta a oferta e a demanda pelo ativo e o número de blocos produzidos durante um trimestre.

Fonte: www.infomoney.com.br

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Depois de bater máxima histórica, o que esperar para o Bitcoin em 2022?

 


Depois de ganhar força entre os investidores de varejo em 2020 com a tese de ativo descorrelacionado à economia tradicional, o Bitcoin (BTC) caiu nas graças dos institucionais em 2021, levando a maior criptomoeda do mundo a bater sua máxima histórica de US$ 69 mil em novembro.

Desde então, o humor do mercado acabou virando com força, levando o Bitcoin para menos de US$ 50 mil, uma queda de cerca de 30% em pouco mais de um mês, levantando a questão sobre a sustentação de um cenário altista para a moeda digital, principalmente porque alguns analistas acreditavam que ela poderia chegar a US$ 100 mil este ano.

Apesar do cenário mais negativo, a criptomoeda caminha para encerrar o ano com ganhos consideráveis, de 65% até 21 de novembro, desempenho bem superior às bolsas de valores, apesar de ficar abaixo de outras grandes criptos, como o Ethereum (ETH), que tem alta de 450% em 2021.

Para Theodoro Fleury, gestor da QR Asset Management, enquanto há uma clara sinalização positiva vinda dos institucionais, o que deveria puxar o preço para cima como ocorreu nos últimos meses, o cenário macroeconômico tem pesado no sentido oposto. E essa deve ser a dinâmica no médio prazo.

Ele cita dados da rede do Bitcoin (on-chain), que mostram que apesar de uma queda no número de transações com a criptomoeda, o valor de cada operação, em média, subiu. “O que isso indica pra mim? Tem muita gente com ticket médio maior entrando no mercado. O ticket médio do Bitcoin está aumentando. Isso é um sinal de que tem gente grande entrando”, diz Fleury.

“Você tem essa força do interesse do investidor institucional, e isso se reflete nos dados on-chain, eles mostram um acúmulo, você vê mais métricas indicando alta do que baixa”, continua o gestor lembrando que esse tipo de análise tende a indicar um período mais longo, não o curto prazo.

Nesse cenário, a indicação é que o Bitcoin pode estar barato atualmente, mas essa não é a única análise que deve ser feita e a conjuntura macro pode ser uma pedra no caminho de maiores ganhos da criptomoeda.

Cenário macro deve pressionar o Bitcoin

Apesar de o Bitcoin ser considerado uma proteção (hedge) contra a inflação, os investidores estão mais preocupados com a alta de preços ao redor do mundo, principalmente nos Estados Unidos, onde os números têm permanecido altos por mais tempo que o esperado.

Isso elevou a aversão ao risco em praticamente todos os mercados. E com as criptos não é diferente, conforme os investidores preferem manter suas aplicações em ativos considerados mais seguros e menos voláteis, ou até mesmo fora de qualquer investimento.

“Por mais que o Bitcoin seja um hedge inflacionário, comparado ao ouro, num primeiro momento, quando o negócio aperta, dados muito altos, o Powell [presidente do Fed] falando que vai acelerar a política monetária restritiva, o Bitcoin primeiramente se comporta mais como um ativo de risco”, explica Fleury.

No último dia 15 de dezembro, o Federal Reserve, como é chamado o banco central americano, como forma de combater os efeitos da inflação, decidiu acelerar a redução de estímulos no país, e indicou três altas de juros em 2022, o que também tem impacto no mercado cripto.

Se de um lado o cenário de aversão ao risco pressiona os preços do Bitcoin para baixo, essa decisão do Fed, se for seguida nos próximos meses, pode ter um efeito mais positivo.

Isso porque a criptomoeda é vista como uma proteção contra a desvalorização potencial do dólar que pode resultar do estímulo monetário, que por sua vez é facilitado pela impressão de dinheiro do Fed. Portanto, uma retirada mais rápida do estímulo pode trazer mais força para a criptomoeda.

Regulação

Com o aumento do interesse institucional, um tópico que ganhou mais força nos debates foi o da regulação do mercado cripto, e esse tema deve seguir no radar para 2022.

Enquanto a China decidiu banir de vez a mineração e operações com criptoativos, diversos países correm contra o tempo para encontrarem as melhores soluções, que possam trazer segurança sem afetar o serviço oferecido aos usuários e nem a liberdade de negociação.

“No que diz respeito à regulação, vemos que para uma parte do mercado ela é necessária, visto que como elemento de investimento deve estar sob um marco regulatório de proteção ao investidor, mas para outra parte do mercado que utiliza criptografia como alternativa aos sistemas tradicionais é difícil aceitar a intervenção dos governos, que normalmente não é realizada de maneira eficaz, sendo mais um obstáculo do que um impulsionador do crescimento dessas novas economias”, avalia Denise Cinelli, general manager da CryptoMarket.

Apesar da grande expectativa, não há tanta esperança de que os próximos meses marquem o anúncio de uma regulação mais definida em grandes mercados, como os EUA, já que essa é uma questão que envolve diversas esferas, como o Fed e a SEC (a Comissão de Valores Mobiliários americana), além de ser um tema político, que tende a ter um andamento mais lento.

Enquanto isso, no Brasil, apesar de alguns projetos de regulação estarem avançando no Congresso, o tema também não deve evoluir de forma tão rápida, principalmente diante da proximidade de uma eleição presidencial.

Fleury lembra ainda que o país tem três reguladores, CVM, Receita Federal e Banco Central e que falta uma unidade de visão entre eles sobre o tema. “A impressão que dá é que cada um enxerga o Bitcoin de uma forma diferente, eles não se conversam”, avalia.

O gestor aponta que tanto a Receita quanto a CVM parecem ver o Bitcoin como ativo financeiro, mas o BC, aparentemente, não. “A primeira coisa, o BC precisa se pronunciar sobre o que é o Bitcoin para ele, é um ativo financeiro, é uma commodity? Eu tenho a sensação que a CVM não quer regular exchanges antes do BC dar uma opinião”, afirma.

“Acho que o BC tem que se posicionar para então a CVM regular o mercado no Brasil. Mas eu vejo isso um pouco distante. A regulação está muito avançada para fundos – e até para cobrança de impostos –, mas para o resto não está muito claro”, conclui Fleury.

ETFs cripto

Enquanto o Brasil lançou cinco fundos de índice (ETFs) de criptomoedas em 2021, os EUA até pouco tempo também ainda não haviam aceitado nenhuma proposta para esse tipo de produto. E após muita expectativa, em outubro foi lançado o primeiro ETF de Bitcoin, mas diferente do que desejado, era apenas de futuros da moeda digital.

Apesar desse ser um primeiro passo, um ETF de futuros não é considerado tão atrativo, tendo seu potencial reduzido e os investidores, principalmente institucionais, seguem na esperança pelo lançamento de um produto melhor em 2022, que pode ajudar a destravar o preço do Bitcoin.

Mas os especialistas não estão muito convencidos de que isso irá acontecer em breve.

Para Fleury, a sinalização da SEC não traz muita expectativa de que a aprovação de um ETF de Bitcoin spot possa ocorrer logo, dado que a instituição segue negando algumas propostas feitas. “Nas projeções mais otimistas [o ETF] viria da metade para frente de 2022, ou depois”, afirma.

“Tem que lembrar que a SEC, apesar de em teoria ser um órgão independente, teve seu presidente colocado lá por um governo democrata, que é um partido que costuma ser mais mão pesada em regulação”, diz o gestor. “Esse fator regulatório é um dos poucos baldes de água fria que eu vejo para 2022”.

Já Denise acredita que quaisquer instrumentos financeiros como os ETFs, tanto futuros quanto spot, ajudam no aumento do preço do Bitcoin porque se tornam boa opções para investidores terem posições de forma oficial e legal.

“Isso implica em uma ajuda de uma maneira considerável para uma forte liquidez no mercado, gerando volume e, portanto, um aumento de preço. Sendo assim, à medida que aparecem instrumentos atrelados ao Bitcoin ou altcoins, o resultado é positivo para o mercado cripto”, avalia.

Por outro lado, ela também aponta que, por estar no começo de um debate sobre regulação em todos os países do mundo, é remota a possibilidade de ter um ETF spot em 2022.

Para onde vai o Bitcoin em 2022?

Apesar de manterem otimismo sobre o futuro do Bitcoin, a recomendação dos especialistas neste momento é de uma cautela maior no curto prazo. Com um cenário indefinido diante da situação macro e com os investidores mais receosos, 2022 caminha para ter um início ainda turbulento.

“O Bitcoin pela primeira vez vai enfrentar um ciclo de redução da liquidez global e um evento de aperto monetário nos EUA. A questão chave é se o Bitcoin vai continuar se mantendo como um ativo descorrelacionado ou se os efeitos da redução de liquidez vão afetar o apetite dos institucionais”, avalia Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero.

Já Fleury destaca que durante momentos de crise e maior pânico, as correlações dos ativos tendem a aumentar, com um movimento mais guiado pelo humor do que pelos fundamentos. “A questão é depois, quando a poeira abaixa, a velocidade com que o ativo descola. Se for resumir, acredito que a gente vai ver o Bitcoin a US$ 100 mil, minha dúvida é se ele volta a US$ 40 mil antes disso ou se vai direto até esse patamar”, pondera o gestor.

Félix, por sua vez, segue otimista com a projeção dos US$ 100 mil conforme o mercado também caminha para entrar no novo ciclo de redução de recompensa dos mineradores, chamado de halving, previsto para primeiro semestre de 2024. “A única certeza é de que o mercado tende a seguir volátil”, afirma.

Mais cauteloso no atual cenário, o trader e investidor anjo Vinícius Terranova diz que está “fora do mercado”, aguardando uma sinalização do mercado, algum tipo de reversão para alta ou mesmo confirmação de queda acentuada.

Durante uma live para atualização de cenário, ele recomendou aos investidores terem paciência ao esperar o surgimento de uma nova oportunidade de entrada, sem descartar uma correção para níveis próximos de US$ 23 mil em um movimento baixista mais forte.

“Não dá para ter euforia agora, é preciso ter cautela, o cenário está feio”, avalia ele reforçando que o melhor a se fazer nesta virada de ano é ficar fora, observando e estudando mais sobre criptoativos.

“Para 2022, se continuar desse jeito, eu espero mais quedas, espero um bear market bem acentuado. Mas se recuperar no início do ano, se o mercado global mostrar uma recuperação, aí acredito que o Bitcoin pode voltar a romper as máximas”, conclui.

Por fim, Denise lembra que, mesmo com bastante volatilidade, o mercado tem ficado cada vez mais maduro com o passar dos anos. “Em 2022, o que se espera é que a adoção continue crescendo e que cada vez mais pessoas entendam como utilizar essa nova tecnologia, pois é um benefício para a sociedade, não somente como um ativo para investimentos, mas também para ter controle sobre seu próprio dinheiro”, afirma.

“Independente se o valor de mercado siga subindo ou baixe, o principal ponto forte do Bitcoin é que está cada dia mais conhecido e em 2022 será o início da adesão massiva”, conclui ela.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/