domingo, 19 de dezembro de 2021

Criptos hoje: Bitcoin vai a US$ 47 mil e Ethereum perde os US$ 4 mil com aumento de juros na Europa

 


Após rali na sequência do anúncio do Federal Reserve (Fed) que confirmou expectativas de redução dos estímulos econômicos e de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos em 2022, as criptomoedas voltam a cair nesta sexta-feira (17) em meio ao aumento imediato dos juros no Reino Unido.

O Banco da Inglaterra (BOE, na sigla em inglês), antecipando uma medida esperada para o ano que vem, decidiu aumentar os juros em 150%, elevando a taxa base de juros da economia britânica de 0,1% para 0,25%. A mudança impactou diretamente os ativos de risco, entre eles o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), que recuam 3,4% e 3,9% hoje, respectivamente.

“Bitcoin e [Big Tech] estão sendo punidos hoje à medida que os investidores realocam algumas de suas apostas de risco mais lucrativas”, disse Edward Moya, analista de mercado sênior da OANDA. “O setor de criptomoedas está passando por um grande reposicionamento e isso está levando a alguma pressão de venda indesejada, mas as perspectivas de médio e longo prazo permanecem firmes”, pontuou.

Em termos de análise gráfica, especialistas veem sinais positivos no Bitcoin que abrem espaço para um possível salto até US$ 55 mil no curto prazo. No entanto, se o noticiário continuar desfavorecendo ativos de risco, é possível ver uma gangorra nas duas últimas semanas do ano. Por ora, a avaliação é que a criptomoeda precisa segurar o nível de US$ 46 mil, considerado um importante suporte de longo prazo.

Algumas criptomoedas menores, no entanto, apresentam forte descolamento dos mercados tradicionais e sobem dois dígitos nesta manhã, caso da Arweave (AR), focada em armazenamento em nuvem via blockchain, que salta 13%.

Já o Convex Finance (CVX), um software que oferece rendimentos em criptomoedas, avança 10,8% após liberar depósitos em ETH ontem. Segundo o portal DeFi Llama, em pouco tempo de vida, o protocolo já acumula US$ 15,96 bilhões investidos e ocupa a terceira posição entre todos os projetos de finanças descentralizadas (DeFi).

Produtos de rendimento que rodam em contratos inteligentes, sem a intermediação de entidades centrais, costumam ganhar força em momentos de baixa dos mercados. No entanto, o investidor deve ficar atento: em 2021, golpistas roubaram US$ 2,8 bilhões enganando investidores desse tipo de solução, considerada de alto risco.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:


CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 47.184,74-3,4%
Ethereum (ETH)US$ 3.887,16-3,9%
Binance Coin (BNB)US$ 529,66-1,4%
Solana (SOL)US$ 178,32-2,0%
Cardano (ADA)US$ 1,25-4,07%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Arweave (AR)US$ 49,37+13%
Convex Finance (CVX)US$ 33,32+10,8%
Celo (CELO)US$ 3,88+9,1%
Waves (WAVES)US$ 18,12+6,5%
OKB (OKB)US$ 32,96+5,2%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Elrond (EGLD)US$ 268,58-15,6%
Near (NEAR)US$ 8,90-8,3%
Internet Computer (ICP)US$ 24,27-7,5%
Stacks (STX)US$ 2,17-7,2%
THORChain (RUNE)US$ 6,42-7,0%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 52,98-2,43%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 65,69-1,95%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 68,62-0,90%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,38-3,22%
QR Ether (QETH11)R$ 16,97+0,41%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (17):

Golpes com criptomoedas crescem 81% em 2021 e desviam US$ 7,7 bilhões

Usuários de criptomoedas tiveram um prejuízo calculado em US$ 7,7 bilhões causado por diferentes golpes em 2021, aponta um novo relatório da Chainalysis, empresa de inteligência especializada em blockchain, divulgado ontem (16).

O montante é 81% maior do que o registrado ano passado, mas perde para 2019, quando quase US$ 10 bilhões em criptomoedas foram transferidos de forma fraudulenta para carteiras de criminosos.

Uma empresa de origem russa chamada Finiko, acusada de ser uma pirâmide financeira, foi o maior golpe do ano após sumir com US$ 1,1 bilhão de vítimas espalhadas pelo Leste europeu.

Por outro lado, 2021 também ficou marcado pela ascensão do golpe da puxada de tapete, típico de projetos de finanças descentralizadas (DeFi). Nele, o próprio criador do protocolo, em geral anônimo, ativa um gatilho no contrato inteligente, transfere o dinheiro dos investidores para sua própria carteira, apaga todas as redes sociais do produto e some do mapa.

De acordo com a Chainalysis, esse tipo de golpe foi responsável por roubar US$ 2,8 bilhões de investidores que alocaram criptomoedas em diferentes produtos de rendimento (staking) DeFi.

Rússia sinaliza desejo de banir investimentos em criptomoedas

O banco central russo estaria planejando voltar a proibir o investimento em criptomoedas no país, prática que havia sido liberada em 2020 e que movimenta US$ 5 bilhões por ano – até hoje, residentes da Rússia não podem usar criptoativos para pagamentos.

Segundo a Reuters, citando “fontes do mercado financeiro próximas ao banco”, o governo discute com “participantes do mercado e especialistas” sobre um possível banimento total de criptos por conta da crescente preocupação com o impacto do Bitcoin e outros ativos à estabilidade financeira do país.

Em setembro, o banco central russo começou a atrasar transferências para corretoras de criptomoedas sob a justificativa de proteger o consumidor de compras “emocionais” de ativos digitais.

“A situação nos países de mercado desenvolvido se assemelha cada vez mais ao chamado sistema financeiro paralelo”, afirmou na época o primeiro vice-governador do Banco Central, Ksenia Yudaeva.

Adidas lança coleção de NFTs que dá direito a peças reais

A Adidas lança nesta sexta-feira (17) uma nova coleção de NFTs que dá aos compradores o direito a peças de roupa exclusivas, acesso a experiências virtuais e o poder de influenciar em produtos digitais da companhia para 2022.

Chamada de Into the Metaverse (Dentro do Metaverso), a coleção trará 30.000 NFTs vendidos por 0,2 ETH, ou cerca de US$ 768 pela cotação de hoje. O design dos itens digitais só serão conhecidos ao longo do dia.

O lançamento ocorre algumas semanas após uma campanha publicitária da Adidas sobre metaverso. A empresa lançou tokens digitais, comprou um NFT da coleção Bored Ape e anunciou parceria com o The Sandbox (SAND), sugerindo que poderia utilizar a plataforma para lançar uma loja virtual.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Bitcoin oscila abaixo de US$ 50 mil após depoimentos de CEOs e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

 


O Bitcoin e o mercado de criptomoedas como um todo voltam a cair nesta quinta-feira (9) após respiro no final do dia de ontem em meio a uma audiência no congresso dos Estados Unidos sobre regulação de ativos digitais.

Os diretores executivos Jeremy Allaire, da Circle, Sam Bankman-Fried, da FTX, Brian Brooks, da Bitfury, Charles Cascarilla, da Paxos, Alesia Haas, da Coinbase, e Denelle Dixon, da Stellar Development Foundation, responderam por quase cinco horas a perguntas de 40 deputados americanos sobre lastro de stablecoins e casos de uso de criptoativos.

As falas, especialmente envolvendo cobranças por maior clareza regulatória, foram consideradas positivas em um primeiro momento por indicarem que os reguladores americanos estão dispostos a criar regras específicas para o setor, sem adotar normas já existentes para bancos e o mercado financeiro.

No entanto, os preços recuaram novamente na abertura dos mercados asiáticos. Às 7h04, o Bitcoin (BTC) oscila outra vez abaixo de US$ 50 mil após ter chegado a flertar com os US$ 51 mil ontem, e é negociado a US$ 49.181, em queda de 2% no dia.

Por outro lado, indicadores técnicos do ativo digital apontam para o maior nível de sobrevendido desde setembro deste ano, quando a criptomoeda se recuperou de US$ 43 mil e atingiu US$ 67 mil em 20 dias. Já o Índice de Medo e Ganância, que mede o sentimento de mercado, está em seu menor nível desde as mínimas de julho, quando o BTC valia US$ 30 mil. Segundo analistas, o importante neste momento seria manter o preço acima dos US$ 46 mil.

A maioria das criptos com maior valor de mercado segue na mesma direção do Bitcoin, mas com ritmo menor de queda. O Ethereum (ETH) cede 0,6%, para US$ 4.316 , e a Cardano (ADA) cai outros 0,9% e opera a US$ 1,37 – suas perdas, no entanto, já passam de 11% no acumulado da semana.

Já a Terra (LUNA), concorrente da Cardano e do Ethereum, segue em alta e assume a 10ª no ranking global de criptomoedas por valor de mercado, à frente de Dogecoin (DOGE), Shiba Inu (SHIB) e Avalanche (AVAX). O ativo que tem sua própria stablecoin, a UST, sobe 10% hoje e acumula alta de 35% no último mês.

Entre as 100 maiores criptos, o destaque do dia é o Near Protocol (NEAR), que dispara 18% após ser liberado para negociações na plataforma MoonPay, que tem mais de cinco milhões de usuários. A cripto de metaverso Gala (GALA) avança 12,5% e a Celo (CELO) segue no mesmo caminho, engrenando 11,6% hoje após ser escolhida pelo serviço de vaquinha virtual Kickstarter para servir de base para a criação de uma versão descentralizada em blockchain.

Na ponta negativa, os piores resultados do dia são de Bittorrent (BTT) e Spell Token (SPELL), que corrigem entre 11% e 12% após rali ontem. Já o Bitcoin SV (BSV) perde 10,4% mesmo após seu fundador, Craig Wright, vencer uma batalha judicial nos EUA que envolve a identidade real de Satoshi Nakamoto, o inventor do Bitcoin.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h04:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC)US$ 49.181,02-2,0%
Ethereum (ETH)US$ 4.316,11-0,6%
Binance Coin (BNB)US$ 593,21+1,7%
Solana (SOL)US$ 187,46-0,6%
Cardano (ADA)US$ 1,37-0,9%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Near (NEAR)US$ 9,22+18%
Gala (GALA)US$ 0,522955+12,3%
Celo (CELO)US$ 4,10+11,7%
Terra (LUNA)US$ 73,16+10,4%
XRP (XRP)US$ 0,926740+11,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

CriptomoedaPreçoVariação nas últimas 24 horas
Bittorrent (BTT)US$ 0,00349143-12,8%
Spell Token (SPELL)US$ 0,01635608-11,7%
Bitcoin SV (BSV)US$ 139,82-10,4%
Decred (DCR)US$ 87,62-7,7%
Polygon (MATIC)US$ 2,29-7,7%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETFPreçoVariação
Hashdex NCI (HASH11)R$ 54,900%
Hashdex BTCN (BITH11)R$ 67,07-1,94%
Hashdex Ethereum (ETHE11)R$ 73,38+0,53%
QR Bitcoin (QBTC11)R$ 17,80-0,55%
QR Ether (QETH11)R$ 18,00+2,73%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (9):

Kickstater anuncia plano para descentralização em blockchain

O serviço de crowdfunding Kickstarter anunciou a criação de uma nova empresa focada na criação de uma plataforma descentralizada utilizando a blockchain Celo.

O objetivo é criar um protocolo de código aberto que dê origem a uma versão descentralizada da funcionalidade de vaquinha virtual, de modo a permitir que o maior número possível de pessoas possa dar vazão a seus projetos criativos, disse a empresa em nota na quarta-feira (8).

A blockchain Celo foi escolhida por causa de “seus esforços para minimizar o impacto ambiental (e se concentrar na acessibilidade global por meio do acesso móvel ao blockchain)”.

De acordo com a Bloomberg, o desenvolvimento do novo protocolo começará no primeiro trimestre de 2022. Ainda no ano que vem, assim que a nova plataforma estiver pronta, o Kickstarter planeja migrar seu site atual para o novo sistema.

Mineração de Bitcoin se recupera de banimento na China

O hashrate de Bitcoin, taxa de que mede o poder de computação dedicado à rede da criptomoeda, registra quase total recuperação dos níveis de maio, pouco antes de a China banir a mineração do país e forçar uma migração em massa de empresas que atuam no setor.

Na época, pairava forte dúvida na indústria de criptomoedas sobre como a rede de mineração iria se reestruturar, considerando que mais de 70% do poder computacional que dá segurança à blockchain vinha de mineradores chineses. Segundo dados do site BTC.com, a taxa global caiu pela metade entre maio e junho, mas voltou a se recuperar a partir daí.

Desde então, países como o Cazaquistão e os Estados Unidos se tornaram locais alternativos para mineradores, o primeiro com energia barata, e o segundo com energia renovável e outros incentivos para negócios. Nesta semana, o hashrate finalmente chegou perto do pico de maio, e marcou 182,83 exahashes por segundo (EH/s), pouco abaixo de 190,55 EH/s vistos há sete meses.

O aumento do número também indica maior interesse por empresas na mineração de Bitcoin, atividade que é recompensada com 6,25 BTC a cada 10 minutos. Ao mesmo tempo, relatórios semanais da casa de análise Glassnode apontam que mineradores estão entre os detentores da criptomoeda que vêm reduzindo a liquidação de ativos no mercado. Historicamente, o comportamento indica perspectiva de alta de preço.

CEOs de empresas de criptomoedas pedem regulamentação branda nos EUA

Executivos do setor de criptoativos defenderam a adoção de uma regulação branda durante audiência no Comitê de Serviços Financeiros do Congresso dos EUA, realizada ontem.

Diretores executivos das empresas Circle, FTX, Bitfury, Paxos, Coinbase e Stellar Development Foundation foram convocados para darem sua opinião sobre a criação de um marco regulatório para o setor. Eles responderam por quase cinco horas a perguntas de 40 deputados americanos sobre lastro de stablecoins e casos de uso de criptoativos, além da eficiência do Proof of Stake (Prova de Participação).

O ex-chefe do OCC (Escritório do Controlador da Moeda) e hoje CEO da Bitfury, Brian Brooks, disse defender o estabelecimento de um ambiente pró-cripto nos EUA e culpou a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) por impedir a aprovação de produtos financeiros baseados em cripto, a exemplo do ETF de Bitcoin à vista.

Os depoimentos foram considerados positivos e indicativos de que a indústria de criptos não deverá ser obrigada a seguir as mesmas normas aplicadas ao mercado financeiro e aos bancos.

Câmara aprova PL que regula criptomoedas no Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (8) o Projeto de Lei 2303/15, do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que prevê a regulamentação, por órgão do governo federal, da prestação de serviços de ativos virtuais. A proposta será enviada ao Senado.

De acordo com o texto, serão consideradas prestadoras de serviços de ativos virtuais as pessoas jurídicas que executam serviços como troca, em nome de terceiros, de moedas virtuais por moeda nacional ou estrangeira; troca entre um ou mais ativos virtuais; transferências deles; custódia ou administração, mesmo que de instrumentos de controle; e participação em serviços financeiros e prestação de serviços relacionados à oferta por um emissor ou venda de ativos virtuais.

“A Receita Federal já reconhece mais de R$ 127 bilhões sendo transacionados no Brasil e a falta de regulamentação provocou a possibilidade de fraudes”, disse Aureo Ribeiro. Leia mais aqui.

Há ainda outros dois Projetos de Lei em discussão no Senado. A Comissão de Assuntos Econômicos da casa debate os PLs na manhã de hoje.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Bitcoin em queda: o que esperar após a desvalorização de mais de 20% no final de semana?

 


Se até a semana passada ainda havia um clima otimista de curto prazo no mercado de criptomoedas, o cenário mudou drasticamente durante o fim de semana, com o Bitcoin (BTC) caindo mais de 20% e indo abaixo da marca de US$ 50 mil, em seu pior desempenho desde maio.

Com o movimento, investidores se questionam se as perdas podem se estender mais, e qual a melhor estratégia agora. Vale lembrar que para o longo prazo a avaliação continua positiva entre os especialistas, apesar do aumento da cautela quando a visão é de curto prazo.

“Não saiu nenhuma notícia específica que tenha provocado o rompimento da barreira dos US$ 50 mil, mas o que se acredita é que as pessoas que estão alavancadas com Bitcoin e altcoins acabaram sendo liquidadas, e essa liquidação de posição acabou derrubando o mercado”, avalia Henrique Teixeira, country manager do Grupo Ripio.

Desde sábado, quando chegou a bater a marca de US$ 42.600 em algumas corretoras, o Bitcoin conseguiu uma retomada e não operou mais abaixo de US$ 46 mil, ainda que não tenha conseguido superar os US$ 49.500 desde então. Apesar do sinal de estabilização, analistas não descartam novas correções no curto prazo.

Segundo a casa de análise CryptoQuant, embora investidores de varejo não estejam se desfazendo de seus ativos, grandes detentores de Bitcoin (baleias) seguem depositando em corretoras, em movimento que aponta para a continuidade da realização de lucros.

Por outro lado, análise da firma de dados Glassnode revela que as vendas seriam em grande parte provenientes de investidores que compraram Bitcoin recentemente. Enquanto isso, os detentores de longo prazo, cujo humor costuma dar o tom da saúde do mercado, seguem majoritariamente imóveis.

Aversão ao risco impactou a queda

Entender os motivos para a queda dos últimos dias também é passo importante para a análise do que esperar, e, apesar de ainda não haver um consenso entre especialistas sobre as causas, uma conjuntura mais ampla está envolvida.

“Há meses existia uma expectativa muito grande no mercado de um bull market, iniciando a partir do mês de dezembro, mas essa retração atual indica que o cenário pode ter mudado, já que a média móvel de 20 semanas, que é um dos indicadores utilizados, foi rompido”, afirma Mayra Siqueira, gerente geral da Binance do Brasil.

E entre as avaliações de diversos especialistas está a visão de que o cenário de aversão ao risco global, que tanto tem afetado as bolsas, também impactou o humor em cripto. Entre os fatores estão o receio de novos lockdowns provocados pela variante ômicron, temores pelo destino da Evergrande, na China, além da política monetária nos Estados Unidos e Europa.

“Ter um peso maior de investidores institucionais indica que o mercado cripto pode estar mais suscetível às notícias macroeconômicas do que no passado. Notícias negativas, como as da inadimplência de Evergrande, ou de política monetária internacional impactam mais o mercado do que outrora impactavam”, avalia Mayra.

Sobre o último fator, de um lado, existe a avaliação de que a alta de juros nos EUA favoreça o Bitcoin, considerado um ativo de proteção contra a alta de preços. Porém, esse cenário deve levar o Federal Reserve a subir os juros antes do previsto, o que pode reverter e ser um impacto negativo sobre as criptomoedas.

Ainda no noticiário, investidores também seguem atentos à questões envolvendo a regulação nos EUA. Essa queda recente também coincidiu com o encontro do atual presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, com o antigo chefe do órgão, Jay Clayton, em um evento em Nova York. Ambos concordaram que, com exceção do Bitcoin, provavelmente todas as demais criptomoedas devam ser consideradas valores mobiliários, reportou o The New York Times.

Alta alavancagem

Por fim, a questão da alavancagem mais uma vez pode ter ido grande importância na magnitude da correção, assim como ocorreu no primeiro semestre quando a China proibiu a mineração no país.

Essa questão agora envolve a alta alavancagem em derivativos de criptomoedas, especialmente nos contratos perpétuos, que visam operar no curto prazo com posições multiplicadas em até 100 vezes usando criptos alugadas. Na semana passada, a casa de análise Arcane Research já alertava sobre o aumento dos contratos em aberto mesmo em meio à queda nos preços.

“Os contratos em aberto de Bitcoin permaneceram acima de 365.000 BTC por mais de um mês”, escreveram os analistas. “Não é comum ver uma quantidade tão alta sendo sustentada por tanto tempo. Isso pode sugerir que o mercado está saturado de alavancagem”.

Estima-se que cerca de US$ 1 bilhão tenha sido liquidado de posições compradas enquanto o Bitcoin e outros ativos digitais despencavam na madrugada de sábado. Desde então, as taxas de juros cobradas por corretoras para o aluguel de criptos se mantêm no negativo, indicando pouco interesse na abertura de novas posições.

Se até pouco tempo havia uma empolgação no mercado de que o Bitcoin chegaria logo aos US$ 100 mil, o momento agora é de cautela para reavaliação do cenário. E enquanto especialistas enxergam uma chance menor da criptomoeda voltar para sua máxima histórica no curto prazo, para o investidor de longo prazo essas quedas podem se tornar uma boa oportunidade.

“Vai levar mais tempo para voltar para os patamares de US$ 70 mil e acima. Vamos acompanhar nos próximos dias. Essa queda também abre oportunidades para outras pessoas entrarem no momento de baixa ou aumentar sua posição”, conclui Teixeira.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

domingo, 5 de dezembro de 2021

Bitcoin e ethereum despencam após decisão monetária do Fed

 


Os preços do bitcoin caíram drasticamente na última semana e o valor de mercado de criptomoedas acumulou US$ 300 bilhões em perdas em apenas dois dias.

O bitcoin, ativo mais negociado do mercado, viu seu preço reduzir de US$ 69 mil semanas atrás para cerca de US$ 51 mil, uma queda de quase 30%. Esse movimento mais recente de perdas afetou também outras criptomoedas, como ethereum, solana, BNB da Binance, cardano e ripple da XRP. Cada um destes ativos caiu quase 10% em apenas 24 horas.

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Essa súbita liquidação é acompanhada de fortes perdas no mercado de ações, seguindo um anúncio do investidor Louis Navellier. Ele havia afirmado que a redução amplamente esperada de incentivos do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, poderia estourar a bolha do bitcoin e dos criptoativos ao redor do mundo.

“O Fed está diminuindo [os incentivos], e isso deve criar uma correção nos ativos de risco, dos quais o bitcoin faz parte”, escreveu Navellier, em comentários relatados pela primeira vez pelo Insider. “Quanto mais o Fed diminui, mais volatilidade devemos ver nas ações, nos títulos e, sim, no bitcoin também.”

O bitcoin e outras criptomoedas menores permanecem altamente voláteis em comparação com os mercados tradicionais. Afinal, os ganhos com ethereum, solana, BNB da Binance, cardano e ripple da XRP também costumam saltar percentuais de dois dígitos em poucas horas.

Navellier alertou que o preço do bitcoin pode cair para menos de US$ 10.000 por ativo, uma queda de mais de 80% em relação ao valor mais alto registrado no mês passado, de quase US$ 70.000.

Não é a primeira vez que o preço do bitcoin registra quedas deste tipo, embora os investidores do setor permaneçam confiantes de que o preço ainda estará muito mais alto nos próximos anos.

“Eu consideraria uma média móvel de 200 dias com declínio abaixo de US$ 46.000 como uma bandeira amarela. E um declínio abaixo da mínima de US$ 28.500 como um indicativo que aponta para um declínio abaixo de US$ 10.000, que sem dúvidas corresponderia a muitas das múltiplas quedas de mais 80% em sua história”, escreveu Navellier.

Navellier, que observa os mercados e seleciona ações desde os anos 90, apontou os enormes gastos com publicidade das empresas de criptografia como evidência de obsessão no mercado de bitcoin e criptografia. Plataformas de negociação como Crypto.com e FTX causaram espanto com campanhas multimilionárias e acordos de patrocínio nos últimos meses.

A escalada do preço do bitcoin, que levou a criptomoeda de US$ 4.000 em março de 2020 a máximas de cerca de US$ 69.000 em novembro deste ano, começou no ano passado. Pelo menos parte deste movimento está relacionado às medidas de estímulo tomadas pelo Federal Reserve e outros bancos centrais ao redor do mundo em resposta ao impacto econômico da pandemia Covid-19 e às medidas para contê-la.

A alta do bitcoin aumentou a capitalização do mercado de criptomoedas em cerca de US$ 500 bilhões no ano passado para picos de US$ 3 trilhões no último mês. Muitos desses ganhos vieram de enormes aumentos de preços em criptomoedas menores, com o ethereum e seus rivais BNB, solana e cardano superando o bitcoin nos últimos 12 meses.

O Fed está agora começando a ajustar sua política econômica após um forte aumento da inflação e uma recuperação do mercado de trabalho. Enquanto os dados de emprego de novembro ficaram abaixo das expectativas, a taxa de desemprego caiu para 4,2%, ante 4,6% em outubro – seu ponto mais baixo em mais de um ano.

Na semana passada, o bilionário investidor em criptoativos Mike Novogratz alertou o presidente do Fed, Jerome Powell, que a política monetária poderia desencadear um colapso do mercado de bitcoins e criptos em 2022.

Fonte: https://forbes.com.br/


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Even passa a aceitar Bitcoin e Ethereum para pagamento de imóveis

 


A incorporadora Even (EVEN3) anunciou uma parceria com a exchange Mercado Bitcoin para aceitar o uso de criptomoedas no pagamento por imóveis. Com isso, ela se torna a primeira empresa com ações na Bolsa brasileira a aceitar pagamentos com ativos digitais.

Segundo a companhia, o limite de uso de cripto pode chegar até a 100% do valor total dos empreendimentos, acima da média do mercado brasileiro. Por enquanto, serão aceitos apenas Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

“Entre as alternativas, poderão ser utilizados o Bitcoin, uma das criptomoedas mais conhecidas quando falamos em investimentos deste segmento, e a Ethereum, segunda mais popular do mercado e muito utilizada para a realização de aplicações descentralizadas”, explica Marcelo Dzik, diretor executivo de incorporação da Even.

Segundo ele, a iniciativa visa atender a demanda crescente do mercado. “Queremos facilitar a vida dos nossos clientes e oferecer a possibilidade de pagamento ágil nesse tipo de moeda que tem crescido bastante ou em outras que venham a surgir”, diz o executivo.

Todos os empreendimentos da companhia estarão disponíveis para a modalidade de pagamento com criptomoedas.

Em comunicado, a Even explicou como irá funcionar o procedimento para essa modalidade, com o cliente enviando um formulário de intenção de pagar com cripto cerca de cinco dias antes do vencimento da parcela. Em seguida a operação será feita pelo Mercado Bitcoin, que ainda fará uma videoconferência com o cliente para aprovar a operação. Confira abaixo:

Cronograma da Even para uso de criptomoedas no pagamento de imóveis

A incorporadora ainda afirma que esse tipo de pagamento com cripto funcionará por tempo indeterminado, ou seja, não se trata de uma promoção. Por outro lado, a Even se reserva ao direito de parar de aceitar a modalidade em algum momento.

O pagamento só poderá ser feito utilizando a corretora Mercado Bitcoin e o valor, em reais, da operação será fechado durante ligação ou videoconferência do cliente com as empresas.

Além disso, tarifas de transferência cripto entre carteiras serão aplicadas, algo comum em operações nesse mercado, como por exemplo quando o cliente enviar os recursos para o Mercado Bitcoin. Porém, não haverá cobrança extra na transferência entre a exchange e a conta da Even.

Fonte: www.infomoney.com.br